Psicopata de Seattle escrita por Duda Allen


Capítulo 2
I see things nobody else see


Notas iniciais do capítulo

Hey, babys! Mais um capitulo para vocês :3
Espero que gostem e boa leitura!



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Finalmente, havia chegado a hora do intervalo.

Como sempre, as mesas estavam divididas entre os nerds, os góticos, os populares, os grupinhos excluídos e Abby estava sentada em uma das mesas sozinha.

Ela pegou os fones de ouvido, conectou ao celular e começou a ouvir músicas variadas.

Abby percebeu que algumas pessoas dirigiam os olhares a ela, graças aos logos anos de sua vida sendo observada e xingada, ela aprendeu a saber quando alguém está olhando pra ela e Susan Jordan era uma das pessoas que olhava para ela.

Susan estava parada no meio do refeitório com a bandeja com a comida na mão, observando para a mesa mais vazia, ou seja, a mesa onde Abby estava sentada.

Foi em direção a platinada e perguntou educadamente:

— Posso me sentar aqui? As outras mesas estão cheias.

Abby apenas assentiu com a cabeça em afirmação, fazendo com que a loira se sentasse de frente a ela.

— Qual é o seu nome? - Susan perguntou enquanto abria o pote com o pudim.

Abby tirou um dos fones e respondeu:

— Me chamo Abby Waters, prazer. Eu sei quem você é. É a aluna novata chamada Susan Jordan, não é?

A Jordan ficou corada com o último comentário de Abby.

— Sim, sou eu mesma. - Ela confirmou timidamente - Não me lembro de ter visto você na sala de aula.

— Deve ser porque eu me sento no final da sala na cadeira do canto. Não se sinta culpada, ninguém nunca percebe que eu estou ali. - A platinada fala.

— Oh, meu Deus, seu cabelo é lindo. - Susan admirou o cabelo da Waters - Eu sou louca para pintar meu cabelo nesse tom.

— E por que você não pinta?

— É porque a minha mãe não me deixa fazer loucuras no cabelo e muito menos usar roupas como a sua. - A loira respondeu cabisbaixa, deixando Abby surpresa.

Ninguém nunca havia gostado do estilo das roupas dela ou dos tons diferentes que ela pintava o cabelo.

— O que você fez para sua mãe deixar?

— Minha mãe está morta faz 9 anos. - Abby suspirou.

— Meus pêsames por ela, Abby. Ela deve ter sido uma mulher incrível, eu acredito. - Susan tentou animar a platinada.

— Sim, ela era uma mulher incrível sim... Às vezes... - Falou as últimas palavras bem baixo e sarcasticamente para que Susan não pudesse ouvir.

Marlee Waters era uma mulher realmente maravilhosa, sendo o sonho de todo homem, mãe e filho(a). Mas, como todos os seres humanos, ela também tinha defeitos e um deles foi o vício em álcool.

Algumas noites (ou quase sempre), quando ela estava sozinha, ela pegava um frasco com álcool e esquecia tudo o que havia na sua vida. Até mesmo se esquecia de Abby, sua própia filha.

Graças a esse vício em álcool, Marlene morreu em um grave acidente de carro, por dirigir alcoolizada.

— Não sei como é perder a mãe, mas sei como é perder um pai. Mas não exatamente perder no sentido de morte. - A Jordan esclareceu - Meu pai abandonou a minha mãe assim que eu completei 2 anos de idade.

— Sinto muito por isso, Susan.

— Sem problemas, você passou por coisa pior. - Ela falou sorridente como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo.

"Ahh!". O grito ecoou na cabeça de Abby novamente, fazendo com que ela colocasse a mão na testa e pregasse os olhos.

— Você está bem? - Susan perguntou a Abby, que nada respondeu. - Quer que eu vá com você a enfermaria? - Tentou perguntar de novo.

— Não precisa, mas obrigada mesmo assim. - Agradeceu Abby - Eu tenho que ir ao banheiro.

Saiu o mais rápido possível do refeitório e entrou no banheiro.

Parou de frente ao grande espelho que ali havia e ficou se encarando.

— Qual é o problema comigo? - Perguntou a si mesma - Esse grito na minha cabeça está me matando.

"Eles estão te olhando, Abby, e você sabe disso." , uma voz estranha falou na cabeça da Waters.

Abby abaixou a cabeça, passando a olhar em direção a torneira prateada da pia.

"Eu posso ver coisas que ninguém pode ver, garota, então não me subestime.", a voz falou em tom ameaçador.

— Pare com isso. Está me matando, sabia? - Abby gemeu.

"É o que eu desejo fazer, querida", a voz disse num tom psicopata e o grito ecoou na cabeça de Abby de novo.

Sem querer, a Waters deixou uma lágrima fugir de seu olho e cair no chão do banheiro.

Ela ergueu a cabeça, se encarou novamente no espelho e falou com voz firme:

— Esse pode até ser o seu desejo, mas eu não acredito que ele vá se realizar.

Se arrumou rapidamente, apenas passando a mão na saia amassada e saiu do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Bye bye, babys :3



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