O Diário da Rainha Laura escrita por Sweeter


Capítulo 1
Em claro.


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEeeeeee

Finalmente comecei a postar essa história!!!! Já venho pensando nela há uns dois anos e ainda não tenho ideia de como ela vai acabar kkkkkkkkkk

Mas começa assim:



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20h. Tomo banho, um chá e me deito.

23h. Já enjoei de ouvir música. Se eu ler, aí é que não vou dormir.

00h. Lembranças.

Eu tinha cinco anos. Estava escondida embaixo das cobertas. Era uma noite de verão no Rio, e estava calor. Eu suava. Coração acelerado. Ouvia a voz do meu pai, ele estava conversando no portão. Eu estava com medo. Ele sempre me encontrava. Eu era péssima em me esconder. E de fato, ele me achou. E me fez algo terrível. Cócegas. Ele me fazia cosquinha até eu não conseguir respirar!!! E eu adorava isso. Eu gostava de tirar seus sapatos e meias quando ele chegava. E também coçar suas costas antes de dormir. Ele me contava histórias. A gente fazia bagunça na cama. Minha mãe ria. Meu pai dormia. E depois, eu queria continuar a brincadeira. E minha mãe queria dormir. E dormia. E eu não conseguia dormir. Olhava no rádio relógio( que eu pensava que eram mini coisinhas que mudavam grãos de arroz de lugar).

02h.

Eu estava na quarta série. Ainda dormia no quarto dos meus pais. Meu pai, apagado no canto. Minha mãe tentava me fazer parar de chorar. Tentar arranjar uma solução. Eu não podia faltar a aula outra vez. Mas eu não queria ir a aula. Ninguém gostava de mim naquela sala. Quarta-feira não era o dia da Tia Josi. A única professora que me reconhecia. Pro resto eu era só a estranha da turma. Me batiam, me xingavam. Eu falava pra “ Tia”, e ela mandava eu não dar confiança. Como se eu confiasse neles. Eu me cansava, e revidava. Eles falavam pra “Tia”. Eu levava bronca. Eu não queria voltar pra lá. Eu não queria. Eu olhava pro relógio.

03h.

Amanhã seria meu primeiro dia em um internato conceituadíssimo do Rio. Caro? Demais. Minha família jamais teria condição de pagar. E nem queriam que eu fosse pra um internato. Mas era uma oportunidade imperdível. Uma bolsa de estudos ali... e eu tinha a oportunidade de... mas eu nunca tinha passado tanto tempo longe dos meus pais e... eles estava tão felizes... eu mesma estava até pensar sobre. Meus estômago de revirava, eu estava febril. Nervosa demais, demais, demais. Não podia desistir disso, não dava. Mas como eu iria me virar no meio daquele monte de gente besta e que eu nunca... será que todas as minhas noites seriam como essa? Olho no visor do despertador, daqueles potente, recém comprado para a difícil tarefa de me acordar.

04h.

Estava no fim do ensino médio. Estudar aqui não é fácil. Cansaço, responsabilidades e experiências. Novas amizades e inimizades. Estava numa noite do pijama, última festa antes da formatura. Um galinha contava vantagem com demais meninos. Um pegador, filho da mãe. Nunca nos demos bem, embora ele me despertasse certo interesse. Não aquele tipo de interesse. Mas sim em saber o que havia por trás daquele garoto tão superficial. Eu tinha certeza de que havia algo lá. De alguma forma os olhos dele entregavam isso. Afastada dos demais, me perdi em meus pensamentos. Até que O Próprio me sai do quinto dos infernos(literalmente, esse era o nome do grupinho idiota dele) e me dá um susto. Dei um pulinho no lugar –O muro de um mirante no alto de um morro de 39 metros, na qual eu esperava o nascer do sol, e, pra variar, o xinguei de tudo o quanto eu pude. O que não foi muita coisa, afinal, eu não gostava de

palavrões. Nunca conversei de verdade com ele antes. Só discussões e insultos que ele nem sequer sabe o significado. A certa altura na conversa, ele me olhou nos olhos, disse que havia um cílio perto do meu olho, e que ia tirar. Se aproximou lentamente do meu rosto enquanto acariciava minha bochecha. Seus lábios estavam há 3cm dos meus, então o empurrei. Enquanto escutava o grito, percebi uma claridade. O sol começava a despontar. Nasceria em poucas dezenas de minutos. Desci os olhos ao ponteiro no meu pulso.

5h.

Era o dia da minha colação na faculdade. A terceira na minha família inteira -contando até primos de segundo grau- a realizar esse sonho. Esperança de um futuro melhor pra mim, de um sossego na velhice para os meus pais e de um bom começo para os meus futuros filhos. Respirei orgulhosa quando o despertador tocou, uma música animada, da minha banda favorita, uma das minhas músicas favoritas até que eu tivesse a infeliz ideia de incube-la da árdua função de me acordar. Peguei o celular, o display brilhante expunha, numa letra que nem a remela matinal podia atrapalhar, as horas.

6h.

Respirei pesadamente. Pela enésima vez, estava me preparando para uma entrevista de emprego. A Crise fechava portas e as trancava com ferrolho de chumbo. Ninguém queria perder tempo com uma recém-formada. Ninguém podia se dar esse luxo. Mas eu precisava da chance. Levantei como se correntes me prendessem ao colchão (correntes chamadas sono). Repeti a mesma mecânica de dias anteriores, dessa vez com um cuidado maior na maquiagem embaixo dos olhos. De alguma forma, aquela entrevista me tirava o sono mais do que as inúmeras outras. Pensei ser pela promessa feita a mim mesma, que se não conseguisse o emprego, aceitaria o de babá, oferecido por uma amiga da família que estava prestes a voltar da licença-maternidade.

Sabe de nada, inocente!


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Notas finais do capítulo

Se você gostou, comente pra dizer isso.
Se não gostou, comente pra que eu possa melhorar.
Se achou estranho esse formato, fique tranquilo, foi só pra esse primeiro capítulo, depois é em prosa mesmo.

Bjitos



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