Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 4
Révélations, des essais et la lutte pour la survie


Notas iniciais do capítulo

"Révélations, des essais, et la lutte pour la survie"
"Revelações, tentativas, e a luta pela sobrevivência"



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 Os dois vampiros se encaravam, raivosos, enquanto a garota somente observava, assustada. Afinal, segundo a história contada por Jane, Rurik voltara para se vingar.

 

 

 - Eu não vou cometer o mesmo erro... outra vez... – ele baixou a cabeça, mas levantou-a em seguida. – EU NÃO VOU! – Gritou. Não contendo algumas lágrimas ao lembrar do pai.

 

 Em seguida, atacou o sanguessuga, que já estava com os olhos vermelhos vivos de tanta raiva. Porém, era ele o mais forte. Empurrou Erik com tanta força, que o fez cair ao chão em fração de segundos.

 Melisse gritou, ajudando-o a se levantar. Estava nervosa, suas mãos estavam trêmulas, e ela não escondia o medo.

 

 - Fique calma... fique calma... – ele sussurrou, mas era impossível ficar calma. Rurik atacou a garota, tão rapidamente que ela não teve tempo de se defender. Desfaleceu.

 

 O vampiro do mal, satisfeito, riu alto, mas Erik não se deu por vencido. Mesmo machucado, ele precisava protegê-la. Precisava... vingar a morte de seu pai.

 Com toda sua força, segurou o inimigo pelo colarinho; ele mal conseguia se mexer.

 

 No subconsciente da garota desmaiada, sons lúgubres eram ouvidos. Pensamentos ruins lhe atingiam. E quanto mais pensamentos horríveis ela tinha, pior era para ela, acordar. Era agonizante. Como no ditado, “querer não é poder”, e ela queria.

 

Eu quero ser despertada de alguma forma      Eu quero ser despertada agora

 

 Era o que ouvia. Repetindo consecutivamente. Ela tentava amenizar os efeitos sonoros que a música estava causando. Era inútil, pois só fazia aumentar. De vez em quando gemia, mas não acordava. Erik percebia o silêncio da garota, mas enquanto estivesse lutando, nada poderia fazer.

 

 

 A briga entre os dois começava a ficar perigosa demais, e eles precisavam de ajuda. Como se alguém tivesse ouvido seus pensamentos, uma garota adentrou ao quarto. É, conseguira passar despercebida.

 Seus cabelos eram compridos e negros, seus dentes eram bastante afiados, sua pele mais branca que a de Erik, ou Rurik, e ela tinha aparência exuberantemente exagerada. Perguntava-se como passara despercebida.

 

“Ela gosta das trevas

No seu pescoço branco como o leite

A marca do diabo”

Talvez fosse esse motivo. Ela gostava das trevas. Ou talvez estivesse tentando disfarçar, para não se tornar mais uma vítima de Rurik. Era um mistério.

 Joanne Howlling, seu nome. Viu o sangue de Melisse, atiçando seus instintos. Passou o dedo por aquele líquido vermelho que escorria, e lambeu com gosto. Os dois vampiros estavam parados, observando-a. Finalmente olhou para ambos, dirigindo-lhes a palavra, com a voz um pouco rouca.

 - Vocês são primos, não deveriam estar brigando. – falou como se fosse a coisa mais normal do mundo uma descoberta assim, de repente.

 - PRIMOS? – Erik gritou completamente transtornado. Como primos? Eles eram tão diferentes... Não, não podia ser verdade. O pior... é que realmente era. Segundo Joanne, claro. Ou seja, para seu alivio, havia uma chance que tal história fosse mentira.

 Com um tom provocante, continuou.

 – E essa garotinha deveria estar morta. É uma humana. Vocês sabem que Lino Hydan castiga os vampiros que desobedecerem a suas ordens.

 - Ela está morta. EU a matei! – foi Rurik que falou. Erik ia contestar, mas decidiu que não, pois seria melhor para a garota. Mas... e se ela estivesse mesmo morta? Eliminou esse pensamento da mente. Ou tentou. Porque afinal, ela ainda não dera sinal de vida.

 

 - Rurik, vamos embora. – ela disse, agarrando-o. – Tenho certeza que Erik não se importará de voltar sozinho, não é mesmo?

 - É. – respondeu, lançando um olhar efetivamente monstruoso ao outro vampiro, que correspondeu. Sumiram da sala. E Erik pôde, enfim, verificar o verdadeiro estado de Melisse.

 

 - Mel... Mel... – murmurava, suplicando para que estivesse viva. – Não me deixe... por favor... – abraçou-a. Ao sentir sua respiração, sentiu-se mais confiante. E quando ouviu-a falar, ficou mais feliz.

 - Erik... – ela estava fraca, havia perdido muito sangue. Estava olhando-o como se suplicasse para que a transformasse. Percebendo seu olhar, ele apressou-se a responder.

 - Não posso... Não... Não posso fazer isso. Me entenda.

 Ela sorriu, assentindo.

 Erik, vendo que ela estava um pouco melhor, ajudou-a a se levantar. E após, o adeus.

 

 Olhou mais uma vez para o rosto da garota. E saiu da casa.

 Tudo, naquele momento, parecia estar calmo. Marck foi falar com a garota. Havia algumas horas não se falavam. Claro, há alguns minutos havia vampiros lutando entre si; há alguns minutos, estava desmaiada no chão do quarto.

 - Melisse... – ele respirou fundo. – Eu encontrei... isto. – ele mostrou-lhe  uma chave dourada. Misteriosa.

 A jovem observou com cuidado, dissimulando a fraqueza e o cansaço. Estava sem ânimo, mais não queria que ninguém soubesse.

 

 

 Ficou com a chave. E Marck foi dormir.

 Assim que ele saiu, Melisse ficou observando aquele objeto dourado. Testaria em todas as portas. E em uma delas caberia, ela pensou.

 Então, foi dormir, depois de muito pensar. E no dia seguinte, testaria a chave nas portas. Estranhou, também, a ausência de Erik. Teve medo.

 

Tudo que somos está desaparecendo

 

Não. Ele não iria deixá-la. Não. Mas dormiu. Sonhando com ele. Ou seria ele mesmo? Estava confusa.

 

No sonho, ela estava em uma praia. Observando as cautelosas ondas do mar baterem vagarosamente nas rochas superficiais. Então, avistou ele, Erik. Mas, a cada passo que dava em direção à ele. Parecia se afastar ainda mais. Não era um sonho. Mas sim... um pesadelo.

 

E o tempo está correndo agora, Eles estão descendo as colinas por trás

 

Eles. O clã dos vampiros. O clã de Erik. No qual, este era o único que não pertencia, realmente, ao grupo. Era o único deles, capaz de amar uma humana. Capaz de amar pessoas tão indefesas como os próprios vampiros quando não possuem o alimento que sacia sua fome. Ele não precisava sacrificar vidas inocentes para sobreviver. E entendia isto.

 Mas, se matou um humano alguma vez, foi por obrigação, e não por livre e espontânea vontade. Há vampiros, que não são monstruosos. Sim. Há uma esperança.

 

 

“Você pensa que venceu...”

Rurik.

 

“Você pensa que me derrotou, não é?”

 

Melisse estremeceu.

 

 

 

 

 

“Eu vou voltar ainda mais forte. Pode esperar”

 

 

Dia seguinte. Escola. Acordar cedo. Rever os ‘coleguinhas’ irritantes de sua amada turma.

 

 

 

 

 

“E a cada dia, vidas era colocadas em risco. E a cada nova grande amizade, uma vida era tirada.”

 

 - Jane! – gritou a garota, correndo em direção à amiga.

 Esta, acenou, sorrindo.

 - Veja! – disse, mostrando-lhe a chave. – Marck entregou-me. Disse que achou dentro de uma gaveta velha, la no quarto dos meninos.

 Jane observou, com cuidado, a chave. Em seguida, tremeu.

 

 - Melisse... se desfaça desse objeto. Por favor. – suplicava.

 - Você sabe de alguma coisa? – indagou, com a boca entreaberta.

 - Não. Nada.

 

 Mas o seu tom de voz denunciava que era mentira.

 - Algo muito ruim vai acontecer se você achar a fechadura em que a chave é encaixada. – falou muito rápido, por causa de seu nervosismo. Mas a jovem entendeu perfeitamente bem.

 

 

 

 

É este o final do que começamos? Nós nos lembraremos o que fizemos de errado?”

 

 

 

 

  A guerra entre vampiros e humanos se aproximava. A chave já fora encontrada.  Eles se esconderam durante décadas. Mas agora, preparavam território, a fim de contra-atacar. E o ponto de encontro seria a mansão. Onde o primeiro assassinato acontecera, e onde tudo começou.

 

 

 

Onde, provavelmente, iria ser o berço da guerra que estava por vir.

 

 

 

Quando começarmos a matança tudo isso afundará; Tudo que somos está desaparecendo

 

 

 E as portas do inferno, iriam se abrir novamente.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Galera! Obrigada pelos reviews até agora, embora poucos, me dão muita motivação para escrever os outros. Continuem comentando, arigatou, again. E espero que gostem. *--*