Life Surprises [HIATOS] escrita por July Beckett Castle


Capítulo 17
Chapter 17 – Make this pain go away


Notas iniciais do capítulo

Olá todo mundo!! S2 Senti muita falta daqui, de vocês :( Eu andei sumida, faz tempo que eu não entro no Nyah! sou muito culpada por isso, mas, estou enfrentando bloqueios e semana de provas, e um monte de coisa que uma pessoa normal não estaria enfrentando (tipo: não estou conseguido ver o meu nariz, tornei isso uma coisa séria). Ah, comecei a assistir um monte de séries novas (que não são bem novas)... E isso não está me ajudando. Eu senti muita falta de vocês :') Mas estou de volta, obrigada pelos comentários, as visualizações, pela presença! S2
Esse capítulo é mais um grandinho, espero que vocês gostem!! Se tiver algum erro, é minha cula :(
Boa leitura!



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Life Surprises
Capítulo 17 – Faça essa dor ir embora

Saindo do banheiro, finalmente, Esther tinha um olhar envergonhado no rosto, ao redor de seus olhos estavam inchados mostrando que ela chorara muito. Tomando uma respiração profunda, a menina de 14 anos andou mais para frente para ver sua mãe deitada na cama. Stella estava bem encolhida na cama, sua cabeça deitada em suas mãos e ela estava sem coberta, vendo isso, Esther se aproximou da cama e puxou a coberta até o corpo de Stella e o envolveu nela, beijou o topo da cabeça de sua mãe e andou até o outro lado da cama, deitou-se ao lado de Stella que estava de costas para ela e fechou os olhos. Vencida pelo cansaço ela dormira.

No meio da madrugada Stella acordara e sentiu-se enjoada, rapidamente saiu de sua cama e correu para o banheiro, agradeceu a Deus pela porta estar aberta. Ajoelhando-se diante do vaso ela tentou colocar o conteúdo em seu estômago para fora, mas nada saiu, sentou-se no chão do banheiro encostando-se na parede gelada, fechou os olhos e algumas lágrimas caíram rolando por sua face. Ela não se incomodou com as lágrimas caindo de seus olhos, não se incomodou em chorar, aliás perdera sua irmã há pouco tempo, a dor ainda era presente. Para abafar os soluços ela colocou a cabeça entre as pernas.

Tudo o que ela queria saber era como voltar a respirar. Desde que confirmou a morte de sua irmã sua vida virou um caos, até tentou ser forte, mas não conseguia. Sua cabeça já doía de tanto ter chorado naquele dia, e ela temia que choraria ainda mais. O sol ainda não se mostrava presente, a manhã estava fria, e Stella não sabia como iria enfrentar toda sua família mais tarde. Os amigos de seu pai, que eram muitos, algumas pessoas da família, e os amigos da família. Iria ver todo mundo, menos uma pessoa que considerava mais importante. Mac Taylor começou a fazer falta para ela, ele foi um maldito por fazer isso com ela. Como ela sentia falta dele nessa hora, só ele sabia como acalma-la e fazê-la esquecer de tudo isso que estava passando. Não era só ela que precisava dele, sua filha também, agora ela estava tão fraca, tinha medo de estragar tudo com sua filha, e ainda perder sua guarda. Ela precisava tanto de Mac agora, para levanta-la desse buraco que ela se enfiou, pois não queria perder sua outra Little Esther de novo. Só em pensar em perder sua filha lhe dava calafrios.

Tomando a pouca coragem que lhe restava, levantou-se do chão saindo de sua “miséria”, foi até a pia e abriu a torneira, com a água jorrando da torneira ela estendeu as mãos juntando um pouco de água que caia da torneira e jogou em seu rosto molhando-o, tomou uma respiração profunda, fechou a torneira e a água parou de descer por lá, enxugou o rosto com a toalha de rosto branca que havia ali, saiu do banheiro fechando a porta e sentou-se na cama. Sua cabeça doía, as lágrimas ainda desciam em sua face molhando o seu rosto até mesmo o seu pescoço. Parecia que tinha parado de respirar, como que se fosse respirar novamente lhe causasse mal. Ela só queria que essa dor fosse embora, porque não estava mais aguentando, era injusto. Tudo isso foi injusto, sua filha estar sofrendo, a morte de irmã, e ela fazer com que sua filha adotiva passe por essas coisas, foi injusto e ela estava odiando isso. Resolveu que agora era melhor deitar sua cabeça no travesseiro e tentar dormir, apesar de saber que dormir seria uma tarefa difícil, ela iria tentar para que não acordasse sua filha. Aliás, ela já dormira demais no avião, não estava tão cansada, porém sua cabeça doía demasiado até e dormir seria uma ótima opção para esquecer essa dor... Tanto a dor de cabeça, quando a dor que sentia por dentro... Deitou sua cabeça no travesseiro e fechou os olhos, mas com a dor de cabeça foi difícil se concentrar, agora sabia que precisava mais que dormir, ou de um remédio para dor de cabeça. Virou-se para sua filha que estava deitada ao seu lado e a abraçou bem apertado, a menina resmungou nos braços da mãe, mas logo se acalmou e Stella também. As duas dormiram abraçadas (sem a cociência de Esther), pelo menos com sua filha ali Stella conseguira dormir.

*****

Aos poucos o sol mostrava-se presente. O comércio na rua estava abrindo, os gregos já em suas correrias matinal. Mas nada foi igual a cidade que nunca dorme, que antes mesmo de amanhecer as pessoas já estavam nas calçadas, algumas até atrasadas para os seus compromissos do dia-a-dia. Foi isso que Stella sentiu falta, da manhã de correria em Nova York, do som irritante das buzinas na rua, a poluição sonora e a poluição em si, apesar de não ser do seu agrado, pensou em quantas pessoas egoístas já viu, o absurdo que acontece e a injustiça nas ruas de Manhattan, seu celular manteve-se quieto e isso a assustava. Nem uma ligação de Mac naquele dia. Foi quando percebeu que estava sentindo falta de casa, mas mais dele, era difícil de se acostumar com essa distância quando eles praticamente eram “casados”, porque eles eram (metaforicamente) casados, era incrível como eles viviam um para o outro, a cumplicidade que só eles tinham, nem mesmo Stella teve uma amizade assim com as meninas, foi só com ele, e isso até a assustava. Toda essa “cumplicidade”, o fato dela precisar dele mais que tudo, sim, a assustava.

Acordada há mais de 1 hora, Stella encarava a janela com as cortinas abertas, os raios solares invadindo o quarto delicadamente, o dia se mantinha frio, mesmo assim estava fazendo sol. Esse era um ótimo tempo para ver as flores no grande jardim da casa dos Bonasera’s, as flores a acalmava...

Antes de fazer qualquer gesto para levantar-se, sentiu Esther que estava ao seu lado se mexendo, virou-se delicadamente para olha-la despertar e sorriu fraco. Sabia que se falasse qualquer coisa iria chorar ali, então manteve-se quieta. Observava Esther despertar aos poucos, depois de uma “noite” de sono conturbada, finalmente ela estava acordada, nada de pesadelos mais, nada de choro, apenas uma dor de cabeça enorme que compartilhava com sua mãe também. Virando-se para encontrar os olhos de sua mãe nela, um sorriso se formou em seu rosto, o que fez outro sorriso se formar no rosto de Stella também. Os olhos azuis da menina parecia penetrar os seus olhos verde; ela lembrava Mac; Rapidamente Stella tirou ele de sua cabeça, tá certo que ela já se imaginou com um filho de Mac, mas assim? Até mesmo seu subcociente ajudava com seus pensamentos absurdos sobre o seu parceiro. Porque era isso que ele era, seu melhor amigo e parceiro. Quase pai de sua filha... Mas não passava nada além da mais pura amizade entre eles.

Esther B. – Bom dia!- Saudou ela com sua voz rouca. Seu sorriso era presente, mas era um sorriso triste, seus olhos brilhavam, mas na verdade era suas lágrimas que saciavam em sair, o que ela não iria permitir. Não iria mesmo permitisse a chorar agora, não nesse momento diante de sua mãe.

Stella B. – Bom dia, baby.- Respondeu em um sussurro rouco. Fechou seus olhos quando sentiu o toque suave da mão de sua filha em seu rosto, virou um pouco o rosto e beijou a mão da filha. – Vamos tomar café, eu estou morrendo de fome!- Chamou com o astral mais alto, pelo menos não aparentava uma mulher desconsertava como se achava. Esther sorriu e balançou a cabeça positivamente, concordando com a mãe. Aliás, elas passaram muito tempo em um avião, só tiveram descanso quando chegaram em casa, mas não colocaram nada na boca. – Linda, nós voltaremos assim que possível para Nova York, eu não quero ficar aqui por muito tempo e você tem escola, tem também a minha irmã...- Apertou os olhos ao falar dela. – E...- Tomou uma respiração profunda ao sua filha tomar sua mão para si. – Eu e a Jade iremos pegar os seus papéis.- Quando falou isso sua filha ficou com uma cara indignada. – Linda, é coisa de adulto, entenda. E você terá um ótimo dia com as crianças.- Garantiu ela levantando-se da cama totalmente. Sua voz havia voltado ao normal e ela já estava bem disposta.

Esther B. – Não é justo!- Reclamou a menina.

Stella entra no banheiro segurando sua escova de dentes na mão.

Stella B. – Você é criança, ficará aqui!- Gritou do banheiro. Stella não pôde ver a filha revirando os olhos se jogando na cama novamente. – E então nós vamos levar o seu avô para o lugar que você me disse.- Avisou trazendo Esther “de volta”. A menina levantou em um pulo pronta para argumentar, mas Stella continuou. – Depois voltaremos para o Estados Unidos junto com Jade.- Anunciou ela, o que surpreendeu Esther. – Tudo isso depois que eu e Jade resolvemos –colocou a cara para fora do banheiro-, coisas de adultos.- Concluiu ela com uma piscadela para filha.

A menina bufou.

Esther B. – Seria tão bom se Mac tivesse aqui.- “Comentou” ela. Na verdade soltou uma indireta para a mãe, que, claro entendeu o que ela quis dizer. Não era só Stella que estava “independente” de Mac, Esther também estava, ele era quase como um pai para ela, sua única figura paterna mesmo sua mãe estando rodeada de homens (como o Thomas [A/I:*revirada de olhos exagerada*], o cara da lavanderia que gostava de Stella), o único homem a quem ela se identificou (para ser seu pai) foi Mac, todo o resto foi seus tios (menos o Thomas... E o Sid, esse era o seu avô... E o pai de Stella, que também era o seu avô).

No banheiro, pela primeira vez desde que chegou a Grécia Stella riu. Foi uma risada tão singela, tão doce e ao mesmo tempo engraçada. Bom de se ouvir. Esther amou ver que, mesmo ter perdido a garota que sua mãe cuidou por quase uma vida toda, ela estava sendo forte, coisa que Esther não era.

Stella B. – Você não se conforma mesmo, não é?- Perguntou ironicamente para a filha. Saiu do banheiro quando já tinha terminado de escovar os dentes.

Esther a olhou com uma cara de desentendida...

Stella B. – Mac em Nova York, você aqui!- Explicou como se fosse obvio. A menina riu. – Nós estaremos de volta amanhã, por Deus!- Exclamou reclamando. Guardou sua escova de dentes na sua bolsa, não havia necessidade de coloca-la no banheiro já que estava voltando para Nova York hoje.

Ainda rindo, Esther pegou sua necessarire e a levou para o banheiro, se trancou lá dentro e passou pelo menos 5 minutos lá. Quando saiu, deparou com sua mãe ainda de pijama (ela não podia reclamar, também estava de pijama [A/I:eu também estou de pjs]).

Stella B. – Vamos tomar café!- Chamou com pressa, puxando a filha para o grande corredor moderno da casa.

A casa era tão grande que elas (apenas Esther) só reconheceram a saída que levava para escada porque no corredor que estavam, o quarto não ficava tão longe da grande escada. Assim que colocaram os pés para fora do quarto, depararam com Jade conversando (ou pelo menos tentando conversar) com uma das empregadas, a morena sorriu quando viu mãe e filha se aproximando.

Jade Z. – Bom dia!- Saudou, primeiramente abraçando Stella e perguntando-a se estava bem, a resposta, obviamente foi “não”. Ao mesmo tempo que ela a olhou com uma cara triste, a olhou com uma expressão compreensiva também quando elas se desvencilharam do abraço. Após ter cumprimentando Stella, ela foi abraçar Esther, a menina correspondeu ao abraço.

Stella B. – Vamos comer!- Implorou Stella.

Esther riu se desvencilhando do abraço com Jade e olhou para mãe com cara tipo “sério?”. Para a alegria de Stella, as três foram finalmente para a parte de baixo da mansão e direto para a sala de jantar [a/i:no caso, na sala de café da manhã]  para terem o tão esperado (mais para Stella) café da manhã.

Era muito cedo ainda, 5 horas da manhã para ser exata, e o que mais surpreendeu as mulheres (adultas, pois Esther não se surpreendeu nadinha) foi verem uma menininha que aparentava ter 3 anos acordada e já tomando o seu café da manhã. Assim que a menina olhou para as três abriu um maior sorriso, não era acostumada a ter visitas em sua casa.

— K, é a tia Stell!- Gritou a pequena garota com os olhinhos verdes brilhando ao ver Stella. Ela só não pulou da cadeira porque a mulher que estava dando a comidinha para o bebê em seu colo a impediu. A mulher falou alguma coisa em grego para a menina que a fez ficar quieta, Stella não aguentou ao ver a sobrinha com aquela carinha triste e derramou algumas lágrimas, lembrou-se de como sua irmã fazia para acalma-la.

Stella B. – Εντάξει.- Falou Stella para a mulher que cuida de seus sobrinhos. [T: Tudo bem]         

A mulher não soube o que faria, mas deu a autorização para a menina ir até Stella. Quando ouviu sua tia falando grego, a menina correu com os seus cachinhos balançando e pulou no colo de Stella agarrando o seu pescoço.

Stella B. – Alice, como você cresceu querida!- Falou impressionada e aliviada por sua sobrinha lembrar-se dela.

A menina sorriu docemente e olhou para a tia, depois seu olhar foi para as desconhecidas para ela, e como Alice nunca foi uma garotinha tímida (quase sempre não era) quando estava em casa, ela encarou Esther e Jade e estendeu o braço feito um adulto para cumprimenta-las.

Esther B. – Olá, pequena!- Cumprimentou a menina. Alice deu um sorrisinho sapeca quando Esther apertou sua mão suavemente.

Alice B. – Olá.- Sua pronuncia em inglês era tão perfeita que nem parecia que ela era grega. Foi impressionante como a menina parecia tão inteligente.

Jade Z. – Hello, garotinha!- Depois que Esther deixou a mão da menina, Alice levou a sua para apertar a mão de Jade, e como a mulher adorava crianças pegou de bom grado. Soltou a mão da menina quando Stella virou-se para olhar para as duas e ajustou Alice em seu braço. Apesar de ter apenas 2 anos, a menina era grande e pesada, muita coisa pra o braço magro de Stella aguentar [a/i:foi tipo prova de resistência].

Esther B. – Já sei, mãe, vamos comer!- Brincou Esther idealizando o que a mãe iria falar por ter olhado para elas.

Concordando com a filha, Stella colocou a pequena Alice de volta na cadeira que estava e ela própria tomou uma cadeira para si, não só ela como cada uma que estava pela primeira vez naquela mansão [a/i;e que mansão]. Uma das empregadas veio até a mesa e colocou três pratos à mais na mesa e mais algumas xícaras, levaram mais comida para mesa para que elas tivessem tudo do bom e do melhor lá (o senhor Bonasera sempre queria agradar suas visitas [ps:até mesmo que fosse sua filha]) e não lhe faltassem nada. As três tomaram café conversando com a pequena Alice que fazia um monte de pergunta sobre o Estados Unidos e sobre o cantor que sua mãe colocava para ela ouvir quando estava com ela. O nome do cantor que Alice mais gostava (apesar de sua pouca idade) era Bobby McFerrin, e isso foi uma das coisas que surpreendeu as duas meninas que não a conheciam, apenas Stella que não ficou nem um pouco surpresa com que a menina dissera.

Stella B. – 6 horas.- Avisou olhando para Jade. Elas passaram bastante tempo conversando na mesa que nem viram o tempo passar. – Temos que ir para cidade, Jade, assim pegamos os papéis logo e eu chamo o advogado da minha irmã quando chegarmos lá.- A mansão não ficava na cidade, era um pouco distante, mas de carro elas chegavam em 20 minutos. E o advogado da irmã de Stella era americano (estava vindo com Mac, mas Stella não sabia sobre a chegada de ambos), por isso ela tinha que encontrar uma rede para chama-lo quando estivesse na cidade.

Concordando com Stella [a/i:lembrando:Stella ainda está de PJs] , Jade levantou-se da mesa e esperou por Stella.

Stella B. – Querida, você fica com a Martha, ela é Americana então você vai gostar dela –falou isso não desmerecendo o pessoal de sua origem, mas como sua filha estava acostumada com a língua iria se identificar mais com ela-, se comporte.- Beijou a testa da filha que fez carão mas Stella ignorou, e levantou-se da mesa seguindo Jade. Cada uma foi para seus quartos tomarem um rápido banho e vestirem suas roupas.

Demorou 20 minutos até que Jade e Stella ficaram prontas, assim que saíram do quarto se encontraram e desceram as escadas, Stella até iria se despedir da filha e da sobrinha, mas elas não estavam mais lá. Então as duas adultas seguiram para fora da casa e pegaram um dos carros do pai da grega, como o pai de Stella não deixaria ela dirigir, contratou um motorista para servir ela. Stella não reclamou do motorista, mas não gostou nada de seu pai ter feito isso sem pergunta-la. Como sempre, seu pai tomando decisões para ela. Enfim, as duas finalmente seguiram caminho rumo a Atenas.

O dia não foi nada divertido para as adultas, muitas broncas, muito papel para conseguirem, e ainda tinha um vídeo que teriam que assistir do senhor Blaut. O homem parecia que sabia que iria morrer (e realmente sabia), pois deixara tudo organizado para sua neta... Menos os papéis dela... Quando, finalmente um dos homens encarregado para entregar os papéis a Stella as entregou o tão esperado maldito único papel... Stella queria atirar na cabeça do coitado do homem por ter demorado tanto só para trazer um único papel. Mas respirou fundo, pegou o papel e saiu do local com Jade ao lado.

Assim que as viram, o motorista que o pai de Stella havia contratado perguntara se elas já estavam prontas para irem, mas elas eventualmente disseram não. Ainda teriam que assistir ao vídeo que o senhor Blaut deixara para a pessoa que iria adotar a neta (como se ele já soubesse que seria mesmo Stella), então as duas pararam em uma loja (incrivelmente parecida com as que tem em Nova York) de DVDs que também era um cyber e o Wi-Fi era aberto. Como estavam sem laptop no momento, pediram para utilizarem um dos computadores de lá, e claro o homem cedeu um livre para as duas mulheres, assim então puderam assistir ao vídeo deixado pelo senhor Blaut.

— Olá. Se você está vendo esse vídeo, eu com certeza estou morto. Mas é o esperado, fiquei velho e minha missão aqui na terra acabou.- Falava o senhor tropeçando em seu inglês. – Na verdade, eu estudei você, me desculpa se as circunstâncias não foram boas, mas eu tenho certeza que você dará tudo o que eu não pude dar para minha neta durante esses anos. Ela tinha tudo, amor, dinheiro, viajava para qualquer lugar do globo. Mas lhe faltava uma coisa, uma coisa que eu sei que também lhe falta.- Parecia que ele falava com Stella, como se tivesse lhe atacando com essa última afirmação. – Como eu disse: eu estudei você. Quando seu pai falou de você, soube na hora que devia ir par Nova York ao seu encontro. E de novo: me perdoe se as circunstâncias não foram das melhores. Eu só, busquei o melhor para minha única família. Queria dizer que, se eu fosse o seu pai, teria muito orgulho da mulher forte e corajosa que você se tornou. Mas eu não sou ele, então direi que, te admiro. Admiro-te por ser essa mulher corajosa, forte, que busca seus objetivos. Qualquer um te admiraria. Digo-te uma coisa, se você ama alguém, não o deixe esperando por muito tempo, um dia esperar cansa. E cuida bem da minha Esther, ela é o meu bem mais precioso.- Pediu ele. – Deixei todo o meu dinheiro para ela, e não é pouco. Por esse motivo que eu escolhi você. Destemida e corajosa, e várias qualidades que não poderei preencher nesse momento, mas, eu sei que você será honesta com a minha garotinha, ela é muito preciosa. Além de tudo, você já olha como uma ótima mãe!- Concluiu ele e então a tela ficou preta.

Stella ficou sem reação. Ele estava mesmo fazendo isso para ela. Qualquer um acharia absurdo, mas não Stella, ela até gostou disso. Olhando para Jade, ela deixou uma lágrima escapar. Aquela lágrima que estava rolando em sua face foi de dor. Ela estava ficando doente dessas mortes, sua irmã, o avô de sua filha. Pensava que nada podia piorar, e então perde sua irmã sem ao menos ter lhe dado seu último adeus.

Vendo o estado de sua nova amiga, Jade a levou para fora do cyber para que elas voltassem para casa do pai de Stella. O olhar da grega era de dor, Jade sabia que era por sua irmã. Apesar de ter tentado disfarçar a tristeza, doía muito em Stella ainda.

E essa dor não ia embora!      

 

Aeroporto de Atenas
10:00h AM

Depois de exatamente 10 horas dentro de um avião junto com o advogado de Esther Bonasera e alguns poucos tripulantes, Mac estava oficialmente em Atenas. Eles sabiam que sua chegada de surpresa iria assustar Stella, mas foi necessário, aliás foi um pedido de Marcus Bonasera, ele não podia negar (apesar de ouvir tanta coisa mal que saiu da boca desse homem há uns dias atrás). Assim que saiu da área de embarque, Mac e o advogado tiveram que fazer um monte de coisa ainda, assinar uns papéis na embaixada e resolverem um monte de complicações para ficarem no país, pois ambos eram americanos. E quando pensaram que nada podia piorar, um soldado americano os levam para uma sala privada do aeroporto. Mac ficou confuso claro, pois como diabos eles poderiam estar naquele lugar, se nem era o seu país. Mas confiou no soldado e o acompanhou até a sala privada.

Chegando na sala se deparou com dois homens de ternos pretos, e outro que tinha uma aparência mais velha, parecia ser general. Ainda confuso, Mac entrou mais na sala e encarou os homens ali presente. O instinto do ex marine o deixou atento a cada passo que o homem mais velho com os trajes de general veio se aproximando.

— Mac Taylor, é uma honra conhecê-lo.- Estendeu o braço para que Mac apertasse sua mão, e foi o que o homem de olhos azuis fez. Os dois se cumprimentaram com um aperto de mão rápido.

Mac T. – Prazer em conhecê-lo, senhor.- Disse Mac, intrigado com a situação. – Por que eu estou aqui?- Indagou o ex-fuzileiro, ainda confuso com a situação em que estava.

O homem sorriu mostrando seus dentes amarelos, apontou para uma cadeira para que Mac se sentasse e assim o CSI o fez.

— O candidato para presidir a Grécia, Marcus Bonasera, anunciou-nos de sua chegada. Ficamos intrigados, soldado, por qual motivo visita esse país?- Questionou o senhor. Mac não respondeu, permaneceu quieto e despreocupado. Isso fez com que o general sorrisse. – Tudo bem, soldado, não precisa dizer.- Declarou o homem. – Eu queria perguntar se você está interessado a voltar para a marinha dos Estados Unidos e servir nosso país em Atenas. Sendo que seu cargo seria de recrutar os soldados...- Mac o cortou.

Mac T. – Eu estou muito bem sendo útil no meu país, general!- Convenceu a isso. Mac não estava nem um pouco interessado em voltar a ser fuzileiro. – Será que posso ir agora?- Pediu quase como se estivesse zombando. O general deu a ordem para que os homens de ternos preto saísse da porta e deixaria Mac ir.

— Pense a respeito, major.- Apertou as mãos de Mac, e o viu sair.

Aquilo foi uma coisa que Mac não esperava, ser abordado assim para servir seu país em um lugar que ele não era acostumado, e logo agora que ele estava realmente gostando de sua vida como estava. Obviamente a resposta seria não. Seguido pelo o advogado de Esther Bonasera, eles andaram cada centímetro do aeroporto de Atenas até chegarem fora do local. Logo se via o carro do pai de Stella que os esperavam para leva-los até a mansão dos Bonasera.

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Jade Zabotto – “Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra.” – William Shakespeare.

 


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Notas finais do capítulo

Essa última parte pode parecer desconexa ("ah, ju exagera"), mas eu estou com uns planos, e essa parte faz parte do meus planos futuros!
Espero que tenham gostado!! Irei postar semana que vem mais um capítulo (claro depende do meu tempo, eu estou cheia de trabalho na escola).
Algumas perguntas?
Well well well, tchau-tchau-tchau! Posto em Luz e Fogo hoje okay ;) Beijuss =^,^=