Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 94
Capítulo 94 - One or another.




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  Cheguei em casa após a faculdade, minha cabeça estava doendo, e eu estava mais enjoada que o normal, só queria tomar um banho e dormir, Lord pulava sem parar em mim, e eu apenas o acariciei, cheguei na sala e Damon estava no sofá bebendo uma cerveja e olhando para televisão.

— Você está bem? – ele perguntou.

— Não, estou cansada, enjoada, com dor de cabeça, estou indo dormir. – disse caminhando até a escada, Damon caminhou até mim e parou na minha frente.

— Você precisa comer algo antes.

— Não quero comer, quero dormir.

— Eu não estou pedindo para você comer, eu estou mandando você comer Elena.

— Você não manda em mim.

 Ele revirou os olhos e me pegou no colo, me debati por alguns segundos, mas eu sabia que era em vão, ele me sentou no banco, apoiei meu cotovelo no balcão, enquanto Damon colocava algo em um prato.

— Aqui está – ele colocou um prato na minha frente, com algo que não reconheci.

— O que é isso?

— Legumes refogados, coma.

— Eu não quero comer isso. – a cara estava horrível.

— Você tem duas opções, ou você come sozinha, ou eu amarro suas mãos e enfio essa comida goela abaixo, como se faz com crianças.

— Você é insuportável – revirei os olhos e comecei a comer.

— Outra coisa, você vai decidir, ou sai do emprego ou para a faculdade – ele se sentou ao meu lado, e ficou me olhando.

— Nem um e nem outro. – o gosto dos legumes estava bom.

— Não estou pedindo, você chega aqui todos os dias exausta, e você ouviu a Dra. Stevens, isso não faz bem para você ou para o bebê, você precisa abrir mão de um dos dois.

— Damon eu já disse, você não manda em mim – eu quase gritei.

— Não, eu não mando em você, mas é o meu filho que está ai dentro, e eu não vou deixar você colocar a vida dele em risco.

— Não estou colocando nada em risco, sei os meus limites Damon.

— Você não sabe Elena, você acha que pode fazer tudo, mas não pode, e agora você vai precisar decidir.

— Não vou decidir nada – gritei.

— É o meu filho ai Elena – ele gritou também, ficando em pé ao meu lado – você tem até amanhã para se decidir.

 Ele levantou e saiu andando, comecei a chorar, ele nunca havia falado comigo assim, Damon não é de gritar, pelo menos não comigo, deixei o prato lá e fui até a sala, eu chorava como uma criança, ele quer que eu abra mão do meu futuro, tudo que eu sempre disse que não queria fazer, não posso escolher um ou outro, preciso dos dois, e ele não entende, é muito fácil pensar assim quando ele não tem que abrir mão de nada. Me deitei soluçando no sofá, e não demorou para que eu apagasse.

  Acordei na minha cama, Damon não estava ali, olhei no relógio que marcava oito da manhã, sai apressada da cama, coloquei uma calça e uma camiseta, desci as escadas apressada, Damon estava na cozinha comendo algo.

— Por que você não me chamou? – disse pegando uma maçã na geladeira.

— Eu liguei no seu trabalho, disse que você não estava bem, você não precisa trabalhar hoje.

— Damon – bati a mão no balcão – por que você fez isso?

— Elena chega ok? Você não vai continuar sendo egoísta, não se trata mais só de você, é o nosso bebê, você não pode continuar nessa rotina, eu disse ontem e vou repetir, você tem que se decidir, um ou outro, nem que eu tenha que te trancar em casa, é o nosso bebê.

— Você não tem o direito de fazer isso comigo – eu estava chorando, ele suspirou e me puxou para perto de si, colocando minha cabeça em seu peito.

— Pequena eu estou fazendo isso para o seu bem, para o bem do bebê, eu sei que você quer terminar a faculdade, concluir o estagio e começar essa nova fase, mas isso não está te fazendo bem, você não dorme mais, está sempre irritada, se você encostar em algum lugar você já dorme Elena.

— Por isso eu não queria um bebê agora – disse chorando contra seu peito, ele acariciou minha cabeça.

— Eu sei pequena, eu sei, mas aconteceu.

— Não quero abrir mão do meu futuro.

— Você não vai estar abrindo mão, vai estar apenas adiando.

 Damon me levou até a sala, se sentou e me puxou para seu colo, aos poucos fui me acalmando, ele alisava meu cabelo.

— Qual você acha que é melhor eu deixar? – perguntei.

— É o ultimo mês do estagio, se você conversar com sua supervisora, e com a diretoria, explicar sua situação, tenho certeza que eles irão aceitar que você seja residente após a licença maternidade, e até lá você pode terminar a faculdade.

— Ok – suspirei – vou fazer isso.

— Obrigado pequena – ele beijou minha testa – agora vai dormir, você está precisando.

 Coloquei minha cabeça em suas pernas e em meio aos meus pensamentos acabei pegando no sono.

                                                                                 *

 Sexta- feira, passei a manhã toda no hospital conversando com a diretoria, e eles aceitaram me deixar voltar quando o bebê já não precisasse tanto de mim, o que foi um alivio.

 Estava voltando da faculdade, passava das onze horas da noite, eu não estava tão cansada, Damon provavelmente não estaria em casa. Entrei em casa e as luzes estavam acesas, olhei na sala e nada de Damon, caminhei até a cozinha e lá estava Dani e Caroline, eu ri.

— Damon disse que você estava precisando da gente – disse Car sorrindo.

— Estou – disse entre lagrimas, eu chorava por tudo, culpa dos hormônios.

 Elas fizeram brigadeiro, e algumas coisas para comermos, a barriga de Dani estava grande, ela estava no sexto mês de gestação, ficamos conversando na cozinha, disse a elas tudo que estava acontecendo comigo, e o quanto eu estava frustrada, mas sabia que era o melhor para o bebê, elas concordaram, e acharam que tomei a decisão certa, e que tudo daria certo depois.

— Minha irmã sempre falou que a época em que ela estava grávida foi a melhor da vida dela, honestamente não sei como, nem porquê – disse Dani colocando uma colher de brigadeiro na boca – eu estou enorme, não me sinto eu mesma no meu próprio corpo, estou inchada, minhas costas doem, e eu choro, choro por qualquer coisa.

— Eu também estou chorando por qualquer coisa, isso é irritante – revirei os olhos.

— Mas é bom não é? – disse Car, nós duas a encaramos – quero dizer, em alguns meses vocês terão os bebês, tudo isso vai ser esquecido, e vocês vão estar felizes com seus filhos, mesmo quando eles acordarem cinco vezes por madrugada, chorarem o dia todo, se sujarem, e ...

— Você não está ajudando Caroline – disse Dani a olhando com cara emburrada.

— Eu sei, desculpa – ela virou a taça de vinho – apenas pensem que depois tudo vai valer a pena.

— Claro, mal posso esperar pelo meu bebê chorão que não vai me deixar dormir – ela riu com ironia.

— Vai ser maravilhoso, mal posso esperar, iuupi – disse revirando os olhos, Caroline bebeu mais um gole de vinho e Dani e eu rimos. – É brincadeira Car, nós sabemos que tudo vai compensar no final, mesmo com nossos bebês chorões e fedorentos – ela riu – vai compensar quando virmos o primeiro sorriso, a primeira gracinha, quando começar a morder os pés, vamos achar isso tudo lindo, porque é assim que funciona.

— É exatamente assim que funciona – Dani sorriu para mim.

 Nos brindamos, Car com seu vinho, Dani e eu com sucos.

— Quando você vai descobrir o sexo? – perguntou Caroline olhando para mim.

— Em algumas semanas.

— E você? – perguntou á Dani.

— Ah, Richard e eu não queremos saber, estamos montando o quarto todo branco, queremos que seja surpresa.

— Garota, você é corajosa – Dani riu.

  Nós passamos o restante da noite ali conversando sobre tudo, bebês, bebidas, festas, passado, presente e futuro, era tão bom ter minhas melhores amigas aqui comigo, elas com certeza melhoravam meu humor. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? vou aguardar os comentários ok?
A minha outra fanfic::: https://fanfiction.com.br/historia/309662/Take_Me_To_Your_World/
bjs



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