Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 14
Capítulo 14 - I want my home.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, espero que gostem do cap, boa leitura :*



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 Minha cabeça latejava, abri os olhos e reconheci meu antigo quarto, me sentei na cama e fiquei olhando ao redor, uma cama de casal, um closet com portas de vidro, uma escrivaninha branca, um abajur comprido rosa claro ao lado da cabeceira, o acendi e me levantei, estava me sentindo estranha, peguei um adivil na minha bolsa, e voltei a me deitar, mamãe colocou a roupa de cama exatamente como eu á usava a dois anos, mas não consegui me sentir confortável, pensar em Damon me dava um aperto no coração, eu não podia ter feito isso com ele, e eu não queria ter feito, só de pensar que eu o machuquei já quero esbofetear a minha cara.

                                     DAMON

Elena havia saído a duas horas, eu estou me sentindo pesado, meu coração está pesado, não consigo dormir, virando pela cama, é como á três meses, ela não está aqui, e ao acordar, não vou ver ela sorrindo e me dizendo bom dia, mas ao mesmo tempo me vem a imagem da minha linda esposa beijando aquele babaca do Matt Donovan, mesmo que ela não se lembrasse do que ele fez, mesmo que ela não se lembrasse que me ama, não foi justo, ela me traiu, traiu nossa união, traiu nosso acordo, e pior ainda, ela foi pra cama comigo por culpa, acho que isso é o pior de tudo. Lord ficou na porta a noite toda á espera dela, as três vezes que me levantei para beber água, lá estava ele. A noite toda me perguntei como ela estaria, porque mesmo com raiva dela, eu não acho que ela tenha feito de propósito, mas ela devia ter me dito. Tive que tomar um remédio para finalmente conseguir dormir.

                                 ELENA

 Acordei com a luz do sol entrando pela janela, coloquei o travesseiro na cabeça, senti algo levantar meu edredom e a voz doce da minha mãe.

— Bom dia filha – ela se sentou na cama – vamos conversar?

— Não – resmunguei.

— Vai Elena, me conta o que aconteceu.

— Mãe, eu não quero falar sobre isso – me sentei na cama, minha cabeça doía.

— Eu sou sua mãe, não tem essa de não quer falar sobre, pode começar.

  Não adiantou bufar, reclamar, espernear, ela iria ficar ali até eu contar á ela, até saber de tudo, não me daria sossego, então mesmo com vontade de chorar, dormir até o pesadelo acabar comecei a contar.

 Contei tudo para ela, todos os detalhes, do beijo de Matt, da minha noite com Damon, de como nós estávamos nos dando bem, da mensagem, e do que Damon me disse, e também da lembrança dolorosa que me veio, ao me lembrar de Matt e Bonnie na cama.

— Vocês sabiam disso? – perguntei para minha mãe, ela assentiu calada – e por que você não me disse?

— Não queria que você ficasse mal pela mesma coisa, queria que você recuperasse suas lembranças boas, as que tinham o Damon.

— Mãe, você poderia ter evitado toda essa confusão.

— Elena não me culpe pelos seus erros.

 Ela estava certa. Nós duas ficamos em silêncio, ambas tinham culpa, claro que eu tinha muito mais do que ela, mas não ia dizer isso.

— É o seguinte, você vai se levantar, e nós vamos sair.

— Não vou sair daqui – disse deitando e colocando o rosto no travesseiro.

— Você vai sim, á anos não fazemos um programa mãe e filha, vamos aproveitar, logo logo você se acerta com Damon, volta para casa dele, e eu não vou ter feito nada com a minha filha, anda, levantasse, tome um banho e vista algo, em uma hora quero você lá em baixo tomando café comigo.

 Relutante me levantei, e fiz o que ela disse, ao me olhar no espelho do banheiro até me assustei, estava com olheiras profundas e o rosto inchado e vermelho, tomei um banho rápido, vesti uma calça jeans e uma blusa qualquer, um tênis, prendi o cabelo num coque solto e desci.

— Bom dia Lena – disse Jer sorrindo, ele me abraçou.

— Bom dia.

  Tomei café com ele, quando minha mãe apareceu ela me olhou dos pés a cabeça e respirou fundo, com certeza ia fazer algum comentário sobre minha roupa, mas não fez.

— Pronta? – ela disse sorrindo.

— Não – disse totalmente desanimada.

— Vamos Elena, você vai gostar – ela sorriu me puxando da cadeira.

— Não vou gostar, eu gostaria de estar na minha casa, com Damon, e o Lord deitado em cima de mim me tirando o ar – ao dizer minha casa meu coração se apertou.

— Isso vai ficar para um outro dia, anda, vamos ao salão, e depois vamos comprar umas coisinhas, você anda muito desleixada com o visual.

— Mãe pelo que eu sei eu mudei nesses três anos, não sou mais a Elena que fazia o que o papai queria, e era fútil e inútil.

— Sei que não filha, mas agora você nem se lembra dela, você pode ser uma terceira Elena – ela riu – pode misturar seu antigo estilo, com o atual que mal se lembra.

 Enquanto ela dizia isso, me lembrei de quando Damon disse, antes de sairmos para jantar. Hoje era domingo, então apenas o shopping estaria aberto, e para lá fomos nós.

  Eu não estava nem um pouco animada, eu só queria ficar na cama, esse tipo de programa não me animava mais, mas minha mãe estava tão feliz, que me forcei á sorrir as vezes para agrada-la.

  No salão fizeram alguns reflexos loiros em meus cabelos, e uma hidratação, pintaram as unhas num tom de rosa claro, e eu aproveitei para descansar um pouco. Gostei do meu cabelo, ficou bonito, e automaticamente pensei no que Damon acharia, afastei o máximo que pude esse pensamento. Depois foi a hora das compras, acho que minha mãe me fez entrar em absolutamente todas as lojas do shopping, na terceira loja eu nem experimentava mais as roupas, apenas via a que gostava, pegava meu numero, pagava e ia embora, definitivamente eu não estava no pique, mas continuamos assim, paramos apenas para almoçar. Nosso almoço foi praticamente todo em silêncio, aproveitei para checar meu celular, mas não havia nenhuma mensagem, ligação, ou mensagem de voz de Damon, o que me deixou ainda mais chateada.

 Voltamos ás compras, os meus pés já não aguentavam mais, nenhuma de nós conseguia carregar mais sacolas, então resolvemos ir embora.

 Chegamos em casa, coloquei todas as sacolas no closet e fechei as portas, tirei meus tênis, a calça jeans, e me joguei na cama. Após alguns minutos resolvi engolir meu orgulho e mandar uma mensagem para o Damon.

    Você está bem? –Elena.

 Fiquei encarando o celular, e nada, quando o joguei de lado na cama e liguei a televisão para tentar me distrair, ele vibrou, meu coração veio na boca.

   Nem um pouco.

 Foi a resposta dele, meu coração se apertou ainda mais, desliguei a televisão, e me joguei nos travesseiros, não demorou para que eu pegasse no sono.

  Meu celular tocava ao meu lado, tateei-o na cama e desliguei o alarme, com vontade de dormir o restante do dia, mas me levantei, tomei um banho, vesti uma calça jeans, uma camiseta branca, e uma bota de salto médio e cano curto, olhei no relógio e ainda era cedo, não haveria um Damon para tomar café da manhã comigo, então resolvi ficar ali deitada esperando dar a hora, sem contar que para chegar no meu trabalho daqui eram apenas quinze minutos caminhando.

 Mais uma hora se passou, peguei minha bolsa e desci as escadas, estava saindo pela porta quando ouvi alguém me chamar na sala de jantar.

— Elena? – era meu pai.

— Oi – disse num tom baixo.

— Já está indo trabalhar? – eu assenti – espera, eu te levo.

— Não precisa, é aqui perto.

— Eu te levo filha.

  Eu não queria ir com ele, me lembrei que ele deu um jantar chamou o filho da mãe do Matt e a Bonnie, como ele pôde?

 Entrei no carro, coloquei o cinto, e ele fez o mesmo, fomos em silêncio, mas eu não aguentava mais segurar.

— Por que? – perguntei, ele fez uma cara de desentendido, o encarei irritada e ele entendeu, pois respirou fundo.

— Eu queria provocar o Damon – ele confessou, olhei para ele mais irritada ainda.

— Pra que? O que você ganhou com aquilo?

— Você não entende? Eu odeio aquele homem, sempre vou odiar, ele é de longe o que eu queria para minha filha.

— Claro, você queria alguém como você não é? Da politica, que tenha muito dinheiro, uma casa enorme, e traia a sua esposa, esse realmente seria o melhor para mim – disse ironicamente, ele ficou calado. – E a propósito, o Damon não é um pobre coitado, ele tem dinheiro, só que ele prefere gastar com coisas que importam, não com luxo e futilidades.

 Ele não disse nem mais uma palavra, e então fomos em total silêncio o caminho todo, assim que ele parou em frente á Boutique, eu desci batendo a porta sem dizer nada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? dicas e criticas construtivas são bem vindas, assim como comentários que ajudam MUITO.
Quem quiser falar comigo, ou perguntar alguma coisa sobre a fic meu twitter é @dobreholtt



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