Delirium... escrita por Kai


Capítulo 13
Over The Sea...


Notas iniciais do capítulo

Glossário Brizardiano:
Bubble Town: Cidade capital de Mermaid.
Respirus: Algas que dão habilidades de sereianos a seres que não possuem essas habilidades.
Draquias: Seres criados dos furacões subaquáticos que eram pacíficos até que Quinnie tornou-se prefeita.
Assun: Conselheiro Real, braço direito da Rainha e o ultimo dos Metaphors e dos filhos de Enemeria.
Metaphors: Sereianos adaptáveis a todas as situações, filhos da Velha Mermaid.
Lontras: Grandes ratos aquáticos que vivem na parte não iluminada de Mermaid.
Enemeria: Cidade irmã de Mermaid durante os anos que passaram após a grande criação.



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Cair em Bubble Town e me transformar em um ser aquático. Uma cauda e muitas escamas apareceram. Erinny estava certa, eu consigo me adaptar e acho que por isso tive que tomar a dor de um país, um país vivendo enclausurado, encurralado por uma tirana louca. Tinha de ser rápido, Drihaelle chegaria em poucas horas. Quanto mais profundo eu ia menos luz tinha, mais medo e frio eu sentia. – Oi. – Ouvi uma voz, mas assim como a dos Anjos, ela não vinha dos meus ouvidos, vinha em minha mente. – Alô? – Respondi. Olhando para todos os lados, minhas roupas não estavam em meu corpo, elas haviam sumido desde o momento que eu pulei na água e ganhei as escamas, eu não tinha arma alguma, já que todas ficaram no dirigível. – O que você procura? – A voz perguntou um tanto alucinante. – Algas respirus. – Respondi. – Você está longe ainda, mas cuidado há criaturas mais ao fundo que podem ser 'perigosas'. – A voz falou e riu. – Como vou identificar essa alga? – Perguntei. – Precisa de ajuda? – Um grande peixe colorido apareceu na minha frente, ele tinha mais cores que o arco-íris. – Mas pra que você precisa de algas respirus? – O peixe perguntou. – Preciso trazer alguns amigos pra debaixo da água, precisamos falar com a rainha desse país, preciso do cetro das águas e preciso sair daqui antes que Drihaelle chegue e acabe com isso tudo. – Respondi. – Entendi, só que ela já chegou aqui, ela caiu bem fundo, veio voando, mas não sei se ela já pegou. – O peixe falou. – Sabe o que eu não entendo, as histórias sempre contaram que os artefatos eram umas coisas e acabaram sendo outras. – Falei para o peixe, ele apenas mexeu a boca e piscou os grandes olhos. – Os artefatos tinham esses nomes, mas antes de seu pai sumir ele deu outra roupagem a cada objeto. – O peixe falou em minha mente. – Então a coroa das fadas... – Falei, deixando as bolhas de ar subirem. – Sim, são as asas de Arles, a fada madrinha dele, a pérola é o cetro feito com as sete pérolas que as primeiras sete pérolas que humanos engoliram pra poder conseguir respirar debaixo da água. – O peixe falou mexendo a boca. – Ainda tem a aréola dos Anjos que já está com você, a barba do rei dos duendes é realmente a barba do irmão da Fada Azul que esta com você também, mas o cetro agora é uma das unhas da rainha dos elfos, ela tem unhas enormes. – O peixe falou se movendo. – Estamos chegando? Perguntei ao peixe. – sim, pegue aquelas algas ali e rápido, temos que sair daqui antes que as Draquias cheguem. – O peixe falou. – Peguei as algas e saímos nadando pra cima em direção a luz, chegamos e saímos da água, todos ficaram impressionados com o tamanho do peixe. – Qual seu nome senhor peixe? – Audora perguntou. – Sou Assun o conselheiro real. – O peixe falou. – Mas o Assun que eu conheci não era um peixe. – Erinny falou. – Eu tive que me transformar em peixe, na verdade eu sou um metaphors, usei essa habilidade pra fugir assim que Drihaelle convocou Draquias e Lontras pra prender todos e pegar a pérola da Rainha. – Assun falou.

— Vamos, comam essas algas e pulem, estamos perdendo tempo e mais uma batalha com Drihaelle. – Falei sorrindo. Apenas Lancy e Raj ficaram no Dirigível, os dois tem medo de água. – Erinny perdeu as asas e ganhou um par a mais de nadadeira, como se fossem asas para serem usadas na água, com as gêmeas aconteceu a mesma coisa, Narissa e Audora ganharam apenas uma calda, começamos a descer profundamente, sendo guiados por Assun o peixe gigante, em alguns minutos chegamos a uma vila, vimos que todos os sereianos estavam acorrentados, presos por longas correntes negras como o fundo do mar, os peixes lanterna e a iluminação natural do país havia sido consumida pela escuridão do coração de Drihaelle. – Temos que libertar essas pessoas. – Falei. – Eles vão ser vítimas da Drihaelle. – Assun falou. – Como assim? – Perguntei. – Caso você não saiba, todos estão respirando por causa da magia das algas, todos ainda temos restos de magia em nossos corpos, quando perdemos ela morremos afogados, por que ganhamos pernas e perdemos nossas nadadeira e nossas caldas e morrermos não é escolha. – Assun falou e se transformou em um sereiano novamente. – Vou ficar e libertar meu povo. – Assun falou. – Não, temos que ir ao palácio, se Drihaelle matar a rainha desse país, o país inteiro vai abaixo. – Erinny falou. – Monna e Nonna, fiquem aqui e libertem esses seres. – Falei. – Narissa, Audora, Assun e Erinny, tá na hora de batermos em uma vadia. – Falei sorrindo. – Começamos a nadar rápido, a água corria por nós, chegamos ao castelo em poucos minutos, por uma janela conseguia ver, Drihaelle segurando o cetro, a rainha, estava sentada no trono, seres e peixes com muitos espinhos pra fora como lâminas a rodeavam-na, o rosto dela estava passivo e o olhar passava tranquilidade. – Você vai me ensinar a como usar esse negócio, eu preciso da magia dele. – Drihaelle gritou. – Querida, eu não sei como ativar ou se ainda tem algo pra ser ativado, tudo está se esvaindo por causa dos seus devaneios de loucura e sua sede de poder. – A rainha falou. – Quinnie, você acha que eu acredito em você? Sua vadia, vocês sereianos e todas as criaturas que habitam essas águas são maldosos e sei que vocês foram uma das primeiras civilizações, sei que vocês tem magia e dinheiro. – Drihaelle falou apontando o cetro pra rainha. – Éramos, éramos, você nos ferrou, sua loca mimada, maluca, você está destruindo tudo, todos os nossos ecossistemas, está vendo essa escuridão? Ela foi causada por você, congratulações sua piranha. – A Rainha falou e sorriu, o batom vermelho brilhante estava bem afiado, junto com a língua dela. – Espero que você goste da sua língua, já que irá ficar sem ela em alguns minutos.... – Drihaelle falou sorrindo. – Espero que goste da sua bunda, por que eu sei que temos um grupo de resistência, formado por um dos filhos do rei e ele vai chutar ela. – A rainha deu uma risada estridente. – Bem eu já dei um chute na bunda dela, com tanta força que ela veio parar aqui. – Mandei uma onda de pensamento pra rainha. – Ahhh, não avise a Drihaelle que chegamos, quero fazer uma surpresa. – Falei em outra onda.

Alguns minutos depois invadi o palácio e a sala onde Drihaelle estava. – Derrubar portas com uma calda de sereia não é fácil. – Falei. – Então você já chegou aqui amiga, o último chute foi tão forte que você chegou aqui antes de mim? – Falei, enquanto tudo começou a tomar seu lugar, não é fácil ser um ser do mar. – Você não me chutou, na verdade só conseguiu por causa dessa criatura que está aí do seu lado. – Drihaelle falou apontando pra Audora. – Pra você ver, até eu que sou uma aberração, sou mais forte que você. – Audora falou. – Se orgulhe desse seu rostinho até uma das minhas criaturas acabar com ele. – Drihaelle falou sorrindo. Um dos peixes foi na direção de Audora que se protegeu tirando um dos grampos do cabelo e esse grampo se tornou uma adaga, o cheiro e o vermelho do sangue do peixe encheram todo o lugar. – Quem vai ser o próximo? – Audora falou. Drihaelle estava abismada, segurava o cetro das pérolas com uma das mãos e a outra estava na cintura. – Draquias ataquem. – Ela gritou. Os peixes começaram a voar em nossa direção, Audora e eu desviamos, Erinny e Narissa começaram a atacar com as mãos e Audora jogou uma adaga pra cada um de nós, o cabelo dela estava solto, a água e a vibração dos nossos corpos o fazia mexer o cabelo preto e ondulado dela. Consegui matar uma das Draquias, Audora já havia matado umas quatro e estava ajudando Erinny a matar o que estava atacando ela. O cheiro de sangue subia, a cor do sangue dos peixes também.

— Acho que agora somos nós, contra você né Drihaelle. – Falei. – Contra nós cinco, vadia. – Quinnie falou. – Ué, onde está o Assun? – Perguntei. – Quem? Esse peixinho aqui? – Uma Shadow falou, segurando o grande peixe colorido. Estávamos cercados novamente, agora estávamos em menor número, várias sombras e a louca. – Precisamos sair daqui, agora. – Quinnie falou. – Pra fazermos isso, temos de lutar. – Erinny falou. – Mas antes irei fazer isso. – Assun falou. Ele saiu nadando em direção a Drihaelle e saiu por uma das janelas, Quinnie e Erinny começaram a jogar escamas nas Shadows e saímos nadando, outra batalhar aqui e ainda em desvantagem em número e habitat seria difícil. – Precisamos chegar lá em cima, rápido. – Falei. – Como eu vou sair daqui? Não tenho pernas e sem magia não tenho como sair daqui. – Quinnie falou. – Vamos dar um jeito. – Narissa falou. – Mas e as Gêmeas? E o Assun? – Audora perguntou. – Eu vou pedir pra Assun encontrar eles e levar pra superfície. – Quinnie disse e continuamos a nadar.

Chegamos a superfície e estavam lá nos esperando, Raj e Lancy, mas estávamos sem as Gêmeas e Assun, Quinnie e Erinny entraram no dirigível, com a ajuda da magia de Erriny claro, Narissa estava na água e Audora estava subindo e já havia perdido a calda e ganhado as pernas novamente, o cabelo estava molhado e caindo sobre os olhos. – Temos que sair daqui, Drihaelle vai chegar e aí não vai ser legal. – Raj falou. – Precisamos encontrar as meninas e Assun, eles estão numa cavernas parece que as Mermaids Shadows foram onde elas estavam libertando alguns dos escravos que Drihaelle fez e eles tiveram que sair correndo ou melhor, nadando para uma caverna. – Quinnie falou se jogando dentro da água, eu pulei do dirigível e encontrei Quinnie já no fundo. – Seremos eu e você agora. – Falei e minhas pernas se juntaram e as escamas e a calda Saíram e eu estava pronto, saímos nadando. – Então é sua primeira vez debaixo da água? – Quinnie perguntou. – Não, eu vivia com meu pai nas praias das ilhas de gelo, vivia nadando nas Cachoeiras da cidade de Vidro, no mar de Vidro e até mesmo nas piscinas de New York, já que eu sai apenas duas vezes de Brizard. – Falei. – Como assim você só saiu duas vezes? – Quinnie riu da minha cara. – Eu sai milhares de vezes, fui até visitar Mermaids que moram no Rio Hudson, visitei o Nilo e Jerusalém. – Eu sorri tímido enquanto Quinnie se gabava. – Eu não pude ser criado por meu pai, então fui criado ao lado dele apenas. – Falei, chegamos a uma caverna e lá estavam Nonna e Monna, assustadas e Assun não estava lá. – Onde está o Peixe? – Perguntei. – Não sabemos, ele nos deixou aqui na porta da caverna e sumiu pra dentro, no meio das escuridão. – Elas falaram juntas. – Essa caverna e a entrada pra Enemeria, mas o que ele iria fazer lá? – Quinnie perguntou a si mesma. – Eu estou tentando fazer o que já deveria ter feito a anos... Derrubar você sua rainha vadia. – Uma voz veio do escuro. – Não acredito que você vai fazer isso comigo. – A rainha falou, ela e Assun estavam se olhando. – Quero ver você e todos esses sereianos destruídos, eu o último filho de Enemeria fadado a ficar como conselheiro, sendo que minha mãe foi a primeira rainha de dois países, sou filho da primeira mãe da água eu era o sucessor do trono, sou o primogênito. – Assun falou. Drihaelle saiu da escuridão ao lado dele, balançando as pernas. – Agora tenho o último dos artefatos que você precisava, além dos outros dois, falta apenas o que ninguém sabe o que é.... – Drihaelle falou sorrindo. – Guardas, prendam eles. – Temos de sair daqui ou seremos jogados no oceano abaixo de nós. – Quinnie falou.


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Notas finais do capítulo

Tatianna Says: Thank.... (Silence) You Ru.
hshshaushsuhsauhsusahusahsauhashsauhsauhsausahushaushsau



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