Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 6
Aniversário Macabro




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 Mais um dia começava. Agora, era somente Marck e Melisse a irem para a aula. Marco não estava mais presente. Estava?

 O clima na casa era tenso, mas ninguém esqueceu do aniversário de Melisse. Desejaram-na feliz aniversário. Feliz.

 

 Os dois dirigiram-se à escola. Jane já estava esperando a amiga. Deu-lhe parabéns e foi com ela até a sala do irmão. Após vê-lo entrar, foram à sua.

 A garota não conseguia prestar atenção na aula. Estava aflita; angustiada. Sentia um pressentimento ruim. Dessa vez, não podia simplesmente ignorar. Era seu aniversário, sua “festa” seria à noite... Naquela mansão arrepiante. Ora, o que ela deveria pensar?!!

 

- Melisse... a resposta da questão número sete. Pode responder? – o professor perguntou novamente, ao ver que ela estava dispersa. Esta, acordou do transe.

 - Ah! Me desculpe. – respondeu, acanhada.

 O sinal tocou. Todos saíram, mas o professor pediu que ela esperasse. E, enquanto conversavam, Jane foi buscar Marck. E voltariam para buscá-la.

 

 Márcio. O professor. Começou.

 

 - Querida, eu entendo que você esteja passando por coisas difíceis, como a perda de sua mãe e irmão. Mas você anda muito dispersa em sala de aula. E, segundo as regras desta instituição, isso é inadimissível.

 

“Eles estão se aproximando”

 

 - Não vai mais acontecer... professor. – ela disse, entregando um convite para a festa de seu aniversário. O professor agradeceu. E a garota encontrou Jane e Marck. Foram para a casa.

 

 Ao chegar, sentiu calafrios, como da primeira vez que esteve na mansão. Não queria abrir a porta. Mas abriu. Tudo estava silencioso, e ela sentiu medo. Continuou subindo as intermináveis escadas.

 Outro fato estranho, é que Erik não havia se comunicado com ela. E ele que havia insistido para a festa. Continuou sentindo calafrios por todo o corpo.

 

“Você vai fazer exatamente o que eu mandar...”

 

 Ela podia sentir que havia alguém falando, mas não podia ver nem ouvir.

 

 

“Ou a garota sofrerá as conseqüências. E eu sei, que você não quer isto.”

 

Eram vozes vindas do inferno. No submundo. Erik havia sido capturado. Novamente. Lino deveria estar bufando de tanta raiva por ele ter fugido. Melisse sentia que precisava salvá-lo.

 

 Naquele instante, uma luz clareou aquela escuridão da casa, e nela, surgiu uma porta. Ela logo presumiu que a chave abrisse aquela porta.

 Mas por que só naquele dia?

 Porque... ela provou o quanto ele é importante para ela. Porém... se ela entrar naquele submundo, terá de ser sacrificada. Ou... poderá ficar presa para sempre.

 

Ela não sabia sobre isso.

Erik não tinha avisado.

 

 Agora, vendo que ela estava prestes a entrar no portal, teve medo. Como impedir? Não havia como. Ele sabia que ela viera salvá-lo. Mas os vampiros malignos já sabiam que ela estava chegando.  Eles tentariam matá-la.

 

 

 

Quem disse que Erik iria deixar?

 

 

 Melisse então, olhou a casa, ainda sentindo calafrios e pressentimentos ruins. Mas sentia que tinha de entrar naquele portal. Tinha.

 

 

 

 Pegou a chave. Girou a fechadura. E abriu.

 Uma rajada de vento a invadiu, e ela pensou em desistir. Mas as lembranças de Erik a faziam querer correr riscos.

 

 

 Aquele lugar era quente, literalmente.

 Gritos de horror eram ouvidos, qualquer ruído era motivo de pânico. Afinal, não era todo dia que uma humana entrava no inferno de livre e espontânea vontade.

 

 

“ELA está se aproximando”

 

 

 

 - Mel! NÃO! – Erik gritou. Melisse ouviu. E ao virar sentiu uma pontada atingir-lhe. Ela caiu, ajoelhada. Hydan soltou uma gargalhada monstruosa.

 

 Joanne chegou, fingindo-se de boazinha, novamente. Ajudou a garota a levantar-se. Ela estava queimando, porque o calor era muito intenso.

 

A vampira  estava mesmo fingindo, como Hydan tinha mandado, ou realmente simpatizara com a garota?

 

 

 Erik estava calado. Tinha medo de que, se falasse alguma coisa, acabasse sobrando para Melisse.

 A garota estava de cabeça baixa, enquanto queimava.

 

Um humano não pode entrar no inferno.

 É. Não pode.

 A vampira do bem, então, chegou por trás de Lino com uma corda, amarrando seus braços. Este, achava que era brincadeira, mas depois começou a bufar.

 Ela também soltou Erik. Este, correu até Melisse, abraçou-a, e disse.

 - Sua doida. Quem mandou vir atrás de mim?

 - Eu... – ela murmurou, suspirando. – Eu senti que eu tinha de vir... – ela chorava.

 Ele comoveu-se. Mas, antes que pudesse falar qualquer outra coisa, olhou para o portal.

 

 - Vamos embora daqui! – ele gritou, puxando-a pela mão.

 

 

 

“Eles estão se aproximando”

 

 

De fato, Lino não estava preso. Aliados. Havia mais vampiros ali. Havia mais.

 

O portal, então, fora aberto. Era somente disso que precisavam para poderem invadir o mundo humano. E agora, depois de muita preparação, poderiam guerrear.

 Melisse e Erik atravessaram o portal, voltando para a mansão. A garota chorava incontrolavelmente, soluçando e pedindo desculpas. Tremia.

 Já o vampiro, não sabia o que fazer. Chamou Marck e o pai da garota, afinal, ainda era seu aniversário.

 

 

 Os amigos, chegaram um pouco mais tarde. E Jane também estava lá.

 Cantaram “parabéns”, mas na hora do bolo, ouviram muitos barulhos. Pessoas, er... Vampiros... adentravam à mansão.

 

 

 

  É este o final do que começamos?

 Nós nos lembraremos o que fizemos de errado?”

 

 Os amigos de Mel, saíram da casa, os únicos que permaneceram. Eram mais de trinta vampiros, contra alguns humanos e dois vampiros do bem.

 

 Estavam em desvantagem

 Os vampiros começaram a atacar, pessoas já haviam sido mortas. Aquela guerra acabara de se transformas numa batalha mortal.

 

E começara a ficar ainda mais perigoso.

 

 Lino Hydan, o assustador líder dos vampiros. Ficou cara-a-cara com Melisse, que tremia. Enquanto Erik, lutava com os outros vampiros.

 

 Fraquejou.

 Ele atacou sua melhor amiga.

 - Assassino... – murmurou. Era a primeira morte que ela havia visto.

Começou a sentir náuseas, ao ver todo aquele sangue espalhado. Teve de olhar o corpo. Era mesmo ela. Jane havia morrido, esquartejada.

 A mansão estava virando uma casa sangrenta, onde todos que entravam acabavam mortos.

 

 Melisse Reichert, e a família, eram os únicos sobreviventes, até agora.

 

 A garota estava tonta, seus olhos começavam a ficar embaciados. Ela tentou chegar até o sofá, mas estava sem forças para tanto. Seu corpo todo doía, e foi difícil mesmo se mexer até o outro lado da escada, que era mais perto que o sofá.

 Respirou fundo, tentando fazer os olhos abrirem. Mas tudo era em vão. Estava fraca, mal conseguia falar. Erik ainda estava lutando, não podia ajuda-la.

 

 Mas ela não queria desmaiar. Não podia. Joanne tinha de vir ajuda-la.

 Esperou. Esperou. Esperou... até que finalmente ela apareceu.

 Ajudou-a, e a levou até a cozinha. A garota bebeu um copo de café bem forte, mas suas condições eram péssimas.

 - Você não pode lutar desse jeito. Irá morrer se for assim.

 - Eu não vou deixar ele se sacrificar por minha causa. Se eu tiver que morrer para ajuda-lo, eu morrerei.

 - Sabe, Mel. É mais fácil ele morrer pra te salvar do que o contrário. – ela fitava a garota.

 - É verdade. Mas... eu só queria que soubesse.

 - Você tem muita coragem, garota. – Joanne sorriu.

 Percebeu que agora, os olhos de Melisse começaram a se fechar. Mas ela forçava-os a abrir. Deitou a garota no chão. Era frio, mas se fosse ao quarto, Hydan veria. Então teria de ser ali. Colocou em sua testa, um pano com água gelada, pois ela estava febril. E voltou para a guerra.

 

 

 Hydan tentava torcer o pescoço do pai de Mel. Mas Erik não deixava.

 Estava decidido a vingar a morte de seu pai. E portanto, também não queria que o pai da amada acabasse morto, assim como o pai dele.

 

 

Alguns vampiros do mal também estavam mortos, mas Lino, era o mais forte deles. O líder. Não iria ser fácil matá-lo.

 Ah, e é claro, Rurik também estava lá. Porém... escondido.

 Muito bem escondido.

 Ele sumiu. Mel – estava na cozinha, não é? – ela também sumiu. O que teria acontecido?

 

 Erik percebera o sumiço dos dois. Novamente, sentiu uma repulsa, não podia sair dali. Joanne poderia ajudar. É, provavelmente ela estaria atrás de Rurik.

 

“Desgraçado!”, era o pensamento de Erik. “Você não vai machucá-la!”

 

 Decapitações. Esfaqueamento. Sangue. Mortes. Mutilação.

 Assim, havia sido o aniversário de Melisse.

 Macabro.

E não seria só o dela, pois aqueles vampiros malignos não perdoam. Assim como o habitante das trevas.

 

Tudo que somos está desaparecendo

Ela ouvia. Tinha perdido totalmente a consciência.

Tudo que somos está desaparecendo

E realmente estava. Só que lentamente.

 

Então, a guerra ainda não havia acabado.

Pelo contrário. Ela estava apenas começando.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews? *----*