Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 18
Chapter 18 – Alice in Wonderland


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!!
Senti saudades de vocês S2 Estou tentando me atualizar aqui, então por hoje é só LS ♥
*perceberam que estou escrevendo pouco nas minhas notas? nossaaaa :3*
Agora estou com soninho (não me reconheço mais), então irei apenas postar o capítulo e dizer OBRIGADA LINDAS QUE COMENTARAM S2 AMEI TODOS OS COMENTÁRIOS ♥♥ Esse capítulo tem uma surpresinha, vocês terão que me dizer se é boa ou ruim, eu não posso dizer, estou em uma meta de #nospoiler na minha vida hahaha
Vai ter uma pequena reviravolta no meio da história - OBS: no meio da história, não desse capítulo em si, estou apenas a adiantar os fatos -, talvez eu precise de ajuda para saber se está bom, eu tenho todos os capítulos deles na Grécia já escrito, e não quero estragar a história :'( Vou arrumar alguém para me ajudar, meu primo faz isso, mas ele não entende de nada :% hahaha
Realmente espero que gostem desse capítulo, se tiver algum erro é a minha culpa (obviamente), então me perdoem por isso (eu faço de tudo para deixar o cap perfeito, mas pode ser que os meus olhos deixaram alguma coisa passar). Enfim, tenham uma boa leitura cute cute =^,^=

Me sinto mal agora, a sister da Stell morreu e eu fazendo brincadeiras, devia vestir preto e ir lá abraçar a Stell. Quem quer ir dar um abraço na Stell? o/o/o/o/o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690786/chapter/18

O mundo não é um simples conto de fadas. As pessoas aprendem isso da pior maneira. Mas o que as pessoas podem fazer, sofrer faz parte, crescer e descobrir que seu conto preferido nunca foi de fato verdadeiro também fazia parte. Crescer e descobrir que “felizes para sempre” só em animação da Disney foi doloroso... Era para ser, certo? Tudo que você veio acreditando na sua infância de uma hora para outra passa a ser uma mentira, uma bobagem. Príncipe não existia. Até era questionável se o amor realmente era real, se era apenas um conto de fadas que alguém inventou para iludir as outras pessoas. Foi tão questionável, que algumas pessoas simplesmente desacreditaram do amor, desacreditaram que, como alguém que sofrera tanto poderia encontrar seu “amor verdadeiro” e ser feliz pelo menos uma vez.

Mas é normal, sabe? O mundo está cheio de pessoas que iludem as outras, isso não quer dizer que você seja o “ilusionista”. O mundo irá te iludir com suas maravilhas. Homens. Prazer. Droga. Tudo isso uma ilusão. Se ao menos ela escutasse sua irmã mais velha, não viveria em um conto de fadas. Porque era assim que Esther Bonasera achava que vivia a vida. Em um conto de fadas. E as pessoas ainda perguntam: porquê Stella nunca pegou no pé da irmã? Mas ela fez isso, tantas vezes que era incapaz de contar.

Era impossível conviver com essa dor da perda de alguém que lhe foi quase como uma filha. Cuidara de sua irmã quando a menina ainda era uma criancinha que acreditava em príncipe encantado e Cinderela, a gata borralheira que se transforma em princesa e vive feliz com o seu único amor, o príncipe encantado que ninguém sabia o nome. Stella achava tudo isso uma baboseira, mas foi isso que levou a Esther a desenhar vestidos de noiva, ela até tinha algumas lojas de noivas. Sua cabeça vivia no mundo da lua. Como alguém em sua fase adulta ainda acredita em contos de fadas? Sim, toda noiva era uma princesa, os comerciantes diziam isso como jogo de marketing, mas não era o caso de Esther Bonasera, a mulher realmente fazia de suas noivas uma princesa, recriava os vestidos das princesas dos contos de fadas e passava para a vida real. Mas ela nunca viveu na vida real. Se ela ao menos passasse pelo o que Stella passou na vida, a real “vida real”, ela não estaria morta agora. Pelo menos foi nisso que Stella estava acreditando, como um tipo de coisa para encarar a morte da irmã. Se achava tão fraca, sua filha foi mais forte que ela, apesar dela saber que não foi fácil para sua menina, mas mesmo assim, ela devia ser mais forte que isso.

Ao invés de ser a mulher forte que sempre disse ser, lá estava ela, sentada no sofá da sala de tv da casa de seu pai soluçando. Lamentando pela morte de sua irmã. Estava assim desde que voltara com Jade depois de ter pego os papéis da adoção de Esther, ignorou a mulher do pai e se escondeu na sala para ficar sozinha, ainda não tinha encontrado com a filha nem com os sobrinhos, e preferia assim. Não era bom para os mais jovens verem ela quebrada. Pois era assim que estava, era assim que se sentia; quebrada. Tudo dentro de si, desmoronou, e agora ela era desconcertada.

Limpando as lágrimas que insistiam em cair dos seus olhos, ela tomou uma respiração profunda, e algumas leves, tentou parar de chorar. Missão falha. A única coisa que conseguiu parar foi os soluços, que há alguns instantes atrás eram muitos, mas as lágrimas de tristeza eram eminentes, ela era incapaz de controlar.

Sua bebê.

Sim, Esther foi sua “bebê” por muito tempo, ela que manteve a irmã na linha por um tempo, ela que a criou quando o seu pai só pensava em sua imagem na política. Tudo que a irmã conquistou, a mulher forte que sua irmã se tornou, foi por causa dela. Stella causou isso. Não a morte da irmã, não a incapacidade de sua irmã ser uma adulta madura. Mas sim, a garota/mulher doce que sua irmã fora, a gentil filha mais nova do senhor Alexandre Bonasera. Por parte, a culpa da mais nova Bonasera foi de Stella, mas toda culpa foi de seu pai, da sua mãe também. Ela era incapaz de perdoar seu pai por tudo que ele fez a elas, mas mesmo assim ela ainda amava o seu pai...

Ouvira uns passos vindo em direção a sala e de imediato tratou-se de se ajeitar no sofá, limpou o rosto das lágrimas teimosas, tentou e tentou respirar como devia. Controlou as lágrimas, menos a respiração. Olhou em direção a porta e viu sua filha adotiva entrando com uma pequena tigela com o que pareceu ser frutas dentro. A menina sentou-se ao lado da mãe sem dizer uma palavra, tomou um dos controles na mão e ligou a TV para dar som a aquela sala silenciosa, entregou a tigela com frutas na mão de Stella enquanto passava de canal. Stella sorriu com o ato da filha. Finalmente a menina encontrara um canal, era um americano, e estava passando um reality show que Esther nunca vira antes, mas não deu importância para o que passava ali mesmo. Olhou para a mãe que ainda tinha os olhos nela e sorriu tristonha, deitou a cabeça nas pernas da mãe e colocou as pernas no sofá. De imediato Stella colocou de lado a pequena tigela que Esther lhe entregara e levou uma de suas mãos até a cabeça da menina começando a acariciar seus cabelos macios, com sua outra mão apenas repousou no braço da menina, com a mão em cima do braço de Esther, ela sentiu a menina soluçar. Seu peito subia e descia, ela estava mostrando a mãe que de vez em quando era bom quebrar, deixar toda angustia dentro do peito sair. Não foi motivo de vergonha. E era a única coisa que podia expressar naquele momento, pois realmente não sabia o que fazer para ajudar sua mãe. Não sabia mesmo.

Com isso, Stella acabou derramando mais lágrimas também, apenas não soluçou, seu choro melancólico foi silencioso, apenas para ela. As duas compartilhavam a mesma dor. A dor da perda. As duas estavam em luto. As duas estavam machucadas por dentro. E isso era um saco, para ambas. Chorar era um saco, perder as pessoas que amam era um saco. Mas, infelizmente fazia parte da vida, ela começa e termina. Simples assim. Tão simples que não devia existir dor com o fim da existência de um ente querido, era o ciclo da vida; vivemos para morremos, tudo em seu tempo, tudo tem sua hora.

Ouve-se o som da campainha da casa. O barulho soou pela casa como eco, como se a casa estivesse vazia. Stella, nem mesmo Esther se preocuparam para saber quem estava na porta. Provavelmente seria já os familiares ou amigos para prestarem apoio a família. Alexandre Bonasera não estava em casa, e sua filha que ficou não queria saber onde ele estava, pois se ele não estava presente, assim como sempre, ela não se importaria mais. Nunca mais precisaria se importar, desde que completou 18 anos e saiu das “asas” de seu pai, ela não se importava mais se ele não estava presente.

Os soluços de Esther eram ouvidos pela sala, mas o som da TV era maior, Stella só deixou as lágrimas descerem com uma dor no peito terrível. Essa dor que não ia embora, essa dor que consumia o peito e alma, essa dor que elas nunca queriam sentir antes. Cada uma em seu íntimo sofrendo por diferentes perdas, mas a dor era igual. Infelizmente, a mesma dor que Esther sentira era de Stella também. Elas estavam de costas para porta e não viram um homem parado ali, em suas roupas pretas e seu rosto enchido de preocupações. Elas não o viram. Mas sentiram seu cheiro. Esse cheiro que Stella reconheceu, mas achou que era loucura de sua cabeça. Até então que ouviram a voz grossa desse homem que possuía belos olhos azuis.

Mac T. – Meninas!- Chamou Mac, não querendo mesmo interromper o momento delas. Mas ele queria tanto abraça-las, dar o conforto que ambas mereciam, principalmente Stella, que acabara de sofrer uma perda recente. Ele queria está ali para cuidar delas. Mesmo se Alexandre Bonasera não o chamasse, ele viria do mesmo jeito. Se fosse para confortar Stella, estar perto dela nesse momento mais difícil em sua vida, ele faria de tudo, tudo mesmo para estar perto da mulher com quem ele estava apaixonado. E queria também estar lá para a menina que amava como nunca amou ninguém, foi um amor puro, um amor que... Um amor paternal, que ele mesmo não conseguia decifrar. Ele as amava tanto...

Aquela voz. Aquela voz que ela tanto conhecia preencheu a sala e nada mais ela escutou, apenas aquela voz que tirava o seu sono. Stella deu-se ao dever de virar sua cabeça para ver se era ele mesmo que estava ali atrás. Esther, descrente de que o que ouvira era realmente real, levantou-se do colo da mãe em pulo... Então ela o viu... Era ele lá, parado em pé já dentro da sala. Esther não deu outra escolha e correu para abraçar Mac, foi um abraço apertado que foi correspondido, Stella levantou-se e o homem a chamou para o abraço também, e ela foi. Ele envolveu as duas em seu braço, cada uma em um lado. E elas choraram o que tinham para chorarem nos braços quentes do homem a quem sentiam confortáveis.

Mac T. – Vai ficar tudo bem!- Garantiu Mac sussurrando no cabelo delas. O homem apoiou a testa na cabeça de Stella enquanto afagava as costas das duas que grudaram em seu corpo. Nada as duas disseram, ficaram apenas aproveitando nos braços de Mac para despejar toda suas dores.

Chorar não fazia mal de vez em quando, era até bom. Apesar de parecer um sinal de fraqueza para elas, não era. Até os mais fortes já choraram uma vez, e isso não os fez de fracos, ambas precisavam ficarem cientes disso, de que chorar não significa sinal de fraqueza.  Em seu peito, Mac sentiu sua blusa já molhada, sentiu que Stella parara de soluçar completamente e Esther se recompunha, ele fechou seus olhos e beijou o topo da cabeças de Stella primeiramente e depois de Esther, colocou suas mãos nos braços delas e as levou até o sofá. Era de partir o coração vê-las desse estado, ele queria fazer alguma coisa para mudar isso. Sentados no sofá, cada um de um lado, Mac no meio obviamente, as duas já pareciam estarem recuperadas. Não houve mais lágrimas, não mais soluços. Apenas o silêncio, até Mac resolver falar alguma coisa.

Mac T. – Vocês estão bem?- Ele sabia que não, foi uma pergunta sem sentido algum. Mas ele estava esperando que ambas não mentissem para ele.

Esther B. – Não.. .-Sussurrou rouca. Pelo menos ela foi verdadeira, ela não estava se sentindo bem, não mesmo, e sabia que Mac iria descobrir se ela mentisse para ele dizendo que tudo está bem. Não estava nada bem.

Stella B. – Não.- Admitiu Stella, tossiu depois que ouviu sua voz sair rouca. – O que você está fazendo aqui, Mac?- Questionou ela. Apesar de gostar mesmo da ideia de tê-lo ali, ela quis saber o que o homem veio fazer nesse país não tão estranho para ele. Perguntou isso antes que caísse no choro novamente, pois ela sabia que cairia, e cairia feio por tê-lo ali, a única pessoa a quem confiava. Claro ela confiava na filha, mas se ela caísse levaria sua filha junto, e ela não queria isso, não iria ser assim com Mac além de tudo.

Mac abriu a boca, uma, duas, três vezes para responder a pergunta simples de Stella, mas não encontrou palavras ali. Usou sua mão para esfregar o braço da mulher deitada em seu ombro e beijou o topo da cabeça dela. O motivo era simplesmente ela, não pelo pedido que Alexandre Bonasera fizera, foi por ela e pela filha dela que ele deixou o país.

Esther B. – Preciso ver se Jade necessita de alguma coisa.- Avisou a menina querendo sair dali para deixar os dois adultos a sós. Levantou-se rápido recebendo os olhares dos dois mais velhos e limpou a garganta os encarando. – Ela não sabe muito bem grego, então eu vou.- Apontou com o polegar para a porta e andou até lá um pouco nervosa.

Mac T. – Ei, Esther!- Mac chamou quando via a menina sair. Ele sabia que não era para “dar apoio a Jade” que Esther estava saindo as pressas da sala, mas não iria questionar isso, pelo menos não agora.

A menina virou-se para encarar Mac já na porta, e sorriu fraco esperando que ele falasse alguma coisa.

Mac T. – Você levou?- Questionou.

Esther estava ciente do que Mac lhe perguntava. Era do seu avô que ele falava, e como resposta ela apenas acenou com a cabeça negando e olhando para o chão. Mac lhe deu um sorriso reconfortador e observou quando a menina foi embora e desapareceu de sua vista. Ficando a sós com Stella, ele encarou a mulher a espera de respostas dele e limpou a garganta. Iria dizer-lha a verdade já que ela o pegaria mentindo. Foi por ela mesmo que ele viera para Grécia, não era segredo para ninguém.

Mac T. – Eu estou aqui por você.- Admitiu ele, tomando as mãos da amiga e segurando firmemente quando ela voltou a chorar. – Stella!- Ele chamou para que ela olhasse para ele. Ela não fez. Levando sua mão até o queixo da grega, Mac levantou a cabeça dela para que seus olhos se encontrassem. – Stella, eu não iria te deixar passando por isso sozinha.- Falou ele. – Eu sei o que você vai me dizer, Esther está aqui, mas ela é só uma menininha, ela é forte, mas ela é...- Suspirou parando o que iria falar, talvez não devesse naquele momento. – Ela está sofrendo também. Olha, Stella, eu estou aqui por que estou disposto a cuidar de vocês não importa o que aconteça, eu vou ficar com você assim como sempre!- Afirmou fazendo ênfase na última palavra que proferiu. Stella tinha o seu olhar no dele, mas abaixou a cabeça para que ele não visse seu olhar de inconformada.

Depois desse pequeno discurso dele, ela não ouvira o que queria, tinha uma pequena esperança que ele proferisse aquelas palavras que ela tanto esperou ouvir sair da boca dele diretamente para ela, mas a realidade então bateu, e ela lembrou-se que eles eram apenas amigos e ela teria que se conformar com isso. Seu raciocínio não estava em ordem e ela tinha medo que fosse ela quem dissera aquelas palavras que estragaria a amizade deles, que os afastassem completamente. Pelo menos sendo amiga dele eles ainda estariam próximos, de uma forma ou de outra.

Mac T. – Você já viu os seus sobrinhos?- Questiona ele a tirando de seu transe.

Não, ela ainda não vira seus sobrinhos completamente, a única com quem falou foi com a menina de 2 anos, sua sobrinha mais nova. Ela estava com medo de chorar na frente deles, pelo menos na frente de Alice que já tinha cociência de algumas coisas, mas não foi o caso do mais novo da sua irmã que só tinha 2 meses.

Stella – Ah...- Ela continuou a evitar o contanto visual com ele, olhou por toda extremidade da sala para evitar olhar nos olhos do homem. Respirou fundo para então começar a falar. –  Apenas hoje de manhã.- Respondeu ela ainda a evitar o olhar do amigo do seu lado. – Você, quer conhecê-los?- Perguntou levantando-se do sofá que estava sentada e olhando pra ele finalmente.

Mac aceitou o pedido de Stella e levantou-se do sofá logo em seguida, quando sua amiga começou a andar para fora da sala ele a seguiu logo atrás. Estava se perguntando se fizera algo de errado, pois não entendia a mudança de Stella tão repentina, ela não estava bem, ele sabia, mas percebera que ela estava evitando contato visual com ele, pensara que dissera algo além, mas suas palavras foram tão singelas, ele pensou ter escolhido bem as palavras até Stella abaixar o olhar e evitar o seu sobre ela.
Ele seguiu Stella pelos corredores da grande mansão até um corredor onde as paredes era de vidro, eles passaram por lá e ele pôde ver a vista para o jardim. Era um belo jardim. Pensara ele. Andando mais a frente, ele viu um lugar que parecia ser uma sala de brinquedos, entraram lá sendo recepcionados por Alice que pulara nos braços de Stella abraçando o pescoço da mulher.

Mac riu.

*****

Assim que saíra da sala de TV para deixar Mac e Stella conversarem a sós, Esther foi a procura de Jade pela casa que ela não conhecia muito bem, mas seguiu seus instintos e acabou entrando em uma parte mais antiga da casa. Se não fosse por ter escutado a voz da assistente social mais à frente ela voltaria para onde estava, mas seguiu a voz. Eram duas vozes na verdade, a cada vez que ela se aproximava as vozes ficavam mais altas, e quando chegou na porta onde vinha as vozes ela levantou o braço para bater na porta, mas algo lhe chamou atenção então resolveu ouvir.

Jade Z. – ...eu sei que você esconde algo, Victor, me conte!- Exigiu a morena olhando para o homem a sua frente.

O homem em questão ficou quieto, ele não podia falar nada para Jade ou para ninguém, ele estaria quebrando o sigilo de sua cliente. O advogado permaneceu em seu lugar, mesmo com o olhar intimidador da mulher mais alta, o homem que viera com Mac de Nova York ficou de braços cruzados sem nem uma menção de que iria falar alguma coisa para a mulher.

Do lado de fora da sala, Esther observava um pouco pela pequena brecha que ficara na porta. Ela não era muito de bisbilhotar, mas quando ouviu o nome de sua mãe no meio ela fez o que considerou “feio”. Mas se estavam falando sobre sua mãe então ela deveria escutar, talvez fosse algo importante, e pelo jeito era mesmo já que o homem a quem Jade chamou pelo nome de Victor não dissera sequer uma palavra. E claro, a menina ficou preocupada, não sabia o real assunto, mas era sobre sua mãe além de tudo, e o homem que ela não conhecia parecia ser americano pois Jade falou em inglês com ele.

Jade Z. – Olha, eu preciso estar ciente, assim eu posso adiantar tudo nos Estados Unidos. Vamos lá, somos amigos de longa data, certo?- Apelou ela, queria muito saber o que o advogado sabia sobre o testamento da irmã de Stella, pois foi esse assunto que eles discutiam. – Primeiro você diz sobre o detetive Taylor e sua relação com Stella, e depois pergunta se ele fazia de tudo por ela. O que você acha que eu estou pensando?- Questionou ela, entregando o seu ponto. Realmente o homem lhe deixou curiosa sobre o assunto em questão. – Vamos lá!- Insistiu a mulher ao ver o homem ainda “congelado” do mesmo jeito que ficou quando ela começou a questiona-lo sobre o que ele lhe escondia.

Jade e Victor foram amigos desde da faculdade, onde se conheceram, desde lá ficaram amigos até agora, foi uma surpresa para ela quando viu que era ele o advogado de Esther Bonasera, a irmã de Stella.

Jade Z. – Me diga, por favor, eu juro que não falarei até hoje à noite!- Prometeu ela ainda insistindo para que o amigo falasse.

Com as sobrancelhas arqueadas, Esther continuou a ouvir tudo atentamente. Estranhava claro a insistência da assistente social, se era uma coisa que seria revelada pela noite, por que ela queria saber agora? Seria mesmo revelada à noite? Agora deixou Esther curiosa. A menina ficou escondida para nenhum dos dois perceberam sua presença ali e continuou a ouvir tudo que eles diziam.

Victor – Esther Bonasera deixou algo para Stella Bonasera.- Ele falou, mas também foi tudo o que disse e ficou quieto novamente.

Jade Z. – Então é isso?- Questionou a mulher. Victor olhou para lado evitando contato visual com a colega. Jade notou isso e percebeu que tinha alguma coisa. – Não estamos falando de dinheiro ou patrimônio, estamos?- Fica séria.

A espera de uma resposta do homem foi uma tortura para Esther, o que a irmã de sua mãe estava a oferecer para ela? Agora ela queria muito saber, só bastava para Victor para dizer-lhes alguma coisa. Era terrível como o homem se inquietava diante da situação.

Victor – Ela deixou em seu testamento a guarda de seus dois filhos para a irmã mais velha, alegando que ela será uma ótima mãe para os seus filhos, mas para a irmã ficar com os seus filhos ela tem que estar casada.- Explicou ele finalmente. O queixo de Jade caiu, Stella não era casada e ela entendeu a proposta do amigo. – Eu perguntei isso porque, pode ter uma chance dos dois resolverem isso, minha cliente não queria deixar a filha mais nova nas mãos do pai, e o mais novo com o avô materno.- Avisou a situação ele.

Esther não pôde deixar de arregalar os olhos. A menina inconsequente entrou na sala surpreendendo aos dois adultos que até então não sabiam da presença dela ali.

Esther B. – Mac com certeza vai ajudar a minha mãe.- Admitiu a garota ignorando os olhares dos adultos sobre ela. – E eu posso ajudar, eu não quero que os meus primos fiquem longe da minha mãe e de mim.- Encolheu os ombros. – Além do mais, os dois tem que resolverem as coisas entre eles, eu não aguento mais os olhares que eles dão um para outro achando que ninguém percebe, ou as provocações, e Mac agindo como se fosse o meu pai quando briga com Stella por causa do meu amigo.- Falou a menina.

Jade Z. – Concordo.- Respondeu Jade recebendo um olhar de Victor a repreendendo. – Só com a parte de que eles têm que resolver as coisas entre eles.- Concluiu ela olhando para o amigo que bufou. – Esther, querida, o que você estava fazendo escutando atrás da porta?- Usou seu tom ‘doce’ para perguntar isso para a menina.

Esther deu de ombros e antes que ela pudesse responder a Jade, o advogado tomou sua frente para repreender não ela, mas Jade.

Victor – Ela escuta nossa conversa e tudo que você faz é perguntar o motivo a qual ela estava atrás da porta?- Perguntou indignado. Esther revira os olhos e anda até eles ficando no meio dos dois adultos.

Esther B. – Eu sei guardar segredo, Hobbit.- Provocou ela recebendo um olhar de repreensão de Jade. – O que, foi sua filha que me mostrou o filme!- Avisou como se fosse livrara de uma punição. – E como eu dizia, eu posso guardar segredo e juntar minha mãe com Mac ao mesmo tempo.- Se convenceu ela.

Jade riu, e Victor permaneceu sério.

*****

Stella tinha levado Mac para a grande sala de brinquedos da casa para apresentar ao homem seus sobrinhos, apesar de Mac já conhecê-los, ela achou necessário outra apresentação. Quando eles chegaram na sala foram recebidos pela pequena Alice, que correu para os braços de Stella, a mulher é claro a pegou no colo, Mac riu da cena e a menina o olhou envergonhada, mas como não era uma menina que ficara se escondendo, mostrou seus dentinhos brancos para o homem e perguntou sorrateiramente para Stella se ele era o pai dela. Foi inesperado a pergunta da menina naquele momento, por mais que eles estavam cientes que a menina nunca tivera um contanto se quer com o seu verdadeiro pai, ainda era surpreendente o fato dela ter comparado Mac com ele... Bom, os dois têm olhos azuis, são altos e a única diferença (é tudo, claro) era que o pai de Alice tinha o cabelo cacheado e preto, mas eram bem diferentes, em tudo.

Como Stella explicara a menina que não era o pai dela, mas sim um amigo, a menina sorriu e se apresentou para Mac, o homem se derreteu com a doçura da menina, ela foi bem gentil e engraçada; pelo fato de não falar direito inglês, a menina se atrapalhava um pouco o que fez com que os adultos rissem. Depois desse momento, a menina puxou Mac para brincar de “Alice no país das maravilhas”, foi um filme preferido dela, e história, sua mãe sempre lhe contava algo “novo” sobre a história da Alice quando ela estava presente. Já Stella correu até a babá e pediu que ela saísse e tomasse um tempo para si pois ela cuidaria de seus sobrinhos, obedecendo com prazer, a babá entregou o pequeno Matthew nos braços de Stella e se retirou. Stella ficou um pouco sem jeito em segurar o bebê, mas quando se acostumou começou a mimar ele bem muito, o menino de 2 meses e meio não sabia logicamente o que estava acontecendo, mas prestava atenção no que Stella falava como se soubesse. Assim que a grega olhou para o lado para ver se sua sobrinha estava se dando bem com o seu amigo, não pôde deixar de sorrir ao ver a cena.

Mac estava com o chapéu do “Chapeleiro Maluco” e Alice com sua roupa de Alice é claro, vestidinho azul e sapatinhos preto de boneca, ambos tinham em mãos xícaras de brinquedo em mãos e fingiam estarem tomando chá. Alice estava sempre rindo com o que Mac dizia ou com o que ele fazia. Isso fez Stella sorrir, e algumas lágrimas caírem de seus olhos, logo ela tratou de voltar a atenção para o menor em seu braço. Sorriu para o bebê que prestava atenção nela o tempo todo e então começou a falar com ele, não muito alto para que Alice não ouvisse.

Stella B. – Sua mãe teria tanto orgulho de você, meu pequeno, olha só como estás grande.- Abriu um grande sorriso para o bebê segurando em suas costas e deixando-o em pezinho, claro apoiando em suas pernas. – Tão grande, e esses olhos, parece com o do seu pai.- Não pôde conter as lágrimas e deixou que invadissem sua face, mas continha um largo sorriso. O menino deu um grito não muito alto e abria a boca tentando colocar algo dentro. – Mas sua mamãe se foi, ela está em um lugar melhor agora, eu prometo. E, eu prometo também que farei o possível para te ver todo mês que possível, nós iremos manter contato sempre, eu e você, e sua irmã!- Prometeu ela. O bebê gritou novamente como se tivesse respondendo Stella. Mal sabia ela que, sua irmã deixara seus filhos para ela cuidar. – Você está com soninho?- Perguntou rindo um pouco quando o bebê abriu a boca como se estivesse bocejando. – Como eu faço para você dormir?- Perguntou ao bebê que, claro não respondeu. 

Mac T. – Tudo bem, Alice...- Riu com o que a menina dissera para ele. Não foi de fato engraçado, só sem sentido para ele. Mas ela uma criança de 2 anos, as coisas que falara seriam um pouco sem sentindo as vezes, mesmo sem cociência de muita coisa a menina era bem inteligente. Uma qualidade da tia, Mac achava.

Alice B. – Mi mama disse que eu tem que...- Ela procurou as palavras que não sabia, aliás ainda aprendia a falar inglês. Mac riu com a dificuldade de Alice para falar, não era só o inglês que ela não dominava muito bem, ele previa, à propósito, a menina só tinha 2 anos. – Desculpe, dadda, eu não consigo.- Avisou ela. Mais uma surpresa para Mac agora, a menina chamara de “dadda”(papa) e não pelo seu nome, mas o homem não disse nada, apenas sorriu e entregou a menina um doce que estava ao seu alcance.

O homem olhou para trás para ver Stella e a encontrou sorrindo para ele com o bebê no colo, ele não deixou de sorrir também para ela.

#####

Esther Blaut – “ Um sentimento verdadeiro não é dito apenas por palavras, é mostrado por gesto também.” – Bruce Killer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Frase final: inderetaaaa para um casal (especialmente para uma pessoa) daqui!!
Hahaha
Gostaram? Eu gostei. Você gostou? Tá igual a pudim? Pudim ♥,♥ É tão gostoso, que a palavra gostoso devia mudar para pudim, tipo "nossa essa coxinha tá tão pudim" ♥,♥
1,2,3... Parei!! hihihi Espero que tenham gostado. O que acham que vai acontecer nessa reunião de família? Próximo capítulo teremos mais coisas para revelar. Mas realmente, eu não sei se quero continuar com isso, esse enredo, totalmente, assim, sei lá... Eu queria (como sempre *revirada de olhos*) que a história fosse fiel a sinopse, e realmente ela foi, e as reviravoltas acho que faz parte do que Life Surprises. Enfim, só irei postar o próximo capítulo se.... Tiver 10 comentários? Mais uma fav? O que será?... Nenhuma das alternativas hihihi, eu fui tentar me atualizar como dizia, e quando eu disse 'atualizar' era para ler histórias smacked, mas procurei e vi que já li tudo! :'( Só queria histórias novas, :'( lkkkk nem sei porque disse isso, eu não digo essas coisas *carinha de pensamento*
Como sempre, postarei os capítulos semanalmente, então, apenas semana que vem terá LS :'( E Luz e Fogo eu posso postar amanhã se der (TEM QUE DAR), e... O que mais? As outras fanfics minhas, tenho que ter paciência com a minha inspiração. Vou renovar minha leitura [não iria usar exatamente essas palavras, mas...], mas agora vou assistir Barbie (ganhei um dvd no dia das crianças kkk)
Beijos pessoas maravilhosas do mundo =^,^= Até os próximos capítulos!!!