Visão: Sand

O ônibus realmente capotou... que louco!

Visão: Vitor

Bom que ninguém se machucou pra valer... seria complicado tentar ajudar alguém agora.

Visão: Bell

Eu me encaminhei até a direção das duas novas garotas. Assim que cheguei próximo delas, me apresentei:

—eu sou Bell, Bell De La Variere. Como se chamam?

As duas deram juntaram as mãos e colaram uma na outra, depois a de cabelo azul perguntou pra irmã:

—irmãzona, será que esse é aquele tipo de homem narcisista e vaidoso que se obriga a ser gentil com qualquer garota que encontra?

A de cabelo rosa respondeu:

—isso é horrível, estamos sendo violadas dentro da mente de alguém que acabamos de conhecer, irmãzinha.

*seta nas costas* e-elas tiveram a impressão errada...

A de cabelo azul retomou a fala dizendo:

—irmãzona, ele está fazendo uma careta estranha, você consegue ver?

A de cabelo rosa respondeu sem desgrudar da de cabelo azul:

—é a careta de um perdedor completo, irmãzinha.

*outra seta no coração*

Visão: Narrador

Depois de muito abuso verbal sobre o Bell, ele caiu gelado no chão. De uma simples tentativa de ser gentil, recebeu um bombardeio de insultos falados de forma educada pelas irmãs, e sem poder revidar nenhum.

Visão: Aluc

Estávamos pronto pra partir, porem o Bell estava deitado no chão, branco.

A Fidget chegou do meu lado e disse:

—melhor pegar ele no ombro logo, esse dai não vai levantar tão cedo.

Eu fiz uma pergunta um pouco mais do meu interesse:

—antes, por que ele está branco? Tenho certeza que ele tinha pelos marrons.

Ela colocou a mão no meu ombro e a outra no rosto, depois disse:

—sabe porque eu e o Saito temos tantos itens especiais? Ou porque acontecem tantas referencias? Pois é, acontecem coisas no mundo que não podem ser explicadas com simples palavras.

Se ela estava tentando filosofar, falhou miseravelmente.

Visão: professora

Eu reorganizei os alunos e voltamos pro hotel. Depois de 2 quarteirões, o Saito caiu no chão. A Fidget pegou a camisa dele e levantou enquanto dizia:

—efeito colateral do uso da mascara. Os machucados mais graves dele, como o pulmão, vai estar regenerado, mas o resto não. então, é melhor enfaixarem logo ele.

A garota vampiro de cabelo preto pegou ele no colo. Ela tinha uma força próxima da minha, então não teria dificuldades em carregar um corpo, mas os alunos estavam olhando pra ela de forma estranha.

A Fidget também percebeu os olhares, e depois perguntou:

—estão com ciúmes?

Eles pareceram surpresos, todos, menos o Austin. A Lucatiel respondeu:

—não, é apenas estranho ele ser carregado por uma garota. Normalmente os homens que carregam as mulheres dessa forma.

O Saito, que ainda estava acordado, falou dando um “joia” com a mão:

—prefiro ser carregado por uma garota bonita do que um cara.

O Austin começou a dar risadas, depois falou:

—é bem a cara dele dizer uma coisa dessas!

Visão: Fidget               

Assim que chegamos de volta no hotel, deixamos o Saito na enfermaria que tinha por lá. Eu até iria ficar com ele, mas tenho que fazer umas coisas antes.

*abre portal*

É hoje poha!

*entra no portal e ele se fecha*

Visão: Saito

Depois que fizeram todos os curativos em mim, eu pude sair.

Tinham me dito o número do meu quarto, então eu apenas iria chegar, deitar e dormir. Já era de madrugada, e eu estava cansadão, mas assim que abri a porta, eu encontrei a Marcy, a Pero, aquelas gêmeas que salvei e a Tomoki.

Coloquei a mão na testa, fiz cara de alguém triste e falei:

—essa semana vai ser foda.

A Tomoki veio na minha direção, entregou o meu celular de volta e não disse uma palavra. Assim que eu peguei o celular, apenas falei:

—sem arrependimentos.

Guardei o celular no bolso e ela voltou pra onde estava antes. A minha mochila já estava no quarto, então apenas peguei um livro e caminhei até a poltrona enquanto perguntava:

—não tinha mais lugares pra ficarem? É muita gente pra um quarto desse tamanho.

A Tomoki respondeu:

—não. Ninguém sabia que iria chegar tanta gente assim, então a professora decidiu colocar todas no mesmo quarto que você, já que é sua responsabilidade.

Eu sentei na poltrona de forma toda errada, olhei pra ela e perguntei:

—e você também é minha responsabilidade?

Ela respondeu enquanto sentava no sofá:

—não, sou sua colega de quarto. Ficou muito solitário por eu não ter ficado no mesmo quarto que você?

Eu respondi sorrindo de leve:

—fez um pouco de falta no começo, mas já me acostumei. Fiquei tanto com a Riuka sendo minha colega de quarto, que quando acordava e só me deparava com a Fidget, sentia falta de outra alma pelo local. Falando nisso, cadê ela?

A Marcy respondeu enquanto andava até a TV:

—ela foi pra enfermaria junto com você, depois sumiu.

Eu abri o meu livro e falei sozinho:

—já sei aonde ela está. Ela volta daqui a pouco.

Da maneira que eu estava sentado, podia olhar pras gêmeas de ponta cabeça, e fiz isso mesmo. Depois perguntei com os olhos cerrados:

—só pra ter certeza, qual o nome de vocês?

A de cabelo rosa respondeu:

—Ram

E a de cabelo azul respondeu o que eu acharia que responderia:

—Rem.

Eu fechei os olhos, depois falei em um tom sério:

—Ram.

Todos olharam pra mim, já que foi muito do nada, eu levantei, fui até o lado dela e disse olhando pra baixo:

—nunca se esqueça da sua irmã, pois quando você lembrar dela, a dor de ter esquecido vai ser pior do que qualquer tipo de abuso físico.

Depois olhei pra Rem e disse:

—e Rem... se vir uma baleia branca voadora ou um cara louco que fica falando que o cérebro dele lateja, corre. Corre que é treta.

Depois dos meus avisos, eu fui até a janela, abri ela e logo em seguida subi até o telhado. Deitei nas telhas e fiquei pensando na vida.

Visão: Rem

Eu não entendi o aviso, mas ele nos salvou do doutor, então vou lembrar dele.

A Ram também foi sentar no sofá enquanto dizia:

—como se eu fosse esquecer da minha irmã...

Eu iria sentar no sofá junto, porém o Saito pôs a mão pra dentro do quarto enquanto continuava no telhado, depois perguntou:

—alguém ai pode me dar um cobertor? Aqui tá frio demais.

A Pero respondeu:

—venha aqui e pegue!

Ele retrucou:

—e perder todo o clima do momento? Sem essa, passa logo uma coberta pra cá. E considere isso uma punição pela quantidade de socos que você me deu aquela hora... por mais que sejam socos de moça.

A Pero ficou irritada. Uma das coisas que mais irrita ela é ser subestimada, a outra é perder. E ter os dois acontecendo ao mesmo tempo deve deixa-la furiosa.

A Ram foi quem pegou um cobertor e entregou pro Saito, e ele até agradeceu:

—obrigado, Ram.

O cobertor sumiu da janela, e a Pero disse:

—Ram, não faça tudo o que ele peça!

Ela respondeu:

—querendo ou não, ele salvou todas nós. Além do mais, estamos no quarto dele, temos de ser gentis.

Minha irmãzona, sempre sendo a mais racional de todas nós, eu a admiro muito.

A voz do Saito é ouvida mais uma vez dizendo:

—Ram, Rem, vocês podem tomar banho se quiserem, e também, a minha cama vai está disponível caso queiram dormir lá.

Visão: Tomoki

“caso queiram dormir lá”, ele está chamando elas pra dormir junto com ele?

Não, não é isso! Eu entendi errado, como minha mente ficou poluída dessa forma?

A Rem ficou surpresa e disse:

—não precisa chegar a esse ponto, nós podemos dormir no chão sem problemas.

A voz do Saito foi dita de novo, só que dessa vez, ele parecia irritado:

—chão... chão é o caralho! Quem manda nessa porra sou eu, e vocês são minha responsabilidade, melhor me tratarem como o superior dessa bagaça. Rem e Ram, vocês tomem banho primeiro, depois pode ir a Marcy e a Pero. E prestem bem atenção agora: Rem, você vai dormir na minha cama junto com a Ram, a Marcy vai ficar no sofá e a Pero vai dormir em um colchão, na sala. Entenderam? Não me obriguem a dizer de novo.

Ele estava literalmente ordenando o que iriam fazer. Bom, eu não vou intervir. Por mais que ele pareça arrogante, ainda tem um objetivo gentil, e eu admiro isso.