Daniel estava ansioso e desesperado. Ele andava de uma lado para o outro freneticamente.

‘’ O que eu falo?’’. Essa era uma perguntava que martelava sua cabeça e que fazia seu estômago revirar.

Toc.Toc.

—Entre.

Amélia adentrou a grande sala e encarou seu chefe. Suas mãos suavam.

—O senhor mandou me chamar? –perguntou ela.

Daniel se aproximou. Ele segurava um papel nas mãos.

—Sim, eu mandei que te chamassem. Preciso lhe dizer uma coisa muito importante. –Amélia assentiu e esperou que ele prosseguisse e lhe desse o papel de sua demissão. –Quero que se case comigo.

Ela teve que se apoiar na parede para evitar um possível desmaio. Ela se sentia aliviada por não ter sido demitida e surpresa por perceber que seu chefe ainda continuava a beber, mesmo tendo sofrido um acidente por dirigir embriagado.

—Chefe, como você consegue continuar bebendo? –começou ela, irritada. -Você acabou de sofrer um acidente de carro. Isto não lhe basta?!

Daniel respirou fundo para conter a irritação.

—1.Eu não estou bêbado e 2.Este acidente ocorreu a três semanas atrás e foi apenas uma batida. –Daniel percebeu o olhar confuso de Amélia e decidiu prosseguir com o seu plano:-Eu preciso que se passe por minha esposa. Preciso reconquistar a confiança do meu velho.

Amélia engoliu em seco.

—Então você quer que eu me passe por sua esposa para que seu pai acredite que você tomou jeito? –Ele concorda, esperançoso. –Isto é ridículo! Ele vai perceber que é tudo farsa. Vai perceber na hora que não existe casamento nenhum ou você vai falsificar uma papelada?

—É óbvio que não. Vamos nos casar como se fosse de verdade. Vai ter festa, bolo, o vestido e o resto das baboseiras.

A cabeça de Amélia estava a mil. Nada do que ele falava fazia sentido. Quer dizer, até fazia, mas era muito absurdo.

—E por que tenho que ser justo eu? –questionou ela. Está pergunta para Daniel era mais do que óbvia.

—Você foi a mais qualificada pelo que eu pude observar. –respondeu ele. –Eu preciso da sua ajuda. Te dou até 10.000 dólares para...interpretar o papel de esposa.

Ela não queria participar desta grande baboseira, mas aquele dinheiro seria tão útil. Justo agora que a faculdade estava sugando sua carteira. Talvez isso não fosse errado. Talvez fosse até certo, ela iria ajudar alguém que precisava de sua ajuda.

Amélia mordeu o lábio.

—Tudo bem. Eu aceito ser sua esposa... De mentirinha.