Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 14
Le choc avant-dernier


Notas iniciais do capítulo

"Chapter XIII - Le choc avant-dernier"
"O penúltimo confronto"



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 Erik, sentado em frente ao mar, pensava em tudo o que estava acontecendo. Pensava em Melisse, no filho que ela estava esperando. Ela não o queria. Mas... por que não? Começou a sentir-se confuso em relação à ela. Confuso se ela realmente amava-o e se estava escondendo algo. Hipóteses de o filho não ser seu perpassaram sua mente. Não, Melisse não faria isso com ele. Não mentiria tão deslavadamente. Ela não seria capaz. Ele pensava.

 A garota, um pouco distante da praia, sentou na calçada, enquanto ainda soluçava, querendo que Erik se desculpasse e voltasse logo para ele. Pensou que o relacionamento dos dois havia-se acabado. Porém, não conseguia mais viver sem o jovem vampiro, não queria que tudo acabasse, e se fosse para acabar, ela preferia morrer.

 

 - EEEEEEEEEEEEEEEEERIK! – Ela gritou. Tão alto que o vampiro ouviu. Correu até lá. Embora eles tivessem discutido, não escondia seu amor e por ela.

 

 - Mel? – ele indagou.

 

 - ERIK!- ela o abraçou, enquanto o mesmo afastava-a dele. – O que... Por quê? Por que está fazendo isso comigo, Erik? – ela chorava, mas ele parecia não se importar.

 

O jovem ficou de costas para ela, enquanto esta ouvia vozes em sua mente.

 

“Diga à ele que terá o bebê, Melisse!”

 

“Garota, o bebê irá lhe trazer muitas coisas boas!”

 

“Você tem que morrer!”

 

 Opa! Aquela não era uma voz benigna! Estremeceu.

 

 - Você não se importaria se eu morresse... não é? – indagou à Erik, friamente.

 

 - Não é isso, Mel. Não é. – disse ele, voltando-se para ela. – Eu só queria que você tivesse essa criança.

 

 - E se eu dissesse que esse filho não é seu? – ela disse sem pensar no que acabara de falar. Erik chocou-se. Suas suspeitas haviam-se confirmado.

 

 - O que disse?

 

 Melisse suspirou, e segura do que estava falando, disse:

 

 - Isso mesmo o que você ouviu. – ela abaixou a cabeça, com medo de encará-lo. Sabia que para ele estava sendo difícil, mais do que para ela, mas não deveria continuar mentindo daquela forma. Se é que era mesmo uma mentira. Sempre pode haver erros.

 

 - Quem é o pai? – indagou cabisbaixo.

 

 - Eu... Eu não posso... Falar...

 - O que está havendo com você, hein? – ele a empurrou e entrou na mansão. Nunca havia tido motivos para duvidar de sua palavra, nunca pensara em brigar com ela, nunca imaginara que um dia a odiaria tanto.

 

 - Erik, espera! – ela foi atrás dele, e com lágrimas nos olhos continuava a correr. – Por favor, Erik, não me deixa!

 

 - Vai procurar o pai de seu filho, sua vagabunda!

 

 Melisse surpreendeu-se. Ele podia xingá-la de tudo, menos do que havia acabado de xingar. Não conseguia se conformar com o que estava acontecendo, não conseguia se conformar em seu relacionamento com Erik ter acabado daquela forma tão cruel...

 

 - Aonde você vai? – indagou, vendo o vampiro frente ao portal, enquanto enxugava os olhos que já estavam roxos de tanto chorar.

 

 - Isso não é mais da sua conta. – disse, com um tom de voz frio. Em seguida, adentrou.

 

 Melisse deixou-se cair ao chão, desolada. Então, lembrou-se que corria perigo, e naquele momento, mais do que nunca, sentia-se sozinha, insegura. E sentia medo de continuar sem Erik para apoiá-la.

 

 - Que droga de vida!

 

 Enquanto lamentava, não percebeu alguém surgir do portal e seguir em direção a ela, com um machado. A voz de Erik surgiu em sua mente. Como? Ele ainda gostava dela. Mesmo tendo brigado, mesmo tendo ignorado-a, ele nunca deixou de amá-la. E com uma voz sofrida e quase sumida, gritou:

 

“- MEEEEEL!”

 

 A garota desviou do objeto cortante.

 

 - Ahn! – assustou-se. – Rurik! Você!

 

 - Não. A minha avó. – ele riu de si mesmo. – Eu amo meu jeito irônico de ser.

 

 - Era pra rir? – indagou, com um tom de voz indiferente. – Por que tentou me matar?

 

 - Sou aliado de seu papai, esqueceu? – ele rosnou.

 

 - É. – respondeu triste.

 

 O vampiro, então, explicou seu real motivo por ter ido ‘incomodá-la’.

 

 - Olhe o que eu tenho aqui! – ele mostrou-lhe um objeto dourado, e ela reconheceu de imediato. Era a chave... do portal.

 

 - Me devolva. Isto não é seu!

 

 - Quer mesmo? Então venha comigo.

 

“- Não vá... Mel.”

 

 Suplicava Erik no subconsciente da garota.

 Melisse ignorou, e resolveu ir.

 

 Atravessaram pela milésima vez aquele portal tão significante e ao mesmo tempo insignificante e voltaram ao reino maligno. Ao reino de demônios e pessoas. Um lugar aonde somente Melisse ousou entrar.

 

 - Chegamos. – disse.

 

 - Filhinha, quanto tempo! – disse ele, de braços abertos, cinicamente.

 

 - Não toca em mim. – respondeu, friamente, evitando encarar seu próprio pai.

 

 Ele, então, recuou, fitando Melisse com um ar maligno, como sempre.

 Rurik ainda segurava a chave e a garota queria aquele objeto de qualquer jeito. Na verdade, ela precisava.

 

 - O que quer comigo, papai? – disse, debochadamente.

 

 - Seu filho! Seu filho será meu. Você o entregará a mim.

 

 - Eu jamais terei esse filho. Jamais! E se eu tivesse, não o entregaria a você nem sob tortura.

 

 - Você tem certeza?

 

 Ela assentiu.

 Imediatamente, Hydan fez sinal para que Joanne e Rurik segurassem-na para que ela não fugisse. Eles queriam fazer a criança nascer naquele momento e a qualquer custo.

 

 A garota gritava, mas não havia ninguém que pudesse salvá-la. Não naquele momento.

 Quando eles iam conseguir, Erik apareceu.

 

 - Larguem-na! – gritou.

 

 Hydan gargalhou.

 

 - Não. – respondeu o vampiro maligno, cruelmente. – Ela vai ter essa criança agora, e esta vai ser minha herdeira! Vai comandar o inferno! HAHAHAHAHAHA!

 

 - Meu filho não vai ser do mal. – ela olhou para Erik. – eu terei essa criança, eu agüentarei nove meses até que ela nasça.

 

 Erik emocionou-se. Rurik e Joanne soltaram-na.

 

 - Eu sou o pai da criança! Tenho direitos. – disse Rurik.

 - Como você pode saber se é o pai? Eu não tive nada com você!

 

 - Na verdade... Teve... Mel. – disse Erik cabisbaixo.

 

 A garota o olhou com ar confuso.

 

 - Quando eu a seqüestrei. Fiz você dormir com um sonífero e a ataquei. E você nem percebeu. Idiota. – confessou Rurik.

 

 Melisse estava com lágrimas nos olhos, sentia que não poderia de forma alguma ter o bebê, mas ao mesmo tempo sentia que precisava tê-lo.

 

 A garota, com raiva, pegou uma estaca que havia em sua pequena bolsa cor-de-vinho e jogou em Rurik. O vampiro maligno começava a gritar... De dor. Pela primeira vez Melisse o via rendido. E após, o silêncio... Rurik estava morto e a jovem pôde enfim conseguir a chave de volta. Erik olhou espantado e Hydan, surpreso. Mas agora, era um vilão a menos. Ou seja, sua missão estava chegando ao fim...

 

“Eles estão desaparecendo”

 

 - Erik. – Melisse chamou. – fique com a chave. – Hydan observava, sem contestar, o que era duvidoso.

 

 O garoto tomou-lhe as chaves.

 

 - Vou precisar delas depois. – a garota sorriu, piscando para ele.

 

 - Chega de papo furado! – Interrompeu Joanne. – Mestre, o que vai fazer agora?

 

 Hydan sorriu malignamente. Melisse estremeceu.

 

 - O que está fazendo comigo? – indagou, enquanto a garota era pisoteada, machucada, por algo que não existia.

 

 - A força da mente. Nunca ouviu falar? – ele gargalhou.

 

 - Pai! Pare com isso! Pare! – gritava, fitando-o sem piscar.

 

 Ele pareceu se comover.

 

 - Minha filha... minha filhinha... – ele disse, aparentando sinceridade. Venha me dar um abraço. – ele abriu os braços. Foi aí que Erik percebeu que havia algo errado. Mesmo porque, Lino não mudaria tão rapidamente.

 

“- Não vá, Mel!” – Ele murmurou, no subconsciente da garota.

 

 Mas novamente ela lhe ignorou. E correu para abraçar o pai. Porém, Erik viu o punhal que havia atrás do vampiro maligno e gritou.

 

 A garota imediatamente empurrou o pai para trás, e voltou para o lado de Erik, que respirou aliviado.

 

 - Está bem?

 

 Ela assentiu.

 Voltaram a olhar para o que estava acontecendo.

 

“Querida, tudo irá ficar bem, lhe prometo!”

 

 Ouviu a voz suave de sua mãe, e deixou que uma lágrima caísse, transparecendo um sorriso em seguida.

 

 Lembrou-se do que precisava para vencer.

 

Flashback on:


- “O poder que está em meu coração!”

 

Flashback off:


 - Então eu vou vencer. – disse para si mesma. E olhou novamente para o amuleto que havia a foto de sua mãe. Sentiu-se Feliz.

 

 Hydan, então, como sabia que com Erik ali, Melisse não iria ‘lhe ajudar’, o desafiou para uma guerra. No qual, o vencedor escolheria seu prêmio.

 

Hydan X Erik

O penúltimo confronto

 

 Melisse sentia medo, mas confiava em Erik, e sabia que ele iria vencer, afinal, já havia passado por coisas piores.

 

 Os adversários – sim, sempre foram adversários, só não sabiam ainda – se encararam, e começaram a discutir. Até que Hydan partiu para o ataque, e Melisse sentiu-se obrigada a interferir.

 

“O poder que está em meu coração”

“O poder que está em meu coração”

“O poder que está em meu coração”

“O poder que está em meu coração”

 

 Repetiu diversas vezes, e, segurando o amuleto, disse:

 

 - Dans un premier temps, ma vie était tout à fait normal, et il a été ennuyeux de vivre avec ma famille. Quand j'ai déménagé, j'ai réalisé que je ne savais pas qui j'étais ... mais maintenant je sais. Je sais! (No início, minha vida era muito normal, e era tediante conviver com minha família. Quando me mudei, percebi que nunca soube quem eu era... mas agora eu sei. AGORA EU SEI!)

 

 Um clarão surgiu em meio a luta, e ao lado de Melisse, uma mulher. Uma mulher bastante parecida com ela. Uma mulher guerreira, batalhadora. Sua mãe.

 Com uma imensa força, a mulher criou um escudo de proteção para Erik, e todos os golpes de Hydan, voltavam para ele. Até este, desistir. Hydan era imprevisível, e estava tramando algo.

 

- Vocês vão me pagar... Aguardem! 

 


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Notas finais do capítulo

reviiiiews leitores fofos? *___________*



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