Stella estava diante do espelho dando os toques finais em sua maquiagem. Ela fez uma coisa simples como sempre fazia, uma sombra escura e o um batom rosa bem clarinho. Depois que terminou a make, ela deu uma última olhada em seu look. Estava pronta, agora era só ver se Esther estava pronta assim como ela. Saindo de seu quarto, Stella foi direto para o quarto a sua frente, a porta estava entreaberta, ela empurrou devagar para não assustar a filha e pôs a cabeça para dentro. Sorriu ao ver que Esther ainda estava em frente para o espelho dando seus toques finais.

Stella B. – Eu já estou pronta, querida, estamos saindo em alguns minutos.-Avisou ela. Esther sorriu para a mãe pelo o espelho e acenou com a cabeça.Depois de ter falado com a filha, Stella foi para a sala.

O celular de Stella tocou, havia chegado uma mensagem e ela foi verificar. Ela aproveitou para checar os seus emails também.

Linds : “A bebê não para de chutar! Sim! É uma menina, não contem a ninguém”

Stella riu com a mensagem de Linds que havia enviado para ela e Jessica que logo respondeu a mensagem.

Jess: “Vai ser linda igual a titia!!”

Rindo da resposta de Jessica, Stella resolveu enviar uma mensagem. “Ah, ela vai ser igual a titia mesmo! No caso, EU!!”
Linds:  “Não foram vocês que a fizeram, e nem são vocês que estão carregando uma criança de mais de 2kg dentro de vocês!! Calem a boca!!!!!!!!!” /  “A baixinha ficou zangada. É melhor eu deixar ela com você Jess, tenho coisas importantes para fazer”  / Jess: “Hahaha! Que coisas são essas Bonasera?”  Stella riu olhando as mensagens. Linds: “Algum encontro? E a Esther? É o Tom?” de imediato Jessica respondeu. Jess: “Quem é Tom? Porquê eu não sei sobre ele? Ele é bonito? Você vai mesmo ter um encontro com ele? Sério? E a Esther hein? STELLAAA!!!” A grega revirou os olhos. “NÃO! Gente, não é um encontro...na verdade, sim, é um encontro!” Ela quis provocar, e deu certo, suas duas amigas mandaram uma mensagem ao mesmo tempo; Linds:  “OKAY! QUEM É ELE?”/  Jess:  Detetive Bonasera, explique essa história direito”/ “Eu e minha filha vamos ter um encontro com o Mac!” Ela riu. “É só um jantar gente, e eu já estou atrasada.”/ Jess:  “Não tá nada, você vai ter que explicar mais! VOCÊ É UMA VACA! ESTÁ NAMORANDO O CHEFE E NÃO NOS DISSE? QUE TIPO DE AMIGA VOCÊ É STELLA? SUA...QUE...MERDA, STELLA, VOCÊ TÁ NAMORANDO O MAC? NOSSO MAC?”/
Linds:  “Lucy está acordada, depois eu quero saber tudo sobre isso!”/ “Não é nada gente, Mac e eu somos apenas amigos. Ah, Linds, manda um beijo para minha princesa tá!”

Stella resolveu deixar o celular e parar de responder. Era para ela estar na casa de Mac as seis, mas ele pediu para elas irem ás 20hrs, e foi até melhor para ela na verdade, 6 horas seria muito cedo. Esther finalmente saiu do quarto e se juntou a mãe que estava na sala com o seu computador checando seus emails. Stella olhou para cima do computador para ver a sua filha parada na sua frente a encarando-a, e sorriu.

Stella B. – Hey.-Disse. – Você está pronta?-Perguntou ela.

Esther B. – Sim, e com fome!-Falou ela animada. Stella sorriu e fechou o computador, pegou o seu casaco e sua bolsa. – Sabia que estamos atrasadas?-Elas já estavam fora do apartamento quando Esther perguntou isso. Stella apenas riu, trancou a porta, jogou a chave na bolsa e olhou para a filha.

Stella B. – Bem antes que você.-Apertou levemente a bochecha  da filha, as duas foram a caminho do elevador, por sorte, estava parado no andar em que elas estavam, ao entrarem Stella apertou o botão da garagem. – Não esqueceu nada, né?-Pediu ela.

Esteher riu.

Esther B. – Não, está tudo aqui.

*****

A tarefa mais difícil daquele dia foi fazer o jantar para 3 pessoas. Cozinhar pareceu mais difícil do que achar um assassino em série. Uma coisa era certa: Mac Taylor não era o cara para cozinhar. Ele até tentou, mas sempre estragava alguma coisa, e foi o que aconteceu agora, quando ele pensou que estava indo bem, seu forno apitou, ele pensou que a comida estava pronta já que nunca tinha usado o seu fogão antes, mas, seu jantar havia queimado. Ao abrir o forno, uma fumaça saiu de dentro, Mac se lamentou, pegou a luva de cozinha e abanou o ar para poder retirar o seu “jantar” do forno. Ok, pedir comida era mais fácil, mas ninguém sobrevive de comida de restaurante, não era sempre que Mac pedia comida, as vezes, só as vezes, ele optava por algo caseiro. E graça a vida de todo mundo, e a dele, ele nunca precisou cozinhar, quando tinha que comer uma comida caseira, era porque Stella cozinhava para ele, ou Danny e Lindsay o convidava para jantar na casa deles, então ele nunca precisou cozinhar. Só teve uma vez que ele arriscou “sua vida” para fazer alguma coisa, e foi agora, ele estava cozinhando para as Bonasera’s e cometeu um terrível desastre.

Depois de ter tirado o que antes era o jantar do forno, Mac jogou na pia o prato, não tinha nada de bom lá, o jantar estava queimado. Ele bufou. Já que tinha estragado o jantar, ele desligou o fogão, se não acertou em um, seria o desastre no resto, ainda bem que ele comprou a sobremesa, isso ele não queria estragar. Foi uma ótima ideia ele ter comprado na doceria perto de sua casa o bolo de sorvete que Stella tanto gostava, foi a única coisa boa que ele fez para o jantar...Ou melhor, não fez.

Agradeceu a Deus por ter marcado o jantar em um horário apropriado, 8 horas, e agradeceu ainda mais por Stella estar atrasada. Jogou o que ele tentou fazer no lixo, e retirou a luva de cozinha,foi até a pia, ligou a torneira e lavou as mãos, retirou alguns papéis-toalha e secou as mãos, jogou o papel-toalha que utilizou no lixo. Suspirou olhando em volta da cozinha. Absolutamente ele não iria se arriscar fazendo tudo de novo pela segunda vez, nem iria se atrever a fazer outro prato, se ele não conseguia fazer um simples prato, então...Ele era o cara do café da manhã a propósito, se tinha algo em que ele era bom em fazer era um omelete, e claro que ele não iria servir omelete ou panquecas para o jantar, Esther e Stella não iriam querer e era nada a ver fazer café da manhã no jantar.

Ele riu com os seus pensamentos. Talvez fosse melhor pedir alguma coisa mesmo, ele poderia ligar para um desses restaurantes chiques e pedir algo que não fosse queimado. Ao pegar o seu celular que estava na bancada da cozinha, a campainha toca. Seu primeiro pensamento foi que Stella e Esther estavam em sua porta, o que era mais provável já que foi essa a hora marcada com elas.

Desistindo do celular, Mac foi abrir a porta. Correu até a porta e a destrancou, quando abriu, sorriu para as duas, que sorriram de volta.

Stella B. – Eu posso sentir cheiro de queimado.-Olhou para dentro da casa de Mac e riu. Esther estava ao seu lado reprimindo o riso.

Mac T. – Entrem!-Pediu ele antes de ouvir qualquer sermão de Stella. – Eu sou um desastre na cozinha.-Admitiu ele quando trancou a porta. Stella e Esther já estavam dentro, e Stella virou para olha-lo. Ele entendeu o olhar dela, foi o mesmo olhar que ela o dava quando ele dizia coisas obvias, e o que ele disse, era muito obvio, pelo menos para ela.

Como Stella conhecia tão bem Mac, fez Esther rir. A sua nova mãe veio contando-a histórias dela e do Mac todo o caminho para a grande casa de Mac (ela ficou impressionada com o quão grande era a casa do amigo de sua mãe), e até que foi divertido ouvir as histórias que sua mãe contara. 

Os dois adultos obsevaram como Esther estava admirando casa, era aconchegante e não parecia nada com o que ela via nos filmes, ou como algumas pessoas diziam de como eram casa de um homem. A casa de Mac foi diferente, não que ela não estivesse acostumada com lugares assim, modéstia a parte, a casa de Mac era parecida com os hotéis luxuosos que ela e seu avô se hospedavam em suas viagens ao mundo (ela nem sabia para quantos lugares maravilhosos e inusitados que ela e seu avô já haviam visitado, mas de todos, a América sempre foi seu lugar preferido, principalmente os lugares mais quentes que sempre lhe chamou atenção), a casa era grande, ficava em um bairro bom, como o da sua mãe, mas os prédios eram distantes, e Mac morava na cobertura (nada simples). Quando ela virou-se para encara-los se assustou com eles já a encarando-a.

Esther B. – Bela casa, Mac.-Elogiou ela, Mac sorriu. Tirando a cozinha, a casa de Mac parecia com o último hotel que ela ficou em Nova York. – É elegante e, bem, é maior do que da Stell.-Disse ela sorrindo. Stella riu. – Me lembra muito um hotel da Rússia.-Declarou com orgulho. Os dois detetives arregalaram os olhos, não era para parecerem surpresos com isso, o tanto que eles sabiam sobre os Blaut’s era que eles eram herdeiros de bilhões. – E do último hotel em que eu estive.-Concluiu ela. Stella riu.

Stella B. – Querida, podemos conversar sobre suas viagens enquanto cozinhamos?-Pediu ela. Esther riu olhando para Mac. Stella tirou o casaco e o deixou pendurado perto da porta, pegou o da sua filha também e o deixou no mesmo lugar, jogou a bolsa no sofá e seguiu para cozinha.

Esther a observou. Parecia que Stella era quem morava na casa. Ela riu e seguiu os mais velhos até a cozinha.       

Mac T. – Só não faz souflé, eu tentei e, você já sabe o resultado.-Brincou Mac. Stella virou para encara-lo.

Stella B. – Olha aqui, senhor cozinheiro, você pode não ter feito um belo prato para suas convidadas, mas isso não significa que suas convidadas não podem fazer um belo jantar.-Retrucou ela. Mac e Esther riram. Stella voltou para o que iria fazer, lavou as mãos antes de começar, colocou o avental e amarrou o cabelo em um coque. – Vamos ver o que você tem na geladeira.-Murmurou ela indo até a geladeira procurar o qualquer coisa para fazer o jantar. – Já sei!-Ela gritou. Mac e Esther se entreolharam e voltaram a observar Stella. A grega retirou alguns ingredientes que precisava da geladeira e os colocou no balcão. – Vocês vão saborear o melhor que eu sei da cozinha italiana.-Ela riu. – Frittata à italiana.-Falou empolgada. – Cominciamo.-Falou em italiano. Esther riu, Mac não entendeu. Stella começou a usar os ingredientes.

Não demorou muito para o jantar ficar pronto, logo estava na mesa, e Stella estava servindo para Mac e Esther. Ela os observou enquanto colocavam um pedaço de sua “Frittata” na boca, ela esperava uma aprovação.

Esther B. – Está delicioso.-Elogiou Esther. Com isso, Stella ficou mais tranquila e colocou o seu jantar em seu prato.

Mac T. – Está bom mesmo.-Concordou Mac. Stella sorriu.

Esther olhou para os dois e riu.

Esther B. – Eu esperava que o melhor que você conseguia fazer da cozinha italiana seria espaguete, e não omelete.-Brincou ela. Mac olhou para Stella.

Mac T. – Sério?

Stella B. – Não reclama, eu fiz alguma coisa.-Retrucou ela.

Mac riu. E ele pensando que fazer omelete seria ruim.

Stella B. – Então Esther,-olhou para a filha com um sorriso no rosto-, qual foi o lugar que você mais gostou de ir?-Perguntou ela curiosa. Mac a olhou com a mesma curiosidade, eles queriam saber mais dessa garota, juntos. Esther sorriu para eles.

Esther B. – Califórnia.-Respondeu rápido. Realmente, o calor da Califórnia a chamou a atenção, ela amava aquele lugar. – Mas eu gostei muito de ir também para o Havaí.-Disse ela.

Os dois adultos sorriram e continuaram a conversa sobre os lugares onde Esther já visitou. Eles puderam conhecê-la ainda mais.

Depois que jantaram, Mac serviu a sobremesa, os três se juntaram e foram para a sala, sentaram no tapete e, enquanto comiam, falavam sobre coisas aleatórias. Foi um momento agradável, e Stella gostou muito. O fato de que sua filha adotiva se dava bem com o seu melhor amigo a deixa mais confortável já que, a maior parte do tempo ela passava com Mac, não só no trabalho, mas fora dele também. Ela gostava de ver Mac sorrir depois de um dia duro de trabalho, não era sempre que ela via esse sorriso, e ela gostava de saber que era ela que trazia isso, ele estava se divertindo com sua filha, os dois estavam sorrindo e brincando um com o outro e ela gostava de vê-los assim. Stella tinha um sorriso no rosto enquanto observa os dois, eles estavam discutindo sobre alguma coisa que ela não conseguiu pegar.

Mac T. – Você...Não...Meu Deus Esther Bonasera, você é uma nerd!-Brincou ele. Esther gargalhou.

Esther B. – Eu sou!-Admitiu. Eles riram.

Percebendo a quietude de Stella, eles se entreolharam com as sobrancelhas levantadas. Esther deu de ombros sem saber o que era, e os dois ficaram encarando Stella, ela percebeu.

Stella B. – O que?-Questionou .

Os dois não responderam, apenas riram, o que causou Stella revirar os olhos.

Stella B. – Nós podemos, por favor, terminar isso aqui.-Apontou para o seu prato que ainda tinha um pouco da sobremesa.

Esther B. – Eu já acabei!-Gritou ela. Mac riu.

Mac T. – Eu também.-Respondeu ele. Os pratos dos dois estavam em cima da mesa de café, Stella viu e revirou os olhos. – Que tal se nós, amanhã, formos para o Central Park tomar sorvete?-Propôs ele. Esther o olhou animado, já Stella tinha um olhar interrogativo. – Amanhã é minha folga.-Explicou ele. Stella bufou lembrando que, Mac nunca tirou uma folga. – Eu pensei em levar a Lucy também, o que você acha?-Perguntou para Esther.

Esther B. – Eu já estou ansiosa para amanhã!-Gritou animada. Desde quando chegou em Nova York, ela não teve a chance de conhecer muitos lugares, no primeiro dia ela foi apenas para a Time Square, e no segundo dia ela estava presa em um galpão com o avô tentando sobreviver nas garras de uns assassinos. – Podemos ir na Empire State? Ou, sei lá, tem vários lugares, certo?-Mac acenou com a cabeça que sim, ele e Stella riram para a animação da menina.

Stella B. – É, vai se divertido.-Sorriu encarando Mac que também tinha seu olhar nela.

*****

Esther estava deitada adormecida nos braços da mãe no sofá de Mac, depois que os três conversaram bastante, Esther ficou cansada e deitou a cabeça no ombro da mãe, quando os dois adultos perceberam, a menina já estava com os olhos fechados e a respiração pesada.

Stella estava acariciando os longos cabelos da filha, Mac estava descendo as escadas o que a chamou a atenção, ela olhou para trás e sorriu para ele que sorriu de volta. Sem Stella saber, Mac havia arrumado o quarto dele para Stella e Esther ficarem, ele sabia que Stella não iria aceitar, mas ele não deixaria ela ir embora tão tarde sozinha com sua filha que já estava dormindo e com certeza não iria querer ser acordada.  Ele fez a volta no sofá, pegou as perna de Esther e sentou reposando as perna da menina nas suas. Stella o observava com um sorriso.

Mac T. – Eu fiz a cama para vocês duas.-Avisou suavemente para não acordar Esther. Stella o olhou com um olhar de reprovação, ainda bem que ele estava com um discurso pronto, e não deixou Stella argumentar. – Está tarde Stell, eu não deixarei vocês duas irem.-Afirmou ele. – Além disso, você não vai querer acorda-la, certo?-Era uma luta ganha para Mac, e Stella já sabia que para ela, nessa luta, ela havia perdido. Suspirando vencida, ela o olhou com um olhar de reprovação ainda no rosto, mas ela estava cansada demais para discutir. – Boa!-Sorriu animado, ele amava quando vencia de Stella, não que eles competiam sobre algo, mas quando ele tinha a razão e ela admitia isso, era como se ele tinha domado a fera, por que, Stella era muito teimosa e quase nunca aceitava o que ele pedia, ou concordava com ele mesmo que estivesse certo.

Stella B. – Você tem razão.-Admitiu, sua voz longe, mas ele pôde ouvir.

Mac T. – Eu preciso ouvir isso de novo.-Pediu ele. Riu da cara que Stella fez.

Stella B. – Não se acostume com isso, Taylor.-Ameaçou com um olhar de derrubar qualquer um.

Mac apenas riu olhando para baixo.

Stella B. – Hey, Mac!-Ela o chamou. Mac olhou para ela esperando que falasse. – Ela está ficando pesada aqui.-Avisou e Mac entendeu. Ele riu e tirou os pés da menina de sua perna, levantou e caminhou até Stella.

Com cuidado para não acordar Esther, Mac, delicadamente a puxou para seus braços. Ao passar o braço por trás do pescoço da menina, ele acabou roçando a mão no braço de Stella, o que lhe causou sentir uma eletricidade inexplicável, ultimamente foi acontecendo isso com mais frequência, cada toque de Mac parecia que todo o seu corpo parava de reagir, e ela não gostava, e gostava ao mesmo tempo, do que o seu melhor amigo lhe causava. Afastando os pensamentos de sua mente, ela precisava lembrar-se a si mesma a cada vez que esse sentimento não era apropriado, por quê, além dele ser o seu chefe, ele era também seu melhor amigo, e que os sentimentos que ela desenvolveu para ele eram só dela, ele não sentia o mesmo. Assim ela pensava.   

Era normal para ele toca-la. Um aperto de mão, ou um simples tocar em seu ombro, roçar os seus braços ao se aproximarem, e um abraço. Mas cada toque era como se ele estivesse ultrapassando uma barreira muito grande, não de seu trabalho, não de sua amizade com ela, mas sim, de seus sentimentos. Cada vez que tocava nela, ou ela nele, uma “corrente elétrica” era acionada automaticamente dentro dele, e ele se perguntava se ela sentia o mesmo.  Foi estranho, um ato tão simples, que eles estavam acostumados e foi natural durante muito tempo acabou sendo uma coisa “anormal”, como se, ele estivesse construído uma barreira quanto aos seus sentimentos e esse contato estivesse, aos poucos, derrubando-a, e no final, ele não conseguia mais subir essa barreira novamente ficando difícil esconder em sua “poker face” como sempre.

Ignorando quaisquer pensamentos com sua melhor amiga, Mac puxou para si Esther, coloco-a em seus braços deitada fazendo o maior esforço para não acorda-la. Assim que Mac estava andando até as escadas, Stella saltou do sofá e o seguiu para garantir que Esther não batesse a cabeça na parede ou em algum objeto. E foi assim até eles chegarem no quarto de Mac, Stella muito cuidadosa sobre sua filha. A grega apressou os passos para sair na frente de Mac, chegou até a cama e puxou as cobertas, Mac deitou Esther na cama. Eles riram quando Esther resmungou quando estava na cama. Foi engraçado. Mac assegurou que seus sapatos estavam fora, e os dois puderam sair do quarto, eles saíram em passos de bailarina, qualquer cuidado era pouco para não acordar a menina. Eles não deixaram a porta aberta, nem completamente fechada,  deixaram uma brecha, e a luz do banheiro e do corredor estavam acesas para quando ela acordasse no meio da madrugada e precisasse de alguma coisa.

Stella B. – Não precisava, você sabe.-Comentou ela enquanto desciam as escadas. Exaustão presente em sua voz. Mac olhou para ela com uma sobrancelha levantada. Ela suspirou se jogando no sofá. – Oferecer o seu quarto.-Explicou ela. Ele deu de ombros.

Mac T. – Olha, se vocês precisam de um quarto, o meu é o melhor.-Soou como convencido, o que levou Stella revirar os olhos. – Mas...-Ele sentou ao lado dela colocando o braço em volta de sua cintura e a puxando para junto de si. – Meu quarto é mais próximo a escada, e Esther é bem pesadinha.-Ele riu sendo acompanhando de Stella.

A mesma energia que ela sentiu antes com um só roçar de sua mão em seu braço, ela sentiu agora quando ele pôs o braço em volta de sua cintura, e talvez essa “energia” foi bem maior que antes, por quê agora foi um toque além de seus limites. Mac Taylor sabia como mexer com ela, e ela odiava isso... Sendo honesta consigo mesma, ela amava quando ele a tocava desse jeito, mesmo que inocentemente.

Mac pôde sentir aquela vibração novamente, aquela energia de quando ele estava tão próximo da mulher que lhe causava noites de insônias, e essa mulher -ele respirou fundo por dentro—, essa mesma mulher estava com as costas encostada em seu peitoral e a cabeça deitada em seu ombro...e para piorar sua situação, ele estava com o braço em volta a cintura magra da mulher que era o seu vicio. Suas barreiras desmoronou. Não só isso, foi como um avalanche carregando tudo fora, pior que ele não sabia se conseguiria esconder esse sentimento. Ele torcia para que não fizesse nada estúpido... Se bem que, uma coisa estúpida (além de ultrapassar as barreiras de sua amizade) cairia bem agora. Como ele queria que o corpo dela estevesse em volta ao seu sem toda essa tensão, e ele estaria com a mão emaranhada em seus perfeitos cachos, e outra em volta a sua cintura (dessa vez, com ela de frente para ele), então suas bocas estariam conectadas e, suas línguas moveriam em perfeita sintonia enquanto exploravam-se um a outra, ele sentiria o sabor dela, e os dois estariam se entregando ao amor... Mas, não! Coisas estúpidas só aconteciam em filmes estúpidos com atores estúpidos que tinham química um com outro... Esse pensamento foi demais para ele, o que fez o seu corpo ficar mais tenso ainda com a proximidade do corpo dela. Ele não devia pensar assim de sua amiga. Se repreendeu.

Stella B. – Você está em boa forma...-Comentou de repente, puxando-o de volta de seus pensamentos. Stella não estava sabendo como lidar com o forte braço de Mac envolta a sua cintura, ela não estava pensando direito, e quando eles ficaram em um silêncio que geralmente seria agradável, mas esse foi constrangedor, e ela não queria ficar em silêncio por quê lhe traria pensamentos nada inocentes com Mac Taylor. E ela sabia que não devia ter pensamentos assim com Mac. Mas as vezes era inevitável, quando estava sozinha era nele em quem ela pensava, e quando estava dormindo em seus sonhos estava ele lá, Mac Taylor a perturbando até em seus sonhos mais eróticos... Mas se fosse para ter sonho impróprios com alguém, que fosse com ele. Era ele que lhe tirava noites de sono, era ele que lhe roubava a concentração mesmo quando estava sozinha. E agora... Porra Mac Taylor, estraga tudo! Uma voz na sua cociência martelava na sua cabeça. Mac Taylor está  com o braço em volta ao seu corpo!  Pense Stella, pense! De alguma coisa ela tinha que evitar, olhar para ele e, não falar nada estúpido.

São só dois amigos sentados e conversando. Ela pensou. Mas a voz irritante martelou novamente em sua cabeça. Melhores amigos não tem esse contato tão intimo! Ela gemeu baixinho, e para sua triste ruína, Mac ouvira.

Mac T. – Você está legal?-Perguntou preocupado.

Nervosa e tensa, muito tensa, ela balançou a cabeça contra o seu ombro positivamente. Sua voz parecia não sair, e seu corpo não responder os seus comandos, ela queria pular daquele sofá... Não, ela não queria. Mas evitaria o tal constrangimento, e seria bom se seu corpo não estivesse tão “desobediente” para não deixa-la levantar.

Mac T. – Stella!-Mac chamou. Ela não ousou olhar para ele mesmo sabendo que ele estava esperando que ela fizesse, mas foi ousada o suficiente colocando sua mão encima da dele.

Stella B. – Mac!-Imitou ele, ela podia sentir o olhar dele sobre ela, a fez sorrir. – Desculpa.-Lamentou. Mac juntou as sobrancelhas, porquê ela estava se lamentando?

Mac T. – Eu não estou entendendo.-Disse ele.

Stella B. – Eu não queria ser um peso para você.-Descarregou ela. Ela não tinha o que falar na verdade, mas ele queria alguma coisa, e ela tinha que lamentar-se, sobre qualquer coisa para ele. – Eu percebo que as vezes eu, eu sou uma chata com você, e, mesmo você estando acima de mim, eu não, eu não concordo com você.-Disse ela. – Me perdoa?-Pediu ela. Mac ainda não entendia.

Mac T. – Stell, já tivemos essa conversa antes.-Ele acariciou a barriga dela com os dedos. Ela sentiu isso, e sentiu uma coisa mais forte dentro dela. A mesma eletricidade que antes, talvez, mas foi algo um pouco mais que aquela “eletricidade”. Foi bom. – Você não tem nada para se desculpar-se, não comigo.-Garantiu ele. – Já passamos por isso,-usou sua outra mão livre para colocar em seu rosto, ele a puxou mais para perto e beijou o topo de sua cabeça. Deixou a mão cair novamente, mas agora ele estava usando os dois braços para abraça-la-, não vamos fazer de novo.-Completou ele. Stella mexeu a cabeça novamente, concordando com ele. – Quer falar alguma coisa?-Pediu ele.

Stella B. – Não.-Foi verdadeiro, ela não queria falar nada, apenas curtir o momento que era único, mesmo que ele não soubesse.

Os dois ficaram em silêncio novamente, mas continuaram nos braços um do outro, e foi desse jeito que adormeceram.     

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Lindsay Messer – “O amor puro que de fato existe é o amor materno. Ele nasce do convívio, supera todas as vicissitudes, provas e obstáculos e permanece inalterado até mesmo quando ocorre a iminente separação.”– Nelson Barh.