Alexander escrita por Helena Lourenço


Capítulo 15
Capitulo quinze — Confissões


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo, pessoal. Agora só o Epilogo. Mas, eu tenho uma ideia para continuação, mas eu não sei... Enfim, me digam o que acham.



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—Clarke Port, Suíça—
Capitulo quinze — Confissões.

   Eu tinha me preparado dias para esse momento. Tinha repetido diversas vezes o que fala na minha mente e treinado no espelho. Mas, estar ali, de frente para todas aquelas pessoas era mil vezes pior do que eu imaginava. Busquei o olhar de Alec, encontrando-o perto de Edward, com o pequeno Jonathan em seu colo.  Ele percebeu que eu o olhava e sorriu para mim, encorajando-me a ser firme.

Eu precisava ser firme. Pela minha mãe, morta, e por mim mesma. Jacob já fizera o suficiente em sua vida, agora pagaria por tudo em uma cela. Não sem antes eu o olhar por uma ultima vez, e, sorrindo, mostrar que ele – nem Marcus – teria o que queriam.

 Contei a Charlie sobre o que minha mãe tinha-me contato na mesma noite. Ele falou com o advogado na manhã seguinte e colocaram o nome de Marcus Heyerdahl na lista de cúmplices. Fiquei triste ao saber que Heidi podia estar sendo manipulada pela família o tempo todo e, magoada em pensar que ela podia ser cúmplice também. Mas tentei não pensar nisso.

 A noite que minha mãe morreu é uma imagem vazia em minha mente. Não me lembro de muita coisa, apenas de suas palavras e de como me senti angustiada. Apesar de tudo o que ela fez a minha vida inteira, ela ainda era a minha mãe – por mais que eu tentasse, não conseguia sentir raiva dela. Não mais.

— Renesmee Swan, você jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade? — um homem me perguntou, depois de me mandar erguer a mão direita. Suspirei pesadamente e senti meu coração acelerar.

— Eu juro. — minha voz era sussurrante, porém firme. Meus olhos estavam marejados. Eu não estava pronto para o que vinha a seguir. Que perguntas fariam? Eu saberia respondê-las? E se eu falhasse?

— Advogado de acusação, perguntas? — o juiz perguntou, então vi Jasper Whitlock levantar e assentir. Ele seguiu até mim, olhando-me de forma que eu não deveria temer a nada.

— Renesmee Swan, certo? Creio que deveria usar o sobrenome Cullen. Por qual motivo não o usa?

Suspirei, aliviada.

Aquilo era fácil.

— Eu não tinha conhecimento de que Edward Cullen era meu pai.

— E por que não?

— Minha falecida mãe não me contou sobre ele. — senti o nó em minha garganta ao contar aquela parte da minha vida. — eles não eram casados. Meu pai queria estudar, minha mãe se recusou a ir com ele. — então contei o resto da historia, incluindo o que minha mãe me contara antes de morrer.

— E como sabe do envolvimento de Jacob Black com Marcus Heyerdahl?

— Minha mãe, Isabella, me contou antes de morrer.

— Isso é tudo, meritíssimo.

— O advogado de defesa quer fazer alguma pergunta? — o juiz voltou a perguntar. Vi Jacob abaixar a cabeça, enquanto seu advogado negava. Muitas pessoas foram chamadas a depor, incluindo Alec. Todo foi contra Jacob, ele não teria chances. Até seu advogado sabia disso. — Pode ir para seu lugar, Srta. Swan.

  Levantei e segui para fora daquela sala. Eu precisava de ar, precisava esvaziar minha mente. Segui para a rua, caminhando para a cafeteria em frente ao fórum. Sentei-me em uma mesa e abaixei a cabeça, que doía. Uma garçonete anotou meu pedido, uma xícara de café, e me deixou sozinha novamente.

— Não deveria beber tanto café — disse meu pai, sentando a minha frente na mesa da cafeteria. Olhei para ele, que tinha um sorriso leve em seus lábios. Ele buscou minha mão, segurando-a com ternura. — O juiz já deu a sentença.

— E...?

— Jacob foi condenado à prisão. Vinte anos. — ele disse como se achasse pouco. Tinha que admitir, eu também achava pouco. Por mim, a prisão perpetua ainda era pouco. — Ness, você foi muito bem hoje.

— Estava nervosa — confessei bebendo mais um pouco do café — mas, me sinto bem melhor agora, que tudo acabou. Podemos ser felizes, agora. Eu, você, Irina e Anthony.

— Não estou incluso?

Virei-me para Alec, que tinha um sorriso brincalhão em seus lábios. Em seu colo, Jonathan estendia seus braços para mim. Peguei-o sem hesitar. Jonathan tinha oito meses, e era tão parecido com Alec que assustava. Olhos azuis vibrantes e cabelos negros que já precisavam cortar, chegando a seus ombrinhos.

— Claro que está incluso, Alec, sabe disso. — respondi, sorrindo para o bebe em meu colo — e você, está tão grande. — disse para o bebe em meu colo, que riu como se entendesse. Alec sentou ao meu lado, então trocou um olhar cúmplice com meu pai, que levantou e saiu, não sem antes dar um beijo em minha testa.

— Tenho algo para você — Alec disse, colocando uma caixinha vermelha na minha frente, sobre a mesa. Olhei-o perplexa, sorrindo também, meio boba. — Abra.

  Passei Jonathan para o colo do pai, então abri a caixinha, onde um anel de ouro com uma pedra branca brilhava. Fiquei olhando para o anel por um tempo, sem ter o que dizer, mas Alec sabia.

— Passei anos pensando que faria isso com Heidi, mas então você chegou para mudar tudo — ele colocou meu cabelo para o outro lado, deixando meu pescoço a mostra, o beijando em seguida. — Casa comigo, Renesmee.

Olhei para ele, e, sem fala, o beijei, deixando claro minha resposta. Ele sorriu e foi impossível sorrir junto.

— Meu pai — me afastei para olhá-lo — ele não vai achar isso loucura? Quero dizer, eu só tenho 16 anos, e você, 18.

— Bem, seu aniversario de 17 é daqui dois meses — ele trocou a posição de Jonathan em seu colo — e, acho que podemos esperar mais um ano até você ter 18. E, bem, eu meio que contei a seu pai o que iria fazer hoje, acho que ele não vai achar loucura.

Gargalhei, sentindo-me leve por isso.

— Muito bem — peguei Jonathan no colo, levantando-me —, mas acho que nossas famílias estão esperando lá fora. Vamos lá, temos muito que comemorar!

Ele abriu um sorriso, então seguimos para nossas famílias estavam. Fui em direção a meu pai primeiro. Que abriu um sorriso, como se soubesse o que eu sentia. Bem, de certa forma ele sabia. Jonathan se inclinou para Irina, que o pegou de bom grado.

— Ele gosta muito de você — Alec comentou, abraçando minha cintura. — o que acha de ser madrinha dele? Na verdade, vocês dois.

Meu pai e Irina trocaram um olhar.

— Claro que aceitamos! — Irina exclamou — adoro esse pequeninho e, de certa forma, ele é seu neto, Edward.

Meu pai empalideceu.

— Olha, sei que vocês vão casar e tals, mas nada de netos. — o olhar de meu pai era severo — Jonathan já basta.

— Por enquanto — Alec disse, saindo de fininho da roda que tínhamos formado. Eu ri da expressão de meu pai, junto com Irina. E, eu me sentia bem ali, sentia que finalmente eu teria uma família de verdade.


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Notas finais do capítulo

:')



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