Drowning escrita por harumi99


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, pf comentem para que isso me incentive a continua escrevendo e tbm para saber oq vcs estão achando da historia. ^-^



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Ela o salvou. Sarah, a mulher que pediu que ele se tornasse um herói. “Seja meu grande herói” sua voz era como um loop infinito em sua mente.

                - Eu perdi um maldito navio por aquela mercadoria! – Vozeirou o capitão.

                Jim ouviu o barulho da trava sendo puxada em sua orelha. O homem se encontrava ao seu lado com a arma encostada na cabeça do garoto. Quando ele foi parar ali? Nosso querido Jim não tinha certeza.

                - Já chega, Jack – Um homem com um chapéu lustroso e um uniforme colorido e bem alinhado segurou a mão de Jack e a abaixou – O garoto já aprendeu a lição.

                Todos ficaram supressos e com medo ao ver a marinha britânica e logo desapareceram como fumaça com medo de estarem encrencados.

                - Eu perdi minha venda, Ben. – Protestou Jack gesticulando com a arma em mãos como se fosse um brinquedo – Você sabe o valor daquela mercadoria!

                - Eu sinto muito. Mas não posso fazer nada sobre isso – Ben deu de ombros. Ele se abaixou e olhou o garoto nos olhos. O olhar de Jim estava distante, vidrados no corpo inerte da mulher a sua frente – Jim Hawkins? – Perguntou

                Jim olhou surpreso para Ben. Então aqui eu esclareço algo para vocês, caros leitores: nunca é um bom sinal quando o oficial da justiça sabe seu nome inteiro. O garoto balançou a cabeça em um sim.

                - Eu mereço desafia-lo! – Disse Jack

                - Você não pode matar um tutelado do Estado. – Voltando-se para Jack, Ben explica: - O garoto é um órfão que fugiu e é procurado por pirataria.

                - Não venha com esse papo furado, Ben! – Jack ameaça Jim mais uma vez com a arma – Vocês não podem prender ninguém em Vit!

                Ben se levantou de uma vez. Ágil como um gato, ele pegou Jack pelo colarinho e com a outra mão ele apontava o cano de uma arma em seu queixo

                - Não ouse dizer o que eu posso ou não posso fazer, Jack – Sussurrou bem devagar no ouvido de Jack. Seu olhar brilhava, era quase como um pedido para que Jack atirasse e ele pudesse mata-lo – Ele é um tutelado do Estado. E se você quer desafia-lo tanto assim eu terei que desafiar você no lugar dele.

                Ben o soltou e se afastou alguns passos, guardou a pistola, desembainhou a espada e se virou para Jack. O pirata fez o mesmo, porém sua mão tremia. Já que o estimado leitor não faz parte do mundo em que está a ler, terei um enorme prazer em explicar porque Jack tremia. Benjamin Court, um baixo nobre, capitão da frota número 7, conhecida como a vingança da rainha vermelha, sua fama se espalhava pelos sete mares e pelos confins da terra por suas estratégias infalíveis e sua excelente esgrima. Alguns diziam que não havia um homem em toda Bretanha capaz de vence-lo em uma luta de espadas. Essa mesma luta que Jack estava prestes a travar.

                Chegou a ser patético, cara leitor. Jack mal teve tempo de se defender. Ah... Como eu poderia descrever luta tão ínfima? Eu poderia exagerar dizendo como Ben se movia rápido, o que é verdade, mas não é como uma luta grandiosa. Jack tentou se proteger, as espadas se chocaram. E Ben o chutou no estomago. Jack voou até a água. E para a sorte de nosso pirata, a sereia já tinha a muito ido embora. Ben e seus homens agiram como se nada tivesse acontecido.

                O capitão da frota ajudou Jim a se levantar. O pobre rapaz mal teve tempo de agradecer sem antes ser algemado e levado até o navio do capitão deixando o corpo de Sarah no deque.

                Jim estava na carceragem vazia com uma cela exclusiva para ele. O garoto agradeceu silenciosamente por não ter que conversar com ninguém.

                - Sinto muito pela sua amiga – Disse Ben ao entrar na cela e se sentar ao lado do garoto.

                Jim não falou nada. Ele ainda parecia em choque com o que havia acontecido. Talvez aquela mulher tivesse uma relação maior que amizade com o garoto. Amantes, talvez?

                Ben continuou: - Terei que te levar para Inglaterra, você será julgado e sentenciado a forca por seu envolvimento com a pirataria. – O capitão observou o garoto. Nada – Sabe... Sua mira é realmente boa. Você poderia ser muito útil para vossa majestade.

                - Não – Cuspiu Jim – A marinha não aceita pessoas do meu tipo

                - Poderia entrar para a academia – Continuou Ben ignorando-o – Ser treinado lá. Aprenderia a lutar, fazer estratégias e conseguiria facilmente altos cargos na marinha

                Jim viu que era inútil continuar aquela conversa, então mudou de assunto:

                - Como você sabe meu nome? – Perguntou

                O capitão sorriu como se esperasse por aquela pergunta

                - Há um mês – Começou Ben - dois navios de minha frota que escoltavam uma remessa de impostos a caminho da Inglaterra foram naufragados por um navio pirata chamado “Dama Negra”. Dizem que o capitão Max, um velho conhecido na marinha britânica por seus fracassos, estava conseguindo vitória após vitória graças a um novo garoto de armas chamado Jim Hawkins. Eu ouvi boatos sobre essa batalha, em como Jim Hawkins forçou os navios britânicos contra as rochas usando apenas a força dos ventos e o mar. Imagine a minha surpresa ao descobrir que ele possui apenas 15 anos.

                Agora eu me lembrei, queridos leitores, que esqueci de contar-vos sobre o nosso menino prodígio. Não foi à toa que Max o contratou. Durante as batalhas Jim ficava sentado dando ordens, mas ninguém reclamava, todos sabiam que daria certo. Foram incrédulos em uma primeira instancia, mas após a terceira vitória consecutiva ninguém falava mais nada.

                Jim ficou surpreso por saber que havia se tornado famoso. Não de um bom jeito.

                - O que você quer? – Perguntou Jim ríspido

                - Eu perdi homens naqueles navios que você naufragou – O semblante do capitão ficou frio, seco – Bons homens, ótimos estrategistas e navegantes melhores ainda. E você, Jim Hawkins, um garoto de 15 anos os derrotou como se fossem merda no seu sapato. Sabe como isso sujou o meu nome? Eu treinei aqueles homens. E agora eu preciso treinar e contratar novos homens. É por isso que eu estou aqui. – Ben deu um sorriso amigável

                Jim olhou-o surpreso. Como que ele poderia mudar de expressão tão facilmente?

                - O que? – Perguntou o garoto

                - Aceite minha proposta, Jim. Deixe-me treina-lo e torna-lo meu imediato. Seus crimes serão perdoados. Pense nisso como um recomeço onde você poderá fazer o certo, ser o herói da própria história! – Ben estava tão animado que ele precisou pegar folego. Seu sorriso parecia o de uma criança de oito anos.

                “Meu grande herói”. Ah... Caro leitor, nosso pequeno Jim ouvia de sua mãe que ele seria grande um dia, um grande desbravador, um herói. Como um ombro amigo pode fazer a diferença em uma vida. E tudo o que ele precisava era alguém para levanta-lo e dizer a ele que ele pode ser muito mais. Quando se é jovem e se sonha com um futuro desconhecido, o mundo parece tão belo... E por um momento Jim havia perdido esse olhar e substituído pelo olhar dos conformados. E não há coisa mais triste, meus estimados leitores, quando uma criança começa a ver o mundo como um adulto.

                E nossa... Não há algo mais belo quando, uma vez perdido, este olhar retorna para os olhos de alguém. Jim olha para os olhos do capitão e encontra a aventura que ele promete. Uma vida nova. A história de um herói.

                Com um sorriso entusiasmado Jim responde:

                - Sim, capitão.


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Notas finais do capítulo

Entonces, oq vcs acharam? Pf comentem para q meu coraçãozinho fique aliviado. Obrigada!!!



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