Sweepers Time! escrita por FaynRith


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

Espero que Curtam Black Cat!
Esse romance é entre a Saya e o Train!



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Numa pequena ruela na margem leste de um rio majestoso, um boteco mal-tratado e sujo encontrava-se abarrotado de pessoas. Do outro lado do riacho, podia-se visualizar uma aglomeração na entrada, que seguia um fluxo grande pela rua. Homens grandes, musculosos, repletos de cicatrizes e tatuagens observavam atentos, a um quadro pregado na parede do bar.

  Aguardavam silenciosos uma atendente que pregava diversos papéis coloridos com fotos e descrições. Quando ela terminou, fitaram ansiosos seus movimentos. Esperaram que ela se retirasse para se levantarem, e todos de uma só vez, tentarem agarrar um daqueles inúmeros papéis. Em menos de alguns segundos, apenas uma única folha manteve-se pregada. Um círculo formou-se ao seu redor. Encararam pasmados o único assassino que nenhum dos quinhentos caçadores de recompensa da cidade habilitou-se a capturar.

            - Esse cara, eu não aceito. – começou um, já se retirando para a porta. - Ele pode ter a maior recompensa no mercado mas...

            - Um assassino! – Exclamava um homem robusto. – Não é a toa que ninguém aceita o trabalho. Mesmo com uma recompensa alta. – Iniciantes observaram o Sweeper, hesitantes. O preço era realmente tentador. Será que poderia ser tão perigoso?

            - É. Assassinos especializados são os piores... – Um adolescente magro e repleto de piercings esticou sua mão até a folha.

            - Não! Você não entende. – O homem robusto o interrompeu. – Ele é o novo assassino de elite da Chronos! O número treze, mais conhecido como Black Cat, é um homicida que matou mais de 100 pessoas em um mês. – Ele foi interrompido por um baque surdo, de um copo de vidro indo ao encontro do balcão de madeira. Um par de olhos azuis observou a cena de soslaio. – Somente crianças e mulheres escaparam de suas garras. É rápido, esguio, traiçoeiro. Nenhum Sweeper retornou sem receber no mínimo, duas balas no corpo. Ele nunca os mata. Faz com que agonizem de dor até desmaiarem.

            Ao ouvirem isso, alguns caçadores hesitaram. Recomeçou uma discussão ardente sobre os diversos boatos que corriam sobre o assassino.

A atendente bufou irritada ao observar a multidão tremer sobre rumores infundados.

            - Covardes. – Resmungou internamente.

            Uma mulher, em seus plenos vinte e dois anos, tomou um último gole de seu leite. Vestia um belo Kimono florido, com seda rosada e faixas rochas que revestiam seu tórax. Usava sandálias de madeira tradicional junto com meias brancas, que faziam o chão de madeira estalar quando andava. Ergueu-se rapidamente e dirigiu se a multidão. Seus olhos azuis perscrutaram a folha.  Sem importar-se com os olhares estranhos que lhe direcionavam, ela agarrou o papel e saiu do bar.

            A atendente, que conhecia a Sweeper direcionou a ela um sorriso gentil. Ficava feliz toda vez que ela mostrava àquele bando de selvagens uma boa amostra de coragem.

- Dez milhões! - Saya cantarolava. - Um criminoso Rank S! Finalmente, o trabalho que eu estava esperando!

            Saya continuou a cantarolar pela rua. Com destreza, apoiou se em um dos galhos e lançou seu corpo inteiro pela janela entre aberta do seu apartamento. Aterrissou gentilmente no corredor escuro do segundo andar. O prédio andava as escuras com a falta de energia. Soprou mechas negras de seus olhos.

Ao contrário dos outros hóspedes, Saya não tateava seu caminho. Confiava em sua audição e memória para encontrar o caminho para o quarto.  No trajeto, tropeçou diversas vezes no tapete vermelho que cobria o corredor, ou esbarrou em vasos caros – mas isso era habitual; fazia parte da sua personalidade. –  E quando isso ocorria, sutilmente agarrava os objetos no ar antes que caíssem. – Algumas vezes sem sucesso. Mas isso não abalava seu humor. Nada a abalava há anos.

  - Graças à falta de luz, poderei ver um céu bastante estrelado hoje! - Sorriu, enquanto subia a escada para o terraço. Ela sempre via o lado positivo das coisas. – Vou tomar uma bela garrafa de leite antes de dormir.

            Com um chute, abriu a porta para o terraço.  Subiu no telhado, e sentou-se nas calhas recém molhadas.

 O céu estava limpo, um azulado pós chuva. As estrelas brilhavam intensas, com uma grande lua amarelada atrás.

            - Noossaaa! Hoje é dia de Lua cheia! - Saya sorriu. - Me esqueci completamente.

  Passou alguns segundos contemplando a Lua. Agora com a iluminação pôde ver o rosto do seu próximo alvo. Fez um biquinho indignado. Não era uma foto muito boa. O anunciado do criminoso também não dava-lhe muitas pistas de seu paradeiro.

- Os informantes estão perdendo a qualidade do trabalho. – Pensou, enquanto lia as informações. – Não conseguiram fornecer uma foto de seu rosto, nem seu nome verdadeiro.

Suas orbes azulados concentraram-se no fim do anunciado. Lá havia uma pequena nota:

“Informante morto na tentativa de foto. Última foto retirada de Black Cat data 2001. Qualquer foto que apresente seu perfil valerá em torno de 2 milhões.”

“O número treze é um homicida que matou mais de 100 pessoas em um mês”

É. Não estavam de brincadeira.

- Mas eu não sou do tipo que se assusta fácil! – Saya sorriu, enquanto tomava mais um gole de sua garrafa.

            Foi então que seus ouvidos sagazes ouviram algo distante na rua. Sons fortes, distintos, familiares. Virou-se para a origem. Era um beco distante, há algumas quadras dali. Podia ver relances de luz acompanhado de gritos e o som tão distante.

Um tiroteio.

Pegou impulso, e saltou do terraço. Aterrissou no chão com perfeição. Deu mais um gole na garrafinha de leite e partiu para a origem dos tiros. Quando chegou, avistou duas grandes limusines afastando-se do beco. Não conseguiu visualizar a placa – mas isso era o de menos.

Adentrou lentamente o local, com a arma nas mãos. Eles tinham manchado as paredes com sangue.  Observou rastros e marcas de sapato deixadas com o líquido vermelho. Todos os mortos eram mafiosos; Homens de terno preto, óculos escuros, e armas automáticas.

Chegou perto de um corpo. Não pareciam vítimas do incidente.

Um dos feridos ainda respirava e gemia muito. Ele chamou pela garota. Saya virou-se para o corpo imóvel. Afastou a arma de suas mãos e agachou-se para perto dele. Pegou um lenço de seu bolso e limpou os ferimentos abertos, tentando parar o sangramento.

- Fuja. – Sussurrou em seu último suspiro. Apontou para a saída com um dedo trêmulo.

Saya beijou sua testa e fechou seus olhos. Retirou seus óculos. Deitou-o gentilmente no chão. Rezou uma vez, pedindo que sua alma fosse ao céu, enquanto retirava seus óculos. Ao se afastar, observou outro rastro de sangue que não tinha percebido antes. Ele seguia em linha reta até um homem sentado na beira da rua. Aproximou-se dele.

            - Você está bem?


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Notas finais do capítulo

Oks!
Espero que tenham gostado!



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