A imperatriz de Saiunkoku escrita por benihime


Capítulo 4
Fazendo o que é certo


Notas iniciais do capítulo

Mais um chegando!
Esse vai dar um friozinho na barriga ;)



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No terceiro dia houve um problema que impediu a aula de Shuurei e quase matou metade do palácio de medo.

                Uma das crianças – a que chorava sem trégua – procurava por algo com a ajuda de Ryuushin pelo palácio quando se assustou com o som de espadas se chocando e homens gritando no campo de treino do exército imperial que era próximo.  O susto foi tanto que a criança correu para dentro do campo de treino antes que Ryuushin impedisse.

Os soldados levaram um tremendo susto quando uma pequena garotinha se enfiou no meio dos treinos e acabou machucada. Todos pararam e tentaram ajudar, mas o medo fez a criança correr de novo e se esconder no pior lugar: o depósito de armas.

Ryuushin queria ajudar, mas não podia quebrar a regra número um de Shuurei; então ele pegou seu apito e assoprou com toda força para chamar por alguma ajuda e começou a olhar e correr em volta em busca de um adulto que pudesse ajudar.

Longe dali Shuurei procurava incessantemente – com ajuda dos oficiais do palácio – por ele e Orire (a menina que estava com Ryuushin). De repente o apito foi escutado e Shuurei sabia que algo grave havia ocorrido, pois o som veio da direção do campo de treino do exército. Ela disparou naquela direção atrás das crianças já desesperada pensando no que podia ter ocorrido. Chegando lá ela ouviu:

— Shuurei-sensei! Problemas! Depressa! – Ryuushin estava desesperado.

— O que houve? – ela foi direta.

— A Orire entrou no campo de treino, se machucou e se escondeu naquela casa ali! Ela precisa de ajuda! – o garoto apontou para o depósito de armas fazendo o coração de Shuurei quase parar.

— Com deixaram isso acontecer!? – Ryuuki não gostou nem um pouco daquilo.

— Sentimos muito majestade! A criança apareceu do nada! E de trás de um dos bonecos de treino! Quando percebemos já havíamos machucado ela. – um dos soldados se reportou a Ryuuki que permanecia inconformado.

— Ele não está mentindo! – Ryuushin chamou a atenção de Ryuuki – Ela se assustou com o som dos treinos e antes que conseguisse impedir ela se enfiou ai no meio! Sinto muito! – o menino abaixou a cabeça para se desculpar recebendo uma breve confirmação de Ryuuki.

— Eu vou tirar ela de lá. Fiquem aqui perto dos adultos crianças. – Shuurei terminou e foi em direção ao depósito de onde choros eram ouvidos.

No depósito ela achou uma criança machucada e assustada segurando um pano nas mãos. Ela acalmou a menina e a tirou de perto das armas pegando-a no colo. Quando Shuurei saiu assustou a todos com o estado da criança.

— Orire! Você tá bem? – Ryuushin correu até ela e usou a tabela de sinais enquanto perguntava.

— Ela vai ficar bem, mas antes quero que prestem atenção aqui crianças! – Shuurei disse bem alto ganhando a atenção de todas elas – Primeiro: foi errado vocês dois se afastarem do grupo sem avisar antes. Que desculpa tem para isso?

— Eu vi ela se afastando e fui ver o que era.... Quando me dei conta não sabia mais por onde voltar! Esse lugar lembra um labirinto.... Ai fui com ela caso algo acontecesse. – Ryuushin falou tímido e envergonhado – Nos desculpe Shuurei-sensei.

— Muito bem. – ela deu um leve suspiro e continuou – Agora quero deixar uma coisa muito bem clara! – as crianças não desviavam a atenção da professora – A regra número um era qual mesmo? – as crianças citaram a primeira regra – E agora vocês entenderam o por que dela, certo? – as crianças confirmaram – Vocês precisam se cuidar para retornarem para suas famílias e casas. Isto é uma prioridade! – as crianças assentiram novamente – Agora quero deixar outra coisa clara! A ação do Ryuushin foi correta ao chamar por ajuda e não deixar sua amiga sozinha! Vocês precisam se ajudar para aprender coisas novas e conhecer uns aos outros. Ajudar um amigo a encontrar algo que perdeu ou a achar um caminho não é errado, é ser um bom amigo. – as crianças entenderam e aqueles que a escutavam apenas assistiam o como ela ensinava o certo e o errado as crianças surpresos e admirados.

— Por favor nos desculpem pelo que aconteceu. – Ryuushin mais uma vez se desculpou, porem desta vez com os soldados, oficiais e o imperador que ali estavam.

— Não se preocupe com isso. O mais importante agora é passar sua amiga com um médico. – disse Ryuuki se colocando na altura da criança.

Orire se assustou automaticamente com as palavras de Ryuuki e com o doutor Tou que apareceu logo ao lado e deu um passo à frente. Ela se debateu no colo de Shuurei e abriu ainda mais a ferida que estava em sua perna.

— Tenha calma. Vai ficar tudo bem. – Shuurei aconchegou ainda mais a criança em seus braços e falou com a voz tranquila e serena – Ele não irá lhe fazer nenhum mau. Ele vai cuidar muito bem de você. Eu e seus amigos vamos estar junto para que não sinta medo. – Orire apenas se abraçou mais em Shuurei e assentiu a decisão de deixar Tou cuidar dela.

Shuurei a deu nos braços de Tou sempre dizendo que estava tudo bem e não havia problema; no final a menina estava aconchegada no colo de Tou a caminho da ala médica do palácio. Ela fez as outras crianças irem junto e todos os outros que ali estavam decidiram acompanhar o cuidado de todas as crianças – já que se Shuurei convenceu uma, talvez convencesse as outras.

No caminho, Shusui percebeu que Ryuushin estava mancando e mais devagar que as outras crianças e fez todos pararem.

— Você está bem garoto? – ela se abaixou ao seu lado e chamou todas as atenções para eles.

 - Eu só estou cansado. – disse o menino um pouco envergonhado.

— Mas você está mancando. – disse ela fazendo o menino virar o rosto.

— E um de seus pés está maior que o outro. – Shuurei se aproximou e o menino se rendeu de vez.

— Enquanto corria um dos meus pés começou a doer muito e tem me incomodado desde então. – ele confessou a sua professora.

— Vamos ver. – Shuurei tocou no pé machucado e o menino gemeu de dor – Você deve ter torcido. Venha. Eu levo você até a ala médica. – ela estendeu a mão para Ryuushin.

— Mas aí quem vai ajudar a Orire? – ele estava escondendo o machucado para ajudarem a amiga antes dele.

— Acha mesmo que só tem o Tou aqui para ajudar? – ela fez ele se render.

— Tá bom Shuurei-sensei. – dito isso ela o pegou no colo e todos voltaram a se mover.

Não havia quem não se surpreendesse a cada ação de Shuurei para ajudar as crianças que tinha sob sua responsabilidade. Era impressionante! Ela tinha mais aptidões do que parecia.


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Notas finais do capítulo

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