Na aula do Sr Matthews, Maya, Lucas, Farkle e Riley não se olhavam. Pareciam completamente estranhos uns aos outros. De repente, os quatro melhores amigos não passavam nada mais nada menos do que meros colegas de classe que apenas se suportavam.

Charlie era o único amigo de Riley ali dentro da sala para Riley nesse momento.

— Eu sabia que você ia ficar comigo, Charlie. – Riley diz, colocando suas mãos sobre as de Charlie.

— Sempre e para sempre, minha Riley. – Charlie responde beijando as mãos de Riley.

Maya e Lucas olham para a cena e reviram os olhos. Farkle bufa instantaneamente e vira a cabeça para o lado, tentando ignorar o fato de que sua paixonite por sua melhor amiga tinha definitivamente ido por água abaixo.

— O que é a amizade? – de repente Sr Matthews pergunta a sala. – O que é a amizade senão sua alma gêmea? Não crianças, não estou dizendo para se casarem com seus melhores amigos. Estou dizendo que, nossos amigos são nossas almas gêmeas eternas. Sempre serão. Independente do momento, hora, perspectiva de realidade e confusão em que nos metemos dentro dos nossos corações.

— Mas e se essa amizade sair do limite? – Riley pergunta. – Se a pessoa em quem você mais confia se esqueceu dos limites dessa amizade e quiser cruzar a linha?

— Riley... Amores vão e vem, amigos são para sempre. Você não vai perder um amigo só porque ele está apaixonado por você.

— E se a confiança nessa amizade for quebrada? – Lucas pergunta

— Confiança? – Farkle pergunta. – Quem é você para falar de confiança, Friar?

— Eu confiava em você, Farkle. E você me tirou a única coisa que eu amava no mundo.

— Amava. – Farkle repetiu a última palavra de Lucas simbolizando aspas.

— E quem é você para falar de amor, Farkle? – Riley pergunta olhando diretamente no fundo dos olhos de Farkle esperando desesperadamente uma resposta.

— Seu melhor amigo.

O sinal toca. Maya e Riley seguem para seus armários.

— Riley’s, sinto muito.

— Quem tem que sentir muito sou eu, Maya. Pelo ensino fundamental inteiro tentei ser você e olha onde isso acabou.

— Quer dizer que você nunca gostou ou teve sentimentos pelo Lucas?

— Achei que tinha. Achei mesmo. Mas eu não sei mais. Eu só queria um tempo para mim mesma. Tentar descobrir o que há de errado e o que há de certo na minha vida. Mas não quero perde-la. – Riley diz abraçando sua melhor amiga.

— Também não aceitaria perder a única família que realmente me aceitou quando eu mais precisava. Eu te amo, Riley’s. – Maya retribui o abraço de Riley.

Farkle observa de longe, enquanto Charlie se posiciona na frente dele.

— Riley me disse que você a beijou e se declarou para ela.

— Que bom. – Farkle diz seco.

— Você acha realmente que tem alguma chance com a Riley, Minkus? Porque se acha... Você é realmente um babaca, assim como o Lucas diz.

— Se você se importasse mesmo com a Riley, não ficaria dando ouvidos para o que o Lucas diz.

— Ah, eu me importo com a Riley. Muito. Eu estava com ela quando o Lucas ainda estava decidindo de quem ele gosta. E pelo visto ele já decidiu...

Farkle e Chalie observavam Lucas e Maya conversando no corredor.

— Eu não queria magoá-la, Maya. Eu só achei que a Riley fosse a escolha mais fácil para  mim.

— Você não gosta do que é complicado.

— É complicado, Maya. – Lucas diz com a mão na cabeça.

Riley chega por trás de Farkle e Charlie.

— O que estão fazendo?

— Nada. – Charlie responde. – Eu estava te esperando, amor. – Charlie diz colocando as mãos sobre os ombros de Riley.

— E você, Farkle, não sabia que é feio espiar a conversa dos outros? E você ainda se auto titula como melhor amigo...