— Boa noite Narissa, Jhonata, achei que nunca iria ver você na minha frente e falando que precisa da minha ajuda. – Raj falou mexendo nos bigodes felinos. – Você mais do que ninguém sabe que eu estava planejando a revolução, não tenho muitos adeptos, todos estão com medo de Drihaelle, ela detém tudo e amedronta todos que lhe dizem “Não” e eu estava esperando a hora certa pra ascender a chama. – Falei enquanto Raj e seus dedos peludos corriam pelo teclado do computador. – Acho que Hunger Games nós ensinou muito, mas também mostrou que uma revolução é muito difícil e Drihaelle se aproveitou da situação. – Raj falou enquanto invadia os servidores do governo. – Qual é Raj, estamos em 2030, os servidores do governo não devem ser tão difíceis de serem invadidos. – Narissa falou. – São quando você e o próprio Rei os projetaram com base em ‘.Onion' eles são como cebolas cobertas por cebolas, ainda mais quando se chega no central, lá tem um belo Trojan pra destruir qual quer placa mãe, menos a minha, já que esse Os foi criado a partir de Vírus Trojan. – Raj falou. – O que você quer dos servidores do governo? – Perguntei. – Liberar o espaço aéreo, você precisa passar despercebido por eles de alguma forma, pra entrar no reino das fadas, tem muita segurança na entrada do reino, ainda mais no prédio da prefeitura de lá, vou colocar o balão como algo comercial e assim eles não irão suspeitar de vocês ou tentar parar, pra isso preciso que conste o número da aeronave na central Aérea do governo. – Raj falou. – Consegui, agora é só vocês mexerem essas Bundas e saírem daqui e que a sorte esteja com vocês. – Raj sorriu e mostrou os dentes longos e brancos que poderiam rasgar uma garganta ao meio. – Raj por que você não vem com a gente? Precisamos de mais pessoas, você acha que Drihaelle não vai querer guerra? Christopher vai voltar e precisa de um exército, muitos legalistas não vão querer a devolução da Coroa. – Falei enquanto Narissa balançava a cabeça e erguia a sobrancelhas pra Raj. – Verdade Homem Gato, precisamos de você, arrume suas coisas e venha conosco, sei que o rei irá lhe compensar muito bem. – Narissa Falou. – Eh, acho que vocês precisarão de um hacker, poderão precisar de garras e astúcia. – Raj sorriu convencido. – Arrume suas coisas, podemos esperar... – Falei enquanto Raj pegava computadores portáteis, Spiriphones e tudo mais. – Espero  que essa jornada valha a pena. – Raj falou. – Vai valer. – Falei enquanto Narissa balançava a cabeça e dava risada da minha cara. – Saímos correndo para o jardim da parte de trás da casa de Raj, lá entre os arbustos ele pegou dois arcos enormes e me jogou um e uma aljava cheia de flechas, isso me lembrou quando caçávamos nas Pradarias, tordos e Abutres não ficavam vivos, depois  vendiam a carne no armazéns perto da floresta dos Orcs, depois disso vendia os passos aos duendes e íamos pra casa com bolsas de dinheiro, pedras e amuletos. – Gente eu não ganho nada? – Narissa perguntou. – O que você sabe usar? – Raj olhou pra ela. – O que? Eu sou uma menina, mas sei usar tudo, desde armas de fogo a Martelos de Gravitação, tudo, se quiser me dar um desses arcos pretos lindos, eu aceito. – Narissa falou coçando o nariz. – Já que você sabe usar Martelos Gravitacionais, pegue essa lança das estrelas. – Raj jogou uma lança ora Narissa que a pegou no ar e rodou, ele pegou mais algumas bolsas de lona preta e jogou no dirigível que era bem mais compacto e rápido que os balões de ar quente do governo. – Chegou a hora de irmos, entrem e eu vou soltar a corda pra sairmos daqui o mais rápido possível. – Raj falou, correu e puxou a corda de uma âncora de aço.

— O ar quente e úmido da noite Brizardiana batia em nossos rostos e renovava a esperança de que o país seria livre finalmente. – Narissa pegue o exemplar de ‘Em Chamas' e o mapa aéreo de Brizard, eles estão no baú da fivela dourada. – Raj falou enquanto ligava as luzes internas e eu guiava o dirigível. – Então, qual é o plano? – Raj perguntou pra mim. – Segundo as tradições míticas e segundo Amannita, nós só conseguiremos salvar nosso mundo se um descendente do sol ocupar o seu lugar de respeito, ou seja o trono de Cair Tardien, isso poderemos recuperar a magia que se esgotou. – Falei enquanto Raj pegava uma bússola e o telescópio e apontava para o norte. – Aqui está o mapa aéreo e o livro não sei como vocês estão baseando essa revolução toda nesse livro. – Narissa falou enquanto jogou o livro na escrivaninha. – Eu Conheci a verdadeira Katniss, conheci Panem, Snow e Katniss, Suzanne Collins viajou a algum tempo pra lá e acabou conhecendo eles, conheceu as histórias e escreveu os livros, mais da metade dos livros são reais, mas quem era do mal era a Coin, não o Snow, ela queria fazer os jogos, ela que queria matar as crianças e tudo mais. – Falei. – Você já esteve em Panem? – Foi a pergunta de Narissa enquanto Raj me olhava. – Sim, assim como Brizard e como o Outro mundo, Panem também é um mundo, hoje em dia ele é governado por Maíra Havensbee, pois foi a única família depois da Everdeen que soube governar Panem, hoje eles são democráticos assim como nós. – Falei. – Que maravilha, queria conhecer eles. – Raj falou. – Quem sabe depois que isso tudo acabar, não podemos ir fazer uma visita? Acho que Katniss iria adorar nos receber. – Sorri.

— Ei gente, olhem aqui, estamos chegando perto do reino das fadas. – Raj falou correndo em nossa direção, depois de largar o telescópio. Olhei e por uma janela do dirigível e vi as duas grandes torres do reino das fadas, elas eram uma espécie de filtro mágico, mas pararam de funcionar a anos, pessoas de más intenções não poderiam adentrar o reino, mas hoje em dia é mais um dos símbolos que mostram a queda da magia. – Com quem precisamos falar Narissa? – Raj perguntou. – Precisamos falar com Aritza, ela é a rainha das fadas, ela vai nos ajudar desde que o rei traga a magia de volta ao mundo. – Narissa falou. – Ele vai trazer, vai restaurar tudo ao que era antes, não vamos nem lembrar que Drihaelle existiu. – Falei enquanto o dirigível começava a descer, estávamos descendo rumo a floresta de prata, onde as fadas do campo vivem. – Vamos esconder o dirigível aqui, sei que minha amiga vai cuidar dele até voltarmos.