Como Treinar o seu Dragão Interior 1,5 escrita por Kethy


Capítulo 1
Introdução


Notas iniciais do capítulo

Infelizmente, não dá pra agendar a publicação de uma estória. Tô triste... :’((

Mas ok! Vou deixar essa parte pra vocês como introdução, mas a fic mesmo só dia 16 de junho 0h e 52min. (Explico mais tarde... >Risada maligna!!!!!<)

Boa leitura!!



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O ar gelado cortava meu rosto, as minhas asas estavam tão pesadas que pensei que fosse cair. Tudo em mim estava dizendo para eu falar para o nosso mentor que eu não aguentava mais, porém, eu não o fiz. O corpo cansa, mas a sensação era muito boa. Me ajudava a esquecer meus problemas.

Alguns dos novos amigos que fizemos nas aulas estavam atrás de mim, Stormy, Helga, os Erics e Dag – Por pura preguiça. – Respectivamente, e na minha frente, em primeiro e segundo lugar, estavam Soluço e Olavo. Lógico, orgulhoso do jeito que eu sou, eu não iria deixa-los vencerem. Não, não era uma corrida, e sim um exercício chamado de: Percurso Suicida; o mais puxado, mais difícil, mais cansativo e mais tudo de ruim de todos, mas eu sou Melequento Jorgenson.

Pulverem comedes mea! {Comam a minha poeira!} — Gritei para os dois primeiros quando os passei.

Nulla ita! {Sem chances!}— Eles protestaram indo mais rápido até me alcançarem.

Eles conseguiram, mas se atrapalharam. Perdemos o controle e caímos, de volta as nossas formas humanas, nos arbustos de uma ilha. Graças a Tyr era a ilha que seria a “linha de chegada”.

— Eu ganhei! – Gritamos em uníssono levantando do mato com braços erguidos em sinal de vitória. Discutimos feito criancinhas, cada um dizendo que chegou primeiro que os outros. Nessa hora, nosso professor apareceu; ele era um dos anciãos, tinha cabelos brancos, manchas e rugas, porém com porte físico de um adolescente. Nos calamos e assumimos uma posição respeitosa.

— Melequento, Soluço e Olavo. – Ele começou o sermão. – Achei que tinha deixado bem claro que isso não era uma competição. O objetivo do Percurso Suicida é... – Ele se interrompeu de propósito para ver se nós sabíamos.

— Melhorar nosso condicionamento, assim nós ficaremos mais fortes durante lutas e caçadas. – Completamos a frase.

O ancião assumiu seu lado paterno mais uma vez.

— Eu sei que vocês já passaram por muita coisa nos últimos quatro anos, eu sei que alguns de vocês já passaram por brigas feias e sei que são jovens e querem se divertir juntos, mas há perigos nesse mundo e vocês precisam dessas aulas para estarem prontos.

— Sim, mestre. – Dissemos juntos.

— Não pegue tão pesado com eles, senhor! – Disse Stormy pousando de pé com leveza na forma humana. – Perigos existem aos montes por ai, mas não é motivo para deixarmos de viver nossas vidas. Se tiver uma coisa que eu sei é que temos que aproveitar os tempos de calmaria que temos enquanto durarem. Digo por experiência própria. – Ela dizia isso sorrindo; se era um sorriso falso ou não, ela disfarçava muito bem.

— Stormy eu...

— É sério, senhor, dá um tempo pra eles. – Stormy deu um soco leve no ombro do mentor. – Olha, tá todo mundo cansado. Por que não aproveitamos essa ilha tranquila para relaxar?

O professor sorriu.

— Pois muito bem. Cinco minutos, tropa!

Os outros alunos, que tinham chegado pouco depois de Stormy, comemoraram.

 

Na prática, nosso professor deixou passar mais que cinco minutos. Ficamos conversando, lançando sorte, pescamos e mais. Já eu... Bom, quando saímos do céu, toda a minha energia e animo se esvai. Acontece alguma coisa e eu fico meio depressivo; por ficar me lembrando da Astrid...

Sério, eu odeio isso! Só de olhar pro Soluço eu me lembro dela! Juro que eu tento tirar aquela garota da minha cabeça, mas eu simplesmente não consigo aceitar que isso aconteceu.

“O Soluço sempre consegue tudo!” - Grita uma vozinha irritante de um canto escondido da minha mente. Mando-a ficar quieta.

Eu sei que é um pensamento egoísta, já que o Soluço sempre sofreu muito. As pessoas o tratavam como uma aberração, por conta disso, o pai dele o dava qualquer coisa que ele pedisse. – Pelo menos quando ele era menor. – Ele nunca pedia muita coisa, e quando pedia era ou para agradar o pai, ou uma coisa simples e boba, tipo um caderno e lápis novos para ficar desenhando.

 

Isso era mais do que eu tinha...

 

Na verdade eu sempre ganhava tudo também, mas só se eu merecesse; eu tinha que obedecer, guardar tudo o que eu sentia pra mim mesmo, agir como superior, ganhar em tudo e, principalmente, se bonzinho; se não era capaz de eu nem poder comer algo bom e ter que me contentar com aquela sopa amarga.

Acho que nós dois víamos a Astrid como uma possibilidade de ser feliz. Ter alguém que pudesse nos aceitar. Sei que parece absurdo ou estranho. Quero dizer que ela era um tipo de apoio emocional.

 

Eu já estava perdido nos meus pensamentos quando fui forçado a voltar pra terra pelos Erics.

— Melequento! – Eles gritaram perto do meu ouvido. Assustei-me e derrubei o meu cantil de água.

— Que ideia é essa?! – Gritei nervoso.

— A culpa é só sua. – Eles disseram juntos.

— Hã?

— Você que não quis contar a tal história da briga com o Solucinho. Você nos deixou morrendo de curiosidade, não dá pra segurar. – Disseram eles todos dramáticos alternando a frase entre si.

— Não é uma história que gostamos de lembrar. – Soluço respondeu por mim serrando os punhos.

— Não tem mais nada pra gente fazer. Pelo visto vamos ficar aqui por horas morrendo de tédio. – De novo alternaram a frase entre si.

— Erics, os deixem em paz! – Olavo interviu.

— Na verdade... – Helga, que estava em outro grupo atrás de nós, decidiu entrar na conversa. – Se eles contarem vai ser melhor. Porque poderão reavaliar os erros do passado e desabafar. Isso sempre ajuda.

— Mesmo assim...

— Helga tem razão. – Stormy me interrompeu. – Se abrirem ajuda mais que varrer tudo pra debaixo do tapete. Não estou aqui pra forçar vocês a nada, é só um conselho de amiga.

Eu e Soluço nos entreolhamos. Se foi a Stormy que disse isso, talvez fosse verdade.

— Você têm certeza? – Perguntou Olavo, já sabendo da nossa decisão.

Eu e Soluço nos olhamos de novo. Soluço se levantou e respirou bem fundo, ele se levantou e acenando pra todo mundo, gritou:

Todos juntos aqui, pessoal, a história já vai começar!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO...

TYR – Deus do céu, da luz e dos juramentos. Filho de Hymir, passou a ser depois considerado filho de Odin devido a sua bravura em batalhas. Era representado como um homem sem a mão direita, decepada por Fenrir quando os deuses prenderam o monstro, durante uma prova imposta pelos deuses ao monstro. Tinha como símbolo a lança, representado como símbolo de justiça.



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