A imperatriz de Saiunkoku escrita por benihime


Capítulo 6
Recobrando e perdendo a rotina


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal que le minha historia!
Tudo de boas?
Sim? Não?
Vamos ao capitulo de um jeito ou de outro ;)



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No sexto dia os pais das crianças desaparecidas vieram busca-las em Saiunkoku. Foi comovente e tocante ver todas aquelas famílias novamente reunidas. Os agradecimentos a Shuurei e aos esforços de Saiunkoku foram intermináveis – cartas de agradecimento e dívida das outras duas soberanias de onde crianças haviam sido levadas foram entregues por oficiais a Ryuuki. As crianças queriam ter mais tempo para brincarem com seus amigos novos, mas também tinham que ir para casa; então antes do almoço todos se despediram e foram escoltados até seus lares.

Aquele dia foi de realização para todos – principalmente a orgulhosa e feliz Shuurei por seus alunos e as crianças que ajudou. Naquele dia os alunos de Shuurei compreenderam o porquê da aula especial no palácio. Ela queria que eles aprendessem como era ajudar os outros sem se importarem de onde vieram, a língua que falam, a maneira como se vestem.... Apenas pela vontade de ajudar.

No sétimo dia os pais das crianças foram busca-las no palácio. As famílias estavam muito animadas com o que os filhos podiam ter aprendido ali e agradeceram imensamente ao imperador e Shuurei pela grande oportunidade. As crianças se despediram de maneira educada e formal e foram para suas casas com seus pais.

— Você realmente leva jeito para muitas coisas. – Kourin se dirigiu a Shuurei.

— Não levo. – Kourin não entendeu o que ela quis dizer – Foi bem difícil conseguir que eles se ajudassem e deu um grande trabalho. Ainda bem que tive ajuda. – ela sorriu se referindo a ajuda que os amigos haviam dado enquanto realizava sua aula especial.

— Se de o devido credito Shuurei. – Shouka deu um passo a frente – Se não fosse por você estas crianças estariam perdidas. – ele foi sincero e citou uma opinião que muitos ali partilhavam.

— Obrigada pai. Mas não exagere. – ela terminou rindo junto com Shouka.

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Na noite daquele dia, uma pessoa em particular estava estática no jardim de sua casa: era Kouyuu. Ele sabia como aquelas crianças se sentiam e vê-las trouxe péssimas lembranças de volta para ele. Os mais próximos haviam notado sua mudança de humor com isso e estavam muito preocupados.

Kouyuu foi tirado de seus pensamentos quando Reishi apareceu ao seu lado com dois copos de chá e uma manta. A noite estava fria e Reishi colocou a manta sobre os ombros de Kouyuu e lhe entregou um dos copos de chá. Kouyuu apenas aceitou a gentileza de Reishi e tomou um pouco do chá, antes de começar a tremer ao se lembrar de tudo que passou até Reishi e Yuri estarem com ele.

Naquela noite Reishi apenas ficou confortando Kouyuu até ele descansar – independentemente do fato de Kouyuu ser alguém que aparenta muita integridade nada mudava o fato de que algumas das feridas em seu coração jamais se fechariam.

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Na semana seguinte a resolução do caso das crianças o palácio havia voltado a sua normalidade. Shuurei estava levando documentos sem parar de um lado para o outro; Shouka estava na biblioteca; Seiran protegendo Ryuuki enquanto ele atendia a corte imperial; Shuuei treinando seus homens; e Kouyuu estava trabalhando com Reishi no ministério.

Tudo corria bem. Situações sérias nas províncias eram direcionadas a suas resoluções, a aprovação de Ryuuki como imperador subia e a vida continuava. Houve até uma situação cômica que abalou todo o palácio.

Em uma carta, Reishi havia contado a Yuri que Kouyuu havia tido uma noite ruim e o motivo da mesma. Ela veio correndo para dentro do palácio, passou pelos guardas e ignorou qualquer forma de respeito que devia aos conselheiros, ministros e o imperador. Ela foi direto ver se Kouyuu estava bem e perguntar a Reishi o que havia acontecido na realidade.

Faze-la se acalmar foi muito difícil e parte do palácio se assustou com a cena que havia ficado: Shouka, Kuro, Reishi, Shuurei, Kouyuu, Yuri e Seiran juntos à frente da escada que dava para a sala da corte. Era a primeira vez que todos ali viam o alto escalão do clã dos Kou juntos e ainda por cima no meio de uma descontraída conversa.

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No final daquele ano o palácio não estava se preparando apenas para a festa de fim de ano, mas também para a grande reunião do ano seguinte. Com as notícias da grande competência do imperador em governar e ajudar seu império ficou decidido que Saiunkoku sediaria uma reunião com as famílias imperiais de outros dois impérios vizinhos.

Estava tudo muito corrido com os preparativos e, como se isso não fosse suficiente, a reunião dos oito clãs coloridos iria acontecer junto da reunião das famílias imperiais. Tudo tinha que estar em ordem! E como se todo esse trabalho não bastasse, Shuurei deu uma péssima notícia a todos: precisaria se afastar.

— Não faça isso! – Hakumei se pronunciou – Já basta que eu, Kouyuu e Reishi teremos que nos afastar e agora você também!? – ele parecia inconformado.

— Eu ainda sou a princesa mais velha dos Kou. Eu tenho que atender a maioria das reuniões e tenho uma outra função a desempenhar. – percebendo a expressão de dúvida nos rostos atentos as suas palavras ela continuou – Eu terei que receber a Tsari-chan e a Rari-chan quando elas chegarem e ambas vão dormir lá em casa. – ela terminou.

— Quem são essas duas? – Sou soltou a pergunta.

Elas são as princesas Iamiria Tsarina e Yuhori Rariama. Respectivamente elas são a princesa herdeira do trono do império de Mandarim e a princesa herdeira do trono do império de Kore. – o coração de todos na sala congelou e um grito de susto ecoou pelo palácio.

— Isso não pode ser sério! – Houjo estava inconformado – De onde conhece pessoas tão importantes!? – ele não deteve a pergunta.

Elas vieram aqui uma vez e nos tornamos amigas! Trocamos cartas com certa frequência para conversarmos. – ela foi sucinta e objetiva dando um leve sorriso no final que quase matou todos na sala do coração.

Antes que alguém dissesse algo para reagir a afirmação de Shuurei, Shouka entrou na sala.

— Com licença. – ele entrou direto carregando duas caixas belíssimas nos braços.

— Pai! – Shuurei se assustou.

— Shouka-sama! – Seiran se assustou também.

— Shouka o que veio fazer aqui? Não pode entrar desse jeito! – Reishi não acreditava na cara de pau que o irmão mais velho tinha em algumas situações.

— Calma. Vim entregar isso aqui a Shuurei. – Shouka respondeu ao irmão.

— São as cartas da Tsari-chan e da Rari-chan?! – ela estava animada.

— São sim. Chegaram a uns cinco minutos atrás e vim entrega-las.  – Shouka foi sincero e estendeu as caixas a Shuurei que parecia estar em extrema felicidade.

Sem esperar ou hesitar, Shuurei abriu a primeira caixa – esta era de madeira fina, decorada com o símbolo oficial da família imperial de Mandarim junto ao símbolo do clã dos Kou na tampa alaranjada e tinha uma carta dentro endereçada para Shuurei. Ela parecia extremamente animada enquanto lia a carta; e assim que a terminou foi abrir a segunda caixa para ler a outra carta. A outra caixa tinha o símbolo da família imperial de Kore junto ao símbolo do clã dos Kou entalhados em uma tampa cor salmão e Shuurei parecia mais do que muito feliz com o que lia na carta.

— Ai que maravilha! – ela começou a dar leves risadas enquanto guardava com todo carinho suas cartas.

— Não vou nem perguntar o que vocês três estão tramando agora. – Shouka já viu ela reagir daquele jeito as cartas de suas amigas e sempre significava que algo grande havia acontecido ou ia acontecer.

— Ainda bem. É segredinho nosso! – ela continuava rindo enquanto Shouka já se preocupava com o que as três fossem aprontar.

Shuurei estava tão perdida em seus pensamentos de felicidade que apenas abraçou as caixas e saiu da sala para começar seu trabalho, responder suas amigas e guardar suas cartas – deixando todos desnorteados com tudo aquilo.

— SHOUKA! – Reishi exigia satisfações do irmão.

— Não adianta Reishi.... Se quer saber o que se passa vai ter que perguntar a Shuurei pessoalmente! – Reishi se irritou com as palavras do irmão – Ela não gosta que certos detalhes de sua vida social se tornem públicos sem seu consentimento. – Shouka terminou e saiu para dar continuidade a seu trabalho.

— Isso realmente não pode ser sério! – Shuuei parecia inconformado e virou um olhar para Kouyuu esperando que ele soubesse de algo.

— Nem adianta ficar me encarando. – Shuuei já se decepcionou com a resposta do amigo – É a primeira vez que escuto sobre isso e estou tão perdido quanto você!


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Notas finais do capítulo

Quem gostou?
Eu vou fazer bonito no próximo ;)



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