O Diário de Katrina Dickens escrita por KayMine


Capítulo 1
Capítulo um – A dor me consome


Notas iniciais do capítulo

Oláá docinhoss!!

Essa não é minha primeira história, eu tenho outra na categoria de Cúmplices de um Resgate, mais não vem ao caso.
Boum, todo capítulo terá uma música, e quando não tiver, é porque eu estou com preguiça de colocar u-u

MUSIC: https://youtu.be/Kx8ROTEEY1Q

Thank you pela atenção e espero que gostem!



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Capítulo um – A dor me consome

Engraçado... Às pessoas perguntam "você está bem?", sendo que está totalmente o oposto. É porque, na verdade, elas não querem saber como está. Elas só perguntam por educação... Ou talvez, nem isso...”

 

“Querido diário...”

“Eu não sou eu mesma... Na verdade, eu não sou eu mesma faz bastante tempo. Parece que minha alma está presa em um corpo, que não é meu. Porque esse corpo, representava minha antiga vida. Uma vida recheada de amor e felicidade”

“Minha vida inteira mudou de cabeça pra baixo. E eu compartilhei todos esses meses de sofrimento e dor com você, meu querido diário... E compartilho mais uma coisa: estou indo pra uma cidade nova. Repletos de estranhos. De pessoas que eu não conheço”

“À única coisa que me mantém vida, é oque sobrou de mim. O meu irmão... A única coisa que me faz reerguer e lutar contra a dor todos os dias”

“Daqui há duas horas, entrarei em um carro e partirei pra minha nova vida... Talvez, uma vida que eu não quero pra mim...”

“Porque a dor e o sofrimento é a única coisa viva que eu tenho dos meus pais, que morreram em um acidente de carro. Maldita ponte! Maldito carro! Maldita vida!”

“Querido Diário, confio à você todos os meus segredos mais profundos... Escrevo em suas linhas com todo amor. E às vezes, com às lágrimas descendo. Como está acontecendo agora!”

“Obrigada por tudo...”

Curvei meus joelhos, e o diário caiu de minhas pernas. Peguei-o, e o guardei dentro de minha bolsa. Brinquei com os lápis entre meus dedos, e descarreguei toda minha dor em um suspiro longo.

Guardei meu lápis dentro do bolso da calça, e levantei-me, girando meu corpo. Encarei os dois túmulos antes apoiada, e sorri vagamente, sentindo um vazio pegar meu coração com suas mãos.

Laila Dickens,  a melhor mãe e a melhor amiga que alguém poderia ter

Wiliams Dickens,  o melhor pai do mundo e o herói que salvava vidas!

Lancei um olhar doloroso em direção a minha mão esquerda, qual repousava uma linda Rosa vermelha. Agachei-me até à altura dás lápides, e descansei a rosa no meio dás duas lápides, que possuía uma abertura entre às duas...

— Isso não é um Adeus... – proferi lentamente, com à voz vacilando entre meus dizeres dolorosos. Levei meu dedo indicador até os lábios, e em seguida levei-o à lápide de minha mãe. Repeti o ato uma segunda fez, e peguei minha bolsa do chão de terra.

(...)

Beijei o porta-retrato e coloquei-o na minha mala. Dei a volta com o zíper e a fechei completamente.

— Está tudo pronto? – a voz da minha tia surgiu na porta. Maneei a cabeça positivamente e sentei-me na cama, com os pés esticados pra frente e às mãos apoiadas atrás das costas.

— Kat, sei que tudo está sendo muito difícil... Eu sei e... – ela se aproxima vagamente, alternando o olhar perdido entre e mim e o meu quarto vazio...

— Sabe... – mantive meu olhar fixo na parede – Sabe quantos eu ouvir “Está tudo bem?”, hoje? Muitos... Tantos, que eu perdi até a conta... Porque às pessoas fazem esse tipo de perguntas? Elas não querem saber seu estado. Elas perguntam só pra perguntar...

— Kat...

— Às pessoas são hipócritas, tia Lisa... – meu tom de voz saiu mais irritado do que o normal – São imundas! No momento que eu mais precisei delas, nenhuma pessoa me ajudou realmente. E agora vêem com essa pergunta idiota se eu estou bem?! – inquiri, com a voz consumida pela raiva. O pranto fez-se sobre mim... Agarrei a minha tia no mesmo momento que ela se sentou ao meu lado...

Era a primeira vez que eu chorava, depois de uma semana. Libertei-me de toda dor e sofrimento que meu corpo consumia durante tempos. Às lágrimas saíam como pequenos cubos de gelo, pesando sobre meus olhos e trilhando um caminho pelas minhas bochechas...

Lisa alisava meus cabelos bicolores. Deu um beijo estalado em minha testa e libertou-me de seus braços...

— Eu sei que tudo oque está passando não é fácil... – alisou a ponta do meu queixo – Nem pra você e nem pra o Alexy. E nem pra mim... – ela apertou os olhos e uma lágrima escapou de seus olhos azuis-piscina – Mais juntos somos mais forte, Kat. Eu, você e seu irmão vamos conseguir superar! E em todos esses momentos, iremos nos lembrar deles e das pessoas maravilhosas que foram!

Enxuguei minhas lágrimas e a fitei, com os olhos inchados e vermelhos...

— Certo... – afastei-me dela, com um sorriso forçado. Peguei minha mala, mais a derrubei pelas minhas mãos trêmulas. Larguei-me no chão e mergulhei no pranto novamente...

— Kat...

— Vai embora!

— Kat, não...

VAI EMBORA! – gritante, arrastei-me pelo chão e encostei minhas costas na parede. Abracei meus joelhos curvados e ajeitei minha cabeça entre eles. – Quero ficar sozinha... Vai embora... – supliquei, com a voz abafada...

Apenas ouvir a porta sendo fechada...

E mergulhei novamente dentro do meu próprio mundo, como fazia exatamente há cinco meses atrás...


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
2bj de leite condensado!



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