Não é mágico! É o Alquimista de Oz! escrita por Luminária


Capítulo 4
Capítulo 4 - Final


Notas iniciais do capítulo

Ho hey
Direi tudo o que tenho a dizer nas notas finais



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A cena final começou.

Dorothy, sozinha, ainda um tanto triste pela morte do Espantalho e do Leão, havia acabado de chegar ao fim da estrada de tijolos cor de enxofre e logo viu o imenso castelo, que estava representado por um banquinho de madeira, onde o lendário alquimista morava.

 - Oi? Tem alguém aí? – cantarolou (sim, cantarolou), fingindo que não via Edward em cima do baquinho

— Quem ousa me incomodar na hora em que eu estou vendo How I Meet Your Mother? – disse a primeira fala de seu personagem ainda em cima do banquinho, isso foi tão impactante. O loiro parecia estar gostando do banco, uma vez que ele o torna maior do que Winry. – Vá embora!

Transformar uma personagem clássica em um adolescente completamente viciado em séries e sem vida social: a gente se liga em você.

— Por favor, eu preciso falar com o grande Alquimista de Oz.

— Eu me aposentei. Já cansei desse povo me passando a perna, nisso que dá eu ficar acreditando na troca equivalente.

— Mas eu não vou te passar a perna, eu realmente só quero ir para casa.

— Lamento, eu não sou o Mapa.

— Por favor, eu faria qualquer coisa para poder voltar para casa.

— Qualquer coisa?

— Sim, qualquer coisa.

Edward desceu do banquinho e fingiu abrir uma porta.

— Tá aberta.

E Winry fingiu mudar de ambiente.

— Obrigada.

— Então – o alquimista retomou - O que te trouxe aqui e quem é você?        

— Foi um tornado que me trouxe até aqui e eu sou Dorothy, tudo isso já está lá no Terra.com.

— Está? Desculpe, eu não vi, eu estava vendo How I Meet Your Mother. Onde é sua casa?

— Lá no Kansas.

— Bem longe daqui, e eu achando que era o único estrangeiro por aqui.

— Você não é de Oz?

— Não, eu vim de Aquiraz.

— Aquiraz? Você veio daquele fim de mundo?

— Não fale mal minha cidade! Ela não é o fim do mundo!

— Lá não tem nem shopping!

— Mas vai abrir um em Eusébio! Estamos quase lá!

— Lá tem Coca-Cola?

— Eu já disse que lá não é fim do mundo!

— E você pare de me enrolar! Vai me levar pra casa ou não?

— VOCÊ TÁ DUVIDANDO DE MIM, POR ACASO?

— CLARO QUE ESTOU! VOCÊ NÃO FEZ NADA ATÉ AGORA!

Ainda bem que já era da natureza de ambos se falarem aos berros, essa cena até fez Winry parecer uma atriz mediana. O Alquimista de Oz se recompôs e continuou:

— Tá certo, mas você sabe como funciona a alquimia: tudo aqui é uma troca equivalente.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que eu te levarei para casa, desde que me dê algo em troca.

— Não problema, pode me falar que eu te dou.

— Eu quero me beije.

O rosto de Edward se tornou tão vermelho quanto à capa que usava para sua personagem e o de Winry também não estava muito atrás. O pequeno colocou uma mecha do cabelo claro da garota para trás de sua orelha, aproximando-se lentamente do rosto da mesma. Os dois estavam tão próximos que dava para sentir a respiração um do outro, bastava apenas um empurrãozinho para que selassem seus lábios.

Mas...

— Nem morta! – ela disse, empurrando Edward para trás

Levem a Lumi para o sistema Cantareira, agora vai ter água saindo por todos os lados.

— Mas o que...

— Em que século a gente está? – e, do nada, Dorothy começou um discurso feminista. - Eu não preciso me vender para um homem para conseguir o que quero!

— Eu devo interromper? – nos bastidores, Alphonse perguntou para a roteirista.

— Não! Eu adorei esse improviso! – Lumi mostrou-se interessada pelo que Winry estava fazendo com sua personagem

— Eu irei abrir minha oficina mecânica aqui em Oz e recomeçar minha vida! Porque eu posso e não preciso da ajuda de ninguém para fazer isso!

Os aplausos ecoaram pelo auditório da escola. Sá fechou as cortinas após aquela frase, encerrando a peça.

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Depois do fim do inacreditável, tanto para bom quanto para ruim, espetáculo, Lan Fan, Ling Yao e o professor Armstrong se dirigiram às suas respectivas residências, enquanto Edward, Alphonse, Winry, Lumi e Sá continuaram por lá para arrumar o auditório (eles não foram rápidos o bastante, que tristeza).

— Sá. – o mais novo dos Elric chamou

— Meu nome?

— Nada, é só que você falou que ia me contar o que aconteceu quando a peça acabasse.

— Está bem, Al.

Sentem-se, pois lá vem história.

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Sá e Lumi sabiam onde Ed costumava ir para fugir alguma coisa e ficar pensando na vida; sabiam onde encontrá-lo, primeiro passo completo. A real questão era como convencê-lo a voltar e atuar na apresentação teatral? Porque, como todos sabem, não dá para encenar “O Alquimista de Oz” sem o próprio Alquimista de Oz, então precisavam trazê-lo de volta a todo custo.

A roteirista tinha um plano completamente sem sentido e, sinceramente, Sá não entendeu nem metade desse.

— Vai até o mercado da esquina e compra cinco caixas de leite. – Lumi pediu, entregando-lhe uma nota de cinquenta reais.

— E eu achava que o frete dos livros no Submarino era caro. – Sá comentou, arqueando a sobrancelha, um tanto desconfiada do tal plano.

— Você pode ficar com o troco. – a menor ofereceu, correndo até o “esconderijo secreto” de seu alquimista

Entendeu alguma coisa? Claro que não, mas fez o que Lumi falou mesmo assim, já que era para o bem da peça e de suas notas (ou vocês acham que diretora e roteirista também não ganham pontos extras?). Saiu do mercado carregando as compras em sua bolsa, que mais parecia um buraco negro, e se dirigiu ao “esconderijo”, onde encontrou Lumi agredindo Edward com seu megafone.

Espere um minuto aí! A amiga pegou seu megafone e ela nem notou? Típico das duas.

— Ei! Devolve meu megafone! Você vai que...

Olha, quem diria? E não é que o megafone quebrou mesmo? Que boca santa, você não acha, Senhorita Sá?

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— Então eu fiquei com muita raiva e mandei os dois voltarem ao auditório, foi isso. – ela terminou

— Mas e a mordida?

— Eu já disse que ela não morde sem motivo, isso é só com os abraços.

Sá não estava lá para ver a cena do crime, então Alphonse decidiu perguntar a quem ele sabia que estava lá quando tudo aconteceu:

— Lumi!

— Fala, meu amor. – respondeu, aproximando-se do garoto

— B- Bem, o Ed me contou que você o mordeu.

— O Ed? Ah, eu mordi sim.

— Por que você fez isso?

— Era parte do meu plano: eu iria torturá-lo até aceitar voltar para a festa.

— Agora eu entendi o motivo do leite. – Sá concluiu

— Então agora tá tudo explicado. – Alphonse suspirou um tanto aliviado

— Na verdade, não. – Lumi interviu – Ainda falta saber o motivo de o Ed ter fugido da peça.

— Isso tá na cara. – Sá resmungou – Ele ficou todo vermelho na hora em que quase beijou a Winry, eu acho que ele estava com vergonha de fazer isso porque gosta dela.

— Por falar em Winry e Ed, onde eles estão? – a roteirista quis saber

— No camarim. – o loiro disse

— Os dois? Sozinhos? – Sá indagou

— Sim. – o garoto confirmou

— Meu ship é Canon. – Lumi comemorou

Depois de alguns segundos a ficha caiu para mais novo:

— C- Como assim?

— Esperem aí. – Sá retomou a fala com cara de quem acabou de ter uma ideia – Já que eles vão ficar aqui por mais um tempo, por que a gente não sai e deixa o trabalho para eles?

Lumi sorriu, agarrando a mão de Al e o puxando para fora do auditório.

— Gostei da ideia, diretora.

— De nada, roteirista.

O Trio Monstro do teatro amador se retirou do local, deixando todo o trabalhado para o casal, que fariam tudo depois que terminassem o que estão fazendo, é claro.


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Notas finais do capítulo

Essa foi uma das fanfics mais loucas que eu já escrevi, mas também foi uma das mais divertidas. Acabei gostando bastante do resultado dela e realmente espero que minhas coisas iluminadas também gostem :3
Beijinhos de luz e até uma próxima história :*



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