Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 16
Capítulo 16 - Can i call you boyfriend?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura povo (:



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  Finalmente chegou a sexta-feira, eu estava ansiosa, era como ter um primeiro encontro de novo, estou sendo ridícula, eu sei. O dia passou devagar quase parando, é impressionante como quanto mais queremos que passe rápido, mais devagar passa. No trabalho foi monótono, Dani e eu conversávamos o dia todo, e pude ver os olhares de raiva de Louise, eu não falei mais nada com ela, ela deve ter percebido que eu descobri que ela mandou aquela mensagem para o Damon, pobre coitada, tenho é pena.

 Eu fui quase correndo para casa, só não corri mesmo porque estava de salto,  Damon viria me buscar ás 20h, cheguei 18h25m, não falei com ninguém em casa, subi direito para o meu quarto, tomei um banho relaxante, sai enrolada na toalha, sequei meus cabelos com o secador, e passei o babyliss apenas nas pontas para dar efeito ondulado. Eu estava no closet, passava todas as roupas penduradas, até que vi um vestido preto, era um dos que eu havia comprado no domingo, e fiquei feliz da minha mãe ter me arrastado para fazer compras. O vestido era todo preto, com um decote em V, tinha duas alças bem finas, justo até a cintura, e depois dela era um pouco mais solto, o vesti, ele ficava um pouco curto, mas ficou incrível no corpo, então decidi ir com ele mesmo, escolhi um dos sapatos novos também, ele tinha um salto de quinze cm, uma sandália quase toda aberta, ela tira uma tira grossa em cima dos dedos, uma um pouco mais acima no peito do pé, uma mais fina um pouco mais acima, e então uma mais grossa que prendia no tornozelo, peguei uma das minhas bolsas antigas, ela era pequena e circular, com alguns detalhes de metal dourados, escolhi apenas um brinco comprido dourado, enquanto estava me maquiando minha mãe entrou no quarto.

— Você está linda filha – disse ela ao me observar.

— Obrigada, não acha que está um pouco exagerado?

— Está, um pouco – ela riu – mas está lindo.

 Acabei a maquiagem, passei um perfume, e olhei no relógio, Damon chegaria a qualquer momento, fiquei conversando com minha mãe no quarto, até ouvir uma buzina, meu coração acelerou.

 Peguei um casaco preto, desci as escadas e pude ver meu pai que estava indo para sala de estar, e claro ele não poderia deixar passar.

— Acho que já vi esse filme antes, e não gosto – ele bufou e continuou seu caminho até a sala.

 Revirei os olhos, hoje nem ele iria conseguir me irritar, caminhei até o carro de Damon, entrei e coloquei o cinto de segurança.

 - Caramba – Damon disse quando me viu.

— Exagerei né? – disse me desanimando – Vou lá...

— Para, está perfeito Lena, você está linda.

— Obrigada – sorri, dei um selinho nele.

— Onde quer ir?

— Deixo para você decidir – eu ri, era sempre a mesma resposta.

— Ta bom – ele riu e ligou o carro.

 Quarenta minutos depois ele parou em frente á um restaurante, era um restaurante muito chique, eu já estive aqui algumas vezes quando meu pai quis fazer algum agrado após algumas burradas.

— Adoro esse lugar – um rapaz de seus vinte e poucos anos abriu a porta para mim, desci e ele me lançou um sorriso, ele me olhou dos pés á cabeça, e no mesmo instante Damon estava ao meu lado, passou a mão por minha cintura e lançou um olhar repreensivo, o rapaz se encolheu e sorriu sem graça para mim.

— Vocês homens – revirei os olhos para o Damon que achou graça do meu comentário.

  Caminhamos até a entrada do restaurante, uma moça muito bonita, de pernas compridas e cabelos claros sorria para nós.

— Damon Salvatore – ele disse á ela, ela procurou em seu iPad.

— Certo, mesa para dois, pode me seguir Sr. Salvatore? – ela sorriu e saiu caminhando pelo restaurante, até uma das mesas mais afastadas – Espero que gostem – ela sorriu e se afastou.

— Você já tinha feito reservas? – perguntei, ele assentiu dando de ombros e olhando o menu – e se eu tivesse dito algum outro lugar?

— Você nunca diz Elena, quem sempre escolhe sou eu – ele abaixou o cardápio, olhou para mim rindo – três anos que nós saímos juntos, e em todo esse tempo se você escolheu três lugares foi muito.

— A partir de hoje eu também vou escolher lugares legais para irmos – disse encarando o cardápio á minha frente.

— O que você vai querer? – disse ele voltando ao cardápio.

— Que tal começarmos com ostras? – perguntei o encarando.

— Boa ideia Sra. Salvatore. – quando ele disse Sra. Salvatore algo me incomodou, sei que é isso meu sobrenome também é Salvatore, mas não estou acostumada, vendo minha reação ele se corrigiu – ou se preferir Srta. Gilbert.

— Obrigada – pelas duas coisas.

 Damon fez o pedido ao garçom, com um vinho, e algum tempo depois chegaram as ostras e o vinho. O garçom nos serviu e se retirou.

 Após alguns goles de vinho, algumas ostras e um calor começando, Damon segurou minha mão sobre á mesa, e ficou me olhando.

— Sabe, eu fiquei tão bravo com você – ele começou – mas acho que no fundo eu não te culpo. – ele desviou o olhar e após alguns segundos me olhou novamente – A realidade que você se lembrava era de estar com ele, estar noiva dele, e não casada comigo.

— Damon mesmo assim, até eu fiquei com raiva de mim – confessei e ele riu – Foi muito errado, e eu percebi isso no mesmo segundo, eu já estava gostando de você, nós estávamos nos dando muito bem, você respeitou meu tempo, meu espaço, minhas decisões.  – ele ficou em silêncio, acho que esse ainda é um assunto delicado ainda. – Então, como estamos? – perguntei.

— Como assim? – ele disse confuso.

— Estamos casados, mas eu não me lembro, decidimos começar de novo, eu fiz besteira, estou confusa.

— Eu também não sei te responder isso.

— Então posso dizer que nós estamos... Namorando?

— Acho que sim – ele sorriu – mas quando eu soltar algumas coisas como agora á pouco de te chamar pelo nosso sobrenome, e coisas do tipo, finge que não aconteceu, eu posso saber que estamos começando de novo, mas essas coisas ficam na cabeça sabe?

— Tudo bem então. – sorri e entrelacei nossos dedos.

 Nós pedimos o prato principal, estávamos comendo e bebendo, e conversando sobre coisas aleatórias, ai então me lembrei.

— Damon, eu esqueci de te perguntar, o que a Louise estava te falando na quarta feira quando você foi me buscar?

— Nada demais, ela perguntou se nós estávamos bem juntos e como eu estava.

— Aquela víbora. – disse cerrando os dentes.

— Por que?

— Foi ela que te mandou a mensagem – ele me olhou surpreso – ela ouviu minha conversa com a Dani, eu estava falando pra ela que eu ia te contar, no momento certo, e a criatura ouviu.

— Mas por que ela faria isso?

— Não reparou como ela te olha? O único momento do dia em que eu via ela sorrir era quando você entrava na loja para me esperar.

— Sério?

— Sim, na cabeça louca dela, ela deve ter pensado que se nós não estivéssemos mais juntos, você poderia se interessar por ela.

— Caramba – ele deu uma risada – ela não faz muito meu tipo.

— Ainda bem.

 Mais conversas, mais vinho, uma sobremesa maravilhosa, e então resolvemos ir embora, passava das 22h.

— Não queria ir para casa – respirei fundo ao colocar o cinto de segurança.

— Quer ir onde?

— Nós poderíamos ir até o seu bar – disse piscando para ele com um sorriso meigo, ele riu.

— Pode ser.

 Ele dirigiu até lá, parecia que nada havia acontecido entre nós, conversávamos sobre tudo. Finalmente chegamos no bar, entrei e Damon me indicou um lugar mais vazio para me sentar, ele passou para trás do balcão comprimentando uma moça baixinha de pele morena e cabelos pretos.

— O que vai querer senhorita? – disse ele se debruçando na minha frente.

— Hmmm – disse analisando o cardápio á minha frente – vou querer um Blue Moon, bem caprichado.

— É pra já – ele riu e começou a preparar o drink, ele acrescentou gelo, uma fatia fina de limão, colocou um canudo preto e me entregou, tomei um gole, estava ótimo – Muito bom – gritei para que ele pudesse me ouvir.

 Damon se sentou ao meu lado com um copo de Bourbon, ele passava a mão pelo meu braço com um sorriso sexy nos lábios ri.

— Você sorri assim para todas as clientes? – gritei em seu ouvido, a musica parecia estar mais alta a cada minuto.

— Apenas para as mais especiais – ele piscou.

— São muitas? – perguntei  com medo da resposta.

— Apenas uma, ela é linda, tem cabelos e olhos castanhos, é engraçada, adora uma piada e tem o sorriso mais lindo que já vi na vida, acho que você iria gostar dela – ele afirmou com a cabeça.

— Eu acho que nos daríamos muito bem – concordei e caímos na risada.

 Após mais alguns drinks, alguns flertes, e alguns beijos, Damon me levou para casa, ele parou o carro na porta, eu fiquei o olhando.

— Está entregue – ele riu.

— Obrigada pela noite Damon, eu adorei, e me diverti muito.

— Então deu certo – ele riu de canto.

— Sempre dá – dei um longo beijo nele, passando a mão por sua nuca, ele alisava minha pena com o dedo indicador.

— É melhor você descer, antes que eu te sequestre e leve para minha casa.

— Isso não pode acontecer – disse séria, mas cai na risada.

— Podemos sair amanhã?

— Claro, para onde?

— Vai ter uma peça de teatro que acho que você vai gostar, eu te ligo para combinar a hora.

— Certo.

 Mais alguns beijos e eu consegui sair do carro, peguei a minha chave e abri a porta, tirei os sapatos como eu fazia quando era adolescente, e fui andando de mansinho até a escada.

— Isso são horas? – ouvi a voz grossa do meu pai vindo da sala, pensei em ignorar, mas sabia que não era uma boa idéia, caminhei até a porta.

— Que eu me lembre não tenho toque de recolher.

— São quase três horas da manhã Elena.

— Pai sem showzinho tá? Eu já tenho vinte e cinco anos, não tenho mais idade para ouvir sermão por horário.

— Minha casa, minhas regras, você pode ter cinquenta anos, se morar comigo quem decide se vai ter sermão por horário ou não sou eu. – ri com ironia.

— Você esta nervosinho porque eu sai com o Damon não é? Claro, se fosse o Matt eu poderia nem voltar não é mesmo? Eu juro que não entendo você – minha voz estava mais alta do que eu gostaria – Quando um cara é bom comigo, cuida de mim, faz coisas boas para mim, ele não serve, mas quando um cara é cafajeste, traidor e mentiroso ele serve? – gargalhei.

— Matt é alguém na vida, ao contrário desse Damon – tinha repulsa em sua voz.

— Me poupe de suas ladainhas ok? Matt é alguém na vida? Metade do dinheiro que ele tem é roubado do povo, dinheiro sujo é melhor não ter. E agora já está muito tarde para ouvir essas baboseiras tudo de novo.

 Antes que ele disse alguma coisa, eu fui até as escadas e caminhei até meu quarto, tranquei a porta e me joguei na cama.

 Flashes da noite maravilhosa voltavam, eu sorri sem nem perceber, fiquei tão feliz por Damon deixar aquilo de lado. Tirei a maquiagem, vesti um pijama, e me joguei na cama, dormindo logo em seguida. 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? me desculpem se houver algum erro de digitação ou qualquer coisa, eu não pude revisar o capitulo todo, mas espero que tenham gostado, e eu espero ansiosa os comentarios de vocês.
Gente os looks da Elena, quando eu tento detalhar um pouco mais, eu geralmente faço no Polyvore, então se vocês quiserem dar uma olhada lá, pra ter uma noção melhor, o meu user é missdobreva e está com uma foto da Claire Holt, ai é só procurar o look que bate com a descrição que eu dei. É isso xx



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