O Diário de Katrina Dickens escrita por KayMine


Capítulo 5
Capítulo cinco – Noites de tempestade e um raio de sol


Notas iniciais do capítulo

Oiiie!
Como prometido, não demorei tanto pra postar.
Sei que a história não faz tanto sucesso assim, mais fico grata com o pouco que eu tenho :D agradeço a Rosinha (posso te chamar assim? Posso né? :P) por mais uma vez comentar.

MUSIC: https://youtu.be/7IKMXfI5hzE (particularmente não gostei da melodia, mais a letra é linda)

2bj de leite condensado! ❤



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Capítulo cinco – Noites de tempestade e um raio de sol

“Pra aqueles dias lindos e ensolarados, existem aqueles tempestuosos e frios...”

 

“Querido Diário...”

“Conheci mais duas pessoas hoje. Uma bem estranha e a outra bastante legal. Keisha, seu nome. Espero reencontra-la algum dia.”

“A outra foi uma tal de Ammy. Melhor amiga do Ethan. Ela me disse coisas estranhas e o Ethan brigou com ela, pelo que eu entendi. Mais tenho a sensação que não foi esse o único motivo...”

“Hoje eu dispensei o Ethan. Sei que não foi legal. Sinto-me mal por isso. Mais acho que não estou preparada pra isso. Sei que sinto alguma coisa por ele. E mesmo sem conhece-lo, meu coração bate forte toda vez que eu estou com ele. Ele me completa de uma forma extraordinária, e quando eu me afasto, sinto essa conexão maravilhosa se quebrar”

“Sinto-me vazia!”

Interrompo meus dedos de continuarem mais uma linha, quando escuto o barulho do trovão pela janela.

O clima mudou abruptamente. Quando entardecia, o frio e a chuva tomou conta. Tranquei-me no meu quarto e me agasalhei com os maiores cobertores, pois reinava um frio insuportável.

O ar gélido entrou dentro de minhas narinas. Soltei um espirro, e com raiva, coloquei meu diário em cima do criado-mudo e mergulhei-me sobre os cobertores.

Abraçava meu próprio corpo por debaixo dos lençóis. Estava encolhida e tremia de frio, com todo sangue bombardeando pro coração de um jeito feroz e rápido.

— Kat, está acordada? – ouvi a voz preocupada da minha tia surgir atrás da porta.

— E-estou! – gaguejei, pelos meus lábios tremendo pelo frio.

— Posso entrar?

— P-pode!

E foi naquele momento que eu agradeci prontamente por não ter fechado a porta de chave.

Lisa entrou, carregando uma bandeja. Quando ela se aproximou, pude vê uma caneca que inalava o cheiro de chocolate quente e biscoitos de leite.

— Pra você, Kat! – ela sentou-se na ponta da cama e apoiou a bandeja cuidadosamente sobre meu colo.

Tomei o chocolate quente quase desesperadamente, tentando afastar o frio que abraçava todo meu corpo.

— Oh, Kat! – ela alisou meus cabelos e sua mão desceu pelo meu rosto – Céus, você está muito gelada! – ela mirou-me espantada.

— Vou ficar bem... – tentei acalma-la dando um sorriso forçado.

— Seus lábios estão brancos! – ela moveu sua mão até meu rosto novamente – Vou te levar ao hospital, é o único jeito! – segurei seu pulso nervosamente, quando ela se levantou, prestes à caminhar.

— N-não precisa... – reprimir os lábios tremendo, atrás de um sorriso mínimo – À única coisa que eu quero é que fique comigo... Por favor! – implorei, com às lágrimas florescendo pelos meus olhos. Tia Lisa encarou-me, pelo canto do olho de seus olhos azuis. E suspirou cansativa, pegando a bandeja e colocando sobre o criado-mudo ao lado da cama. Fitou-me novamente e empurrou levemente meu corpo pro lado, enquanto se aconchegava na cama junto comigo.

Encostei minha cabeça sobre seu peito. Sentir o ritmo acelerado do seu coração e o calor quente que vinha do seu corpo. Sua mão começou à alisar meus cabelos, e eu fechei os olhos, tentando aproveitar o momento.

(...)

A água quente escorria pelo meu corpo, afastando a leve sensação de frio de horas atrás. Desliguei o chuveiro e busquei a minha toalha com os olhos, e bufei quando vi a mesma repousada na tampa do vazo. Sair do box com passos longos e lentos, atrás de não escorregar. Peguei a toalha e enrolei meu corpo, e com a outra enxuguei meu cabelo.

Assim que pus pra fora meus pés do banheiro, uma onda de vento gélido bagunçou meus cabelos e fez meus lábios tremerem. Entrei rapidamente dentro do quarto, jogando a outra toalha em cima da cama. Despi-me dá toalha que cobria meu corpo, e peguei uma blusa preta de mangas longas e um casaco marrom. Vestir uma calça jeans apertada e calcei minhas botas de inverno. Optei por usar um gorro vermelho, do qual eu pensei que tinha me desfeito a muito tempo...

— Céus, que frio! – murmurei. Encolhi meus braços contra o corpo e comecei a passar às mãos sobre eles, no intuito, em vão, de me esquentar.

— Esse tempo mudou de repente, não foi? – minha tia comentou, assim quando cheguei na sala.

Ela estava sentada no sofá, coberta por agasalhos e um uma caneca de chocolate quente em sua mão direita.

— Verdade... Vem cá, cadê o Alexy?

— Trancado dentro do quarto. – então suspirou e colocou a caneca na mesinha localizada no centro. Ajeitou-se no sofá e me encarou com uma expressão cansativa no rosto – Tentei fazer ele sair, conhecer à cidade, se enturmar com pessoas novas... Mais você já sabe: entrou num ouvido, saiu pelo outro.

Sentir-me triste pelo meu irmão. A única coisa que eu queria naquele momento, era subir correndo nas escadas, entra em seu quarto, e abraça-lo com uma força que eu nunca teria! Beijaria seu rosto milhares de vezes e iria prometer à ele que eu seria a melhor irmã mais velha do mundo.

Promessas e mais promessas... Do que adianta fazer, se sabe que não iria cumpri-las? Talvez um dia.

Mais não hoje.

Não agora.

Olhei pra minha tia, que focava o olhar sem nenhuma expressão à TV, que passava jornal.

Dei um sorriso fraco e girei meus calcanhares em direção a porta. Recebi uma lufada de ar gélido assim quando atravessei. A rua estava vazia e o céu estava nublado, com nuvens cinzentas acobertando o céu.

Enfiei minhas mãos trêmulas nos bolso do casaco, e comecei à andar pela rua vazia. Alguns carros estavam estacionados em frente à suas casas. O silêncio abocanhava o lugar com destreza, e foi aí que eu parei pra refletir e vi que não havia nenhum lugar pra eu ir.

Depois de alguns segundos, a imagem de Ethan debaixo do salgueiro me apareceu. Ele dando-me à flor, e eu à colocando num jarro improvisado de garrafa pet.

Suspirei e sorri com leveza, me lembrando da praça. E pelo o tempo, tinha a maior certeza que não havia ninguém e eu podia pensar livremente e suspirar ar puro.

Num momento me condenei por não trazer meu diário junto comigo. Seria o local perfeito e a hora perfeita. Mais eu já estava um pouco longe de casa para voltar novamente.

Sorri quando vi a praça ao longe. E mais uma vez o Salgueiro demarcava o território, chamando toda atenção somente para si. Sentei-me no banco que havia ali, e relaxei os ombros, passando a observar o Salgueiro. Pequena gotas de águas caíam sobre suas folhas, dando um leve impacto com o chão. O ato repetido sucessivamente dava uma sensação relaxante e harmoniosa.

Katrina? — sua voz extremamente doce e conhecida entrou em meus ouvidos. Neguei com a cabeça rapidamente, e soltei um suspiro nervoso.

Não, não, ele não.

Com muito esforço, girei minha cabeça em direção ao dono da voz. Sua feição expressava uma confusão incompreendida, ao mesmo tempo que boa parte de seu rosto se entreabria para uma felicidade não expressada. 

Esbocei um sorriso nervoso, e desviei do seu olhar que insistia em me perseguir. 

— Oi... Ethan

Ethan

Ela voltou o olhar vago para o Salgueiro, me ignorando totalmente. Confesso que fiquei chateado com aquilo, pois sabia que a mesma ainda estava com receio de falar comigo, diante a tudo que Ammy lhe dissera.

Com um suspiro exaustivo, sentei-me ao seu lado, também fitando o Salgueiro vagamente.

— Incrível essa mudança de tempo, não? – fiquei surpreso por ela ter puxado assunto. Mais ela continuava olhando pro Salgueiro, como se tivesse medo de olhar pra mim.

— Nem tanto... – respondo-a, olhando de relance para o céu nublado, e depois voltando a fitar o Salgueiro – Acontece às vezes essas mudanças de clima. Mais com o tempo você se acostuma.

— Você nasceu aqui? – novamente ela me perguntou, sem me olhar nos olhos.

— Não, nasci em New York. Mais quando minha mãe morreu, a gente se mudou pra cá. Meu pai optou por morar em lugar escondido, rústico e ao mesmo tempo moderno. Eu estava muito triste na época, foi então quando eu conheci a Am. Ela se tornou minha melhor amiga desde então. É por isso que eu queria que você desculpasse ela. Ela fala as coisas, mais não é por mau.

Ela finalmente me olhou, usufruindo um sorriso que mostrava seus dentes esbranquiçados. O sorriso moldava pequenas covinhas avermelhadas, e seus olhos castanhos me encantavam de um jeito descomunal.

— Eu entendo, Ethan. Não precisa pedir desculpas... – ela moveu a mão em direção a minha, mais pareceu hesitante ao toca-la. Num impulso, segurei sua mão firmemente e entrelacei nossos dedos. Ela me mirou com às maçãs do rosto coradas e um sorriso de canto, moldando cada traço de seus lábios perfeitos.

Por um instante quis toca-los. Sentir seu gosto.

Sentir o toque de sua pele lisa e macia, fez-me absorver todos meus pensamentos em um só: quis beijar-la. Era loucura, disso sabia. Mal a conhecia, e ela mal me conhece. Mais seu jeito meigo e delicado. A forma com seus olhos castanhos brilhavam olhando pro Salgueiro.

Não havia mais dúvidas: eu estava me apaixonando novamente. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Será que o casal Ethaka (sou péssima pra criar nomes, me julguem) vão se beijar?
Obrigada por me acompanharem até aqui! Zilhões de beijo amores!



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