Immortal escrita por havilliard


Capítulo 8
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Olá.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/692041/chapter/8

Acordei, de repente, em meu quarto. Não sabia como e nem há que horas, tudo o que me lembro é de ter ido estudar com o Louis e ele me trouxe pra casa. Mas não lembro de ter dormido.

Saí de meu quarto e desci as escadas até a cozinha. Me sentia um pouco confusa. Ok, um pouco não, muito confusa. E com fome… muita fome. Enquanto meu direcionava à cozinha, encontrei minha mãe na sala. Ela assistia a um programa culinário qualquer, quando notou minha presença rápida pelo local.

— Bom dia, dorminhoca. — ela falou, com um meio sorriso.

— Há quanto tempo eu estou dormindo? — peguntei, entrando na cozinha.

— Já tem um tempinho. Como foi com seu amigo? — perguntou.

— Normal, ué. Apenas fizemos algumas pesquisas e anotamos tudo. Vamos por tudo em ordem na escola. — respondi.

Enchi um copo com suco e peguei um pacote de bolachas no armário. Depois, voltei para a sala e me sentei ao lado de minha mãe.

Ainda me sentia um pouco confusa, e sentia que faltava algo. Mas eu não conseguia descobrir o que era.

— Que horas eu cheguei? — perguntei, tentando trazer alguma lembrança daquela tarde.

— Umas três e meia, por que?

— Estranho… não me lembro de quase nada dessa tarde. Tipo, quando cheguei e um pouco de antes. — falei, bebendo um pouco de suco..

Minha mãe se remexeu ao meu lado, parecendo um pouco desconfortável.

— Você... hm... chegou e subiu para o quarto, alegando estar muito cansada. — ela falou um pouco... Nervosa? Por que ela estava nervosa?

— E o Louis?

Era estranho, até pra mim, estar perguntando por ele. Na verdade, eu nem sabia porquê estava perguntando.

— Você chegou sozinha, querida. — ela explicou, pegando uma bolacha do pacote.

Suspirei. Estava um pouco decepcionada por ele não ter vindo comigo até aqui. Ok, ele era um impertinente, mas eu havia ficado ligeiramente impressionada com a demonstração do processo químico do diamante que ele fez. E ainda tinham os sonhos.

Ai que droga, o conheço há quatro dias e me sinto atraída por ele. Por que eu estou atraída por ele? Ele é chato e irritante. Mas, aqueles olhos... e... aquele sorriso. Ah, que ótimo. Isso é culpa da Luce. Ela quem inventou isso de trocar as duplas. Eu tenho que parar seja lá o que esteja começando.

— Está ouvindo isso? — minha mãe perguntou, me trazendo de volta para a realidade.

— Isso o quê? — perguntei, tentando ouvir o mesmo que ela.

— Está vindo de lá de cima. — ela falou, ainda tentando ouvir melhor o baixo som.

Ao prestar atenção, reconheci o ringtone do meu celular e corri de volta para meu quarto.

Busquei pelo celular sobre a cama, e quando finalmente o encontrei, ele parou de tocar. Suspirei decepcionada, e me joguei na cama, encarando a tela do celular, que apresentava o ícone de chamada perdida e, logo abaixo, o nome de Louis estampado.

O que será que ele queria comigo? Eu estava dividida entre ignorá-lo ou retornar a ligação, mas não pude fazer nenhum dos dois, pois o celular estava tocando novamente. Meu coração acelerou, na esperança de ser ele, mas era apenas a Luce.

— Alex!! — a garota exclamou, do outro lado da linha.

— Oi, Luce. — falei, sem humor.

— Eu vou ignorar o fato de você ter sido super sem sal comigo e ir direto ao ponto. — ela falou, me fazendo rir. — Como foi com o inglês gatinho?

— Normal. Nós estudamos e isso é tudo. —  respondi, dando de ombros mesmo sabendo que ela não estava vendo.

— Você não aproveita mesmo suas oportunidades. — ela reclamou. Rolei os olhos.

— Foi só para isso que ligou?

— Na verdade, não. Mas meu pai está mandando eu desligar, então amanhã eu te falo. Tchauzinho, love. — e ela desligou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Dei uma risada fraca. Luce nunca mudaria.

Voltei a encarar o nome de Louis na lista de chamadas perdidas, na esperança de que ele ligasse novamente. Mas ele não ligou. Suspirei, frustrada, e resolvi tomar um banho.

Enquanto sentia a água cair sobre meu corpo, me lembrei de minha recente descoberta: eu me sentia atraída pelo Louis. Não sei porque, e, na verdade, nem queria. Mas, por algum motivo, sentia que algo nos conectava. Era loucura, já que nós nos conhecemos há quatro dias, mas tudo nele me era familiar.

Fechei meus olhos e coloquei meu rosto embaixo da água corrente. Quase que imediatamente, o azul de seus olhos tomaram minha mente como vem tomando há dias. Eu estava enlouquecendo. Louis estava me enlouquecendo. Loucura estágio "carvão super aquecido".

 

 

Buenos días, pessoal. — o professor falou, ao entrar na sala.

Buenos días, maestro Rodriguez. — a sala respondeu, em coro.

Eu estava sentada, com a cabeça apoiada em uma das mãos, lutando para me manter acordada.

Harry me observava, tentando não rir.

— Noite difícil? — perguntou.

— A vida festeira não é fácil. — respondi, com um sorriso.

— Oh, entendo. Curtiu muito?

— Já fui em festas melhores. — falei, dando de ombros. O rapaz riu, balançando a cabeça.

— Falou a especialista. — ironizou.

— Claro que sou. Não ouviu dizer por aí que eu sou a garota mais baladeira dessa escola? — falei, fingindo superioridade. — É uma honra me ter em uma festa. Quem é Hayley Mitchell perto de mim?!

Harry tentava ao máximo não rir alto. Mas era quase impossível. Até eu estava rindo.

— A conversa deve estar muito boa, não é mesmo Alexandra? — o professor falou, encostado em sua mesa e nos fitando seriamente, com os braços cruzados.

Abaixei a cabeça, tentando conter o riso, e olhei para Harry com o canto dos olhos. Ele sorria.

— Sinto muito. — falei, com a voz mínima.

— Tudo bem. Dessa vez. — ele alertou. — Então, como eu estava dizendo…

A aula se seguiu, e Harry e eu não falamos mais nada por um tempo. Quando faltavam menos de dez minutos para aula acabar, ele resolve se pronunciar.

— Gostou de sair com o Louis?

Olhei assustada para ele. Depois, soltei uma risada fraca.

— Sair? Nós fomos à biblioteca fazer o trabalho de Química. — respondi, como se não tivesse sido nada. E realmente não foi.

— Uhum. — o garoto murmurou, balançando a cabeça e olhando para a lousa, como se não estivesse acreditando em minhas palavras.

— Não acredita em mim?

— Não estou dizendo nada, oras. — ele deu de ombros.

— Mas pensou! — rebati, irritada. Por que eu estava irritada? Ah, claro… era de Louis que estávamos falando. Ele sempre me deixa irritada.

Harry me encarou, com os olhos arregalados. Parecia assustado. E, pelo jeito que me olhou, até eu me assustei. Olhei em volta para ver se havia alguém atrás de mim, mas não havia ninguém.

— Harry? Está tudo bem? — perguntei, o olhando confusa. Ele piscou e balançou a cabeça, como se tivesse saído de um transe.

— Ahn… está… só... esquece. É que eu me lembrei de algo importante. Não se preocupe. —  ele falou, um pouco nervoso e começou a escrever algo em seu caderno.

Dei de ombros, estranhando, e voltei a prestar atenção na aula. Alguns poucos minutos depois, Harry fala comigo novamente.

— Já tem dezessete anos? — perguntou, me olhando.

— Não, por que?

— Nada... Só curiosidade.

Assim que o sinal bateu, Harry e eu saímos juntos da sala. Estávamos discutindo sobre o trabalho que o professor passou, quando eu acabei por mudar de assunto.

— Já se deparou com um momento em que você percebe que está enlouquecendo? — perguntei, sem realmente esperar uma resposta.

— Diversas vezes. — o rapaz respondeu. — Não quer me contar o que está acontecendo?

— Eu tenho sonhado com alguém que eu nunca vi antes. Quer dizer, não é bem um sonho, está mais para pesadelo.

— Segundo a ciência, isso é quase impossível. — o garoto comentou, me fazendo rir.

— Posso garantir que não é o invasor de sonhos. — brinquei. — O mais estranho, é que eu conheci uma pessoa e tenho certeza que é a mesma dos meus sonhos. — falei, ainda lembrando dos intensos olhos azuis que me assombram e, ao mesmo tempo, me fascinam.

Os brilhantes olhos verdes do garoto pareciam perdidos no meio da multidão.

— O que Louis acha disso? — perguntou, ainda parecendo voar.

— Ah... ele disse que... — me interrompi quase que imediatamente. — Como sabe que eu contei isso a ele? — perguntei soando mais defensiva do que eu deveria.

O rapaz riu fracamente, como se já esperasse pela pergunta.

— Um dia entenderá. — ele respondeu calmamente, dando um tapinha em meu ombro. — Até o intervalo.

Fiquei sem saber o que responder. Louis, com certeza, contava tudo a Harry. Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça para comentar isso com dois estranhos? Eu não era de sair contando meus problemas pra todos. Luce era a única, sem contar minha mãe.

Mas eu sabia. Sentia, na verdade. Tanto Harry quanto Louis me passavam confiança. Eu os conheço há uma semana, mas algo neles me fazia acreditar que essa história não seria passada adiante.

De repente, uma raiva súbita me tomou. Eu não podia confiar em Louis. Em Harry talvez, mas em Louis? Ele é um idiota e parece que adora me irritar. Qualquer coisa que eu contasse a ele, o rapaz usaria contra mim.

Droga, é inevitável. Qualquer pensamento que eu tivesse, sempre acabaria nele. Isso precisa parar, e já!

 

 

Enquanto me dirigia ao pátio, assim que o sinal de fim de aula soou, torci para que minhas preces fossem atendidas e que Hayley não continuasse insistindo para que eu me inscrevesse na equipe de torcida. Ela havia passado a semana passada inteira perguntando se eu ia me inscrever ou não. Eu estava a ponto de fazê-la engolir seus pompons coloridos, para ver se a garota calava a maldita boca.

Sério, ela está pretendendo alguma coisa. Hayley nunca gostou de mim. Desde que me viu pela primeira vez, nunca demonstrou um pingo de gentileza comigo. O pior, é que também não fui com a cara dela, como se nossa aversão uma pela outra existisse há mais tempo que nós.

E falando no Diabo, encontrei a loira recostada em meu armário, mexendo em suas longas e vermelhas unhas. Suspirei pesadamente, criando forças para ter que aturá-la mais uma vez.

— Alex! Que bom vê-la. — a garota exclamou com um enorme (e falso) sorriso.

— O que quer dessa vez, Hayley? — perguntei sem nem um pingo da animação que ela demonstrou anteriormente.

— Se inscreva na Equipe de Torcida este ano, Alexandra. Sei que você sempre quis isso. — revirei os olhos, mas por um lado, ela tinha razão. Eu já quis participar da equipe. No passado. Antes de entrar pra equipe de corrida.

— Não. — fui curta e grossa.

— Olha, eu sei que eu nunca fui muito legal com você, mas estou tentando me redimir. Estamos no último, Alex. Ano que vem nunca mais veremos a cara uma da outra, e eu quero me lembrar de ter tido, pelo menos, um momento legal com você. — a garota falou, parecendo sincera. Fiquei em dúvida se tudo aquilo era verdade ou apenas outro de seus teatrinhos emocionais.

Fiquei alguns minutos em silêncio, pensando. Apesar de todo aquele discurso e o bater de seus cílios cheios de rímel, implorando para que eu aceitasse, respirei fundo e tomei minha decisão.

— Não. — falei, por fim, e me retirei de perto dela.

A loira bateu o pé, indignada. Aposto que sabia exatamente o que ela estava pensando. "Como ela não cedeu a mais um de meus caprichos? Todos cedem!".

— Alexandra! Qual o seu problema, garota? Todas as garotas, novatas ou não, vão se inscrever para a equipe de torcida. Por que não quer se tornar uma das Cats?

Rolei os olhos e me virei para a garota, que estava de braços cruzados.

— Primeiro: eu não sou "todas as garotas". Segundo: eu tenho mais o que fazer. Tenho outras preocupações e terceiro: o nome é ridículo! Agora, com licença. — falei e voltei para meu caminho em direção ao pátio.

— A equipe de corrida vai acabar! Ninguém te avisou?

Parei meu trajeto imediatamente. A equipe de corrida vai acabar? Como assim?

— O quê? — perguntei, tornando a me virar em sua direção.

— O diretor disse que precisava fazer alguns cortes. E decidiu que a equipe de corrida e nada eram a mesma coisa, então, ele vai parar de investir na corrida. Vai cortar. Acabou! — ela falou, parecendo despreocupada. A garota mexia em suas unhas novamente, e esboçava um sorriso maldoso. Ela estava me provocando.

Porém, eu não iria deixá-la mexer comigo assim, tão fácil. Então apenas me virei e me direcionei ao pátio, a fim de me encontrar com Luce, Harry e, quem sabe, o Louis.

Não estava com um pingo de fome, então apenas procurei por Luce. A encontrei sentada em uma mesa, acompanhada de Harry e seus outros amigos. Mas, onde Louis estava?

Apressei os passos em direção a eles, e ao chegar à mesa, me sentei. Todos me olhavam.

— Olá pessoal. — falei, apoiando minha cabeça em uma de minhas mãos.

Luce me olhou, preocupada.

— Aconteceu alguma coisa, Alex? Você parece... chateada. — a morena perguntou e todos os outros concordaram.

— Não foi nada demais. — respondi, ainda pensando no que Hayley disse. "A equipe de corrida vai acabar".

Uma intensa vontade de chorar me atingiu, fazendo meus olhos arderem. Respirei fundo, tentando me controlar.

— Então — comecei, tentando preencher o silêncio incômodo. — Não está faltando alguém? — perguntei, me referindo ao rapaz dos olhos azuis-aço.

Os garotos se entreolharam e riram fracamente. Tentei não me sentir incomodada.

— Até que não demorou tanto quanto das outras vezes. — o rapaz de cabelos loiros falou, com um sorriso de lado.

— Perdão?

— Não é nada, Alex. Ignore-os. — Harry falou, dando um tapa na cabeça do loirinho. Comprimi uma risada. — Louis está na biblioteca estudando para Geometria. Bem, foi o que ele disse.

Não que eu realmente me importasse com isso, mas eu queria ir até lá. Queria vê-lo. E também queria me matar porque disso.

Passamos o tempo jogando conversa fora. Os meninos nos contaram como era a vida na Inglaterra, e em como estavam gostando de New Orleans. Luce conversava animadamente com todos eles, mas um dos rapazes - Liam, eu acho - me encarava tão intensamente, como se pudesse ler minha alma.

O sinal bateu e Luce e Zayn foram para a sala. A morena havia gostado mesmo do rapaz, pois não desgrudava dele em momento algum.

Levantei-me para acompanhá-los, mas algo me dizia que eu deveria ir até a diretoria. E foi exatamente o que eu fiz. Ao invés de ir para a sala, me dirigi à sala do diretor e bati na porta.

Havia outra pessoa lá com ele, e eu sentia algo fora do comum por causa de sua presença. Algo como poder. Essa pessoa irradiava um poder muito forte, e eu não entendia como e nem porquê eu estava sentindo isso. Me perguntei se eu era a única que sentia.

Bati novamente, dessa vez, mais forte, mas ninguém atendeu, o que me obrigou a invadir a sala mesmo que isso causasse um problema enorme para mim. Mas, segundos antes de eu realmente entrar, alguém me puxa para longe da porta.

— Me solta! — reclamei, tentando sair do aperto daqueles braços que me seguravam firme.

O estranho me arrastou para um corredor deserto e distante da sala do diretor. Aos poucos, fui deixando de sentir o poder estranho que irradiava de lá.

— Qual o seu problema, menina? O que ia fazer? — uma voz muito familiar perguntou, quase como uma repreensão.

Olhei em seus olhos e senti minhas pernas fraquejarem.

— E o que isso te importa? Tenho assuntos a resolver com o diretor. — respondi, tentando não parecer mexida com sua presença.

O rapaz cruzou os fortes braços e me observou por um momento. Quis sair de sua frente o mais rápido possível, mas minhas pernas não se mexiam.

— Tudo o que vai conseguir se invadir a diretoria assim, será uma suspensão de uma semana. Quem sabe, até uma expulsão. — o garoto falou, ainda de braços cruzados e me olhando como se eu fosse uma criança sem noção de perigo.

— Por que você não me deixa resolver meus problemas sozinha? — repliquei, realmente me sentindo ofendida. Como se eu não soubesse o que eu estava fazendo. —  Eu sei exatamente o que pode acontecer se eu invadir a diretoria, mas é realmente importante. Agora, se me der licença... — completei, me virando na direção contrária, voltando à porta do diretor.

Louis segurou meu braço, me impedindo de continuar.

— Alexandra, estou falando para o seu bem. Vamos para a sala de aula. — falou, paciente e sério.

Me senti totalmente tentada a acompanhá-lo. Ele não pode falar mais assim comigo.

— Alex, vamos. — ele pediu mais uma vez.

Me soltei de sua mão e, sem respondê-lo, voltei para o corredor da diretoria. Ouvi o rapaz bufar, o que me fez sorrir fracamente.

Porém, antes que eu chegasse à porta, algo estranho aconteceu. O corredor não estava mais lá. Na verdade, não era o corredor, era a pista de corrida da escola. Olhei em volta, confusa. Como fui parar lá? Eu não sabia.

— Louis? — chamei. Ele não parecia estar por perto. — Louis, que brincadeira de mal gosto é essa? — perguntei, tentando transparecer raiva, mas na verdade, eu estava com medo.

Quando percebi que ele não ia responder, decidi voltar para dentro e ir para a sala. E eu realmente acabei lá. Para minha surpresa, o corredor não voltou ao normal.

Estranhei o professor ainda não estar na sala, mas me sentei em meu lugar. Infelizmente, ainda ao lado de Louis. E para meu ódio, o idiota ainda estava rindo de mim. Disfarçadamente, mas estava rindo.

Me sentei ao seu lado sem olhá-lo. Nem ao menos pedi uma explicação.

Depois de longos dez minutos de silêncio de ambas as partes, o garoto resolveu se prontificar.

— E então? Falou com o diretor? — perguntou, sarcástico.

— Não fala comigo! — respondi, com raiva. O garoto riu diante à minha resposta. Eu não queria que ele parasse nunca mais. — Como fez aquilo? — perguntei, ainda pensando em como fui parar na pista de corrida.

— Como fiz o quê? — o garoto retornou a pergunta, sem me olhar.

— Como me fez aparecer na pista de corrida?

Seus olhos azuis se direcionaram aos meus. Ele me olhava como se eu fosse maluca, o que eu não duvidava nem um pouco.

— Na pista de corrida? Você estava no corredor! Foi onde eu deixei você. — rebateu o rapaz, parecendo nervoso.

Meu coração acelerou. Eu estava no corredor? Não. Eu estava na pista de corrida. Eu tenho certeza.

— O quê? Louis, eu fui parar na pista.

— Você estava no corredor! — ele repetiu, olhando em meus olhos.

— O que...

— No corredor. — repetiu.

Sua voz estava longe e tudo em minha volta pareceu girar. Senti que estava perdendo a consciência. Por que eu estava perdendo a consciência? O que Louis havia feito comigo?

— Louis... — tentei falar, mesmo me sentindo fraca. — O que está fazendo comigo? — perguntei em um sussurro. Acabei tombando minha cabeça em seu ombro.

— Não sei, só espero que fique bem.

Foi a última coisa que ouvi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Opinem ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Immortal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.