Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 62
Capítulo 62 - Searching.




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 Ao abrir os olhos, vi um par de olhos azuis brilhantes me encarando, seu dedo indicador passava pelo meu rosto delicadamente, e sua boca esculpida em um sorriso de tirar o fôlego.

— Bom dia pequena.

— Bom dia amor– aproximei mais meu corpo do dele, e coloquei a cabeça em seu peito nu, sua pele era quente e com um cheiro inebriante de Damon.

— Você dormiu bem? – ele acariciava meus cabelos com delicadeza.

— Honestamente não me lembro de dormir bem assim á tanto tempo.

— Nem eu – ele sorriu – eu já disse que senti sua falta?

— Apenas umas quarenta vezes – virei o rosto para cima, para encara-lo e ele me deu um beijo.

— Então, vamos nos casar de novo – ele sorriu.

— Sim, vamos, mas eu não quero uma festa, só uma comemoração com os amigos e nossas famílias.

— Você que manda pequena.

— Você falou sério ontem sobre se mudar?

— Sim, eu falei.

— Você ama essa casa.

— Eu amo mais você – e me deu um selinho demorado. – e além do mais, logo logo teremos filhos, precisaremos de uma casa maior.

— Filhos? – eu ri – vamos com calma ai.

— Amor você estava gravida.

— Sim, mas foi um acidente, não posso ter um filho agora, quero me formar primeiro.

— Independente disso, vamos nos mudar mesmo assim.

— Você tem certeza?

— Absoluta.

— Então segunda-feira podemos ir em uma imobiliária e dar uma olhada em algumas casas, o que acha?

— Parece ótimo, mas você não tem que voltar a trabalhar?

— Serão só mais alguns dias – dei de ombros – e isso vai fazer parte da sua recuperação.

— Ah, claro que vai – ele riu e me abraçou forte, me puxando mais para cima, e nós nos beijamos.

 Era quase duas da tarde, Damon e eu estávamos vendo algumas fotos de nosso casamento, nos recordando e brincando, quando a campainha tocou, Damon se levantou e foi caminhando até a porta.

— Boa tarde, Sr. Salvatore – pude ver o delegado estender a mão para Damon, e ele fez o mesmo, me levantei do sofá num pulo.

— Srta. Gilbert – ele fez o comprimento rápido com a mão – espero não estar atrapalhando.

— Não está – disse – alguma noticia sobre Matt?

— É exatamente por isso que estou aqui – ele coçou a garganta – o Sr. Donovan está detido em minha delegacia, queria pedir que me acompanhem para a identificação.

— Com certeza – meu coração se encheu de alivio, finalmente.

 Vesti uma calça jeans, um suéter creme, e uma bota de cano curto preta de salto fino, Damon estava sentado na cama, me olhando.

— O que foi?

— Você quer mesmo ir, ver ele?

— Eu preciso. – isso iria dar sossego ao meu coração.

— Tudo bem então – ele suspirou e se levantou.

 Nós fomos seguindo o carro do detetive, e aproximadamente meia hora depois chegamos na delegacia, o delegado pediu para que esperássemos um instante, eu me sentei na cadeira de plástico azul escura, meu coração batia pesado, tanta coisa que aconteceu é por causa desse desgraçado do Matt. Dez minutos se passaram, e o delegado voltou, e nos conduziu por um corredor, no final dele havia uma sala, com uma janela de vidro que tomara boa parte da parede.

— Aqui está ele, não se preocupe, ele não pode nos ver.

 Encarei a figura cabisbaixa sentada ao centro da sala, seu cabelo estava sujo, e ele estava inquieto, batendo os dedos na mesa.

— Pode entrar Gomes – disse o delegado, á um homem que eu nem havia reparado que estava ali, e então o policial alto e forte entrou, e se sentou na cadeira em frente á Matt.

— Donovan, você está sendo acusado de perseguição, sequestro, e tentativa de homicídio – disse o homem com uma voz grossa colocando uma pasta amarela em cima da mesa – o que tem a dizer em sua defesa?

— Nada – sua voz saiu rouca.

— Você não tem nada a dizer? 

— Não.

— Por que o senhor sequestrou a Srta. Gilbert?

— Porque ela para ela ser minha – ele levantou a cabeça, e jogou o corpo para trás na cadeira, e agora sua cara arrogante estava estampada – nós eramos noivos, era para estarmos casados, e ela me deixou, e eu resolvi que ela seria minha de qualquer jeito.

— Certo – ele analisou algo dentro da pasta amarela – foi o senhor que provocou este acidente? – ele mostrou as fotos.

— Sim.- ele disse sem hesitar.

— Por que?

— Porque eu queria aquele babaca morto – minha garganta secou, apertei forte a mão de Damon que estava entrelaçada na minha – ele está com a minha garota, ele tinha que ter morrido naquela merda de acidente, mas até para isso ele é bom demais – sua voz saiu com tom de desprezo.

— Você provocou o acidente do Sr. Salvatore apenas por que ele estava com a Srta. Gilbert?

— Você prefere que eu desenhe? – o policial deu um sorriso sarcástico, se levantou e saiu da sala sem dizer nada.

 Fiquei encarando a figura pálida e nojenta de Matt, como eu queria dar-lhe uns belos tapas na cara.

— Chefe, acho que já temos tudo para iniciar o processo.

— Ótimo. Ele não solicitou advogado?

— Não, eu disse á ele algumas horas que esperaríamos pelo advogado dele, mas ele disse que não iria chamar um, ele já sabia que estava totalmente ferrado.

— Ele vai ter que arranjar um de qualquer jeito, e aguardar o processo atrás das grades.

— Detetive, ele é um politico conhecido, ele tem influencia, tem amigos influentes, e se ele for solto antes do julgamento?

— Eu garanto, ele não vai ser, ele confessou.

— Então, eu posso ficar tranquila?

— Pode Srta. Gilbert.

— Isso é um alivio tão grande – abracei Damon, ele passou a mão pela minha cintura e me apertou contra seu corpo.

— Agora tudo vai ficar bem – ele disse contra minha cabeça, e eu o apertei mais forte.

 Nós dois agradecemos ao delegado e sua equipe, e se precisasse de um novo depoimento, ou se mudasse algo no caso dele para nos ligar sem hesitar.

 Nós fomos embora, o caminho todo em silêncio, eu estava aliviada, aquele monstro está preso, e assim vai ficar por um bom tempo. Mas suas palavras ecoavam em minha cabeça, ele dizendo que queria Damon morto.

— O que está pensando? – ele perguntou desviando os olhos para mim por um segundo.

— No que o Matt disse, sobre querer você morto, foi... Foi horrível ouvir isso.

— Amor, esquece isso, aquele babaca vai ter o que merece, já passou, vamos deixar isso no passado, e nos concentrar no nosso futuro – ele pegou minha mão e entrelaçou na sua, dando um beijo demorado.

— Você tem razão – sorri passando meu polegar sobre as costas de sua mão.

                                                    *

 Segunda-feira, normalmente um dia deprimente, mas hoje não, levantei animada da cama, Damon e eu iriamos ver algumas casas hoje, e eu espero que dê certo, que nós encontremos a casa perfeita. Após um longo café da manhã, cheio de risadas, conversas sobre o que queremos na casa, e brincadeiras, nós tomamos um longo banho juntos, e então fomos até a imobiliária.  Ao chegarmos lá fomos atendidos por uma garota loira, seu nome era  Jane, ela tinha um sorriso simpático, e estava nos mostrando algumas casas nos bairros que escolhemos, algumas horas depois havíamos selecionado cinco casas e dois apartamentos para vermos.

 Nós a seguimos até a primeira casa, e ao entrarmos parecia casa de filme de terror, com um porão escuro e úmido, descartada com certeza. Fomos á um dos apartamentos, era espaçoso, mas Damon não queria apartamento. Duas casas depois e nós não gostamos de nada, e eu estava desanimada, achei que encontraríamos a casa perfeita ainda hoje.

— Calma pequena, nós vamos encontrar. – ele alisou minha perna.

— Eu sei que vamos, mas eu tenho que voltar para o trabalho amanhã, e para ir da sua casa de metro não vai dar, e não quero que você me leve. Vou ter que ficar no meu apartamento até acharmos uma casa e fizermos a mudança.

— Então temos que achar essa casa para ontem.

 Por volta das dez da noite, Damon me levou para o meu apartamento, ele não conseguia disfarçar sua cara de decepção.

— Tem certeza que não quer ficar comigo? Eu te levo amanhã, sem problema nenhum.

— Não amor, você ainda está se recuperando, não vai ficar de motorista para mim – ele abaixou a cabeça, que eu ergui novamente segurando seu rosto entre as mãos – nós vamos achar uma casa, ainda essa semana, podemos olhar durante meu horário de almoço, procurarmos na internet nós mesmos, vai dar certo amor, é só ter paciência.

— Mas quero você comigo todos os dias.

— Eu também quero estar com você todos os dias, mas precisamos fazer isso dar certo. E além do mais, quase não ia ficar em casa, eu vou chegar onze horas em casa, exausta, quase não vamos nos ver.

— Mais um motivo para ficar na nossa casa, vou te ver quando? Uma hora durante seu almoço? – ele revirou os olhos.

— Alguns dias sim Damon, eu não posso parar de estudar, nem de trabalhar, então por enquanto vai ser assim.

— Vamos olhar mais casas amanhã, quero me mudar no fim de semana – ele disse decidido.

— Por mim tudo bem, mas temos que achar uma boa casa, não algo com pressa e que iremos nos arrepender depois.

— Certo.

 Nos beijamos por um longo tempo, e então eu sai do carro e subi para o meu apartamento. Ao abrir a porta Dani levou um susto.

— Você me assustou – disse jogando uma almofada em mim – o que está fazendo aqui?

— Vou ficar uns dias, até acharmos uma casa por perto.

— Uma casa? – ela arqueou a sobrancelha – me conta tudo.

 Expliquei á ela sobre nossa conversa de mudarmos de casa, contei sobre o novo pedido de casamento, e sobre Matt, contei tudo á Dani, nos mínimos detalhes, e então passava da meia noite.

— Vou me deitar, se não amanhã não aguento – disse rindo.

— Tudo bem – ela sorriu, e eu levantei do sofá, indo em direção á meu quarto, e então senti ela me abraçar.

— Eu vou sentir sua falta.

— Também vou – a abracei e ficamos assim longos minutos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? vou aguardar os comentários (: até amanhã.



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