Cursoriam escrita por Shoreline


Capítulo 2
Capítulo um


Notas iniciais do capítulo

Olááaa!! Eu prometi que não ia demorar e resolvi cumprir isso em plena sexta a noite porque senti que não ia aguentar de forma alguma até domingo. Eu queria agradecer de coração todos os comentários que recebi e queria dizer que estou muito animada pela quantidade de leitores que estão acompanhando! Vocês me deixam com muito mais vontade de escrever e eu só tenho a agradecer, sério ♥ Mas vamos para o capítulo, certo? Boa leitura, bbys!!



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O estúdio era maior do que se lembrava, o teto alto deixava algumas vigas de metal à mostra e algumas abóbadas de vidro traziam luz natural para o enorme local, o que acabava por tornar a grande sala, a qual mais parecia um galpão, em algo elegante. Tinha vontade de ficar ali durante o máximo de tempo que conseguisse, era agradável ver todos os equipamentos de fotografia e objetos de cenário juntos, e mesmo que eles estivessem um tanto bagunçados, via certa harmonia em tanta confusão.

A quantidade de pessoas que ali se encontravam era maior do que planejava; sabia o quanto uma turma de artes cênicas poderia ser grande, mas não imaginava que teria mais de trinta possibilidades para trabalhar com. Era exatamente isso que precisava. Uma breve análise fez perceber que tinha mais do que manequins trinta e oito ali, as variações de corpos eram tão vastas e lindas que sequer se preocupou com todos os ajustes que deveria fazer em determinadas peças, as quais até mesmo tinha costurado imaginando o caimento perfeito para muito além de modelos de revista.

— Marinette, infelizmente um dos modelos não poderá comparecer. — ouvira o professor de fotografia explicar assim que pegara a lista de nomes e medidas em mãos. Queria poder trabalhar com todos, isso era óbvio quando pedira auxílio para os alunos em mais de um post em um dos fóruns da universidade, contudo, entendia que nem todos poderiam comparecer, afinal, ninguém poderia parar a própria vida para si e foi por isso que apenas acenara positivamente para o mais velho. Sabia que ele estranhara, era claro, não era comum que lidasse bem com planos dando errado, mas havia decidido que aquele dia seria o melhor do semestre.

Uma breve chamada fora necessária para que pudesse organizar um por um – eles pareciam tão animados quanto si mesma para começar – e logo já se via lado a lado com Nathanael para escolher as roupas para cada medida correta, vez ou outra trocavam olhares significativos, mas não permitiam que os atores notassem de alguma forma. Já estavam assim tinha um tempo, a troca de olhares a cada dia era mais intensa e repleta de paixão, e mesmo quando ficavam sozinhos os abraços e as conversas sempre pareciam pedir por mais.

Veja bem, não era como se o ruivo fosse um substituto, muito pelo contrário, não tinha medo de investir nele quando tinha certeza de que o sentimento poderia vir ser mútuo um dia; estava definitivamente cansada de colocar expectativas onde jamais poderia existir algo e por isso acabara por encontrar a paixão em alguém diferente.

— Obrigada pelos cenários. Ficaram incríveis. — falou assim que ajustou a última peça na última modelo. Aquele era um trabalho em dupla que fazia com o rapaz; era a responsável pelas roupas e pela produção de cada um dos modelos, enquanto ele era responsável pelo cenário e pelas pinturas corporais que fariam com que cada uma das pessoas a serem fotografadas ficasse parecida com um desenho de duas dimensões. A ideia para tal projeto havia surgido quando saíram juntos para uma convenção de hqs, ficaram tão impressionados naquele dia que quiseram colocar a ideia em prática o mais rápido possível – e, diga-se de passagem, o fizeram mesmo, afinal, no final daquela tarde terminaram com roupas sujas de tinta e tentativas terríveis de parecem super-heróis; ademais, também descobriram que tinta não se dá muito bem com beijos.

Conseguia sentir o aroma de seu perfume misturado com o cheiro das tintas que ele usava. Por mais que ele sempre tomasse diversos banhos, o cheiro dos materiais de artes ficavam impregnados em sua roupa e pele, e não reclamava disso de forma alguma, afinal, parecia que ele havia sido retirado de um quadro e gostava de poder imaginar o quanto ele ficaria lindo caso fosse pintado em uma tela.

— Sorvete depois do trabalho? — ele perguntou somente assim que os olhares se encontraram. Era quase como um costume que os encontros fossem combinados de tal forma, ambos notaram que surpreender um ao outro durante o dia era melhor do que planejamentos constantes, e por mais que já tivessem ido à sorveteria diversas vezes, jamais cansavam do local onde deram o primeiro beijo.

— Apenas se o meu tiver calda de menta.

— E confeitos de chocolate.

Não evitou a risada leve assim que notara o quanto Nathanael já havia decorado sobre si, o tempo juntos de fato fazia com que decorassem detalhes um sobre o outro – como fato de que ele tinha uma mecha especifica do cabelo que escondia atrás da orelha –, porém sabia que o artista jamais saberia por qual motivo preferia o sorvete de morango com calda de menta e confeitos de chocolate, tinha noção também de que ele jamais saberia por qual razão sempre deixava a janela do quarto aberta e espaço de sobra ao próprio lado na cama de solteiro.

Não queria o deixar triste, mas não podia evitar pensar no gato preto sempre que olhava a Torre Eiffel, muito menos tinha força o suficiente para contar a ele que era uma heroína que sentia saudade suficiente do próprio parceiro a ponto de muitas vezes, no início de sua ausência, o procurar durante toda a madrugada pela cidade inteira. Não era como se o amasse, jamais poderia ter se apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo naquela época, assim como não poderia manter uma paixão tão boba por tantos anos assim. De qualquer forma, no fim, sempre notava que qualquer pensamento quanto ao próprio coração sendo de Chat Noir era feito em negações constantes, como se negligenciasse os verdadeiros sentimentos que tinha.

Pulou na cadeira assim que o alfinete furara o indicador e rapidamente levou o dedo aos próprios lábios para que tentasse fazer a pequena dor passar. Queria que colocar o dedo na boca também fizesse todos esses pensamentos passarem.

— Mari, vamos começar. — o professor sugeriu assim que a primeira modelo já estava com corpo e roupa pintados. Conseguia ver naquele rosto 2D recém-seco a animação para as primeiras fotos e por isso não demorou em sugerir poses enquanto ajeitava as luzes e o foco da câmera; logo nem era necessário que realmente fizesse sugestões, todos pareciam adaptados à ideia e atendiam aos desejos da estudante de moda com facilidade.

Eram rápidos. Todos envolvidos no projeto pareciam animados o suficiente para que fossem o mais eficiente que conseguissem, e isso de fato adiantava, afinal, antes das quatro da tarde todos já estavam prontos para tirar as fotos e pouco antes das seis os atores já limpavam o excesso de tinta do corpo com ajuda de todos ao redor. Havia sido divertido e todas as fotos e gravações breves feitas nos bastidores de cada clique pareciam deixar ainda mais evidente que aquele dia estava fadado a ser o melhor de todos.

Despediu-se de cada colega e distribuiu todos os cartões para que os interessados entrassem em contato; se havia algo que tinha aprendido era que no mercado de moda qualquer contato ou “feedback” positivo poderia ser de extrema importância posteriormente, principalmente se este fosse passado de boca em boca. O professor da cadeira de fotografia fora embora assim que os alunos saíram e, assim como eles, ele parecia um tanto ansioso para ver o resultado de um trabalho bem feito. Estava sentindo que ia tirar um dez e isso trouxe para si o ímpeto de dar pequenos pulos de felicidade junto do “quase-namorado”.

Tudo estava perfeito para ir embora, tal como também parecia o momento certo para que fossem em um encontro rápido, mas passos apressados vindos da entrada oposta pela qual saíam fizera que parasse e voltasse para o estúdio.

De início, supunha que alguém tivesse esquecido algo por ali, mas logo soube que este não era o caso assim que pode ver os cabelos loiros serem iluminados pela luz fraca dos postes externos. De imediato sentiu o corpo inteiro tremer com a pequena corrente elétrica que passara por cada centímetro dos próprios músculos, e logo a garganta seca já estava acompanhada do rubor extremo que marcava as próprias bochechas com intensidade suficiente para que ardessem.

Não poderia ser ele. Não ali.

— Oi! Eu vim para o ensaio de fotos, mas acho que... — ele se interrompeu assim que desviou o olhar dos resquícios de tinta para si. O modelo parecia mais surpreso do que ele aparentemente pensava e teve vontade de sair correndo dali assim que seus lábios se curvaram em um sorriso. — Marinette...?

— O ensaio já terminou, Adrien.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou da chegada do Adrien, hum? Sei que ainda é o primeiro capítulo, mas já estava ansiosa para o colocar logo, vocês me deixam ansiosa aaa dçlakjsd ♥ Espero que tenham gostado do capítulo que, apesar de pequeno e breve, suponho que tenha deixado vocês tão ansiosas para o restante como eu estou. Até o próximo!! ♥