Sim...

Isto mesmo, esta foi minha resposta. Sim e etc!
Eu mal podia esperar pra ver o Logan, ele devia estar diferente de três meses atrás, eu acho. Então resolvi aceitar me encontrar com ele.

(...)

Me senti pressionada com o que vestir. Finalmente era domingo, e ele me mandou uma mensagem dizendo o local e a hora.
Liana estava comigo e ela apontou prum vestido violeta florido. Sapatos azuis.

— Eu acho que está muito florido e caprichado.

— Mas vocês vão pro Shopping! – Ela aumenta o tom de voz. – E vai saber quando vai ser sua próxima chance? Aproveita!

— Tem razão.

— Eu sei. – sorri.

Coloco a roupa ainda um tanto insegura sobre o visual. Mas quando me encaro no espelho, tudo muda. Eu parecia ter nascido para aquela roupa.

— Eu fico bem em tudo mesmo! – brinco. Dou uma voltinha no quarto até minha escrivaninha e começo a escovar o cabelo.

— Bem, meu trabalho está terminado. Eu vou ver uma roupa pra ir pra igreja mais tarde. Fica com o vestido, já que gostou tanto. – Liana dá as costas e se despede.

(...)
É duas da tarde e estou no banco do Shopping uma hora mais cedo do que deveria. Peço um refri no quiosque e retorno ao banco.

Estou na metade quando passa na minha frente um trio de meninos e dois rostos me são conhecidos. Matt e Lipe, que param na minha frente e me analisam de cima a baixo. E um garoto muito bonito ao lado deles, que deixam os dois no chinelo de tão bonitos.

— Oi. – enfim, digo algo.

— O que você... – Matt começa – Está fazendo tão arrumada?

— Estou esperando um menino, Matt. – mandei real. Ele tinha que superar o que aconteceu – E quem é esse?

— Arthur. De outra classe da nossa escola, mas está no mesmo ano que a gente.

— Prazer, coisa linda. Danielle não é?! – Arthur se abaixa e me beija no rosto! Fico com raiva daquela atitude.

— Já ouvi as meninas falarem de você. – digo com cara de brava.

(20 minutos depois)

Demora um tempo até eles desencanarem de mim e me deixarem em paz. Dá o tempo deles virarem o corredor e o Logan aparece na minha frente, e o sorriso dele invadiu os meus sentidos assim, de repente.

— Oi, Dani. – Ele pisca o olho direito, e eu fico mais tonta ainda. Eu achei que podia responder, mas não. Eu não consigo. Eu tento abrir a boca, mas a situação só piora – Dani?

— Você veio. – Que nem uma boba, eu finalmente digo algo, mas claro que não o melhor a se dizer: Oi.

— Pois é. Vim. – Respostas curtas no início da conversa, isso não mudou. Ele passa a mão no cabelo e parece suspirar. Talvez seja nervosismo, ou só chateação. O que eu estou pensando?

— Quer tomar um sorvete?

— Que tal um refri?

— Pode ser.

Ótimo. Agora vou tomar dois copos de refri e vou ficar muito energética. Mas não podia contar a ele que cheguei uma hora antes. Mas eu claramente cheguei antes dele.

Ele estranhamente fica vermelho do nada, e fica olhando pras minhas mãos disfarçadamente até o caminho do caixa.

Resolvo ignorar isso pra não ficar mais nervosa. Aquele menino deve ter algo na cabeça e isto me preocupa, por que ele pode estar pensando algo ruim sobre mim. Viu? Já estou preocupada...!
Pedimos, pegamos e sentamos.

— Porque você me pediu pra te encontrar hoje? – Finalmente pergunto.

— Por que eu queria te ver, sei lá. Também não tinha muitos planos. Mas somos amigos, né? – Ele diz.

— Bem... é claro! – sorrio nervosamente.

— Acho que é menos estranho falar por telefone né?

— É... muito.

— Bem então... – Ele puxa o telefone do bolso, digita algo e logo meu telefone vibra.

E aí? ;D

Estou me divertindo muito, obrigada por ter me chamado. ^--^

Notou algo de esquisito?

Ah sim. O menino ali do lado está com a namorada, mas ele deve ter uns 12 anos... credo!

Sim. Arg!

Ele sorri na vida real. Nós dois damos uma espiada no pequeno casalzinho. Eles dão as mãos encima da mesa. Ficamos encarando até demais o ato dos atrevidinhos.

Foi quando uma coisa esquisita aconteceu. Ele pediu pra gente levantar do nada e eu ainda nem tinha terminado meu refri.

(...) o.o

Estamos numa livraria sentados naqueles sofás no fundo da loja. Não tem ninguém ao nosso redor, pois é hora do almoço.

— Logan... o que... – começo. Sou interrompida pelo meu telefone vibrando.

“Nova mensagem de Logan”

Posso segurar sua mão?

Fico encarando o telefone. Ah... agora algumas coisas fazem sentido. Mas na minha mente, é mais nervosismo do que raciocínio.

O Logan quer segurar minha mão, mas isto não faz sentido pedir e ainda mais por mensagem. Ele tava afim, segurava, uai! Não entendo os meninos.

Sem saber o que responder e tentando evitar constrangimentos, opto por enviar um emoji. Mas as coisas não saem como planejo. Eu ia clicar em um emoji inexpressivo pra mostrar que não sei o que dizer.

Mas acabo apertando naqueles namoradinhos se beijando sem querer e enviou!

Tu-dum! Logan me encara através da tela como rosto corado. E não é pra menos, né?!

— Foi mal, Logan! Eu mandei sem querer! Fiquei nervosa quando fui digitar e...

— Bem... – Ele ia dizer alguma coisa, mas seu rosto está muito próximo do meu, e ele está se aproximando devagar.

Por alguns segundos, me dou conta do quanto estamos realmente sozinhos no fundo da livraria. E depois, noto que estou me inclinando como se estivesse tentando escapar do meu maior sonho, e por último, sinto os lábios dele tocarem nos meus, e os sentimentos dos dois se misturarem pela troca de temperaturas e de sentimentos escondidos.

Ele ainda segura o telefone, e eu também. Sem querer, teclo mais um emoji, mas não faço ideia de qual, por que ainda estou ocupada beijando o meu crush.

(♡o♡)