Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 3
L'premier assassiner


Notas iniciais do capítulo

2° Chapter - "L'premier assassiner"
"O primeiro assassinato"



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Ele continuava a fitá-la, enquanto ela, encarava-o. Percebeu que em menos de dois segundos, ele estava quase que colado à ela.

 - M-Me solta... - suplicava, tentando inutilmente andar para trás. O vampiro não respondeu, mas seu sorriso maléfico denunciava o que ele estava tentando fazer. Segurou seu braço com toda força. Queria mesmo transformá-la, ou... matá-la.

 "Resista Mel, você não pode deixá-lo te morder", aquela voz sedutora falava, e a fazia sentir-se, parcialmente, segura.

 Mas a garota fraquejou. Porém, na hora do "ataque final", uma rajada de vento o empurrou para trás.

 - Eu vou voltar, Melisse Reichert. Eu vou voltar pra me vingar. - ele foi embora, bufando de raiva. Aliás, como sabia seu nome todo? Ou teria sido o destino a colocá-la em tais situações?

 

 Estava amanhecendo, e ela foi ao quarto dos pais, pois um pressentimento ruim a estava incomodando. Correu até o quarto, deixando Marck e Marco no seu quarto.

 Ao chegar, um susto a fez dar um passo para trás; a medida que seu coração começava a bater mais forte. Abriu novamente a cortina do box, e, com as mãos trêmulas, viu o que, definitivamente, não deveria ter visto. A água da banheira, agora, se transformava em sangue, e dentro desta, havia um esqueleto; mais precisamente um corpo... de mulher. Sua mãe estava morta.

 - Vampiro desgraçado! - exclamou raivosa, deixando lágrimas escaparem de seus olhos. Fechou a cortina, querendo impedí-la de rever aquela cena torturante, saindo do banheiro em seguida; de cabeça baixa.

 A parte mais difícil era contar à família. Mas fez isso com coragem. Sendo sempre, guiada por aquela voz docemente sedutora e aconchegante.

 "Você precisa ser forte, meu amor, logo estaremos juntos", disse à garota, sentindo que esta estava sendo dominada pela dor. Ela assentiu, embora não pudesse vê-lo. Enxugou as lágrimas.

 

"Catherine Reichert, assassinada em 10 de junho de 1998, à meia-noite."

 

 A primeira vítima. De fato.

 - Vou à escola. - disse, rispidamente, ao pai. Fazia tempo que não entrava em uma.

 Luto. Queria estrangular aquele demônio que havia tirado a vida de sua mãe. O pai assentiu. E os irmãos foram junto.

 - Marco, quero que tome cuidado. - o tom de sua voz aparentava lamentação e súplica. O garoto fez que sim, assustado.

 Os três entraram em suas respectivas salas de aula. Melisse sentou ao lado da única garota com que conseguira fazer amizade. Jane Lee. Uma ruivinha de cabelos curtos e cacheados. Que por uma incrível coincidência, era sua vizinha. Certamente sabia algo sobre a mansão.

 

 "A lenda diz que John Spenser, um senhor de 67 anos, estudava fenômenos sobrenaturais, e certa noite, presenciou a morte de seu próprio filho por um bebedor de sangue. Mas, o garoto não morreu, como ele achou. Pelo contrário, este senhor faleceu no dia seguinte ao sumiço do menino. E dizem que o este vampiro ainda vaga pela casa à procura de vingança."

 

 Flashback on:

 "- Eu vou voltar, Melisse Reichert. Eu vou voltar pra me vingar."

Flashback off:

 Claro. Poderia sim ter sido ele.

 - Q-Quer dizer que... Um vampiro d-do mal esteve em minha casa ontem à noite? - Melisse indagou, e Jane engoliu em seco.

 - Certamente. - foi só o que ela respondeu.

 

  Ódio começou a invadir-lhe a alma; cerrou os punhos. Mas a voz em seu subconsciente pedia que ficasse calma. Procurou controlar-se.

 As aulas passaram rápido, ou melhor, extremamente rápido, para sua felicidade. Ou, infelicidade por ter que voltar para aquele inferno, literalmente. Voltou com Jane, e seus  irmãos.

 

 Em casa, era impressionante como seu humor mudava. Sentia ódio, raiva. Na escola, sentia-se feliz, confiante. Como se esse "fantasma", "demônio", ou sei lá o quê, transmitisse suas energias ruins para ela. Pois a cada um desses pensamentos de ódio, calafrios vinham em seguida.

 

 - Marck, temos que fazer alguma coisa. - murmurava Melisse, sua voz, estava melancólica.

 - Shhhhh! - fez sinal para que a garota fizesse silêncio. - Acho que ele está nos observando.  - e o medo voltava a dominar.

 

 "Sim, Mel. Ele está aqui. Não tenha medo, estou com você. Farei tudo para protegê-la. Eu te amo ." Estas palavras trouxeram-na tranqüilidade; Melisse não viu, mas o dono daquela voz apaixonante, sorriu ao vê-la tranqüila, novamente.

 

   Os dois pararam. O vampiro do mal gargalhava, e os adolescentes podiam ouvir, com clareza, que ele realmente queria amedrontá-los. Melisse estava protegida, mas a família, não. O que a colocava em risco, pois, queria protegê-los a todo custo.

 

“Quando começarmos a matança, tudo isso afundará, do inferno em que estamos...”.

 

 E aquela voz sombria continuava a gargalhar. Melisse já não sabia mais quem era. Ou quem deixara de ser. Estava completamente confusa. “Si oui ou non telle est la question.” 1

 

 

Novamente, lembrou-se do dia em que concordara em se mudar. Sem nem mesmo contestar. Agora, estava se arrependendo amargamente. Quer dizer, talvez sim. Ou talvez não.

 

 Flashback on:

  - Seu pai foi transferido para Diamond City. Então, eu... queria perguntar se concorda em nos mudarmos. – a mãe estava receosa de que a garota pudesse dizer não. Porém, esta estava tranqüila.

 - Aceito, mamãe. Sem problemas. – ela sorriu.

 

Flashback off:

 Apertou o amuleto que tinha a foto da mãe contra o peito, enquanto breves lembranças - de como ela era calma, alegre, companheira – permeavam sua mente. Deixou uma lágrima cair. Ou melhor. Várias lágrimas. Desatou, então, a chorar.

 

 “Não... Não... Melisse... Não...”, suplicava Erik, no subconsciente da garota. “Por favor... Não...”

 Melisse sentiu-se mal, de repente. Erik sabia que, de certa forma, a culpa era sua, pois ele estava transmitindo suas energias à ela. Procuro manter-se sereno. E logo, a garota estava bem.

 - Erik... – pronunciou esse nome, sentindo energias boas permearem em sua mente. Após sentir que era esse o nome do vampiro que transmitia tantas energias positivas. Por fim, disse. – Eu amo você. – seus sentimentos eram sinceros, profundos, e ela queria que naquele momento ele estivesse presente. Resolveu descansar, quem sabe ele aparecesse em seu sonho.

 

 O jovem vampiro gostou da idéia, e, quando Melisse encostou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos, Erik entrou no sonho dela.

 

 - ERIK! – a garota gritou, indo de encontro à ele.

 - Mel! – ele encostou a cabeça da menina em seu peito, abraçando-a fortemente; sedutoramente; resistindo intensamente aos seus instintos.

 Suas características eram perfeitas. Seus olhos brilhavam a cada palavra, sua pele era fria, mas ali, com ele, podia sentir o calor de seu corpo no dela. E sorriu.

 Melisse o fitou. Não conseguia esconder a alegria em estar ali com ele, mesmo que em sonho. Alguns minutos com o amor de sua vida eram preciosidade. Estavam muito perto, um do outro. E, não conseguindo segurar aquele desejo, foram chegando mais & mais perto. E seus lábios vagarosamente iam se tocando, até serem selados em um beijo cheio de amor.

 Porém, a garota o ouviu murmurar, após o beijo.

 - Voltarei. E para ficar. – e, como num passe de mágica, desapareceu. Melisse acordou, ainda sentindo o calor de minutos atrás. Estava incondicionalmente apaixonada por ele. Sim.

 

 

 - Sonhando com o príncipe encantado? – em um tom arrogante, Rurik apareceu, gargalhando.

 

 - Sim, estava. – respondeu, no mesmo tom arrogante que ele.

 - Ora, não me desafie, garota!

 

 “Mel... não o desafie, você não sabe do que ele é capaz.”

 

 - Não estou desafiando-o. Só quero saber o que você quer de mim. – em tom de súplica, dizia tais palavras.

 

 - Eu quero... – seu tom de voz transformava-se em um tom desafiador. – SEU SANGUE! – ele atacou-a quase que num pulo só, mas novamente, Erik interveio, aparecendo no quarto.

 

 

Pela primeira vez, depois de muitos anos, encarava o assassino de seu pai.

 


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Notas finais do capítulo

1- “Si oui ou non telle est la question.” - Ser ou não ser, eis a questão. Famosa frase do escritor William, Shakespere.

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