Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 19
Capítulo 19 - Decisions.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, espero que gostem do cap (: Boa leitura.
E gostaria de agradecer a recomendação da Gabi taisho salvatore, muito obrigada linda, eu amei ♥



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 Decidimos não ir ao teatro hoje, eu estava muito mal com tudo que havia acontecido, chegamos em casa e Damon me puxou para o sofá, se sentou e me sentou em seu colo.

— Você não pode se abalar por causa deles.

— Damon, eu não acredito em tudo o que aconteceu, como um pai pode fazer isso com uma filha?

— O seu pai gosta do Matt, porque eles são iguais.

— Ainda assim – disse me aconchegando seu colo, sentindo seu perfume, sentindo a temperatura de seu corpo abaixo de mim, e então a inconsciência me levou.

 

 

  Quando acordei já passava das 21h, eu estava deitada no sofá coberta com uma manta quente, Damon não estava ali, e ouvi um barulho na cozinha, me levantei e fui até lá.

— Estou fazendo o jantar – disse ele ao perceber minha presença.

— Estou mesmo com fome – me encostei no batente da porta e fiquei o observando.

— Vamos jantar e podemos desfazer suas malas.

— Damon, não me entenda mal – disse procurando as palavras certas – eu preciso morar sozinha por um tempo, preciso dessa experiência, e se eu me acomodar aqui eu jamais vou ter coragem de sair.

— Te entendo – ele disse voltando seu olhar para a panela.

— Ei – caminhei até ele e o abracei por trás, colocando a cabeça em suas costas – Nós ainda vamos estar juntos.

— Eu sei, mas vou sentir sua falta aqui.

— Eu sei – o apertei um pouco mais, e ficamos longos minutos assim.

 

                                                                *

 

 Segunda-feira, fiz minha rotina e peguei o metrô, estou querendo minha independência em todos os sentidos, cheguei faltando cerca de quinze minutos para a loja abrir, apenas Lyana estava lá, o que achei estranho.

— Bom dia – disse ao passar por ela.

— Boa dia querida – ela me lançou um sorriso – Elena podemos conversar? Queria aproveitar que estamos apenas nós duas aqui.

— Claro – me sentei na cadeira em frente á mesa dela.

— Sua mãe me falou o que aconteceu entre você e o Damon, e eu sei também que foi a Louise que contou á ele – engoli em seco – eu não posso mandar ela embora por causa disso é claro, mas eu sinto muito.

— Está tudo bem, já passou, nós nos acertamos.

— Fico feliz em saber disso. – ela sorriu e deu um aperto de leve na minha mão.

 Vesti meu uniforme e meu scarpin preto, que agora ficava no meu armário, porque ele era confortável, ficava ótimo com todos os vestidos, e era maravilhoso. Voltei para a loja, me sentei na banqueta atrás do balcão, arranjando algo para fazer, arrumando as planilhas e passando o tempo.

 Dani me lançou um sorriso ansioso quando entrou, e foi direto para a sala de descanso, Louise nem me dirigiu o olhar, e eu preferi assim.

— E então como foi? – disse Dani pegando em minha cintura.

— Com o Damon foi tudo maravilhoso – sorri – já com a minha família.

— O que houve? – ela perguntou.

— Nós iremos almoçar hoje juntas, ai te conto tudo.

— Certo, melhor mesmo, aqui até as araras tem ouvidos – ela disse provocando Louise que estava indo abrir a porta de vidro da entrada, rimos.

   No almoço contei tudo á Dani, toda a briga com meu pai, com Matt, e minha decisão de ir morar sozinha.

— Podemos ir em alguma imobiliária agora, ainda temos quarenta minutos – disse ela olhando no relógio.

— Ótima idéia.

 Pagamos a conta e saímos, ela foi me guiando ate a tal imobiliária, assim que chegamos uma moça de cabelos longos e lisos nos chamou, nos sentamos nas cadeiras á sua frente.

— Então, o que estão procurando?

 Disse para ela que eu procurava um apartamento, com um aluguel que desse com meu salário, e que não fosse em um bairro tão barra pesada, ela virou a tela de seu computador, e foi me mostrando fotos de alguns, a maioria parecia um ovo, mas alguns mais antigos me chamaram a atenção, marcamos de ir  vê-los no meu horário de almoço do dia seguinte, ela me deu seu cartão e nós saímos. O restante do dia foi normal, Dani e eu conversávamos enquanto não havia clientes, Louise estava completamente muda, mal ficava perto de nós duas, e o finalmente a hora de ir embora.

 Mal dava para andar na rua sem alguém quase me levar junto, o metrô estava ainda mais lotado, mal dava para respirar. Cheguei em casa com a sensação que um caminhão havia passado por cima de mim.

— Como foi?

— Tudo bem – sorri – no meu almoço eu fui em uma imobiliária – ele levantou os olhos para mim – vou ver alguns apartamentos amanhã.

— Tomara que dê certo pequena – ele me puxou pela cintura para que me sentasse ao seu lado, e me deu um beijo demorado.

— Ah Damon – disse com um sorriso bobo nos lábios quando ele parou de me beijar, e então ele me abraçou e nós ficamos  abraçados no sofá até meu celular tocar, relutante e irritada atendi.

— Alô.

— Oi filha – era minha mãe – como você está?

— Estou bem, e você?

— Estou bem querida. Estou te ligando porque queria almoçar com você amanhã, o que acha?

— Pode ser um outro dia? Amanhã eu vou olhar alguns apartamentos.

— Melhor ainda, eu vou com você.

— Tem certeza que quer isso mãe?

— Claro, quero ver se é um lugar seguro para minha filha.

— Tudo bem então, eu saio 12:30.

— Certo, eu te busco lá e nós vamos.

— Ok mãe.

— Tudo bem então querida, vou deixar você descansar.

— Tchau mãe, até amanhã.

 

 Joguei o celular para o outro lado do sofá e voltei a beijar Damon, ele me deitou e deixou seu corpo acima de mim, ele beijava meus lábios, descendo por meu queixo, meu pescoço, e aquela sensação era maravilhosa, eu adorava estar ali, em seus braços, sentindo seus beijos, seu toque, não me canso nunca.

                                                                           *

 Minha mãe batia papo com Lyana enquanto eu esperava para poder ir almoçar, e as duas mão paravam um minuto.

— Mãe eu preciso ir, pode ficar ai conversando, eu vou sozinha, não tem problema – para falar a verdade eu não queria que ela fosse, ela irira criticar cada um deles, e iria aprovar apenas um que eu não pudesse pagar.

— Claro que não, vou com você – num pulo e ela já estava ao meu lado.

 Saimos em direção á imobiliária, Julianne a corretora nos deu os endereços e nós iriamos nos encontrar lá. Minha mãe tagarelava em como o bairro teria que ser um local seguro, e as coisas que precisaria ter obrigatoriamente, e eu estava cada vez mais desanimada.

— Chegamos – Julianne sorriu ao abrir a porta de um dos apartamentos, ela nos deu passagem.

 Eu observava as paredes brancas, ele estava muito empoeirado, havia rachaduras pelas paredes, e um cheiro de mofo terrível.

— Já podemos ir para o próximo? – cochichou minha mãe em meu ouvido, apenas assenti querendo sair dali o mais rápido possível.

 Segundo apartamento, um lugar extremamente pequeno, que não caberia nem uma cama de casal no quarto, tinha uma cozinha minúscula que se juntava com a sala, também minúscula.

 Terceiro apartamento, esse era um pouco maior, mas era bem iluminado, havia um quarto de tamanho médio, uma cozinha pequena e uma sala razoável.

— Filha, posso te levar em um que eu ví anunciando? – minha mãe me perguntou.

— Tudo bem – respondi. – Julianne eu vou ver um outro apartamento com minha mãe, mas posso deixar meu interesse por este?

— Claro, eu deixo marcado – ela sorriu, nós nos despedimos.

 Minha mãe me levou até o tal apartamento, no Upper East Side, o que já me irritou, eu com certeza iria gostar e com certeza não poderia pagar, ela quer me torturar.

 O dono era um amigo dela, e eles já haviam combinado então ela estava com a chave, nós subimos pelo elevador, tinha um corredor com quatro portas, ela caminhou até a ultima, e abriu o apartamento.

 Havia ali um curto morredor, que dava na sala de estar, reparei nos móveis que estavam ali, ainda por cima é mobiliado. Ele era de um tamanho razoável, o quarto era espaçoso e adivinha? Tinha um closet desejável. Havia um outro quarto, era menor, mas caberia uma cama e havia um guarda roupa embutido. A cozinha era toda planejada com móveis pretos e brancos, havia uma geladeira comum, um fogão comum, uma bancada de mármore preto, e uma mesa de tamanho médio encostada em uma bancada, e alguns bancos altos e largos, a bancada dividia a cozinha da sala de estar, que já tinha um sofá cinza escuro de dois lugares bem largos, havia um plástico por cima dele, um rack comprido branco de frente para o sofá, e então reparei na pequena sacada, que dava para uma rua movimentada, a sacada era pequena, mas agradável. Choraminguei, eu me imaginaria morando ali com facilidade, e então decidi acabar com as expectativas.

— Quanto é o aluguel?

— Sobre isso – ela desviou seu olhar e saiu andando até a cozinha.

— Vai mãe, fala.

— Eu vou alugar para você.

— Claro que não – disse irritada – não quero nem um centavo que venha do meu pai, e quero morar em um lugar que não dependa dele.

— Elena, eu disse que eu vou alugar para você – ela enfatizou o eu – tenho meu dinheiro, e eu negociei com o dono, e bom, eu ficaria sossegada sabendo que você está segura aqui, num apartamento que tem porteiro, um bairro muito bom, um apartamento que não vai te sufocar e nem te trazer nenhum risco, por favor, me dê essa paz de espirito.

— Mãe, eu amei o lugar, mas não posso.

— Por favor Elena, eu não conto para o seu pai que estou pagando seu aluguel.

— A questão não é essa mãe, quero me virar sozinha.

— Elena entenda, eu quero fazer isso para você, assim como faria para o Jer.

— Mãe eu – eu já não tinha argumentos, eu estava encantada pelo lugar, já o imaginava com a minha decoração. – Não faz isso comigo – abaixei a cabeça.

— Já chega, você vai ficar e pronto, não tem mais discussão.

— Mãe – eu fui vencida, a abracei forte, e dei um beijo em seu rosto – prometo que não vai ser por muito tempo, eu vou dar um jeito de conseguir pagar o aluguel aqui.

— Não se preocupe com isso meu anjo – ela passou a mão em meus cabelos.

 Nós voltamos á Boutique, minha mãe explicou á Lyana o porque de eu me atrasar meia hora, e ela aceitou numa boa, e fiquei ainda mais feliz do que já estava, eu estava radiante na verdade. Embora eu quisesse me manter sozinha, ser totalmente independente, estava feliz com a ajuda da minha mãe, eu com certeza não arranjaria um lugar bom com o aluguel que eu poderia pagar.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? deu pra ter uma noção do apartamento? kk não sou muito boa em detalhar isso maaaas... Enfim, aguardo os comentarios, e quem quiser falar comigo pelo twitter é @dobreholtt :*



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