Tokyo Ghoul-Pássaro Azul escrita por EstrelaS2


Capítulo 15
A fuga (Yoki)




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Me acordei no escuro com alguém me carregando, eu não sabia quem era pois minha vista ainda estava embaçada e a escuridão não ajudava muito.

—Ainda bem que já se acordou.-sussurrou uma voz conhecida.

—O que está acontecendo?-perguntei no mesmo tom e com a voz rouca.

—Os pombos descobriram onde estamos e vieram na calada da noite.-disse Kaneki, que me carregava.

—Você é tão importante assim?-brinquei.

Ele olhou sério para mim, mas nada disse.

—Acho que já pode andar.-disse me pondo no chão.-Já que está acordada.

Assenti.

—Temos que andar olhando para todos os lados.-sussurrou.-Podem nos atacar a qualquer momento, e eles são muitos.

Continuámos andando.

—Eles não deviam estar atrás de Ghouls mais importantes?-perguntei.

Ele parou e se virou para mim.

—Fique quieta.-sussurrou.

Balancei a cabeça.

Paralisei ao ver dois pombos muito bem armados passando direto pelo corredor onde estavamos escondidos.

Tive sorte de tudo estar escuro e de está vestida de preto.

—Eles estão atrás de algo mais importante.-dsse ele sem perder a concentração.-E eu estou ligado a este algo importante.-disse enquanto voltava a andar.

—E o que seria isso?-perguntei curiosa.

Você.

Estremeci ao ouvir isso.

Então eles realmente sabiam da minha existência, esse pensamento me fez arrepiar. Era algo ruim, agora eu não podia andar por ai se não seria morta.

—Mas eles não sabem como você é e nem o seu gênero.-disse ele parando.

Olhei para trás e não havia nada.

Kaneki me deu uma máscara e eu a coloquei. Ela cobria todo o meu rosto e o meu cabelo, o prendendo dentro dela.

—Parabéns.-sussurrou.-Espero que tenha gostado do seu presente de aniversário.

Sorri, mesmo não dando para ver meu sorriso, eu sorri. Fiquei feliz que ele tenha lembrado de meu aniversário. 

—Sua mãe fez um ótimo trabalho escondendo você da CCG e ao mesmo tempo te dando uma vida normal.-disse ele andando.

—Minha mãe era muito especial.-sorri.

Uma lágrima escorreu sobre meu rosto.

—Acha que vamos conseguir sair daqui?-perguntei mudando de assunto.

—Eles são muitos, porém não são tão habilidosos. Vamos sair daqui sem deixar pistas e depois vou ver algum lugar para ficarmos.-explicou.-Não podemos ser vistos, entendeu?

Afirmei com a cabeça. 

—Vamos sair por onde?-perguntei.

—Pela garagem.-respondeu.-Lá tem menos homens e é melhor de sairmos sem nos verem.

Andamos até a garagem , e ele estava certo,  porém tinhamos que ficar atentos pois todo cuidado é pouco.

Depois que saímos de lá sem nenhum problema eu percebi que ele carregava uma mochila.

—Oquê tem nessa mochila?-perguntei.

—Suas coisas, se eu as deixase lá eles iram saber facilmente quem você é.

—Se eles não sabem quem eu sou então por quê disse que sabiam?-perguntei furiosa.

—Para te proteger.

Eu ri com raiva.

Eu simplesmente não podia acreditar naquilo.

—Então para me proteger você mentiu para mim, me impediu de ter uma vida normal e me trancou em um prédio abandonado?!-disse eu com raiva.

Eu sentia que estava começando a me transformar.

Ele olhou para o chão,  depois se voltou para mim e disse:

—Porque eu não posso te perder Yoki.

Fiquei surpresa, era a primeira vez que ele me chamava de Yoki.

Claro que ele não pode me perder, já que sou a sua arma., pensei ainda com raiva.

—Tenho certeza de que não pode pensar em me perder.-falei.-Já que eu sou apenas uma arma para você.

Ele não disse nada, apenas ficou me olhando.

—Acho melhor nos trocarmos.-disse eu enxugando minhas lágrimas.

Ele abriu a mochila e me deu uma roupa branca.

Fui até um beco e me troquei lá mesmo, não havia ninguém nas calçadas, então não me preocupei.

Quando voltei ele também havia trocado de roupa, estav com um moletóm preto, jeans e tênis.

—Vamos.-disse eu andando.

Ele me puxou pelo braço, me virei para olhá-lo e ele disse:

—Eu não posso te perder porquê eu te amo.-disse corado.

Fiquei parada e surpresa com oquê acabará de ouvir.

—V-você me ama?-perguntei sem acreditar.

Ele afirmou com a cabeça.

—Desde quando?-perguntei.

—Desde quando estavamos no metrô e eu te perdi, e você caiu nos braços daquele pombo.-disse me olhando nos olhos.-Fiquei desesperado, achei que te perderia e eu não suportava essa ideia.-ele corou.-Sei que foram apenas alguns segundos, mas para mim pareciam uma eternidade.

Ele foi se aproximando de mim sem que eu percebesse e quando eu menos esperava, seus lábios estavam sobre os meus.

Seu beijo era quente, macio e devastador. Agora nossas línguas se tocavam e disputavam espaço em nossas bocas.

O beijo ganhava cada vez mais intensidade, mordidas e chupões, até que paramos, olhamos um para o outro, sorrimos.

—Eu também te amo Kaneki.-disse eu sorrindo.

Ele pegou minha mão e nossos dedos se entrelaçaram, continuamos andando até um lugar ao qual eu não sabia, mas isso não importava, nada mais importava contanto que nós estivéssemos juntos.

Pela primeira vez, desde a morte da minha mãe, eu não me sentia mais tão sozinha, agora eu tinha alguém, eu tinha ele e ele á mim. 


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