Falling escrita por Lohane Pinheiro


Capítulo 7
Capítulo VII - Tick Tock Goes The Clock


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores, eu não postei na última semana mas tenho uma explicação para isso. Precisei fazer uma prova de recuperação e não pude finalizar o capítulo da semana. Agora que eu estou de férias está tudo certo e vamos voltar ao normal. Talvez nessas férias eu adicione mais um dia para atualizar mas não é nada certo, okay?
Sobre as respostas que eu to tendo com a história, eu nunca pensei que poderia dar tão certo como está dando e eu agradeço por isso, vocês ajudam a minha mente funcionar para essa maluquice que eu montei hahaha espero que vocês continuem acompanhando e divulgando para todos que conheçam, obrigada ♥
Agora chega de papo e vamos ao que interessa...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691472/chapter/7

Foram preciso meses para que os irmãos deixassem ela participar de mais um caso. Ariel tinha dado a ideia de ser isca para um metamorfo, eles não aceitaram mas sabiam que não ia adiantar nada, ela ia acabar arrumando um jeito de participar daquilo tudo. Ariel estava sentada no bar, os irmãos estavam ali também mas mais ao fundo, observando de longe. Ariel sabia que o cara tinha preferência por morenas, só não sabia se a sua altura iria influenciar mas isso não era problema. Ela pegou a bebida e olhou para trás, ele tinha acabado de entrar no bar, ela olhou para aonde estava os dois e sorriu falando um ‘hora do show’ sem emitir som nenhum. O homem se sentou do seu lado, Ariel fingiu que não percebeu que ele estava ali.

— Você deveria beber algo mais forte

— Eu nunca sei o que pedir e essa bebida está horrível

— Londres? – ela se xingou mentalmente, o sotaque puxado sempre estragava as coisas – você deveria ser obrigada a saber beber

— Não era muito de sair – ela chegou mais perto do homem – sabe de uma coisa, aqui está chato demais

— Eu mal cheguei e concordo com você – ele disse sorrindo. Se o cara não fosse uma criatura que estava pensando em desmembrar ela para guardar como suvenir ela poderia até pensar duas vezes antes de mata-lo. Os dois saíram de braços dados e os irmãos saíram logo depois. Ariel foi andando com ele por um tempo até que ele a empurrou para um beco e encostou ela na parede com força – é uma pena

— Concordo – ela deu um chute em sua virilha, ele se afastou. Ariel bateu nele novamente e o homem começou a se defender e a revidar as vezes. Ariel foi derrubada, tentava tirar ele de cima dela

— Acho que dá para me divertir antes não? – ela entrou em desespero, começou a estapear o homem com força e a gritar por ajuda. Não demorou muito até os dois chegarem e tirarem ele de cima dela, a luta durou pouco tempo, Sam cravou a faca de prata no peito dele e ele caiu morto no chão, de olhos abertos e a calça também.

— Você está bem? – Ariel ainda estava no chão, tremia demais e se assustou quando Sam tentou tocar nela – hey, tudo bem, sou eu

— Me desculpe – ela segurou sua mão e se levantou. Dean vinha enlouquecido na direção dela – lá vem

— Será que você tem espírito suicida?

— Não enche

— Agora vê se entende quando dissermos que não, é não – Ariel bufou e rolou os olhos – eu odeio quando você faz isso

— Eu sei, agora vamos porque precisamos nos livrar dessa coisa e eu preciso de algo alcoólico – ela passou pelos dois ajeitando o vestido, Dean não evitou de olhar antes que ela sumisse de vista, Sam soltou uma risada e saiu andando na frente do irmão

— O que?

—x-

Ele observava ela de longe, sentado no fundo do bar, tentando parecer o mais discreto possível. Ela estava ali, distraída demais para sentir sua presença, estava ajudando os dois idiotas em algum caso e isso deu a ele a oportunidade de ficar invisível por muito tempo já que a atenção dela estava totalmente naquela coisa ao seu lado. Ela saiu com a coisa e aqueles dois foram atrás, claro que iriam. Ele decidiu esperar ela voltar e talvez deixar um recado sutil mostrando que ele estava mais perto do que ela imaginava. Ele já estava desistindo de esperar quando ela entrou, com aquele vestido colado no corpo, o cabelo um pouco bagunçado e uma marca vermelha no lado direito de seu rosto, parecia que tinha batido em algum lugar, se ela soubesse do poder que tem e do que pode fazer com o mesmo, se ele conseguisse mostrar isso a ela, aqueles dois entraram logo em seguida e os três estavam um do lado do outro no bar. Ele, que já estava completamente de saco cheio de sempre ter que mudar seus planos de última hora, chamou um homem que passava pronto para sair do bar, o homem veio até a ele desconfiado, ele olhou diretamente em seus olhos e em segundos ele sorriu, era como se fossem amigos de longa data, ele adorava poder fazer isso, facilitava bastante as coisas na maioria das vezes. Escreveu um pequeno recado no guardanapo a sua frente, deixou algum dinheiro na mesa, pediu para o novo “amigo” entregar o recado para ela, olhou novamente para o homem passando tudo o que eu queria que ele falasse, o homem saiu em direção aonde ela estava, talvez agora ele deveria se preparar para finalmente conseguir atrair ela até ele.

—x-

— Eu ia conseguir, talvez depois de mais que um rosto machucado, mas eu iria conseguir.

bullshit!

— Dean! - Sam disse olhando para o irmão, o mesmo rolou os olhos e bebeu toda a dose de uma vez só. Olhou para o lado e viu um homem se aproximando sorridente demais para alguém normal naquela hora. O homem passou por ele e Sam sem nem olhar para os dois e parou do lado de Ariel.

— Um amigo deixou isso para você, disse que era importante - o homem sorriu e se afastou novamente, agora saindo do bar. Os irmãos olharam sem entender para o guardanapo na mão de Ariel

— O que? Não é só vocês que são paquerados em um bar, pelo amor de deus - ela sorriu, deixou o copo no balcão. Ao abrir o guardanapo ela ficou olhando para aquele recado por um bom tempo

— O que está escrito?

— Não pode ser - ela se levantou - precisamos ir

— Mas...

— Okay, eu vou sozinha - Dean bufou e se levantou, Sam já estava tentando alcançar a menina, ao chegar na rua ele conseguiu segurar o seu braço e para-la

— O que aconteceu?

— Era ele, o cara que vem mexendo com a minha cabeça, era ele esse tempo todo

— Ele quem?

— É complicado - Sam ia perguntar novamente mas o irmão, mas sério que de costume, passou por eles entrando no Impala. Os dois acompanharam ele e o carro saiu dali logo depois. Ariel, sentada no banco de trás do Impala olhou novamente para o que estava escrito naquele recado, tentou tirar a única pessoa que poderia ter escrito aquilo de sua cabeça mas não conseguiu, o final daquele recado não poderia ter sido escrito por outra pessoa.

“I’m watching you
My Impossible Girl!”

—x-

Ariel conseguiu fugir de todas as perguntas dos irmãos, o que mais perguntava era Dean. Ariel não sabia se ele parecia preocupado ou com ciúmes, ela esperava que tivesse sido a primeira opção pois aquele recado não era nada romântico e tinha deixado ela apavorada. Ele não parecia violento, ele sempre foi carinhoso com ela e aquele apelido ele tinha dado a ela em um momento de crise dele. Ariel ainda não acreditava que ele poderia estar vivo e completamente diferente do Owen que ela conhecia tão bem, ou não tão bem assim.

Owen tinha algumas atitudes estranhas, ele não falava com ninguém, evitava isso pois sempre dizia que ninguém iria gostar dele se o conhecessem de verdade, ela não entendia o porquê ele dizia isso mas agora estava tudo mais claro, Owen era igual a ela tirando o fato que o pai ou mãe dele era um demônio, era óbvio. Owen parecia sempre lutar com algo dentro dele, em um desses ataques dele ela estava presente, Ariel conseguiu acalmar o garoto que a partir daquele momento ele chamava-a de ‘Impossible Girl’. Ela teve uma pequena queda por ele, os dois tiveram um namoro rápido mas ele terminou com ela, depois virou um dos melhores amigos de Ariel até o dia da notícia da morte dele bater na porta dela, literalmente. Ela não conseguia acreditar que ele tinha feito isso tudo para depois ficar aterrorizando ela com visões e alucinações, não fazia sentido, se ele quisesse matá-la ele teria feito enquanto ela estava com ele, enquanto ele estava...

— Se você sair desse bunker atrás da pessoa que te mandou esse recado eu juro por Deus...

— Não Dean, eu não vou. Seria burrice minha, quase um pensamento suicida – ela percebeu o que tinha dito, os irmãos se olharam e foram até ela, um de cada lado – droga!

— É o cara que vem te aterrorizado esses dias não é? – Sam perguntou com cautela, Ariel suspirou e concordou com a cabeça – Ariel, por favor não tente fazer nada, isso pode acabar te matando.

— Eu não vou, eu só... isso não está fazendo sentido nenhum para mim – Ariel passou a mão no rosto e se jogou na poltrona ali perto – é o Owen

— Espera, o cara foi encontrado...

— Eu sei, mas o Cas pode ter razão. Eu não sei mas o que pode ser possível okay? Esse inferno se iniciou na minha vida e tudo perdeu sentido lógico – Ariel escondeu o rosto entre as mãos e respirou fundo. Ao olhar para os irmãos novamente, Dean olhava parecendo saber o que estava se passando na cabeça dela pois levantou o dedo perto do rosto dela

— Não

— Mas...

— Você não vai fazer isso! Você pode dizer que não vai atrás desse maluco desgraçado mas você irá, eu sei que irá – Ariel se levantou e ficou perto demais do mais velho

— Você não vai conseguir me impedir e sabe disso

— Vocês dois – Sam afastou o irmão – Ariel, eu sei que você quer tirar a dúvida mas seria perigoso demais se fosse atrás desse cara sozinha.

— Então...

— Então...  eu acredito que não vai ter problema nenhum se nós dois fôssemos contigo e ficássemos atentos a qualquer coisa.

— Você só pode estar de brincadeira? – Dean começou a andar de um lado para o outro ao fundo

— Você tem que entender que é minha escolha, eu preciso ver se é ele mesmo. Eu sei que se for ele...

— Você tem que entender que isso é perigoso e que você pode acabar morta no final de tudo

— Você não pode mandar nas minha decisões Winchester! Você não tem esse direito!

— Mas que droga Ariel! – Dean disse em um tom mais alto, ela não tentou falar mais nada – eu não sei se você se deu conta mas estamos tentando te manter viva, o maior tempo possível, mas parece que você não se importa com isso – Ariel suspirou e olhou para baixo

— Eu não vou fazer nada, seja lá quem for, ele pode esperar. Alguém deve ter me observado esse tempo e viu como Owen me chamava e está fazendo isso para eu ir atrás dele, é isso. Owen está morto, eu já entendi isso – Ariel deixou o bilhete em cima da mesa e sumiu dali. Precisava respirar, subiu as escadas e saiu do bunker, respirou fundo e foi dar uma caminhada ali por perto. Ficou andando por alguns minutos até parar um pouco, olhou em volta e viu que estava um pouco longe do bunker – droga – quando ia voltar ao local, sentiu uma dor muito forte na cabeça, ela se apoiou na árvore e se ajoelhou

— Eu estou cada vez mais perto – aquela voz novamente, Ariel estava quase deitada no chão, a dor aumentava cada vez mais – tick tock... tick tock... – aquelas visões apareceram diante de seus olhos novamente, passavam rápido, no fundo eram gritos, pedidos de socorro e alguém gritando seu nome – tick tock... – ela gritou e as dores passaram. Ela sentiu seu joelho em um local gelado, não sentia mais brisa nenhuma batendo em seu rosto. Ao abrir os olhos ela se viu em um quarto, o seu antigo quarto

— O que está acontecendo? – a porta foi aberta, Ariel se levantou e foi se afastando com medo de quem seria. O anjo de sobretudo creme apareceu no quarto, ela relaxou um pouco mas ainda não estava entendendo o que estava acontecendo

— Você me chamou – Ariel passou a mão pelo rosto e subiu a mão para a sua cabeça e ficou com ela ali, tentando entender o que tinha acontecido – está tudo bem

— Os gritos, a pessoa gritando meu nome era...

— Está tudo bem agora – ele sorriu – ele está brincando com a sua mente, é só isso. Você é forte demais para deixar se levar por isso

— Quem é ele? – Castiel ficou calado – Cas, quem é ele?

— Você precisa descansar

— Eu não quero descansar, quem é ele? Quem foi que me mandou aquele recado? Não minta para mim porque você é péssimo com isso – Castiel não respondeu, tocou em sua testa e Ariel caiu no sono.

Ariel acordou mas estava no seu quarto no bunker, não fazia ideia de como tinha chegado ali. Ela lembrou vagamente do que tinha acontecido antes, apenas lembrava da pequena discursão que teve com os Winchester, coisa que estava acontecendo rotineiramente, exclusivamente com o irmão mais velho. Ariel foi andando pelo corredor e ouviu a voz conhecida de Castiel ecoando por ali

— Você não podem tocar no assunto...

— Que assunto? – os três olharam para ela que estava parada no portal que separava o hall da “cozinha” – deixa para lá. Eu só queria... dizer que eu não vou mesmo atrás da pessoa que me mandou o recado. Podem confiar em mim. Não vou sair desse bunker. Mas, por favor, me deem algo para eu fazer ou eu vou morrer de tédio.

— Você quer ajudar certo? – Ariel concordou com a cabeça. Sam sorriu para ela, ela não tinha certeza se iria concordar o que viria a seguir mas não questionou.

—x-

— Eu vou ter que ficar fazendo pesquisas para vocês? Sério?

— Vamos poder te manter segura e você vai poder aprender um pouco sobre o que caçamos, juntamos o útil com o...

Bullshit!

— Eu disse que ela não ia aceitar

— Vocês querem que eu simplesmente passe, praticamente a minha vida toda lendo livros empoeirados e velhos enquanto vocês dois estão com toda a ação?

— Não é isso

— É isso que parece

— Ariel, queremos...

— Não vem com essa Sammy – ela parou de falar – ai meu deus

— O que?

— Eu to virando uma de vocês, daqui a pouco eu to apaixonada pelo meu notebook e viciada em fast food e torta

— Hey!

— Cala a boca, você casaria com um hambúrguer ou uma torta de maçã – Dean pensou em protestar mas ficou calado – eu sabia

— Você aceita?

— Por enquanto sim, até esse maluco esquecer um pouco da minha existência. Deus, eu nem sei por onde começar – os três olharam para enorme estante a frente deles

— Você vai conseguir achar um jeito de começar – Sam bateu de leve em seu ombro e saiu

— Ou vai fazer parte dessa biblioteca. Boa sorte.

— Dean – Ariel chamou, o mesmo parou aonde estava e olhou para a menina que sorria para ele – sobre... sobre mais cedo...

— Deixa para lá okay? Além do mais, o que mais uma discursão na conta vai fazer diferença? Talvez um querer matar o outro mas isso não vai acontecer tão cedo.

— Mesmo assim, eu já to cansando de sempre brigar contigo

— Então tente não fazer besteira... ou querer dar uma de Jéssica Jones – Ariel soltou uma gargalhada – o que? Okay! Eu peguei o HQ que você estava lendo esses dias e achei incrível.

— Idiota

Nerd— ele ficou ali por uns segundos – não pegue muito pesado consigo okay? – Dean sorriu, bateu duas vezes na madeira da porta e sumiu no corredor. Ariel, percebeu que ainda tinha o sorriso no rosto e ainda olhava para a porta, pigarreou e se voltou novamente para a estante

— Tudo bem, eu vou conseguir. Eu tenho tudo sob controle – ela respirou fundo e foi pegar o primeiro livro para a pesquisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O terror de Ariel já está perto do fim? Está começando a acontecer algo ali entre Ariel e Dean? palpites? PODE VIR

Vejo vocês na próxima semana



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Falling" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.