Me apaixonei escrita por AnneLovegood


Capítulo 3
Capítulo três


Notas iniciais do capítulo

Cheguei com o último
Espero que gostem



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"Fica comigo. Me deixa ao menos te tocar. Entenda que ao meu lado é o seu lugar."

A semana de provas Niem's se aproximavam deixando todos uma pilha de nervos.

Os meses se passaram rapido e eu mal avancei no que quer que seja o que tinha com Granger. Ainda conversavamos normalmente até melhor do que antes, embora, as vezes ela me parecesse prestes a dizer algo mas repensasse e nada dizia. Não sabia se ficava aliviado ou nervoso por isso. E se fosse algo que me partiria o coração? Preferia retardar o máximo possível essa dor.

Theodore continuou o mesmo. Sempre querendo me empurrar pra cima de Granger e vice versa. Não que eu me importe, mas era constrangedor as vezes.

– Você não pode estar tão tranquilo assim!- argumentava Granger naquele almoço em que Nott dissera que estava tranquilo quanto as provas.- Essas provas vão mostrar o que você vai ser quando sair daqui.

– Por isso, ele está assim. Vai continuar um boa vida.- zombei lhe jogando uma batata frita.

– Claro que não! Irei cuidar dos negócios da família.- defendeu-se malmente.- E não quero saber o que estarão fazendo com suas vidas, irão me visitar com frequência!- exigiu.

Granger sorriu fraco, aquilo de alguma forma não me deixou animado. Comentei com Theo mais tarde sobre o quanto ela estava estranha ultimamente, que as vezes a pegava olhando pensativa para o nada.

– É a Granger, está sempre pensando.- argumentou meu amigo.- Mas vamos perguntar a ela se é o que te atormenta...

– Não vou ficar me intrometendo nos assuntos dela, Nott. Se ela quisesse, ja teria nos contado.- rebati firme, mas eu ansiava em saber o que estava acontecendo.

– Olha, cara, vamos sim falar com ela. Afinal, somos os novos amigos dela, e acho que é isso que amigos fazem, se intromentem.- disse por fim.

Não foi difícil encontrá-la. Como sempre, estava na biblioteca enfiada em pilhas de livros. Pessimo lugar para se ter uma conversa com Nott, que ficava exaltado as vezes.

– Granger.- iniciou sentando-se na cadeira ao seu lado.- Precisamos conversar.

– Diga.- concedeu ainda olhando para suas anotações.

– Mas não aqui. E com você olhando pra nós.- reclamou impaciente. A garota enfim tirou os olhos do pergaminho e pareceu me notar.- Depois você volta para seus amados e empoeirados livros.- sugeriu.

Eu pretendia ficar calado e apenas ouvir. Não saberia o que dizer mesmo.

Theodore achou a sala vazia onde haviam sido as reuniõezinhas de alunos, e acabamos por usá-la.

– Granger, nunca pensamos em ser seus amigos. Na verdade, eu ja cogitei em falar com você, mas Draco não.- 'Hey!'- Porém, tudo mudou, e hoje digo que a vejo como amiga.- começou e me espantou essa seriedade dele.- E como amigo quero saber, o quê há com você?- a fitamos esperando resposta.

– Não há nada.- resmungou.

– Mentira.- dissemos Nott e eu em coro.- A dias anda muito estranha, apática as vezes. Pode nos contar.- continuou Theo.

– Não é nada com que devam se preocupar. Serio, é uma coisa só minha...- droga, a voz dela ficou cortada.

– Achei que confiava em nós. Vamos Draco.- olhei aturdio para ele, como assim deixariamos ela ali daquele jeito? Tudo bem que o antigo Draco faria até pior, mas estou tentando mudar.- Vamos, ela não nos considera amigos o bastante para se abrir.- repetiu piscando disfarçadamente. "Filho da mãe, manipulador!"

– Desculpe...eu só não gosto de...lembrar.- murmurou quando já estavamos na porta.- Vocês se tornaram meus amigos sim. Mas é algo que só Harry e Ron sabem...- argumentou. Ficamos esperando ela dizer mais alguma coisa, eu até quis encerrar por ali mesmo. Não via porque insistir.- Eu lancei um feitiço nos meus pais.- soltou baixo. Fiquei confuso, todo aquele drama por um feitiço? Teria dado errado e eles agora são duas doninhas como eu já fui?- Quando vi no Profeta Diário que os ataques a trouxas crescia, temi por eles quando me juntasse a Harry. Então, modifiquei suas memórias antes de partir.- suspirou.

– Nossa!- falou Nott após um assovio.- Por isso anda deprimida?

– Por isso também, o Ministério está me ajudando a encontrá-los e a reverter o feitiço...e tem o Rony me pressionando para quando eu sair daqui firmar comprimisso com ele. É pertubador tê-lo a todo instante me questionando. E ultimamente anda muito estranho. Exaltado. Ficar lá é desgastante.- confessou num suspiro.

"É O QUÊ!?"

Ergui-me transtornado. Como aquele cabeça de fogo pode fazer isso? Pressiona-la? Indimidá-la a ficar com ele...

– E você pelo jeito não quer nada com ele, não é?- jogou Theodore.

– É claro que ela não quer!- bufei do nada sem me dar conta que falara alto.

– Não, não quero. Mas Rony insiste, não entende que quero fazer faculdade primeiro.

– Faculdade?- estranhei.

– Uma escola trouxa para te ensinar uma profissão.- explicou-me ela.- Ainda não sei qual, mas quero fazer.

– Agora entendo porque ele estava agitado naquela vez em Hogsmead.- comentou Nott.

– Sim, como não resolvi o problema dos meus pais, estava ficando na casa dos Weasley. Porém, anda ficando estressante com essas atitudes dele.

– Você não tem um lugar melhor?- indaguei preocupado. Me negou com a cabeça.- Nott, nos dê uns minutos sozinhos.- falei sem tirar os olhos de cima dela. Theodore me olhou espantado e sorriu antes de sair.

– Olha, eu sei o que vai dizer...- murmurou ela. "Sabia?" Ergui a sobrancelha.- Que não preciso fazer o que não quero. Devo priorizar minha vontade...

– Isso é uma verdade, mas se enganou.- tive vontade de gargalhar ao ver o olhar zangado dela por eu dizer que ela estava errada.- Não era isso o que eu ia dizer.- ja conseguia sentir minhas mãos suarem ou eu colocava tudo nos eixos ou ferrava.- Minha família tem muitas propriedades e nem as usamos.

– Não posso aceitar ficar em uma delas. Seu pai me odeia e vai te trazer problemas isso...- argumentou se levantando.

– Granger, me escuta.- pedi encarando-a.- A casa que vou oferecer, é minha. Está no meu nome desde que fiz dezessete. Pode usar pelo tempo que quizer.- propus.

– Não posso aceitar...

– Mas vai!

– É abuso de minha parte...- continuava com seus argumentos falidos.

– Mas que droga! Aceite e pare de arrumar pretextos ruins!- bradei.

– Não precisa ser rude!- retrucou baixo.- Não sei por que quer me ajudar?- resmungou cruzando os braços e fazendo um bico.

– Eu não fui rude! Será que é difícil de ver que gosto de você e quero te ver bem?- soltei.

Granger fechou a boca, estava pronta para retrucar o que eu diria, mas se calou.

– O-o que disse?- murmurou incerta. Notei que falei mais do que devia e me xinguei mentalmente por ter sido idiota.- Malfoy? O que disse?- repetiu me encarando. Eu poderia inventar qualquer coisa, mentir seria mais fácil e simples de se fazer. Mas me recusava a adiar aquilo. Talvez não tivesse outra oportunidade para fazer, e nem a adrenalina suficiente para confessar.

– Gosto de você.- repeti com a respiração presa.- Realmente gosto.- seus olhos amendoados estavam vagos como quando estavamos estudando e ela tentava encontrar soluções para algo. Suspirei e comecei a andar pela sala.- Voltei a Hogwarts com uma ideia na cabeça. "Serei eu mesmo. Sem mascaras ou pressão para ser outra coisa." Não foi fácil deixar anos de fingimento e orgulho de lado.- continuei andando pela sala enquanto falava aquelas coisas. A adrenalina me impedia de sentar e conversar calmamente.- Nott tem me ajudado, já que ele nem sequer precisou fingir ser o malvado da história para Voldemort. O invejava, sua liberdade de não ser Comensal. No começo achei estranho ele conversando com você. Mas não quis me prender ao passado de preconceitos e me permiti ser amigavel com você. Pedi desculpas, porque era a unica coisa que eu podia fazer. E não pense que foi simples perceber que eu estava apaixonado por você, não gostei de ninguém assim, então não sabia com o que comparar. E por mais que eu procurasse explicações para o que eu sentia, nada era mais justo que a palavra que menos ouvi na vida...- terminei me virando para encará-la. Sua expressão era de espanto e mais alguma coisa que não consegui entender.- Sinto muito despejar isso assim, achei que depois entenderia meu zelo e empenho em ajudar.- meu corpo foi relaxando e a adrenalina esvaindo. Queria que o chão se abrisse para me jogar no buraco.- Aceite minha ajuda, independente do que sinto. Se preferir, não a incomodarei enquanto estiver na casa.- propus encomodado com o silêncio dela. Eu precisava sair e beber muito até desmaiar pra esquecer que aquilo realmente aconteceu.- Pense bem na proposta, Granger.- pedi indo para a porta.

– Draco.- chamou-me depressa. Estanquei com a mão na maçaneta. Nunca achei que a ouviria chamar-me pelo meu nome. Mesmo amigos, mantinhamos a formalidade. Esperei de costa ela dizer algo, certamente desculpas pra não aceitar minha ajuda.- Gosto de você também.- murmurou baixo. Virei-me para ter certeza de que não estava alucinando, que minha mente não inventara aquilo, ou que ela zombava de mim. Espantei-me ao vê-la próxima, não percebi que tinha se aproximado.- Gosto de você e isso me deixa confusa, porque ate outro dia viviamos em lados opostos com ideiais diferentes. Por isso, andava calada, o fato de estar gostando de você dessa forma, não era algo que estava me animando.

– É tão ruim assim gostar de mim?- falei duramente. Estava gostando de mim, mas estava rejeitado o sentimento.

– Se fosse somente eu a sentir isso, sim. Seria doloroso nutrir algo por alguém que nunca me olharia da maneira que eu queria.- a olhei confuso.- Pense; fomos induzidos a nos repelir durante tanto tempo. E nossa amizade foi nos unindo e de fato esse ano vejo quem realmente é Draco Malfoy e não consegui deter o que senti. Não honrei minha casa tendo esse medo de me arriscar.- riu balançando a cabeça em derrota enquanto olhava para seus sapatos

Engoli em seco ao tocar lhe no rosto para que me olhasse. Olhos límpidos se fixaram em mim de forma doce.

– Não precisa ter mais medo.- sussurrei envolvendo sua cintura com a outra mão. Vi quando sua respiração acelerou e mesmo assim continuou me olhando em expectativa.- Vou beijar você, Hermione...- murmurei me aproximando. Foi quase imperceptivel, mas minha mão em seu rosto me fez sentir que ela concordava levemente com a cabeça.

Sua boca era suave de lábios finos. Beijei muitas garotas, confesso. Cada uma desonvolveu o beijo de uma maneira. Mas Granger se manteve quieta, talvez estava como eu, temerosa em se mexer e o encanto daquele momento se partir. Porém, eu necessitava de mais. De sentir mais, saber mais...

Seus lábios aceitaram quando os meus se mexeram para dar continuidade aquele ato. De fato, nenhum de meus desejos futuros realizados poderiam superar aquela felicidade que eu experimentava. O nariz pequeno pressionava o meu quando nos movimentavamos e eu percebi que sua respiração estava tão sofrega quanto a minha.

A mantive junto a mim quando o beijo terminou. Seus olhos brilhavam e o sorriso que abriu inflou meu peito. Eu poderia fazer mais disso, beijá-la e ver aquele rubor em seu rosto e aquele sorriso enebriado.

– Me deixe te mostrar que valho a pena...- falei passando o polegar por sua bochecha. A vi morder o lábio, tipico quando está nervosa.

– O que vai acontecer se não der certo?- indagou-me.

– Como sabe que não vai dar certo?- soltei começando a me sentir irritado. Não com ela, mas por nossa situação. Se eu tivesse agido diferente, hoje não seria difícil me revelar.- Só vamos saber se tentarmos, eu quero tentar.- afirmei seguro. Seu suspiro foi o que me deu certeza, bem antes dela agitar a cabeça assentindo.

– Vamos levar um dia de cada vez. Sem pressa.- pediu-me.

– Sem pressa.- concordei me abaixando para sua boca. Seus lábios pequenos e delicados eram bastante saborosos. Poderia ficar horas ali que não estaria satisfeito.

– Posso entrar?!- gritou Nott do lado de fora.- Quero parabeniza-los, mas não quero atrapalhar!- 'Mas é o quê?! O filho da mãe estava ouvindo?' Soltei Hermione e abri a porta pegando-o com uma orelha estranha na mão.- Oh!- murmurou guardando aquilo no bolso.

– Estava nos espionando, Theo? E com artigos Weasley?- espantou-se a menina ao meu lado.

– São bem úteis.- retrucou dando os ombros.- Demorou, mas ai estão vocês! Meu casal preferido!- nos abraçou ao mesmo tempo.- Isso merece uma comemoração!

– Sem reuniões, Nott. Não quero fofocas sem propósito.- alertei me soltando.

– Vai ser segredo?- sussurrou olhando para o corredor vazio.

Granger me olhava com a testa franzida. Acho que ela queria ver se eu estava realmente comprometido.

– Não! Eu só não quero aborrecimentos agora que tudo está resolvido.- informei puxando Granger pela cintura pra ficar ao meu lado.

– Cara, vão falar de qualquer maneira.- rebateu Nott, o que era verdade.

– Certo, mas eu realmente não quero reunião.- insisti.

– Sem problemas.- concedeu erguendo as mãos.- Isso é tão legal! Acho que vou procurar uma namorada pra mim também.- comentou andando pelo corredor.

***

A reação dos demais não foi tão otimista quanto a de Nott. Percebi que nos olhavam como se fossemos aberrações. Algumas palavras de ódio vieram. Precisei de todo meu auto controle para não revidar. O que me fazia mais forte era Hermione. Sua postura firme e determinada me enxeram de orgulho e me fizeram não azarar ninguém. Eu sabia, que ela estava um pouco insegura. Claro que evitavamos nos agarrar pelo castelo. Theo nos deixava sozinhos depois do jantar. Gostavamos de sentar num banco perto de uma das janelas do segundo andar. Era agradável tê-la abraçada a mim. Seu perfume suave ficava em minhas roupas até depois de nos despedirmos perto do seu salão.

Com o passar dos dias, eu me via viciado nela. Preocupava-me saber que seus amigos não me aceitaria, não que eu me importasse, eu só não queria vê-la infeliz e dividida. E o empasse logo viria com a formatura. Era sabido por todos que Potter viria para a festa e certamente o cenoura do seu amigo também. Nervosismo é um sentimento estranho, mas o pior é o medo da perda. E eu temia que aqueles bobocas fizessem Hermione se virar contra mim. Nott diz que é bobagem ter medo do testa rachada, que Hermione nunca se deixaria influenciar, mas minha mente inventava várias situações onde ela ia embora e me deixava. Algo nada bom para meu orgulho e coração.

As vesperas da formatura, consegui terminar os arranjos para que Granger fosse a casa que ganhei dos meus pais. Ela ficaria lá até quando quisesse. Pra sempre seria bom. Encher a casa com crianças de cabelos loiros e olhos caramelados. Ótima combinação.

Minha mãe me enviou as roupas para a festa e a chave da casa. Eu contara a ela sobre Hermione e como ela mesma sugeriu, não revelei nada a meu pai. Mesmo depois de tudo com o Lorde das Trevas, ele ainda era um presunçoso idiota. Mamãe garantiu que não virião a festa. Ainda estavam se reerguendo e o ego de Lúcio Malfoy não permite se apresentar abatido diante de outros. Era um alívio saber que não estariam. Já bastava o desconforto que iria ser com os amigos de Hermione. Meu pai só ia ferrar tudo.

***

– Nem acredito que terminamos.- comentou Nott ao meu lado fora do Salão principal. Esperavamos Granger e uma Luffana que ele convidara para ser seu par.- Estamos livres de aulas enfadonhas, trabalhos e detenções...

– Agora vem o verdadeiro trabalho. Eu realmente não pretendo ficar na cola dos meus pais.- rebati alisando minha roupa.

– Claro. Assim eles não poderão fazer nada contra você quando descobrirem com quem você pretende se casar.- pontuou.- Agora cale-se que ela está vindo.- sussurrou indicando com a cabeça um ponto atrás de mim.- Ela fica bem de vermelho.- sussurrou. Olhei pra ele estreitando os olhos.- Serio? Ciumes de mim? É bom controlar a raiva então, porque qualquer um vai notar e olhar pra ela hoje.- falou.

Pior que ele tinha razão. Hermione estava bastante bonita num simples e ajustado vestido vermelho. Se no quarto ano ela foi a sensação do baile, neste dia, ela se superava. Seu rosto parecia irradiar luz.

– Boa noite.- saudou-nos quando parou a minha frente. Eu quis dizer que ela estava perfeita, que todas as veelas sentiriam inveja dela...mas somente fiquei lá, de boca aberta sem conseguir falar.

– Não babe em cima da moça!- repreendeu Nott me forçando a falar algo.

– Muito linda.- murmurei trazendo-a mais perto para que eu pudesse tocar lhe, beijar lhe.

– Obrigada.- falou baixo. Beijei devagar com receio de borrar seu batom claro. Quis sentir sua língua na minha. Necessitou de algumas respirações para me conter.- Vamos tomar nossos lugares.- propôs se afastando.

A cerimônia transcorria agradável. O discurso da velha diretora foi emocionante e bastante motivador. Sempre que eu ouvia um ruído ao fundo, eu me virava crente que veria Potter e Weasley ali. Mas estranhamente nenhum aparecera. Já começava a achar estranho, mas não reclamaria.

A festa foi farta e divertida. Theodore e a garota da Lufa Lufa raramente saíam do salão. Parecia que foram azarados e não conseguiam parar de dançar. Dancei com Granger algumas músicas e balançar com ela junto a mim era calmante.

– Achei que Potter viria a festa.- comentei enquanto dançavamos.

– Ele teve uns assuntos do Ministério pra resolver.- disse e de alguma forma eu não acreditei.

– Hermione? Diga-me.- pedi.

– Ele não queria vir. Contei a ele sobre nós e mesmo que eu dissesse a ele sobre como tudo mudou, ele preferiu não vir e estragar o evento.- comentou descansando o queixo em meu ombro.- Ele precisa de tempo para aceitar e entender que nada é como antes.

– E o Weasley?- pelo menos testa rachada não a pressionara a terminar comigo. Não que Hermione seja do tipo que faz o que os outros querem, mas Potter é seu amigo desde sempre, eu que sou o vilão se redimindo.

– Depois de uma longa carta cheia de sermões e pedidos para que voltasse pra Toca, ele não me respondeu quando enviei outra reafirmando minha decisão. É algo que já esperava.- suspirou se endireitando e me encarando.- Rony sempre foi efusivo nas emoções.

– Lamento por tudo isso.- afirmei sincero. Mesmo não gostando dos dois idiotas, os aturaria por ela.

– Está tudo bem. Logo eles se acalmam.- sorriu me apertando nos braços.

Eu esperava que sim, pelo bem da Granger.

– Olha, já peguei a chave da casa e vou com você pra lá amanhã quando sairmos daqui. Já está limpa e esperando por você.

– Você não vai ficar lá comigo?- um fato sobre Hermione que a muito eu tinha percebido: seu rosto era muito expressivo. E decepção estava lá.

– Achei que iria preferir assim. Está querendo dividir uma casa comigo, Granger?- indaguei erguendo uma sobrancelha e contendo um sorriso.

– Bom...bem...quero dizer...- começou a gagueijar.

– Hey.- segurei seu rosto para que me olhasse e visse que eu estava sendo sendo sincero.- Claro que eu quero isso, era meu plano desde o começo. Só não quis apressar, ou te assustar com a ideia de morarmos na mesma casa.

– Um dia de cada vez. Pode dar certo.- pontuou com um lento sorriso.

– Você e eu na mesma casa? Certamente vai dar certo.

"Eu farei que sim."

*FIM*


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Notas finais do capítulo

Não creio que farei outra Dramione, mas nunca se sabe né....
Preferi esse final e deixar o futuro deles a cargo da imaginação de vocês.

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Bjoks



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