No dia seguinte, Alvo acordou cambaleante. Olhou no relógio da cabeceira . Eram meio-dia em ponto. Acordara bem tarde para um sábado.
 Na casa do pai, costumava levantar-se bem cedo para estudar defesa contra as artes das trevas. Era um tema bem conhecido hoje em dia, divulgação favorecida pela vitória de seu pai contra Voldemort. Ele adorava estudar esta matéria.
 Despreguiçando-se demoradamente, Alvo pegou sua varinha na terceira gaveta de baixo e usou um simples feitiço para mudar de vestes. Ficou satisfeito com o resultado. 
 Alvo era um  garoto bonito, apesar de ter sobrancelhas um pouco grossas e sulcos um tanto espessos.  Seu cabelo encaracolado era tão brilhante que, quando exposto á forte luminosidade, emitia um forte clarão que poderia ofuscar até um elfo doméstico. Ele adorava o feitiço Luminatum, causador do efeito. Um feitiço inventado por sua amiga Rosa para sustentar sua grande vaidade. Diferente dos do pai, a cor dos cabelos de Alvo era ruivo, idêntico aos da mãe.   Apesar de pequeno, tinha bíceps malhados, e um corpo parecido com o de Harry Potter quando este tinha a sua idade.  Seu físico não deixava nada á desejar. Seus olhos eram de uma coloração exótica: Eram verdes brilhantes, característica herdada do pai, Harry Potter. 
Dirigindo-se ás escadas da Sala Comunal da Grifinória, Alvo quase foi ao encontro do chão quando esbarrou com Rosa, que o olhou com uma expressão de desculpas no rosto.
 - Sinto muito, Alvo! É que estou com muita pressa! Tenho que me escrever para as atividades extras antes das aulas! Deve ter uma fila de gente amontoada para ter aulas de Meditação!
 - Eu não sabia que aqui em Hogwarts tinha aulas de Meditação. Que coisa estranha. – Refletiu Alvo.
 - Começou mesmo nesse ano. Mas não é como você está pensando, se é um círculo de pessoas estranhas e velhas coçando barbichas extremamente nojentas e feias, e que não tomam banho á mais de um mês. – Ela riu. – É um lugar para a procura do esclarecimento espiritual... E também de umas fatias de pizza deliciosas! Mas agora chega de conversa, não posso me atrasar!  
 Rosa Granger correu. Um sorriso brotou nos lábios de Alvo, que procurou ir imediatamente até o Grande Salão alimentar-se devidamente, como na noite anterior. Depois, iria visitar Hagrid, já que este era o homem mais falado pelo pai em sua casa. Harry adorava Hagrid. Este o mostrara coisas maravilhosas, além de o ajudar em situações extremamente complicadas. Harry também o ajudara em várias ocasiões.
   Alvo sentou-se ao lado de Hugo. Adorava o amigo. Irmão de Rosa, Hugo era demasiadamente extravagante e animado, igual ao pai. Mas desta vez, ninguém poderia zombar do mais novo membro da família Weasley, pois este vivia sob boas condições de moradia e de vida. Mesmo que isto não ocorresse, não era motivo de zombação.
 - E então cara, como está se sentindo?- Perguntou Hugo, ao mesmo tempo que colocava duas imensas fatias de torta de chocolate na boca.
- Bem animado, apesar de estar preocupado com uma coisa em especial.- Respondeu.
- E posso saber o quê?
- Sim, pode. Acho que ainda não te contei, mas fiz algumas descobertas interessantes sobre...- Neste momento, foi interrompido por Minerva McGonagall, atual diretora de  Hogwarts. Apesar de já estar com uma idade avançada, Minerva ainda possuía dons poderosos em demasia, e não mais perdia em uma luta. Nos últimos trinta anos, nada de anormal acontecera no colégio, exceto por um aluno que decidira por fim á paz que reinava em Hogwarts, fazendo explosões de fogos carnavalescos com surpresa garantida
( Comprado no Brasil) e derrubando professores com Escorrega- Correga no meio da sala de aula. O aluno não foi expulso, mas suspenso por alguns dias. Estava no primeiro ano quando tudo aconteceu. Hoje está no quarto.
 - Hoje daremos os habituais avisos de começo de ano. Ontem ocorreu um imprevisto e nenhum professor pôde comunicar, que apesar de não gostarmos dessa nova regra, nenhum aluno poderá sair do castelo á partir das seis horas. - O mais estranho foi que Alvo não notou que não havia nenhum professor no Salão na noite anterior;
 O que se ouviu a seguir irritou profundamente Minerva. Um coro de uivos, arremessos de bolinhas de papel e feitiços. Feitiços novos, criados pelos próprios alunos. Funcionava num movimento simples com a varinha, onde depois de pronunciada as palavras mágicas, um rosto surgia no ar. Dependendo da atual emoção de quem realizara o feitiço, o rosto poderia mudar constantemente de forma para demonstrar o sentimento da pessoa que o realizara. Geralmente possuía as mesmas características físicas do bruxo, e raramente uma aparência diferente. O nome do feitiço era Emotion.
 Aquilo indicava que os estudantes estavam furiosos.
 - Alunos. Alunos!- Gritou, pondo fim á bagunça que tentava se estabelecer  no Grande Salão.- Nós todos sabemos que é uma medida muito ruim, mas necessária. Ontem mesmo ocorreu algo... Um tanto perturbador que nos fez criar essa regra.  O aluno que for pego vagando pelos jardins do colégio depois desse horário será castigo severamente!
 - Parou por alguns segundos, mas novamente voltou á falar: - Visitas á floresta proibida será permitida apenas com o novo Guarda-Caça, o senhor Putriffo Nyu.  Nyu era um homem revigorante, com aparência jovial e serena. Usava dois óculos fundos de garrafa. Sua barriga era farta em demasia, comparada com os outros professores. Trajava um paletó branco com calças igualmente da mesma cor. Sobrancelhas finas e olhos castanhos-claros. Sentou-se na longa mesa onde todos os outros professores já estavam sentados. 
 Alvo ficou com vontade de perguntar o motivo da saída de Hagrid, mas preferiu ficar calado. Minerva bateu palmas, ao mesmo tempo que todas os outros alunos decidiram fazer o mesmo. 
 Depois que a diretora falou sobre todas as proibições, os alunos se retiraram quietos. Ainda estavam confusos com a saída de Hagrid. A maioria que estava ali o achava muito legal.  Alvo aproveitou para dar uma caminhada por todo o pátio, refletir sobre os últimos acontecimentos. Depois iria até a biblioteca estudar sobre bruxos das trevas, onde então procuraria algo sobre Zenon. Olhou para o chão. A grama estava limpa, verde e brilhante. Ele sabia que era trabalho dos Elfos domésticos. Sentia pena deles, da quantidade de trabalho que tinham que fazer e da maneira como gostavam de ser tratados.
   Num momento, estava em pé. Um segundo depois, estava no chão. Um aluno também do primeiro ano o derrubara. O garoto estava ofegante, respirando em curtos espaços de tempo, como se tivesse corrido muito para chegar até ali.
 - Alvo, você tem que ver o que está acontecendo!É um desastre!- Gritou o aluno.
 - O quê?

 - Venha ver com seus próprios olhos!
 Alvo seguiu, correndo, o menino. Ele o levou até a biblioteca do colégio. Fora difícil chegar até ali, pois uma grande multidão cercava o local.  O que viu a seguir fez seu sangue gelar e seu coração bater descompassado. 
 A biblioteca de Hogwarts estavam em chamas.
 As labaredas de fogo tomavam conta do lugar.