Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 102
Capítulo 102 - Godmother.




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 Damon voltou algumas horas depois, a enfermeira me liberou para tomar um banho, mas quando coloquei os pés no chão e dei um passo senti uma dor insuportável em minha parte intima, ela disse que era normal, e que passaria em alguns dias.

 Tomei um banho rápido, sem nem lavar o cabelo, pois estava sentindo muita dor. Ele me ajudou a vestir um pijama de seda rosa claro, e eu voltei a me deitar na cama, Sophie voltou algum tempo depois para que eu a alimentasse, Damon ficou com ela no colo o tempo todo, até levarem ela de novo.

                                                                                                       *

 Damon já havia assinado os papéis da alta, enquanto eu conversava com uma enfermeira, que percebeu que eu estava em pânico por levar a minha bebê para casa, ela me tranquilizava dizendo que eu iria fazer tudo certo, porque eu já tenho instinto maternal, e eu não consegui acreditar nela.

 Coloquei Sophie no bebê conforto, prendi o cinto e me sentei ao lado dela, enquanto Damon colocava as malas e presentes no carro. Quando chegamos ele pediu para que eu esperasse um pouco antes de entrar, por causa de Lord que ficaria eufórico.

— Pode vir – ele gritou, com cuidado subi as escadas com Sophie no colo, ao abrir a porta que dava no hall da casa, vi Lord tentando se soltar dos braços de Damon, enquanto latia desesperado – eu vou levar ele até ai, se ele tentar pular você levanta ela – eu assenti.

 Ele foi caminhando em minha direção segurando o Lord, e tentando acalma-lo.

— Calma, calma – coloquei a palma da mão na altura de seu rosto, ele não tentou pular, ficou lambendo a minha mão, comecei a fazer carinho em suas orelhas e Damon foi o soltando aos poucos, ele continuou sentado ao meu lado, entreguei Sophie a Damon e brinquei com ele, ele me cheirava como louco, mas estava mais calmo, nem tentou pular em mim como faz normalmente.

 Me sentei no sofá da sala, com Damon ao meu lado, peguei Sophie no colo e chamei Lord, Damon segurou seu corpo, enquanto ele cheirava Sophie.

— Essa é a nova integrante da família Lord, ela não é um brinquedo ok? – disse acariciando sua cabeça – embora pareça.

 Em alguns minutos ele perdeu totalmente o interesse nela, e voltou para sua cama roendo um osso.

— Pronta para ver o quarto? – Damon disse sorrindo ao meu lado.

— Finalmente vou poder ver esse quarto – me levantei.

 Eu ainda tinha receio de segurar Sophie enquanto andava, andava com o maior cuidado possível. Subi as escadas e parei em frente a porta do quarto, ele sorriu animado e abriu a porta, entrei no quarto e sorri, estava lindo.

 O berço estava no meio do quarto, encostado em um painel estreito que formava um L até o teto, nesse painel na parte do teto havia um lustre rosa claro em forma de coração, no berço havia os protetores de berço que compramos, todo marrom com bolinhas rosa clara, na parte da cabeceira havia uma ursinha branca com laço rosa claro, o lençol todo branco, com a fronha combinando com os protetores, ao lado do berço estava a cômoda que compramos, com o trocador rosa claro e branco acima dela, e ali as caixinhas organizadoras com as coisas para trocas,  do outro lado do berço estava o guarda roupa, mas não era o que havíamos comprado, esse era todo aberto, e ocupava a parede toda, a parte da arara de um lado, e do outro algumas prateleiras com bichos de pelúcia e retratos vazios, na janela havia uma cortina rosa clara, perto da porta estava a poltrona branca, com uma almofada rosa, no centro do quarto havia um tapete de pelinhos bege, que combinada com o papel de parede, listrado em tons de bege branco e cinza, e dois quadros vazios, a luz central do quarto era ajustável, Damon ficou me olhando.

— Ficou perfeito – me virei para ele e o beijei – eu amei amor, ficou tão delicado e fofo.

— Que bom que gostou, eu ia mandar fazer o nome dela para colocarmos na parede, mas deixei para depois, ainda bem que não fiz – ele riu.

— Apenas nós mesmo para de ultima hora mudarmos o nome da nossa filha – me sentei na poltrona – Esse é o seu quarto bebê – disse aproximando meu rosto do dela.

 A coloquei no berço, e ela ficou olhando concentrada para a ursinha que ficava acima de sua cabeça.

— Eu só não guardei as roupas ainda, não sabia como você iria querer, então...

— Obrigada – disse passando meus braços por seu pescoço e o beijando.

 A tempos não nos beijávamos assim, a barriga atrapalhava um pouco, ele passou a mão por minha cintura me trazendo para mais perto de seu corpo, só paramos quando o ar nos faltou.

— Estou com saudade de você – ele disse encostando a testa na minha.

— Eu também, você não imagina o quarto.

— Mais quarenta dias, eu vou surtar – ele disse e riu.

— Vai passar rápido – dei um selinho demorado.

 Sophie acabou dormindo ali, Damon e eu começamos a arrumar as roupinhas já lavadas nas gavetas, e depois abrimos os presentes, mandei uma mensagem agradecendo cada um.

 Após o almoço, nós ficamos sentados no sofá, abraçados, com a babá eletrônica ao lado, de dois em dois minutos eu ficava olhando para a tela para ver se estava tudo bem, e ela dormia profundamente.

— Você ainda não se decidiu. – ele disse passando a mão pela minha coxa.

— O que?

— Quem vai ser a madrinha da Sophie – droga, eu havia me esquecido completamente disso.

— Você já escolheu?

— Klaus, Enzo não lida muito bem com crianças.

— Eu estou perdida, não sei o que fazer, eu sou madrinha da Emma, e pensei nela para madrinha, mas ai a Caroline vai ter um surto, e se eu der para a Caroline, a Dani vai ficar chateada, eu não sei o que vou fazer.

— Eu não sei nem como te ajudar pequena.

— Eu quero que seja a Dani, mas sei que a Caroline não vai me perdoar.

— Claro que vai, ela vai ficar chateada um tempo, mas vai passar, você conversa com ela.

— Vou chamar ela para vir aqui hoje, ai nós conversamos com eles, ela vai ficar ainda pior por você ter escolhido o Klaus.

— Ela supera – ele deu um beijo na minha cabeça.

 Após convidar Car e Klaus para virem aqui, Damon e eu ficamos mais alguns minutos no sofá, entre beijos e cariciais, eu senti tanta falta de estar com meu marido.

 Sophie acordou chorando, eu subi até lá e a peguei do berço, troquei sua fralda e nós descemos até a sala. Ficamos conversando com ela por longos minutos, ela nos olhava com atenção, Damon tinha um sorriso bobo estampado nos lábios, era lindo de se ver.

 Por volta das seis da tarde Car e Klaus chegaram, Caroline correu até o banheiro e voltou um minuto depois e pegou Sophie dos braços de Damon, que revirou os olhos.

— Oi para você também Caroline – ele disse.

— Oi – ela disse sem olhar para ele, se sentou com Sophie no colo e ficou fazendo caretas para ela. – Como você está? – ela perguntou algum tempo depois olhando para mim.

— Dolorida, mas bem – sorri.

— Vale a pena – ela voltou sua atenção para Sophie – não é? Vale a pena sim – ela dizia com aquela voz boba de quando se fala com bebês.

 Vendo ela assim toda babona e atenciosa, como vou ter coragem de dizer que ela não vai ser a madrinha? Estou entre a cruz e a espada, e voltei a ter duvidas se era o certo a se fazer.

 Enquanto eles ficavam com Sophie na sala, eu preparei o jantar, e arrumei a mesa, e então Caroline apareceu na cozinha, encostou na bancada e ficou me olhando por alguns segundos.

— Você está estranha – ela disse me analisando.

— Eu acabei de ter um bebê.

— Não é isso, você está... Distante.

— Não estou – disse rindo abafado, não posso falar sobre isso agora, não posso.

— Você sabe que pode me dizer, não sabe? Eu sou sua melhor amiga, estou aqui para o que precisar.

— Eu sei Car – forcei um sorriso – obrigada.

 Damon colocou Sophie no carrinho e todos nos sentamos á mesa, conversamos sobre coisas aleatórias, a conversa estava divertida, mas eu estava sendo corroída por dentro, mal conseguia olhar para Car, ela vai ficar tão brava comigo.

 Assim que terminamos, pedi ajuda da Car para dar banho em Sophie, e iria aproveitar para conversar com ela. Eu estava com medo, não só por falar com ela, mas também porque eu nunca havia dado banho em Sophie sem uma enfermeira.

 Enchi a banheira rosa na temperatura adequada e a levei para o quarto, coloquei no suporte e liguei o aquecedor, separei uma outra roupa para ela e deixei em cima do trocador, Caroline tagarelava sobre seu trabalho, enquanto eu apenas ouvia, com delicadeza tirei a roupa de Sophie, a segurei com firmeza e respirei fundo, chequei duas vezes a temperatura da agua, e aos poucos fui colocando seu corpo, ela não chorou, o que já era um alivio, a segurei com a uma mãe e com a outra passei o sabonete em seu corpo rosado, ela se mexia batendo os pés.

— Ela é tão fofa – disse Caroline parando ao meu lado – você não tem vontade de morder ela? – virei a cabeça lentamente para ela, com cara de ‘’que?’’ ela revirou os olhos.

— Não, nunca tive vontade de morder ela – ri – apertar sim.

— Eu queria um desses – ela disse olhando para Sophie – mas da tanto trabalho, que eu desisto.

— Quando o seu corpo começar a pedir por um desses, você vai se esquecer do trabalho que dá, e o seu mundo vai ser aquela pessoinha, que depende de você para tudo.

— Já está falando como mãe – ela disse colocando a mão em meu ombro – que orgulho – nós duas rimos.

— Boba.

 E então resolvi fazer o que meu coração mandou.

— Você aceita ser madrinha da Sophie? – disse a encarando, ela sorriu e me abraçou.

— Claro que eu aceito – ela encheu minha bochecha de beijos – finalmente Elena, eu já estava conformada que seria a Dani, por você ser madrinha da filha dela e tal, estou tão feliz, obrigada – ela me abraçou novamente.

— De nada – sorri – agora segura a toalha.

 Ela pegou a toalha branca com touca de orelhinhas, coloquei Sophie nela, e a embrulhei, levando até o trocador.

 A sequei com cuidado e delicadeza, vesti um body, uma calça fina, e um macacão rosa por cima, nós voltamos para a sala. Caroline quase saltitava, e fiquei feliz com minha decisão, esquecendo o quanto seria difícil dizer isso a Dani.

— Adivinha quem vai ser a madrinha daquela boneca? – disse ela se sentando ao lado de Klaus, Damon me encarou, dei de ombros e ele riu.

— Você a madrinha, eu o padrinho, estão nos pressionando ou é impressão minha? – Klaus disse nos olhando desconfiado, e riu.

— Só um pouco – disse me sentando ao lado dele.

 Ficamos o restante da noite conversando sobre crianças, e o que nós fazíamos quando eramos crianças.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? vou aguardar os comentários ok?
Desculpem não ter postado outro cap, é que a minha tia está em casa, e eu acabo ficando com ela e esquecendo daqui kk



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