#ÚltimosCapítulos

Por Diego

A minha cabeça estava doendo, a ressaca era o pior de tudo, mas é o que me restou.

Mãe: Você não deveria estar na escola?

Diego: Não enche!

Mãe: Diego!

Diego: Você deveria ter me emancipado  quando me deixou na Argentina, teria poupado muitas coisas.

Mãe: Às vezes eu não te conheço, sai e passa a noite fora, chega bêbado... Você não é o meu filho.

Diego: Tem razão, o seu filho ficou lá na Argentina...

Por Violetta

Ele passou alguns minutos sem falar nada, eu não deveria ter dito aquilo. Não é verdade, é só o Leonardo querendo mexer com a minha cabeça, e com certeza com a do León.

Violetta: Não deve ser verdade... Ele disse isso porque sabia que eu ia falar para você, e que você ia...

León: Não – ele me interrompeu.

Violetta: Não o que?

León: Não falar mais nada, por favor.

O olhar dele estava perdido, eu me encostei na cadeira e olhei para o chão. O intervalo passou sem que trocássemos mais nenhuma palavra. Quando tocou o sinal eu olhei pra ele.

Violetta: León? – ele não me respondeu – Me desculpa...

León: Você não tem culpa de nada Vilu – ele tentou esbouçar um sorriso – Vai para a aula... Acho que eu vou matar a próxima aula.

Violetta: Eu vou ficar aqui com você.

León: Não... Eu preciso ficar um pouco sozinho.

Levantei da cadeira e segurei a sua mão que estava sobre a mesa.

Violetta: Tudo bem...

Por León

Eu só queria ficar um pouco sozinho... Precisava processar aquela informação. Tudo fazia sentido, só não sei porque não falaram nada.

Eu precisava de respostas... Peguei a minha mochila e sai dali...

Por Broduey

Já estava na sala de aula, em minha cadeira de sempre... Um pouco a frente a cadeira vazia da Cami não me ajudava em nada em parar de pensar nela. Alguns segundos antes do professor entrar na sala Violetta entrou e foi para o seu lugar de sempre, uma cadeira a frente na fileira ao lado.

Broduey: Cadê o León?

Violetta: Decidiu matar essa aula.

Broduey: Está tudo bem? – ela apenas afirmou com a cabeça.

O professor entrou na sala e começou a aula... O resto do dia passou rápido e logo eu já estava na rua pegando o caminho até a casa da Cami. Quando toquei a campainha foi ela que atendeu a porta.

Broduey: Oi.

Camila: Oi – ela sorriu tímida – Entra.

Eu entrei e nós seguimos até a sala. Na sala vários papeis estavam espalhados em volta de um notebook.

Broduey: O que é isso tudo?

Camila: Só estava ajeitando algumas coisas do meu blog.

Broduey: Blog? – me aproximei do notebook e pude ver um logo que eu conhecia muito bem - The truth is not a secret? Esse é o seu blog? 

Camila: Sim. 

Broduey: Espera, você é a escritora anônima?  

Camila: Sim, e espero que você não conte para ninguém. 

Broduey: Eu já vi esse blog antes.  

Camila: Talvez, ele não é muito famoso. 

Broduey: Não é famoso? As visualizações falam outra coisa. 

Camila: Isso não importa, eu estou desativando ele. 

Broduey: Por quê? 

Camila: Só não estou com tanto animo assim. 

Broduey: E o que são esse papeis? 

Camila: Todos os comentários. Todos são anônimos.  

Broduey: Anônimos?  

Camila: A caixa de comentários está programada para anônimo.

Ela começou a recolher os papeis e eu puxei o notebook para mais perto. 

Broduey: Por que vai desativar?  

Ela parou de organizar os papeis e olhou para mim.  

Camila: Esse blog é tecnicamente um diário virtual, e mesmo eu estando em anônimo... Eu estou me sentindo exposta.  

Broduey: Você já leu os comentários? – ela negou com a cabeça – Pois devia.  

Eu peguei as folhas da mãe dela e indiquei o espaço do meu lado no sofá... 

Por Francesca  

Se eu convenci o médico a tirar o meu gesso? Sim!... Na verdade eu tive uma boa melhora.  

Estava voltando para casa a pé! Eu já estava cansada de andar de táxi ou com muletas.  

Estava quase na rua de casa quando o meu celular tocou, não reconheci o número, mas atendi.  

Ligação On* 

Francesca: Alô? 

xXx: Francesca?....