Estevão leva Maria para o banheiro e dá um banho nela, ele como marido tinha que cuidar de sua esposa, sua mulher, sua amiga, amante, era sua e ele tinha que cuidá-la.

Ele a banha e a veste, ela parecia dar indícios de que estava com problemas emocionais muito fortes, ela a todo momento não falou nada, só ficava olhando para o nada, Estevão começava a se preocupar com ela seriamente, ela nunca agiu assim, sempre foi forte e destemida. Ele deita ela na cama, a febre estava mais baixa, ia passar era passageiro.

Ela fechou os olhos e dormiu, ele desceu e foi buscar o remédio de febre, quando voltou para o quarto ela ainda dormia, ele olhou a temperatura dela e viu que ela já não tinha febre. Ele deitou com ela e também dormiu.

DIA SEGUINTE. APARTAMENTO DE EVELINE.

Ela acordou bem cedo e foi fazer um café. Júlio só com a calça do seu pijama ele foi à cozinha.

— Ei... cadê sua blusa moço, está pensando que aqui é o que, sua casa? – Ela diz brincando.

— Não, mas poderia ser se você quisesse namorar comigo.  – Ele fala sem querer.

— Quê?

MANSÃO SAN ROMAN.

Estevão acordou com os dois meninos chorando, Maria ainda dormia. Quando ela dorme ela dorme.

— Maria levanta, Estrella e Heitor estão em harmonia hoje, acordaram juntos. – Diz Estevão se levantando e puxando o lençol de Maria, ele abre as cortinas para que o sol entre, geralmente quem faz isso é a Maria.

— Já estou indo. – Diz Maria esfregando os olhos e levantando. – Vou só lavar meu rosto.

Estevão faz o mesmo que Maria, só escovam os dentes e lavam os rostos, e vão de encontro aos filhos, Estevão pega Estrella e Maria pega Heitor. Maria alimenta Heitor, enquanto Estevão tentava acalmar Estrella, e depois Maria pega Estrella e a alimenta. Estevão dá banho em Heitor e Maria banha Estrella, eles os vestem e Estevão toma conta dos dois enquanto Maria ia se arrumar. Maria não demora muito no banho e logo vai vestida do banheiro, só arruma o cabelo e passa uma maquiagem básica e fica com os meninos enquanto Estevão vai tomar o seu banho e se arrumar.

— É meninos, mamãe ama muito vocês, não se esqueçam disso. – Ela falava com os meninos que estavam em cima da cama dela que tinha alguns brinquedos que eles estavam brincando. – Eu vou ter que contratar uma babá.

Maria pensava que se contratasse uma babá, os meninos poderiam ver a babá como mãe deles, e ela queria que eles vissem ela como mãe deles, a única, e ninguém mais. Mas é que cuidar de dois filhos novos era muito trabalhoso para uma pessoa só. Ela estava vendo que estava até ficando doente por não ter tempo para se cuidar. Ela até sentia falta de trabalhar, sempre quis uma família, mas ela também queria exercer sua carreira, demorou para que ela se formasse no que ela tanto almejava ser.

Estevão sai do banheiro com roupa de que não iria trabalhar. Maria o olha e diz.

— Não vai trabalhar meu amor?

— Não minha vida, hoje vou ficar com minha família.

— Ai que ótimo meu amor. Queria mesmo que você ficasse. Precisamos conversar. Mas agora vamos descer com nossos amores, levar Heitor ele está começando a pesar. – Diz Maria sorrindo.

— Ok. Vamos tomar café da manhã.

Eles descem, eram uma linda família linda. Quando eles estavam descendo as escadas Carmem tinha uma mania de gravar coisas, ela tinha uma câmera, e a estava usando na hora que viu Estevão descer a escada com sua bela família.

— Parem. – Carmem diz apontando a câmera para eles. – Não se atrevam a se mexer sem eu tirar uma foto. – Carmem tira varias fotos. Ela sempre quis ser fotografa mais não deixaram.

Os pais de Carmem não deixaram ela ser fotografa, na verdade nem deixaram ela fazer uma faculdade, eles eram os tipos de pais que não deixaram Carmem fazer nada porque ela era a mais nova e prendiam ela.

— Nossa como ficou linda. – Diz Carmem. – Também vocês já são lindos.

Eles descem a escada e olham a foto.

— Carmem você tem jeito para essa coisa. – Diz Maria. – Por que não monta um estúdio de fotografias? Sei que gosta de gravar e tirar fotos de coisas, é lindo o que faz.

— Um dia ainda te conto do meu passado Maria. – Diz Carmem se pondo um pouco triste, isso fez ela lembrar de alguns momentos marcantes que ela nunca pode esquecer.

— Ai, tia. Não fica com essa carinha triste. Vem vamos tomar café, nos ajuda tia? – Diz Estevão fazendo uma carinha de socorro, em relação aos meninos.

— É, Carmem hoje eu quero sua ajuda, resolvi contratar uma babá, pode colocar isso no jornal? – Diz Maria.

— Claro Mary. Que bom que você escutou a gente, sabemos o quanto está cansada, por mais que você queira cuidar dos meninos por orgulho de mãe, você está cansada. Merece um descanso. Na verdade, você dois, merecem viajar, aproveitar uma segunda lua-de-mel. – Diz Carmem incentivando.

— Meu amor fiquei muito feliz com sua decisão. E tia Carmem tem razão nós devíamos ter uma segunda lua-de-mel. – Diz Estevão animado com a ideia da tia.

Eles colocam os meninos nas cadeirinha e Maria alimenta Estrela com uma papinha, e Estevão tinha muito jeito para alimentar seu filho então Carmem o alimentou com umas frutas amassadas.

Maria amava muito seus filhos, seu esposo, sua família, uma família que ela sempre quis ter, e agora conseguiu.

APARTAMENTO DE EVELINE.

— É o que você ouviu Eveline. Você sabe que eu sempre fui apaixonado por você.

— Não, não. Eu nem tinha ideia que você gostava de mim como algo mais que amigos. Pensei que seu carinho era somente de amigos.

— Mas não é, eu gosto de você, estou perdidamente apaixonado por você. E não pude mais esconder. Eveline, agora eu quero saber se você sente o mesmo por mim, não quero mais ser um amigo apaixonado pela amiga, quero ser algo mais, e preciso que você me responda. O que você sente por mim?

APARTAMENTO DO RICARDO.

— Bom dia tia. – Diz Ricardo sentando-se do lado dela na mesa do café da manhã. – Bom dia Tereza. – Ele fala com senhora que os ajudava na limpeza e fazia refeições.

— Bom dia senhor. – Diz Tereza com um sorriso, ela coloca o café dele no copo e vai para cozinha.

— Tia eu estava pensando, e decidi uma coisa.

— O quê filho?

— Eu vou voltar para Califórnia assim que eu voltar a andar. Eu estou conseguindo mexer um pouco os dedos, já é um começo. – Ele diz sorrindo.

Alba ficou assustada com a decisão que Ricardo tomou de ir para Califórnia de novo. Ela não suportaria ficar sem seu filho, agora ela teria que tomar também uma decisão, de falar a verdade.

APARTAMENTO DE EVELINE.

— Por que? Está me forçando a te responder algo que não sei? – Diz Eveline indo para a sala, estava completamente confusa.

— Porque, porque eu tenho que tomar decisões em minha vida Eveline, e para isso acontecer tenho que ter essa resposta.

— Júlio, estou confusa. Você... você e eu não... não sei. Não sei o que sinto, gosto muito de você. Mais eu acho que para poder rolar algo entre nós eu deveria sentir atração por você, e até esse momento só o vejo como amigo. Não posso te responder. Sei o que sinto.

Júlio vai para o quarto se troca e pega suas coisas e sai.

— Por que? Por que está acontecendo isso comigo. – Diz Eveline para se mesma chorando por causa da confusão que estava em sua cabeça.

MANSÃO SAN ROMAN.

Estevão estava no escritório, Maria entra.

— Amor podemos conversar agora? – Diz ela fechando a porta e entrando.

— Claro minha vida. – Diz ele levantando e indo sentar no sofá junto a Maria. – Onde estão os meninos?

— Estevão com Carmem na sala de brinquedos.

— E do que você quer conversar?

— Sobre mim. Não sei o que está acontecendo comigo, estou tendo uns sonhos estranho. E aquele de ontem não foi o primeiro meu amor. Não quero que me ache louca, então queria conversar sobre isso, além do mais somos casados e você precisa saber de tudo que se passa comigo, como eu tenho que saber tudo o que se passa com você. – Ela o olhava profundamente.

— Não acho você louca Maria, nunca pensei isso e nunca vou pensar, por quê acha isso?

— Porque, porque... porque eu acho que estou ficando. Preciso contar para você sobre meu sonho de ontem.

— Ok, estou a te escutar.

— Eu perdi meus pais há mais ou menos 7 anos atrás. Mas no meu sonho eu era uma criança e estava brincando de bonecas na sala da casa que minha mãe trabalhava, aí minha mãe à sala e me chamou para cozinha, ela foi na frente e eu atrás trazendo minhas bonecas, eu deixei uma cair, foi aí que entrou uma mulher que começou a tacar fogo em tudo, mais eu não consegui ver o rosto da mulher, então começou a queimar tudo e eu gritei...

— E acordou. Sei. Fica calma Maria, só foi um sonho, isso não é para tanto, sei que isso fez lembrar seus pais que morreram em um incêndio, mais meu amor, você tem que ficar tranquila, desculpa dizer, mas você está fazendo tempestade em um copo d’água. Vamos esquecer está bem. – Ele abraça ela e beija a testa dela. – Vamos falar da nossa segunda lua-de-mel, você decide onde vamos ou eu decido?

— Ainda não sei. Não quero deixar meus filhos sozinhos.

— Não vai acontecer nada minha vida. – Diz ele sorrindo, ele achava engraçado o fato dela ser uma mãe super protetora.

>—< FIM DE CAPÍTULO >—