Wake Up escrita por SofyLiddell


Capítulo 7
Raposa Boba


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não sei se todo mundo conseguiu entender quem era o ser misterioso encapuzado mas... AQUI ESTÁ UM CAPÍTULO NOVINHO SAINDO DO FORNO ESPERO QUE GOSTEM!!!
*Algumas pessoas já entenderam exatamente que é o Ynuby u.u



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— Eu sei que você sempre quis saber o que aconteceu comigo, eu sei que você foi lá no Carro'ts porque queria saber o que aconteceu com meu corpo - Aquilo estava ficando cada vez mais estranho, e eu estava finalmente captando a mensagem.

— Não... Você não pode ser a... - Ele, quer dizer, ela, foi tirando aos poucos o capuz até finalmente mostrar o seu verdadeiro rosto. Não era uma doninha, não era o meu amigo que ajudava nos patolês, não era ninguém que podia ter passado pela minha cabeça.

— Olá, Nick...

— Judy? - A coelha na minha frente permanecia calada. Era isso, a minha melhor amiga, a cenourinha sempre esteve viva, o corpo dela sumido na verdade estava andando por aí e eu não sabia - Por que você se escondeu de mim esse tempo todo?

— Eu precisava - Ela observou ao redor - Venha, vamos sair daqui, é estranho ver mortos andando e falando.

Segui ela até uma floresta que havia perto dali e fomos andando por dentro, tirando do meio tudo que atrapalhava o caminho até chegarmos numa cabana, era ali que ela estava todo esse momento? Eu ainda tinha que processar tudo o que estava acontecendo. Entramos na casa de madeira e ela tirou a capa que ela usava para se esconder de todos, inclusive de mim. Estava com sua roupa xadrez rosa e uma calça jeans:

— Está com fome?

— O que aconteceu naquela noite? - Ela largou qualquer coisa que havia pego na geladeira e a fechou. Andou até a mesa e me convidou para sentar.

— Antes deu morrer, eu já havia percebido que eles queriam eliminar os policais, eu não podia contar isso para ninguém, eu sabia que eles iam se mostrar mais ainda ao perigo do que antes - Ela começou a explicação - Eu tive que trocar a bala da arma por saquinhos de sangue falso, e quando miraram para mim, tive que fingir a morte, mereço um oscar.

— De fato, merece. Conseguiu me fazer chorar, cenourinha - Eu sorri, mas depois sumiu, eu não sabia se ficava com raiva da Judy por ter escondido isso de mim durante tanto tempo ou se ficava feliz por ela estar viva - Então... Ynuby Tybar?

— É... Eu tinha que te ajudar de alguma forma, eu não aguentaria ficar tanto tempo longe do mundo policial, então resolvi te ajudar como outra identidade - Ela deu um gole no copo d'água que havia pego - Ynuby Tybar, foi meio complicadinho inventar esse nome.

— O que significa?

— Bonnie ao contrário e Rabitt ao contrário também - Ela se levantou e pegou uma folha de papel e sua caneta cenoura, aquilo era bom de se ver, Judy era muito viva mesmo "morta". Sentou-se de novo e voltou a explicação do nome - Ficaria Einnob Ttibar, eu só fiz algumas mudanças, ficando assim Ynuby Tybar. Outro oscar pra mim por criatividade.

— Mortos não recebem prêmios, pequena Judy - Ri da felicidade dela ao ficar explicando seu plano.

— Ei, o pai do Chefe Bogo recebeu um prêmio por honra após sua morte - Ela deu uma piscadinha - Voltando a pergunta inicial, está com fome?

— Mortos comem?

— Talvez cérebros - Ela disse isso e começou a imitar um zumbi, era isso que eu havia sentido tanta falta, começamos a rir e ela pegou uma cenoura pra ela e fez um macarrão instantâneo para mim.

Terminamos de comer e ela arrumou o sofá para eu dormir ali, por instinto, a abracei:

— Eu senti tanta sua falta, Judy - Falei sentindo as lágrimas caírem.

— Eu sei, Nick, doeu em mim também ter que ficar me escondendo todo esse tempo - Ouvi seu tom choroso, acho que ela também queria chorar - Me desculpa...

— Foi por uma boa causa, coelha esperta.

— Raposa boba...

Ficamos ali, abraçados, acho que nenhum dos dois queria soltar. Fui eu que tomei a iniciativa, ficamos nos olhando por um bom tempo até uma pergunta surgir na minha cabeça:

— O que fazemos agora? Quer dizer, agora que estamos mortos pro mundo?

— Não podemos nos esconder, pois o DPZ não vai conseguir cuidar do caso sozinho - Pelo seu olhar, ela já estava bolando um plano. Sem resultado.

— Acho que você já trabalhou demais para uma morta, Judy - Dei tapinhas em sua cabeça - Já está tarde, você vai dormir?

— Sim - Ela bocejou - Boa noite, Nick.

— Descanse em paz, Judy Hopps - Ela foi andando, até perceber o que eu acabei de dizer e começou a rir, foi andando até seu quarto rindo - Mas por favor, não hoje...

Deitei no sofá e fiquei observando a cabana. Era simples, mas com um toque de decoração especial da cenourinha, um porta retrato com a foto de sua família. Lembrei do meu sonho, será que ela já tinha ido visitar ela? Acho que podem estar sofrendo mais do que eu estava antes.

Judy Hopps estava viva.

Sorri com esse pensamento e virei pro lado tentando dormir, virei para o outro. Droga, estou sem sono. Resolvi ficar pensando em como podemos resolver absolutamente aquele caso. Podíamos continuar nos escondendo e ficar dando pistas para o DPZ... Não, não era uma boa ideia, ninguém mais pode morrer. Seria bom atrair os assassinos e os policiais para o mesmo lugar, sem armas, apenas as algemas. Mas como?

Seria arriscado chamar a atenção deles, mas eu e Judy não podíamos fazer isso, pois como eu mesmo disse: Estamos mortos para o mundo. Podíamos combinar com alguém de nossa confiança ou talvez... Podíamos fazer uma surpresinha na Van, acho que eu teria que conversar bem direitinho com a coelhinha pra conseguirmos por um plano de uma raposa em ação.

Ainda continuava sem sono, do nada consegui dormir, não lembro direito como, só lembro do pesadelo:

"Você não pode proteger ela pra sempre"

— Judy, o que você acha que eles querem dizer com isso?

— Nick, eu estou aqui, com você, eu não vou morrer de novo - A coelha disse fazendo carinho na minha cabeça.

— Então... Por que seu nariz está tremendo?

Foi mais um pesadelo, foi mais um barulho de tiro.

Foi mais uma Judy morta.

Acordei novamente de outro pesadelo, eu pensei que hoje especificamente poderia ter acabado, mas parece que a visão da coelhinha morta vai me assombrar pra sempre. Levantei do sofá e fui até o quarto onde vi Judy entrar, ela estava ali, dormindo e respirando, sem nenhuma mancha de sangue. Fui me aproximando da cama e sem querer acordei ela:

— O que faz aqui, raposa boba? - Falou se espreguiçando.

— Sem sono...

— Eu te conheço, Nick - Esse é o problema de ter melhores amigos - O que aconteceu?

— Eu... - Estava um pouco difícil contar, mas resolvi soltar logo de uma vez - Vim me certificar que estava viva.

Ela olhou pro chão e depois pro meu rosto, acho que ela entendia perfeitamente como eu me sentia, não é fácil encontrar uma amiga que você viu dar o último suspiro em seus braços. Ela se afastou mais na cama e finalmente fez o convite:

— Quer se deitar comigo? Assim vou ter a certeza de que você vai me proteger de qualquer coisa - E assim que falou isso sorriu, eu tive tanta saudade daquele sorriso inocente.

— Coelha boba - Falei me deitando ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

Então, eu senti uma vontade tão grande de falar, mas vou dizer aqui nas notas finais mesmo:
*Não grita
*Não chora
*Respira fundo
— ERA A JUDY O TEMPO TODO -
huahauhauahuaa
*Quero saber as reações de vocês nos comentários
See Ya



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