Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 3
Capítulo 3 - You're beautiful.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, espero que gostem desse capitulo, boa leitura (:



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 Ficamos o restante da tarde, começo da noite vendo as fotos, Damon me dizia quem era quem, Deus, eu parecia tão feliz, como posso ter esquecido disso? Mais fotos, videos, e então Damon colocou outro DVD, estavamos os dois frente a frente, ele segurando minhas mãos, pareciamos tão apaixonados, e então ele começou a falar.

— Elena, a minha vida começou para valer no dia em que te conheci, a garota mais linda que eu já vira, e naquele momento, eu soube, algo dentro de mim se acendeu, e eu soube que seria você a mulher da minha vida, a minha esposa, e a mãe dos meus filhos, você foi a melhor coisa que já me aconteceu, e eu só tenho a lhe agradecer, por ser essa mulher maravilhosa, generosa, que se preocupa com todos a seu redor – o Damon que estava na TV tinha um sorriso bobo nos lábios, já o Damon que estava ao meu lado parecia ter levado um soco – Elena, nossa vida começa agora, juntos, eu te amo meu amor – e ele beijou minha mão.

 Eu ficava olhando diretamente para a televisão, tentando desesperadamente me lembrar daquilo, de qualquer coisa, mas nada me vinha.

— Damon – a Elena da televisão começou a falar, ela sorria com lagrimas nos olhos, eu sabia que ela estava feliz – só nós dois sabemos o que passamos para estarmos aqui hoje, você desperta o melhor em mim, antes de você eu era apenas uma garota mimada pelos pais, que não tinha pessoas verdadeiras por perto, que só se importava com a aparência – ela deu uma pausa e colocou uma de suas mãos no rosto dele – Hoje eu sou uma mulher, uma mulher que quer o bem de todos, graças a você conheci pessoas verdadeiras, tenho amigos verdadeiros, e tenho você, um anjo que apareceu em minha vida, eu te amo tanto, e estou pronta para começar a nossa vida juntos, construir nossa familia, e para que possamos crescer juntos, como marido e mulher, eu te amo. – lagrimas escorriam de seus olhos, e de Damon também, então eles se beijaram, e pude ouvir o barulho de palmas, todos ali na igreja aplaudiam.

 Fiquei longos segundos me forçando a lembrar daquilo, o que eu disse ali naquele video é impossível de não se lembrar, minha cabeça começou a doer, e meus olhos se encheram de lagrimas.

— Ei – Damon me puxou para um abraço – Você vai se lembrar de tudo, na hora certa – ele deu um sorriso forçado.

— Me desculpa – disse entre lagrimas.

— Pelo que? Você não tem culpa. – ele me abraçou forte, e ficamos assim por longos minutos.

 O tempo passou depressa apóis a sessão de videos e fotos, nós jantamos e quando nos demos conta já passava das dez da noite.

— Acho que vou dormir – me levantei do sofá, Damon se levantou também.

— Presumo que não vai querer dormir comigo não é? – ele deu um sorriso malicioso, mas sei que no fundo isso o machucava – Você pode dormir lá no nosso quarto, eu fico por aqui.

— Tem certeza? Eu posso...

— Não se preocupe, passei várias noites nesse sofá, dormir sem você na cama parecia um pesadelo.

— Tudo bem então, boa noite Damon.

— Durma bem Elena – ele sorriu para mim.

 Fui para o quarto, fechei a porta e me joguei na cama, exausta, minha cabeça tem trabalhado muito ultimamente, ela latejava, fechei os olhos tentando relaxar, e não demorou muito para a inconsciência me levar. 

 Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça insuportável, me levantei e fui até a cozinha procurar algum remédio. Revirei as gavetas, armários, revirei tudo, e nada de remédios, foi quando vi Damon se levantar do sofá.

— Elena? – sua voz era rouca – está tudo bem?

— Ah... Sim, está tudo bem, só estou procurando algum remédio, minha cabeça está me matando.

— Está no banheiro, na segunda gaveta – ele disse se levantando e vindo em minha direção.

 Quando ele se aproximou pude ver que ele estava apenas de cueca, uma cueca box preta, com seu corpo todo a mostra, e que corpo, seus ombros eram largos, os braços musculosos, mas não exagerados, seu abdomem muito bem definido, e coxas grossas tambem definidas, o ar me faltou.

— Me desculpe – ele disse percebendo que eu o encarava, e voltou para sala, retornou alguns segundos depois com uma calça de moletom larga cinza escura, e vestia uma camiseta branca – eu havia me esquecido...

— Não se preocupe – disse, ainda um pouco impressionada.

 Não da para negar, Damon era extremamente lindo, seus olhos hipnotizavam, seu corpo era escultural, e da para entender muito bem porque ele me chamou atenção.

— Quer tomar café da manhã fora?

— Claro – sorri empolgada. – que dia é hoje?

— Sabado.

 Fui até o banheiro, tomei um analgésico, depois voltei ao quarto, vesti um vestido rosa bebê que havia no guarda roupa, e uma sapatilha rosa mais escura, isso era o mais parecido com o que eu me lembro de vestir. Prendi o cabelo em um coque mal feito, Damon bateu na porta.

— Posso entrar?

— Pode sim – disse acabando de arrumar meu cabelo.

— Só vou pegar uma – ele deixou a frase no ar, e me encarava.

— Damon? – disse chamando sua atenção.

— Sim? Hã, me desculpe, é que... Você está linda, e eu senti sua falta.

— Obrigada.

 Acabamos de nos arrumar e saimos de casa, a tal cafeteria que ele me levaria era perto, então fomos andando, e conversando sobre coisas aleatórias. Chegamos na cafeteria, e nos sentamos em uma das mesas, logo uma garota veio anotar nossos pedidos, e pude reparar o sorriso bobo em seus labios enquanto falava com Damon.

— É só isso – disse ele.

— Uau – disse.

— O que foi?

— Você deve estar desidratado agora – ri – ela te secou. – ele riu divertindo-se

 Nossos pedidos chegaram, ficamos conversando sobre coisas que faziamos juntos, nós iamos bastante ao cinema, ao teatro, parques, caminhadas.

— Eu trabalhava? – perguntei.

— Não, você só estudava.

— Eu estudava? – aos meus 25 anos eu estudava?

— Sim, você estava no terceiro ano de medicina, e não se preocupe, pois eu tranquei sua matricula, para caso você queira voltar.

— Minha nossa – me surpreendi, nunca tinha pensado em fazer medicina – Eu me lembro que estava cursando Economia Politica.

— Você desistiu uns seis meses antes de nos conhecermos.

— Você sabe o porquê?

— Você nunca quis entrar em detalhes, mas me disse que não se adaptava, que fazia aquele curso porque seu pai lhe dissera para fazer, e que você quis começar uma vida nova.

— Entendi.

— Você começou a fazer medicina uns três meses depois de começarmos a namorar. Você sempre esteve muito animada com esse curso, sempre dizia que seu maior sonho era poder salvar todas as vidas possiveis, que queria cuidar de pessoas carentes.

— Eu nunca trabalhei?

— Você fez um estágio em um Hospital local, mas por algum motivo eles te dispensaram.

— Acho que estou entendendo porque meu pai me virou as costas. O sonho dele era que eu entrasse para a politica como ele.

— É, acho que sim.

 Estavamos terminando nosso café da manhã, quando meu celular começou a tocar, vi que era minha mãe, o atendi.

— Oi mãe.

— Oi meu amor, você está bem? Se lembrou de mais alguma coisa?

— Estou bem sim, e infelizmente não.

— Ah mas você vai sim, é só ter esperança. Podemos almoçar juntas hoje?

— Claro mãe.

— Certo, passo para te buscar meu anjo.

— Ok mãe, até mais tarde.

— Até filha, tchauzinho. – e ela desligou.

— Você se importa se eu for almoçar com a minha mãe hoje? – perguntei para Damon.

— Não, pode ir – ele sorriu.

— Damon, agora que me toquei – ri comigo mesma, e ele ficou me olhando, aqueles olhos... – Eu não sei o que você faz da vida.

— Bom, eu tenho dois bares, um aqui perto, e outro um pouco mais longe.

— Sério? – ri – isso é legal.

— Nos conhecemos no meu bar, na época era o unico.

— Posso ir com você qualquer dia?

— Claro, se quiser podemos ir hoje a noite.

— Seria ótimo.

 Ficamos mais alguns minutos conversando, Damon pagou a conta e nós voltamos para casa. No caminho ele foi me contando sobre seu bar, seu pai havia lhe deixado de herança, ele morrera pouco tempo depois de Damon ter completado dezenove anos, então ele cuidou do bar, e  abriu seu segundo bar, e estava para abrir o terceiro, mas ai então aconteceu meu acidente.

 Tomei um banho, vesti uma calça jeans, uma blusa de alsas finas de seda branca, e um scarpin preto, passei uma maquiagem leve, fui até a sala e Damon estava no telefone, quando percebeu que eu estava ali, se despediu e desligou.

— Uau – ele sorriu me olhando – está linda, era muito dificil ver você de salto alto.

— Por isso eu só tenho três pares? – ri - o que você fez comigo Sr. Salvatore?

— Você dizia que assim deixava ainda mais para trás a antiga Elena.

— Seu eu dizia, provavelmente é verdade – rimos, e então ouvi uma buzina lá fora – Eu já vou indo.

— Tudo bem.

 Ele fez um aceno com a cabeça e voltou para seu celular. Peguei minha bolsa e sai pela porta, minha mãe estava estacionada em frente a minha casa, entrei no carro e dei um beijo em seu rosto.

— Oi filha, como você está bonita, é tão bom te ver assim querida.

 Eu apenas sorri, ela me levou ao meu restaurante favorito, nós fizemos nossos pedidos.

— Então, como está sendo ficar com o Damon?

— Bom, ele é muito legal, ele me da espaço, e bom... Acho que eu já sei porque eu me apaixonei por ele – eu sorri – ele é uma boa pessoa.

— Ele é sim filha, sempre gostei muito dele, embora ele tenha levado minha menininha embora – ela sorriu e pegou minha mão com carinho.

— Mãe, porque o pai não gosta do Damon?

— Bom, você conhece seu pai, ele acha que para uma pessoa ter futuro precisa ter uma boa faculdade, um cargo alto em uma empresa, coisas desse tipo, e bom, Damon tem um bar, ele fez faculdade de administração, para o seu pai não passa de um sem futuro, e a filinha dele se casar com um homem desse? Foi uma grande decepção para ele.

— Ele me deixou de lado por um preconceito ridiculo.

— Concordo com você.

  Nossos pedidos chegaram, nós comemos e colocamos as fofocas em dia.

— Filha, que tal um jantar para você no sabado que vem? Para você encontrar seus antigos amigos, todos ficaram muito preocupados.

— Claro, seria ótimo.

— E você pode levar o Damon, claro – ela sorriu.

— Obrigada.

  Nós conversamos muito, e depois de algumas horas ela me deixou em casa.

 Entrei pela porta vermelha, vi Damon deitado no sofá, ele cochilava com um livro em seu peito, seu rosto estava relaxado, e ele estava lindo, fiquei tentada a passar a mão em seu cabelo, mas me contive.

— Já voltou? – ele disse ainda de olhos fechados me dando um baita susto.

— Já – falei após acalmar-me.

— Como foi?

— Nós colocamos o papo em dia. Ela quer dar um jantar para mim no proximo sabado, com meus antigos amigos.

— Parece bom.

— É sim, e você vai, né?

— Você quer que eu vá?

— Claro.

— Então pode ter certeza que eu irei. – ele me deu um sorriso que eu ainda não conhecia, e ele era encantador.

 O restante da tarde se passou, nós ficamos o dia todo no sofá assistindo á televisão.

Por volta das 20h resolvemos ir até o bar do Damon, apenas calcei meus sapatos e lá fomos nós. Haviam poucas pessoas, mas quando entramos a garota loira que esteve no hospital veio em minha direção sorrindo, e me abraçou, eu retribui meio desajeitada.

— Elena, que bom que você veio – ela tocou meu braço com carinho.

— Queria conhecer o lugar.

— Quase todos os finais de semana nós estavamos aqui, Damon, você, Klaus e eu, nos divertiamos muito.

— Klaus?

— Sim, meu noivo, ele não pode vir hoje, mas lhe mandou um abraço.

— Obrigada – sorri sem saber o que mais poderia dizer.

— Quer beber algo? – disse Damon.

— O que eu costumava beber?

— Tequila – disseram os dois juntos.

— Minha nossa – eu ri – eu bebia tequila?

— Sim, e você adorava.

— Então, uma tequila – disse ao Damon, que sorriu e foi para trás do balção.

 Fiquei sentada ali no banco ao lado da Caroline, eu observava as pessoas que iam chegando, Damon voltou com três doses de tequila, uma para cada um, nós a viramos juntos. Aos poucos o bar foi enchendo, e nós bebiamos doses de tequilas, eu já havia perdido a conta, estava tonta, mas eu me sentia leve, nós três conversavamos sobre assuntos aleatórios, e eu já pude entender o porque de eu gostar tanto daqui.

— Elena – Damon disse em meu ouvido - Vamos para casa? Já está tarde, e acho que você bebeu um pouco mais do que deveria – ele riu.

— Hmmm – não consegui dizer mais do que isso.

 Nos despedidos de Caroline, e Damon me ajudou a ir até o carro, ele me colocou no banco do carona, e prendeu meu cinto, o caminho de volta para casa foi um borrão, e quando me dei conta já estávamos em casa, e eu estava sentada no sofá.

— Você se divertiu? – Damon perguntou se sentando ao meu lado.

— Uhum – foi tudo que consegui dizer até cair deitada no sofá rindo, do que? Eu não faço idéia.

— Vem, vamos leva-la para cama.

 Damon passou meu braço por seu ombro, e foi me carregando até o quarto, ele me sentou na cama.

— Você consegue trocar de roupa Lena? – ele segurava meu rosto, e eu não entendia o que ele dizia.

 Apenas levantei a sombrancelhas, tombando para o lado, Damon me segurava para que eu não caisse da cama, mas algo começou a me dar ânsia, senti algo quente voltar por minha garganta, eu vomitei, botei tudo para fora.

— Meu Deus Elena – Damon ria – Sabia que não devia ter te dado tanta bebida.

 Ele segurava meus cabelos, enquanto eu colocava mais daquele alcool para fora, ele me olhava com uma cara engraçada.

— Elena, você vomitou na sua roupa. - disse ele tentando segurar outra parte do meu cabelo que caia no rosto.

— Você é tão lindo – aquilo saiu da minha boca naturalmente.

— Obrigado – ele riu – ainda bem que mesmo se esquecendo de mim você ainda me acha bonito.

— Eu esqueci de você? Como eu pude?

— Eu queria saber também.

 Fiquei em silêncio, Damon com muita cautela tirou minha bulsa e a jogou de lado, fez o mesmo com minha calça jeans, e colocou apenas uma camiseta grande e larga em mim, e prendeu meu cabelo num rabo de cavalo extremamente mal feito.

— Agora você precisa dormir – ele me deitou, e me cobriu.

— Não quero dormir – resmunguei.

— Você precisa dormir, vai se sentir melhor amanhã.

— Tudo bem – deitei minha cabeça no travesseiro, e senti que Damon se levantou, lutei para abrir os olhos – Fica aqui comigo, não quero ficar sozinha.

— Elena, talvez não seja uma boa ideia – ele murmurava.

— É uma boa idéia, eu prometo que não vou te atacar – dei um sorriso malicioso, e ele riu como se eu tivesse dito uma piada.

— Tudo bem então.

 Ele se deitou do meu lado, por cima do edredom, e então eu apaguei. 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? dicas e criticas construtivas, assim como comentários são bem vindos.



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