Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 73
Capítulo 73 - She's born.




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 Damon e eu estávamos terminando de jantar, conversando sobre os preparativos do casamento, que seria em algumas semanas, e então o celular dele começou a tocar, ele fez uma careta e atendeu.

— Alô. Sim. Agora? – ele parecia irritado – Não sei se vou poder ir. Senhora eu tenho uma vida. – com quem ele está falando? – eu vou ver com a minha noiva, eu já retorno. – ele desligou e colocou o celular em cima da mesa, o encarando, sem olhar para mim.

— Quem era?

— Era a mãe da Rachel – engoli em seco – a bebê vai nascer. – ele levantou a cabeça, e olhou nos meus olhos, tentei não deixar transparecer minha irritação.

— Hun – encarei o copo á minha frente e respirei fundo – se você quiser ir eu não vou te impedir Damon.

— Não é assim Elena, se você não quer que eu vá é só me dizer, e eu não vou.

— Não tem problema, você pode ir – nem eu conseguia acreditar no que dizia.

— Vamos comigo pequena, não quero deixar você, não quero você irritada comigo, e não quero que isso nos atrapalhe, mas eu prometi que estaria com ela nesse momento, e que a ajudaria, e eu quero muito você comigo.

— Tudo bem, eu vou com você – forcei um sorriso e me levantei da mesa.

 Levei tudo até a lava louça, eu estava irritada, mas com o que? Ele havia prometido para ela, que a ajudaria, eu não posso ficar assim, posso? Droga.

 Vesti meu casaco e peguei minha bolsa, desci até a garagem e entrei no carro, Damon fez o mesmo, ele segurou o volante e suspirou.

— Você sabe que não precisamos fazer isso se você não quiser.

— Está tudo bem Damon, vamos lá.

 Ele ligou o carro e saiu em direção ao hospital em que eu trabalho, e alguns minutos depois nós chegamos, ele disse o nome completo dela para a recepcionista e nós fomos direto para a sala de espera da maternidade, haviam algumas pessoas lá, e uma delas se levantou quando nós chegamos, ela caminhou até nos e sorriu para Damon.

— Obrigada por vir.

— Eu prometi a Rachel, e a minha noiva concordou, então tudo bem, como ela está?

— Está em trabalho de parto a algumas horas, você deve saber que ela escolheu parto normal.

— Sim ela havia me dito, vai demorar muito?

— Não sei, ela estava nervosa.

— Por que?

— Ela está sozinha, vai ser mãe solteira, o pai dela não quer ela de volta em casa, o que você acha que poderia ser?

— Eu já disse que vou ajuda-la.

— Então se puder começar estando lá com ela, seria muito gentil de sua parte – ela disse num tom meigo, mas eu sabia muito bem o que ela estava fazendo.

— Eu não vou entrar lá. – ele me encarou.

— Se você quiser ir pode ir. – a frase que toda mulher diz para testar seu companheiro, e eu estava a usando com Damon, a que ponto cheguei?

— Não amor, eu vou ficar aqui com você, quando a bebê nascer eu vou até lá – boa Damon, obrigada.

— Tudo bem então.

 Nos sentamos nas cadeiras de plástico, era impressionante o tempo que eu tenho passado em hospitais, tirando minhas horas de trabalho.

 Ficamos lá por duas horas e meia, eu já estava cansada de ficar ali, queria ir embora, deitar na minha cama, ficar com o meu noivo e descansar, e então uma mulher vestida com uma roupa rosa e um jaleco branco caminhou até a mãe de Rachel sorrindo.

 - A sua netinha nasceu, está pronta para conhece-la? – ela sorriu e então se virou para Damon – e você deve ser o papai? – ela sorriu, Damon ficou tenso.

— Não, eu sou apenas um amigo – ele sorriu e apertou minha mão.

— Certo, mais alguns minutos e ela já vai estar no berçário, Rachel está fazendo os curativos e já irá para o quarto.

 Alguns minutos depois nós fomos até o berçário que era no mesmo andar, a mãe de Rachel apontava para uma bebê da segunda fileira de carrinhos, ela era tão pequena, Damon encarou o pacotinho com um sorriso bobo nos lábios.

 Fomos até o quarto que Rachel estaria, ela estava pálida, com olheiras e um olhar cansado, mas sorriu quando entramos.

— Vocês já a viram? – ela perguntou tentando se ajeitar na cama.

— Sim filha, ela já está no berçário, é tão pequena – as duas sorriam com brilhos nos olhos.

Uma enfermeira entrou com o pacotinho rosa nos braços e a entregou para Rachel, que já estava chorando, junto com sua mãe, as duas quase babavam na bebê, e eu me senti totalmente desnecessária, queria sair dali.

 - Quer ver ela? – ela perguntou ao Damon, que soltou a minha mão e deu alguns passos até a cama, ele olhou o pacotinho e sorriu, com o dedo indicador segurou a sua minúscula mão.

— Ela é linda Rachel, parabéns.

— É a sua cara filha.

— Damon, eu queria falar com você – ela sorriu e olhou para cima, e ficou alguns segundos o observando, eu me sentia totalmente invisível ali, o que me deixou irritada e constrangida, totalmente persona non grata] – você gostaria de ser o padrinho dela? Você já fez tanto por ela, me ajudou tanto, e não penso um padrinho melhor para minha filha do que você.

 Respirei fundo, fiz o possível para controlar minha irritação, o que essa garota quer? Um laço com Damon?. Ele me olhou brevemente e passou a mão na cabeça da bebê.

— Claro que eu aceito – ele virou de costas para mim, e não pude ver suas feições, ele a pegou no colo e caminhou até onde eu estava, e me mostrou a bebê.

— Essa é a Mariah – ele sorriu, dei meu melhor sorriso falso, mas ao olhar aquela coisinha rosa, meu coração que até então estava transbordando de raiva, amoleceu por completo, ela era tão pequena e fofa, e o meu problema não é com ela, e sim com a mãe.

— Eu ainda prefiro Lilly – disse a mãe de Rachel dando de ombros.

 - Já conversamos sobre isso mãe.

— Ela é linda, parabéns – dei meu melhor sorriso amarelo.

— Obrigada Elena.

 Mais alguns minutos se passaram, eu já estava a ponto de sair correndo daquele quarto, não sei quem havia me irritado mais, Damon, Rachel, ou a mãe dela.

— É melhor nós irmos, você está cansada – Damon sorriu para mim e eu apenas assenti.

 Ele se despediu de Rachel, e fez uma caricia em Mariah, que estava totalmente quieta, e então um aceno de cabeça para a avó.

— Obrigada Damon, por tudo, pelo hospital, pelas coisas da bebê, não sei se algum dia vou poder te agradecer o quanto você merece. – Hospital? Coisas para a bebê? Que porra é essa?

— Não precisa agradecer, eu já havia dito que iria te ajudar, e mantenho minhas promeças. Agora eu vou indo, qualquer coisa pode me ligar, boa noite – fiz um aceno rápido para as duas, tentando não deixar transparecer toda a raiva que estava sentindo.

 Damon passou a mão por minha cintura, e eu me desfiz dela, apertei o passo e desci até o estacionamento, o deixando passos atrás de mim, ele me chamava e eu o ignorava. Entrei no carro e respirei fundo, tenho que ter calma, muita calma, porque se não viro viúva antes mesmo de me casar.

— O que foi isso? – ele perguntou me encarando.

— Nada, vamos embora logo por favor.

— Não, você precisa conversar comigo, por que veio quase correndo na minha frente? O que aconteceu?

— O que aconteceu? – gritei – essa garota destruiu nosso casamento, disse que era o seu bebê, e agora você vai ser padrinho da criança? – eu não queria ter me alterado, mas não tinha como.

— Elena, você disse que não teria problema ajudar ela.

— É eu disse, mas me arrependi, você pagou o hospital? As coisas da bebê? O que mais?

— Eu estava pagando o aluguel dela – o que? – mas agora ela está morando com uma amiga.

— O aluguel também? – ri – vamos embora por favor, estou exausta e quero dormir.

 Ele não disse mais nada, apenas dirigiu de volta até em casa.

 Tomei um banho de banheira que eu queria que durasse o resto da vida. Vesti uma camisola e me deitei na cama, Damon me encarava pelo canto do olho.

 Eu estava errada, ok não toda errada, mas eu havia aceitado que ele ajudasse a garota, mas eu esperava que fosse apenas ajuda financeira, não posso lidar com visitinhas e coisas do tipo.

— Podemos conversar? Sem você gritar comigo de preferencia.

— Me desculpe, por ter gritado.

— Desculpo, agora me fala, por que você mudou de ideia, assim do nada?

— Do nada? Damon você não percebeu? Elas querem te conquistar, quer que você crie um laço com o bebê, a mãe dela só faltou dizer para vocês se casarem.

— Eu não percebi nada disso.

— É claro que não percebeu, Damon honestamente? Você quer ajuda-la financeiramente? Certo o dinheiro é seu, você faz o que quiser, mas não quero você envolvido sentimentalmente com elas – quem é essa pessoa egoísta que possuiu meu corpo? – eu não posso lidar com isso, sinto muito.

 Ele apenas suspirou, e se virou para mim, seus olhos azuis me encarando, e então ele sorriu e me puxou para junto de seu corpo, eu não queria lutar contra isso.

— Eu te amo – ele me abraçou com força – eu te amo mais do que tudo na minha vida, e nada nem ninguém vai mudar isso Elena. – como posso brigar com ele, se ele diz coisas como esta? – Eu entendo você, muito bem, se você não me quer perto delas, tudo bem, não quero brigar com você por causa delas, eu ajudei porque você disse que não havia problema, se não jamais teria feito nada.

— Eu não sou assim.

— Assim como? – ele erguei uma sobrancelha.

— Egoísta, eu só... Eu estou com ciúmes, a Rachel gosta de você, e você ser padrinho da bebê, vai acabar deixando vocês dois próximos, você quer um filho, e tudo isso vai se juntar. – eu estava quase chorando, Damon me puxou contra seu peito.

— Eu juro que isso não vai acontecer pequena, confia em mim, elas não vão ficar entre a gente, eu amo você, e sempre vai ser você.

 Damon segurou minha cabeça entre suas mãos e me beijou. Eu acredito nele, tenho que acreditar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? desculpa se houver algum erro, eu não tive tempo de revisar, até amanhã.



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