Falling escrita por Lohane Pinheiro


Capítulo 8
Capítulo VIII - Under the lights when everything goes


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais rápido que eu pensava porque eu consegui finalizar esse capítulo hoje. Prontos para a primeira caçada de Ariel e uma surpresa logo no começo do capítulo?
VAMOS LÁ ENTÃO...



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Era um quarto grande e luxuoso em um local afastado do centro da cidade. Ele estava ali, seu falecido pai morava naquele local. Ele se conectava com Ariel quando se sentia entediado naquele quarto, naquela mansão que os criados atendiam aos pedidos dele por medo do que ele era capaz de fazer. Ele agora se sentia livre, antes era obrigado a esconder o que ele era de verdade, as pessoas julgavam e ele sabia que se julgassem ele naquela época ele poderia estar morto agora. Ele tinha inveja de Ariel, sua mãe foi esperta e a amava tanto que escondeu ela de qualquer radar, mas não foi tão esperta quanto seu pai que conseguiu identificar a menina quando ela ainda era criança. Lucas sempre dizia que a escolhida estava perto deles, que ela estava fraca pois não tinha seus poderes e que seria mais fácil pega-la. Lucas não conseguiu fazer isso, tinha algo protegendo ela de demônios e anjos, ele não conseguia chegar perto dela o suficiente até ele pedir para o filho se aproximar dela, ele foi de bom grado, adorava fazer as vontades do pai, mostrar que era capaz, mesmo que ele não desse a mínima. Ele viu Lucas matar sua mãe porque ela tinha descoberto o que ele era e o que ele tinha feito, a mãe dele tentou mata-lo em uma noite mas Lucas não deixou e cortou a garganta da mulher na sua frente, ele tinha 5 anos na época e dali por diante ele via o pai como o seu herói.

Lucas antes de ser o que era, seu receptáculo, era um empresário milionário e corrupto. Sua mãe sempre dizia que ele várias vezes correu risco de ser preso mas Lucas sempre que ouvia ela falando isso batia nela. A mãe do garoto o amava, até descobrir o que ele era. Nessa época os três moravam em Las Vegas e ele sempre ficava dentro de casa, aterrorizando os criados, criando visões falsas e alucinações. Ele perdeu as contas de quantos criados saíram daquela casa com problemas psicológicos graves por causa dele, ele se divertia fazendo isso e serviu como treinamento para o que ele estava fazendo agora. Quando ele soube da morte do pai, ele ficou furioso. Ariel era a culpada, se ela não tivesse se juntado com aqueles dois idiotas, se ela tivesse se juntado a ele quando ela teve a oportunidade...

— A culpa é sua, você que terminou com ela – ele sempre tinha essa briga interna. A parte “humana” dele tentava tomar conta as vezes e Ariel estava despertando essa parte que ele tanto escondia – você tinha que dar um de sensível né? Seu babaca – ele falava sozinho, olhando para o espelho. Ele fechou os olhos e ao olhar novamente para o seu reflexo os seus olhos estavam diferentes, mais sombrios e parecia que tinha chamas neles – eu não vou deixar que você tome conta de tudo, você perdeu idiota – ele soltou uma risada baixa – você nunca vai voltar ao que era com ela, Owen Benwyll.

—x-

Ariel tinha acabado de fechar o terceiro livro naquele dia. Sua cabeça latejava. Ela levou as mãos nas têmporas e massageou o local, se assustou quando viu uma caneca surgindo a sua frente e alguém sentando do seu lado.

— Como está indo até agora?

— Muita informação e eu sinto que estou fazendo parte desse local, não da forma positiva da palavra – ela pegou a caneca e bebeu um pouco do café – estou a quanto tempo aqui?

— Não vamos falar sobre isso – Ariel olhou para Sam, ele respirou fundo antes de dizer já sabendo que a menina iria desistir – 8 horas

— Okay, já chega – ela se levantou – eu não posso ficar aqui por mais um minuto sequer, eu preciso ver gente ou vou acabar me tornando um livro empoeirado e velho. Você já viu o estado de alguns livros daqui? Pelo amor de deus

— Tire algumas horas de folga

— Obrigada – ele se levantou – Sam, vocês estão fazendo o possível para me proteger, eu entendo mas... isso não vai durar por muito tempo. Eu não sei por quanto tempo essa proteção que a minha mãe colocou em mim vai durar e eles vão vir atrás de mim, eu sei que vão, e eu não quero envolver vocês nisso quando isso acontecer

— Fique tranquila – ele sorriu – não adianta você querer sair agora, você já faz parte da família – ele deixou a menina ali, com aquela frase ecoando na cabeça dela. Era o que ela não queria que acontecesse, se apegar aos irmãos a esse ponto ou deixar que eles se apegassem a esse ponto. Ela não era capaz de proteger eles do que iria vir, se acontecesse a mesma coisa que ela estava vendo nessas visões, ela não iria se perdoar nunca. Ela não iria aguentar ver Sam ser torturado até a morte, Castiel sendo morto e Dean...

— Acho que ler essas velharias estava melhor do que eu começar a ter ideias absurdas – ela respirou fundo e voltou aos livros. Leu por algum tempo mas logo depois desistiu, sua cabeça não estava mais ali. Ela saiu da biblioteca e entrou no quarto. Tomou um banho quente e demorado, estava precisando daquilo, e ao sair do quarto viu o local silencioso demais – vamos sair para caçar algo enquanto ela está distraída? Vamos, ela não vai conseguir nos seguir. Idiotas – ela parou no hall, o notebook estava aberto. Ela sorriu e foi até ele e abriu a pesquisa. Colocou o nome da criatura que ela tinha lido em algum livro naquele dia, era pequeno e parecia mais um diário do que outra coisa. Na verdade ela tinha pego uma vez no quarto de um dos dois, e tinha informações bem úteis a ela já que parecia um passo a passo de como matar essas criaturas. Ao pesquisar o nome da criatura ela achou coisas que ela tinha lido no diário, nada de diferente. Ariel bufou e se jogou na cadeira. Pesquisou por desaparecimentos recentes e apareceu vários, alguns deles chamou sua atenção pois eram estranhos demais. Três meninas na mesma noite e foram encontradas mortas com o sangue drenado. Ariel sentiu o estômago dar voltas só com as informações, os desaparecimentos tinham acontecido em Atlanta – droga – era longe demais para ela ir sem os garotos. Ela se encostou novamente na cadeira e bufou pela segunda vez. Ela olhou em volta e o silencio que ecoava no local era incomodador, ela sorriu com a ideia que teve.

Ariel colocou o celular para tocar uma playlist que ela sempre escutava quando estava sozinha em casa. Sempre era arrumando a casa ou algo parecido mas ali ela só queria explorar o local sem ninguém atrapalhar, uma coisa positiva de estar sozinha naquele momento. As músicas eram agitadas em sua maioria. Ela passava pelos corredores dançando, ou só fingindo que estava cantando. Chegou no hall novamente e a música que estava tocando na hora ela tinha ela como seu mojo, ela sorriu e começou a dançar no ritmo. Ela deixou o celular na mesa e começou a dançar pela sala inteira, tinha os olhos fechados, não estava nem ai se alguém de repente

— Então é isso que você faz quando está sozinha? – ela se assustou com a voz vinda do nada e desligou o celular com pressa – eu esperava mais

— Tipo o que? Planejar para dominar o mundo? Infelizmente minha criatividade está presa nesse local – Dean sorriu enquanto descia as escadas – aonde estavam?

— Não te interessa agora, como anda a “pesquisa”?

— Cala a boca – ela ouviu mais passos vindo da escada – eu preciso dizer uma coisa a vocês antes que vocês descubram e... bem, brigarmos e essas coisas, eu peguei um diário do quarto de um de vocês uma vez mas eu ia devolver eu só... queria saber o que tinha dentro dele, ele parecia antigo e eu fiquei curiosa – Dean olhava para ela parecia se segurar para não fazer nada – okay, manda ver

— Foi útil para você?

— Muito, me ajudou bastante a entender os termos que foi usado naqueles livros. Bem, não tem tudo nesse diário e algumas páginas foram visivelmente arrancadas mas... é, foi útil

— Era o diário de nosso pai, eu pensei que ele tinha sido...

— Eu mantive ele guardado e eu não sei como ela conseguiu...

— Estava em cima da sua cômoda. Desculpe – ela correu para a biblioteca e pegou o diário entre os livros, voltou para aonde estava antes e entregou para Dean – eu não sabia que era do pai de vocês, me desculpe.

— Esquece isso – ele sumiu do local

— Sam eu realmente não fazia ideia

— Só dê um tempo ok? Você não fez nada de errado ou criminoso ele só não gosta que peguem aquele diário sem avisar a ele antes. Bem, como eu disse, eu pensei que isso já tinha sido perdido a tempo

— Eu entendo ele, tenho o colar da marinha do meu pai até hoje comigo, guardado nas minhas coisas. Se encostam nele eu não gosto nada. Droga mas acho que dessa vez eu...

— Já disse, dê um tempo que ele daqui a pouco esquece. Precisamos ir a Atlanta, se você... – Ariel sorriu, parecia que tudo estava correndo para o local que ela queria

— Quando saímos?

— Mais tarde, você disse que precisava respirar um pouco. Essa é uma boa oportunidade

— Obrigada – Ariel foi para o seu quarto agora mais feliz. Iria poder fazer a primeira missão agora sabendo pelo menos algo, sabendo como se defender e por incrível que pareça, a senha do “cofre” de armas no porta mala do Impala estava naquele diário e ela tinha uma boa memória fotográfica para lembrar dela sem o diário e da foto da arma que ela precisaria – Obrigada Winchester – ela sorriu antes de fechar a porta.

—x-

Ela demorou para conseguir chegar ao Impala sozinha, quando conseguiu, ela achou a faca depois de um tempo. A mesma tinha uma escritura na lamina e não era muito grande o que ela agradeceu mentalmente. Ariel foi sozinha atrás do que seja, ela tinha certeza que era um Djinn, um tipo de gênio que envenenava suas vítimas fazendo elas terem alucinações, poderia ser qualquer pessoa e isso a apavorava. Ela andava por ruas que estavam desertas demais, já era tarde e ela estava começando a se arrepender da ideia de, outra vez, resolver algo sozinha. Ela sentiu alguém seguindo ela, Ariel parou de andar e olhou para trás disfarçadamente, se assustou ao sentir seu celular vibrando no bolso da calça.

— O que?

— Aonde você está? – ela suspirou, claro que ele ia ligar –Eu espero realmente que você não...

— Eu não posso falar agora

— Ariel...

— Eu tenho mesmo que... – alguém agarrou sua cintura e tampou sua boca. Ela deixou o celular cair no chão e se debatia contra a pessoa que tinha a agarrado. O mesmo tinha tatuagens por todo o corpo e seus olhos começavam a brilhar, um azul intenso. Ela lutou para tirar as mãos dele em cima dela mas o brilho foi passando por suas tatuagens nos braços e chegou em suas mãos. Ariel sentiu que estava flutuando, foi parando de se debater aos poucos e não sentiu mais nada.


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Notas finais do capítulo

Ow... o que será que aconteceu com Ariel?



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