Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 7
Verwirrung


Notas iniciais do capítulo

Chapter 6 - "Verwirrung"
"Confusões"



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 Erik ainda tentava combater o líder dos vampiros, mas este não estava com a menor vontade de desistir; ou baixar a guarda. Porém, o jovem continuaria lutando.

 

 No quarto da garota humana, o portal estava se abrindo novamente. Melisse estava desmaiada, e Joanne tentava convencer Rurik a desistir de levá-la para o submundo com ele.

 

Porém, havia segredos sobre Melisse, que ninguém poderia imaginar.

 

  Era tudo em vão, pois Rurik estava decidido a transformá-la. Hydan havia utilizado líquidos poderosos, ‘feitiços’ antigos, e lendas sobre demônios como base para ter conseguido fazer o mundo permanecer naquela escuridão até que a guerra cessasse.

 - Você não vai levá-la. – Joanne falava, apertando o braço do “sanguessuga” com força.

 Rurik gargalhou.

 - Pelo visto, tantos anos em minha presença não lhe fizeram aprender nada, não é mesmo? – seu sorriso agora se tornava cínico e perturbador.

 

 Joanne hesitou.

 

 - Ah, Rurik... eu tenho saudades daquele tempo... – seu tom de voz era melancólico. O vampiro não se comoveu. – Depois... você tornou-se insensível, egoísta...

 - Nossa história acabou a partir do momento que eu descobri que você me traía com... a pessoa que eu menos esperava... Erik. Meu inimigo mortal, meu... primo. – ele pronunciou tais palavras com nojo.

 - Os tempos mudaram... ele é apaixonado por esta menina. – ela apontava para Melisse, que estava no chão, após o vampiro colocá-la. – E eu vou ajudá-la a vencer esta batalha. – lágrimas começaram a cair pelo seu rosto. – A menina não tem nada a ver com a richa entre você e o seu primo...

 - Dessa vez... eu vou levá-la. Haha. Vou esquartejá-la, e queimas as partes. – ele cerrava os punhos, com raiva. – Mas antes de queimar... eu vou beber o sangue!

 - Não. Você não vai! – Joanne gritava, mas Rurik estava descontrolado.  Ela tornou a segurar seu braço forçadamente.

 

 

 - Como você mudou... – ele disse, rispidamente, e com um tom de desgosto. – virou santinha. – ele riu, torto. – mas a marca ainda está aí. Bem visível em seu pescoço.

 

 Ela gemeu.

 

 - Está ardendo, não está? – ele indagou. – você está se desvencilhando do mal. Do habitante das trevas... Traidora. – ele estava irritado.

 - Não. Eu nunca quis fazer parte deste clã maligno. – dessa vez ela estava blefando.

 Ele hesitou, e disse.

  - Estou perdendo meu tempo. – ele pegou a garota, e adentrou ao portal. Enquanto Joanne, com os olhos cheios de lágrimas, e ajoelhada em frente à janela, sussurrava.

 

- Me desculpe... Erik.

 

Ela desceu as escadas, e correu até a cozinha. Abrindo uma pequena frecha. Erik... lutando para salvar o mundo da pessoa mais importante para ele.

 E Melisse... nas mãos daquele infeliz.

 

“E então, tudo isso afundará, do inferno em que estaremos”

 

 Depois daquela conversa que tivera com Rurik antes de ele levar a garota, Joanne tinha esperanças de que ele voltasse com Melisse sã e salva.

 - O que aconteceu? – Marck indagou à vampira, com o braço machucado – Onde está minha irmã?

 - Ela foi levada... Rurik a seqüestrou... – desatou a chorar.

 - Oh, meu Deus! – agora, lágrimas rolavam pela sua face. Sua irmã. Sua companheira. Fora seqüestrada por um vampiro... um assassino... cruel e louco. – Ela... não vai mais voltar?

 - Precisamos ter esperanças. – ela suspirou, chorando.

 

 Na sala daquela enorme mansão, estavam Erik, Augusto – o pai - , Hydan. Marck e Joanne chegaram depois.

 E no submundo, Melisse encontrava-se acorrentada. E novamente estava queimando, inconsciente.

 Joanne sussurrou alguma coisa no ouvido de Erik, enquanto o pai de Melisse olhava-os cabisbaixo.

 Então, era a vampira que continuaria a luta.

 “Dessa vez... eu vou te salvar...”, ele pensava.

 

 - Vai atrás da garota? – Hydan indagou, mas ele já sabia a resposta. – Ela pode estar morta, tome cuidado. – seu tom de voz era irônico.

 Por instantes, ele teve vontade de avançar no líder dos vampiros, mas a garota humana precisava dele. Agradeceu a vampira, e partiu.

 

 No inferno, Erik procurava por Melisse e Rurik, ela não podia estar morta. Sua marca diabólica ainda ardia, como se o próprio demônio estivesse presente. Mas não estava. Por enquanto.

 Ele achou Melisse. Rurik aparentemente não estava no local. Mas é claro, ele não deixaria a garota sozinha para qualquer um vir pegá-la. Bom, Erik não era qualquer um. Chegou mais perto, e começou a ver cicatrizes das queimaduras e marcas de torturamento. Não, seu primo não faria isso. Mudou de pensamento. É, ele faria.

 A garota ainda estava desacordada, o que o deixava com medo. Porém, ele tinha que tirá-la dali.

 Tentou arrebentar as correntes, mas era de aço. Podia imaginar a dor que a garota sentira quando foi presa. Podia imaginar o quanto ela deveria ter sofrido até chegar ao inferno e quanto ainda estava sofrendo. Perdeu a mãe, o irmão... numa guerra que nem era sua. Numa casa em que foi parar por coincidência.

 - Mas foi por causa dessa casa que eu a conheci. – murmurou, olhando para a garota.

 

De repente, Erik sentiu alguém o observar, e imediatamente olhou para trás, levando um susto imediato.

 

 - Você não vai buscá-la. – era Rurik. Sua voz possuía um tom ameaçador.

 

“Eu preciso ser despertada agora”

 

Ela não conseguia acordar.

 - Por que está fazendo isso? – Erik indagava, com medo da resposta.

 - Por vingança. Porque Joanne me traiu com você! – ele gritava, irritado. – e agora, você sofrerá... mais ainda quando a garota estiver MORTA! E eu vou rir, vou rir muito da sua cara... priminho. – sua voz era cínica, novamente. Ele gargalhou.

 

 

  O vampiro do bem tinha de fazer alguma coisa. Ele pensava, mas não tinha muito tempo, afinal, Rurik estava bem ali, na sua frente.

 

 

 E naquela casa, Joanne ainda tentava combater Hydan, que aparentava tranqüilidade.  

 - Vai continuar tentando me deter? – ele indagava, às gargalhadas. – Esqueça. Se Erik não conseguiu, imagina você.

 - Está admitindo que Erik é mais forte que eu? Está falando bem do vampiro que tentou te matar há pouco tempo? – ela segurou a vontade de rir.

 - É. – ele respondeu, irritado. – mas EU sou o mais forte aqui, entendeu? Eu poderia fazer o que eu quisesse com você agora. – seu tom de voz era frio e malicioso. – mas não estamos sozinhos.

 Ela tentou dissimular o medo, não queria passar por fraca na frente do líder vampiro.

 

 

 Melisse acordou.

 

- ru...rik... – conseguia abrir os olhos com dificuldade. – me...solta...

- não não, princesinha. – ele gargalhou – eu vou matar você...

 

 Erik, que observava, sem poder contestar, não se conteve. E, num ímpeto, segurou o vampiro maligno pelo pescoço, com toda sua força. Ele era forte, mas nada que alguns socos não pudessem resolver.

 Rurik tentava bravamente livrar-se daquelas mãos friamente sedutoras – não para ele, claro – mas era inútil. Dessa vez Erik tinha mesmo se irritado.

 

 - C-Calma! – ele tentou falar.

 - Você me pede calma, seu filho da mãe? – ele bufava. – quem sabe eu também poderia ter pedido calma quando você assassinou o meu pai?

 Os dois discutiam, e volta e meia ouviam sussurros, mas não era de Melisse.

 

 Falando na garota, ela estava muito quieta. Olharam novamente para o local onde esta estava presa, porém, ela não estava mais lá. Olhava fixamente para seu amuleto, que agora, estava brilhando.  Uma mensagem foi entregue à ela. E a jovem, leu imediatamente.

 

 - Q-Quer dizer que eu sou... – ela ia falar. -  mas... como?!

 

 


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Notas finais do capítulo

ENTÃO... reviews?



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