Ela estava simplesmente desmaiada sobre a mesa, ainda segurando sua garrafa de whisky, ela não nunca largava a bebida, mas sua atenção foi despertada pelo fato de meu pai ter entrado em casa se agarrando com uma loira, provavelmente mais uma das mulheres que ele fica.

Eu ainda estava escondida observando tudo, meu pai e sua amante entraram na cozinha e não notaram a presença da minha mãe, mas ela estava acordada, e quando eles não estavam olhando, pegou uma faca e foi caminhando lentamente até dar um susto nos dois, o meu pai agiu normalmente, já que ele já estava acostumado, mas a mulher estava apavorada, só faltava ficar branca.

Minha mãe empurrou os dois no chão com violência, e logo amarrou os dois nas cadeiras, sem poder se mexer, estavam sobre o domínio dela, e ela continuava avançando com sua faca.

Subi as escadas e tranquei a porta do meu quarto, deitei na cama e tentei dormir, não consegui, então comecei a chorar, a chorar muito, mas sempre quando você chora muito, seu corpo descansa depois e você adormece.

Só não esperava um grito para me acordar.

Acordei com o susto e fui descendo as escadas lentamente, até encontrar dois corpos em baixo dos lençóis, eu sabia que eu não devia ver por debaixo, mas eu sou teimosa, levantei lentamente eles e observei as manchas de sangue sobre o corpo do meu pai e da sua amante. Me afastei rapidamente e logo uma mão me agarrou por trás colocando um pano sobre minha boca e meu nariz, logo adormeci.

Acordei amarrada na cama, minha mãe na minha frente fumando mais uma vez, encarei ela e logo as lágrimas começaram a sair:

— Shhhh - Ela ficou pedindo silêncio enquanto se aproximava de mim - Nada de ruim aconteceu Cry Baby.

— VOCÊ É LOUCA, VOCÊ É UMA PSICOPA... - Não consegui mais gritar, ela enfiou uma mamadeira na minha boca.

Não entendi direito o que aconteceu, só lembro de ir na sala e não ver ninguém, era período da tarde, quase seis horas, fiquei perambulando pela casa. Onde estava todo mundo?

Fui na cozinha e limpinha, o que eu estava fazendo ali? Bom, de qualquer forma, peguei um copo d'água e fui até a sala. Ninguém, a casa estava vazia:

— Pai? - Nada - Mãe? - Nada novamente - Irmão? - Ninguém respondia, dei de ombros - Pelo menos ninguém pode me impedir agora.

Peguei um dinheiro da carteira da minha mãe e fui em direção a um único lugar que eu queria ir naquele momento.

Parque de diversões.