O Diamante Perdido escrita por leonardolvx


Capítulo 4
O beijo


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, começa o romance, e muito mistério!!!!
Espero que gostem!



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Alvo sentou-se, esperando a palavra de Minerva. Antes da diretora se pronunciar, ele prestou atenção nas decorações em volta. Nunca antes tinha entrado naquela sala.
 Havia quadros realmente chamativos, como o da imagem de Alvo Dumbledore, o herói de Hogwarts, vestindo roupas de palhaço, numa festa que acontecera em sua infância. Dumbledore, quando dirigira a escola, adorava, particularmente, aquele quadro, por lembrar-se de sua infância. E foi justamente por isso que Minerva decidiu deixá-lo ali, guardando bem as memórias do antigo diretor.
 Dumbledore quando criança piscava o olho para o estudante, no que parecia ser a dança “Macarena”.
 Havia uma escrivaninha marrom no lado direito da sala, onde a diretora guardava papéis, documentos e alguns objetos de que gostava.
 No centro, uma lareira de tijolos, que lembrava muito a da Sala Comunal da Grifinória. Era a casa preferida de Minerva até hoje.
 O fogo crepitava, mas sem nenhuma lenha. Na sala, um calor diferente... Gostoso.
 “ O fogo é verde!” Surpreendeu-se Alvo, depois de observar atentamente as chamas, que bruxuleavam conforme a varinha de Minerva balançava no ar. A diretora continuava sentada em sua cadeira, esperando Alvo acabar de observar os detalhes de sua sala, mas sua varinha levitava em um movimento contínuo e constante, controlando o fogo.
 Nos cantos da sala, duas poltronas azuis.
 Finalmente, a diretora falou:
- Alvo, por favor, preciso que diga a verdade. Você promete de que não mentirá?
- Ahn... Sim, diretora. Prometo.
- Então vamos ao que interessa. Aceita uma xícara de chá?- Perguntou, pegando o jarro em que a bebida estava, oferecendo ao menino.
 Alvo meneou a cabeça negativamente, enquanto encarava Minerva. As feições da mulher estavam calmas, porém cansadas, como as de algumas horas atrás. Suas olheiras estavam profundas, como se não dormisse fizesse muito tempo. Parecia que as coisas estavam realmente feias em Hogwarts. Algo estava agindo dentro do colégio, e a diretora fazia tudo para parar esse mal antes que alguém se machucasse. Só que isto estava a desgastando completamente.
- Soube que você e seus amigos foram ao Brasil. É verdade?- Ela apoiou suas mãos uma sobre a outra na mesa, num sinal de paciência.
- Sim, é verdade.
- Foram á estudo?
- Na verdade, fomos recolher algumas informações sobre um antigo feiticeiro das trevas: Zenon. Acho que conhece, não é professora?- Deu uma indireta sobre a conversa anterior. Minerva não percebeu.
 Alvo achou melhor não contar tudo. Afinal, eram informações próprias que ele mesmo descobrira e não poderiam ser compartilhadas com ninguém. Não poderia dar a confirmação que Zenon estava realmente no Brasil, pois pelo contrário não teria como continuar suas descobertas, pois aurores iriam impedi-lo. Tomou uma decisão.
- E, se me permite, posso perguntar o que descobriu?
- Nós não achamos muita coisa. – Mentiu. – Apenas boatos de que ele ainda está vivo. Nada mais.
 A professora de transfiguração, apesar de parecer o contrário, não acreditou. Sabia que Alvo não dizia a verdade. Mas, no tempo certo, ele acabaria revelando o que descobrira. Minerva sabia que havia muita coisa importante nas anotações do estudante, e se conseguisse pegá-las, saberia o que o garoto descobrira. Porém, não era uma coisa certa a fazer. Teria que esperar até Alvo decidir contar.
- Certo. Quero que entenda que isso é um assunto de extrema importância, portanto quero que não conte a ninguém sobre Zenon. Entendido?
- Sim. Já posso ir?
- Sinta-se a vontade.
 Alvo levantou-se apreensivo. Ele sabia que a diretora não acreditara em suas palavras, e talvez até soubesse de que tinha ouvido sua conversa com Nyu. Não era muito provável esta última hipótese, mas decidiu por fim ao assunto.
- Ah, outra coisa: Caso precise de ajuda em algo, eu posso te auxiliar no que for. Você confia em mim, Alvo?
 Ele balançou a cabeça, afirmativamente.

*

Depois que Alvo voltou á Sala Comunal, todos encheram-no de perguntas, mas ele estava cansado demais para responder. Ignorando todos, subiu as escadas e foi até seu dormitório. Iria praticar alguns feitiços, quem sabe assim se animaria.
 Nas próximas férias, voltaria com seu pai ao Brasil, para finalmente descobrir mais coisas sobre Zenon. Por enquanto, nada poderia fazer. Deixaria o trabalho para os aurores.
 Depois de falar com Harry, Alvo contaria tudo á Minerva. Não podia esconder tudo da diretora, afinal, ela poderia ajudá-los na busca pelo feiticeiro.
 Chegando em sua cama, o menino pegou sua varinha, que estava sob sua camisa, e começou a praticar magia. Um dos seus feitiços favoritos era o Explodion Emotion. O feitiço era baseado naquele em que um rosto surgia no ar, e dependendo de sua emoção no momento, ele mudava. Só que tinha algo diferente...
 Alvo abriu a janela do dormitório e se permitiu olhar a noite que se estendia maravilhosamente pelo céu. Uma imensidão de estrelas. O céu estava completamente negro, sem nuvens para atrapalhar a linda visão que os olhos de Alvo captavam. A lua estava maior do que nunca.
- Explodion Emotion! - Gritou, ao mesmo tempo em que uma tênue linha prateada partia de sua varinha, indo em direção ao céu.
 Ele observou com um olhar maravilhado o que se realizava em meio as estrelas.
 Seu rosto( em preto e branco) surgiu no céu, com um olhar pensativo, preocupado. Era idêntico ao Alvo, com exceção dos olhos, que estavam vazios,sem nenhuma vivacidade aparente.
 Não havia mais ninguém no pátio, decorrente á nova regra imposta por Minerva, e por este motivo foi possível realizar o feitiço.
- Nossa, nunca tinha reparado como você é lindo. – Disse alguém atrás de si. Era uma voz feminina... Talvez até familiar.
- Ah, obrigado. – Virando-se, perguntou: - Quem é você?- O quarto estava tomado pela penumbra, e não era possível ver absolutamente nada que se estendia além de sua palma.
- Isso não importa. - Respondeu.
 Só o que conseguiu sentir á seguir foi algo tocando seus lábios. Um sentimento inovador percorreu seu corpo, e der repente Alvo foi tomado por uma paixão insistente, que prometia não mais largá-lo.
 Ele não conseguia descrever como fora aquele beijo. Incrível, perfeito, maravilhoso... Um turbilhão de emoções em seu coração, não sabia ao certo o que sentir.
 Com a mesma velocidade que começou, o beijo terminou.
 Alvo estendeu seus braços, tentando tocar na misteriosa garota. Infelizmente, ela não estava mais lá.
 Ele não correria atrás dela. Deixaria tudo acontecer. Tinha certeza de que a veria novamente. Tudo em seu tempo.
 Por um instante, esqueceu tudo o que acontecia em sua volta, lembrando-se de seu primeiro beijo.
 Deixando-se cair na cama, fechou os olhos e dormiu. A luz da lua agora iluminava o quarto. Era como se a garota houvesse feito um feitiço para o quarto ficar mergulhado na escuridão.
 Mas isso não importava mais.
 No dia seguinte, começariam as aulas, e muito possivelmente esbarraria com a menina que lhe beijou e sentiria seu hálito quente novamente... Era o que mais queria.
  Alvo estava profundamente apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Esta aí mais um capítulo!



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