Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 34
Capítulo 34 - Let's take a coffe.


Notas iniciais do capítulo

Estou postando outro agora porque vou sair mais tarde e não sei que horas volto. Boa leitura.



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 Sentia um peso em minha barriga, abri um pouco os olhos e vi que era um braço, olhei para trás e vi Damon dormindo, seu rosto estava sereno, e eu poderia ficar horas o observando enquanto ele dorme, ai então veio o choque de realidade, ele vai ser pai, e de um filho que não é meu, e ele ainda estava comigo quando fez, uma onda de arrependimento me tomou nos braços, merda, o que eu fiz?

— Bom dia – eu não havia percebido que ele acordou.

— Bom dia – forcei um sorriso.

— Está tudo bem? – ele perguntou coçando os olhos.

— Está – respirei fundo criando coragem – Damon, a noite passada... Foi, foi... – ele me interrompeu com um sorriso triste.

— Foi um erro – ele disse franzindo os lábios – imaginei que você diria isso, só achei que seria no café da manhã.

— Desculpe – me enrolei no lençol, levantei da cama e sai pelo quarto pegando minhas peças de roupa.

— Elena, você pode achar que foi um erro, mas não foi, nós dois nos amamos.

— Sim, e você me traiu. – o encarei e seu rosto pareceu encolher.

— Elena, eu não me lembro de nada daquela noite, não me lembrava nem da cara dela, estamos levando em consideração apenas a palavra dela, e se for mentira?

— E se for verdade?  - ele ficou em silêncio.

 Me vesti com pressa, ele estava sentado na cama me olhando.

— Não faz isso Elena.

— Não fazer o que Damon?

— Fingir que nada aconteceu.

— É o melhor para nós dois Damon, isso foi uma recaída, não era para ter acontecido.

— Você acha que não. - ele enfatizou o você

— É claro que eu acho, a traída fui eu.-  gritei.

 Ele se levantou num pulo e veio ate mim, segurou meu rosto entre as mãos e ficou olhando nos meus olhos, meu corpo parecia uma gelatina, derretendo com seu toque.

— Eu não te trai.

— Não tente enganar a si mesmo Damon.

  Me soltei de suas mãos, peguei minha bolsa na sala e sai pela porta, peguei o primeiro taxi que apareceu, e fui para minha casa.

O apartamento estava em silêncio, passava das nove da manhã, fiz um café e bebi quase tudo, tudo o que eu conseguia pensar era, porque eu fiz isso? e essa pergunta eu também não sabia a resposta.

 Dani se levantou, foi até a cozinha, bebeu água e quando estava voltando levou um susto com a minha presença, eu quase tive vontade de rir.

— O que você esta fazendo aqui? – ela perguntou com os olhos entreabertos.

— Eu moro aqui.

— Achei que você ia voltar só a noite, e se voltasse. Como foi?

— Foi maravilhoso, até cair na real.

— Eu disse para você não ir Elena.

— Eu sei que você disse, e eu sabia que ia me arrepender, e mesmo assim fui, agora é arcar com as consequências..

— Mas pelo menos valeu a pena? – ela se sentou ao meu lado, com um sorriso malicioso.

— Muito – choraminguei e escondi o rosto na almofada em meu colo.

— Você não é a primeira a ter uma recaída, e nem será a ultima, você teve um momento de absoluta fraqueza, é normal.

— Dani ele me traiu, era para eu ter raiva dele.

— Elena, no fundo você ainda acha que tem uma possibilidade dele não ser o pai.

— Provavelmente é isso.

 Ficamos em silêncio, meu celular vibrou, o peguei no bolso da calça, era uma mensagem de texto.

                  Queria tanto que você tivesse ficado para o café da manhã ): E a propósito, não acho que foi um erro, e se foi, valeu cada minuto.

 Quando eu pensei em responder, uma nova mensagem apareceu na barra de notificações, era o Nick.

                  Que tal tomarmos um café? Se você quiser podemos até falar sobre GASTROENTEROLOGIA E CIRURGIA DO APARELHO DIGESTÓRIO (:

Eu ri com a mensagem dele, e acho que eu preciso

                                                                                                         Claro (:

Respondi ao Nick, e então fiquei pensando em algo para responder ao Damon.

                    Foi um erro sim, e realmente, valeu cada minuto, mas isso não vai voltar a acontecer.

Respirei fundo e me levantei do sofá, troquei apenas de camiseta, vesti uma jaqueta , e meu celular vibrou novamente.

                 Já estou chegando para te buscar (:

Sorri com a mensagem, disse a Dani que ia sair, e por milagre de Deus, ela não me questionou, desci até o hall do prédio, fiquei esperando alguns minutos e então vi o carro todo preto. Abri a porta do carona, Nick estava com seu habitual sorriso de segundas intenções, que eu já entendi que é seu sorriso normal.

— Bom dia – ele disse.

— Bom dia – sorri.

— Juro que eu achei que ia ficar tentando te convencer a ir tomar café comigo.

— Estou precisando me distrair – sorri e acrescentei – urgentemente.

— Posso saber por que precisa tanto de uma distração?

— Não, não pode – dei um sorriso falso franzindo o nariz, ele riu.

— Então vamos apenas tomar um café e falar sobre cirurgias do sistema digestório. – ele começou a dirigir.

 Se passaram alguns minutos, Nick estacionou em frente a uma padaria, nós descemos e nos sentamos em uma das mesas disponíveis. Nick fez nossos pedidos e nós ficamos conversando, ele falava coisas sobre ele, e eu sobre mim.

— Meu pai, minha mãe, e meu irmão são médicos, da para sentir a pressão?

— Bastante – sorri – eu decidi fazer medicina, mas mal me lembro o porque.

— Como você não se lembra?

— Quando eu acordei do coma, acordei sem quatro anos de memória, sem me lembrar dos meus amigos, sem me lembrar da minha vida, sem me lembrar – respirei fundo e continuei – sem me lembrar do meu marido.

— Eu tinha me esquecido – ele ficou nervoso – o que o seu marido está achando dos nossos estudos?

— Não estamos mais juntos – doeu mais do eu imaginei dizer isso.

— Por que?

— Não quero falar sobre isso Nick – disse séria, ele entendeu pois no mesmo minuto mudou de assunto.

— Se eu tivesse que escolher uma faculdade por vontade própria, acho que eu faria engenharia.

— E porque não faz? A vida é sua, você tem que tomar suas decisões.

— Você não imagina como minha família consegue ser convincente.

— Tenho uma leve noção – franzi o nariz e assenti.

— Então, o que pretende fazer quando se formar?

— Eu não sei, não sei se ainda quero ser médica, talvez eu crie meu próprio negócio.

— Como o que?

— Não sei, gosto de trabalhar com roupas, acho que eu teria uma loja, ou algo do tipo.

— Você trabalha?

— Sim, em uma Boutique, no Upper East Side.

— Legal – ele deu um longo gole em seu café.

— Eu acho que seria legal trabalhar, mas sempre que eu começo em algum lugar, meu pai da um jeito de me tirar, ele quer que eu dependa dele, para ter um jeito de me chantagear e manipular.

— Será que somos filhos do mesmo pai? – nós rimos. – Eu pelo menos consegui me livrar dessa parte do meu pai.

— Como?

— Larguei o cara que ele queria que eu me casasse – não vou mencionar agora que ele havia me traído – larguei a faculdade que ele queria que eu fizesse, e aos poucos fui me rebelando, me casei e sai de casa.

— Você só se casou para sair de casa? – sua testa estava franzida.

— Claro que não. Eu o amava, - embora não me lembre disso – sair de casa foi um efeito colateral positivo.

— Que bom – ele sorriu – acho que você pode ser uma boa influencia para mim Elena Gilbert.

— Espero que sim Nick Bower. – ele levantou sua xicara em minha direção e fez um aceno com a cabeça.

 Nós continuamos a conversar, ele ia me contando sobre suas viagens de família, em como sempre acabava com o pai dizendo ‘’Quando você vai finalmente crescer Nick?’’

 Nós ficamos bastante tempo lá conversando, quando notei que já passava das onze da manhã.

— Acho que é melhor eu ir embora, estou cansada, e não fico em casa jogando videogame o dia todo sabe.

— Essa doeu – ele colocou a mão no peito e fez cara de triste – Tudo bem então, vamos.

 Depois de muita discussão para ver quem ia pagar a conta, com a minha derrota, nós fomos embora. Nick me deixou em casa, pensei em chama-lo para subir, mas nossa amizade não estava nesse nível.

— Até mais Gilbert.

— Tchau Bower. – acenei e fui até o portão do prédio.

 Quando entrei Dani conversava alegremente no celular, e com o bendito gato no colo, revirei os olhos e fui para o meu quarto sem dizer nada.

 Passei a tarde fazendo pesquisas e assistindo filmes e series, sem mais nenhuma mensagem de Damon, ou Nick.

 Fui dormir bem cedo, no dia seguinte começaria novamente a rotina cansativa de trabalho, faculdade, e estudos, e etc.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? já vou esperar pelos ''pq vc fez isso? tava tão feliz'' kkkkk enfim, espero os comentários, e quem quiser pode falar comigo no twitter @dobreholtt



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