Wake Up escrita por SofyLiddell


Capítulo 14
Nostalgia


Notas iniciais do capítulo

Oi!
*se esquiva de facas, pedras, metralhadoras e bazucas*
PAROU! PAROU! PAROU!
Eu sei... eu demorei (pra caramba), mas tenho um motivo pra isso!
— Bloquei criativo, Saf? ¬¬
— Isso mermo '3'
Mas depois,a inspiração voltou e eu acabei de ter uma ideia LOUCA PRA FANFIC, EU TÓ DOIDA PRA ESCREVER, MAS NÃO POSSO DIZER PORQUE É SPOILER!!!

É isso, me perdoem, fiquem com o capítulo '3'



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Vamos combinar, estava ficando divertido aqui em Tocas. Uma raposa se divertindo numa cidade de coelhos. É bem diferente. Eu e Judy estávamos em um pequeno bosque fazendo um piquenique, eu ficava sentindo a brisa no rosto enquanto a cenourinha contava sobre sua infância e nos piqueniques que fazia com seus pais:

— Meu pai adorava a torta de cenoura que minha mãe fazia. Ela também fazia suco de cenoura, muitas coisas de cenoura. Eu comia de tudo um pouco! Saudades desse tempo - Pude ouvir Judy procurando ainda coisa na cesta - Okay, aqui temos torta de mirtilo, suco de laranja e bolo de cenoura. E alguns salgadinhos, porque só doce enjoa. Vai querer logo alguma coisa, Nick? Ou prefere ficar sentindo a brisa no rosto? - Perguntou.

— Bom, a brisa tá boa, mas a fome tá grande. O que temos aqui? - Meus olhos vasculharam tudo o que tinha por cima do pano vermelho com branco e encarei a torta - Por favor, cenourinha, pensei que já soubesse o que eu queria.

Ela riu e pegou um prato, colocando sobre ele um pedaço da torta de mirtilo e colocando ao meu lado em seguida. Ela pegou um pedaço de bolo de cenoura para si e deu uma mordida. Depois ficou me olhando de cima a baixo:

— O que foi? Apreciando minha beleza? - Perguntei e a deixei um pouco corada, e ainda soltou uma risadinha.

— Nick, eu lembro de você ter me contado sobre o seu passado, mas... Onde estão seus pais?

Uma torta de mirtilo inteira não faria eu perder a fome que eu estava sentindo. Mas aquela pergunta conseguiu fazer esse trabalho. Deixei o resto do pedaço de torta de lado e abracei meus joelhos. Aquele bosque inteiro sumiu para mim, tudo o que eu conseguia ver era a imagem da minha mãe. Fechei os olhos e dane-se a Judy me ver chorar. Respirei fundo e senti uma mão passando por minha cabeça. Era a própria cenourinha. Deixei ela fazer isso:

— Desculpa. E-eu devia ter ficado quieta, eu sou mesmo uma idiota, eu sabia que o passado era algo triste para você - Ela falou e eu permaneci calado - Eu sou mesmo idiota.

— Não, você não é. Eu que sou.

— Por que diz isso? Pelo que eu saiba, raposas são espertas - Ela falou tentando me animar, o que não deu muito certo.

— Se eu fosse esperto o suficiente. Eu ainda estaria com minha mãe, e não teria fugido de casa - Respondi tudo duma vez, e depois respirei fundo, voltando a olhar para o bosque - Minha mãe fazia de tudo para me ver feliz. E eu, sendo um completo idiota, resolvi fugir de casa aos 12 anos e ganhar a vida vendendo patolês - Respirei fundo mais uma vez - Nunca mais a vi.

— Sinto muito, Nick - Judy dessa vez me abraçou. Ficamos calados durante um tempo, e a comida foi deixada livre para as formigas, que são conhecidas por serem mais ladras que as raposas.

—x-x-

Eu e Judy estávamos em frente ao trem, esperando o seus pais terminarem de se despedir. Muitas lágrimas e choros. Eu ficava apenas observando tudo, com a mesma expressão de sorriso relaxado no rosto, mas a cenourinha sabe como eu estava realmente:

— Tchau, amo vocês! Qualquer dia eu volto - Essa foi a última coisa que a Judy falou, depois que entrou no trem - Então, você ainda lembra do endereço?

— Como se eu ainda morasse lá! Tem certeza que não podemos desistir dessa ideia? - Perguntei, com um ar de preocupação no rosto. Cenourinha tinha dado a ideia de, finalmente, depois de anos, ir visitar meus pais. Eu não vou mentir, eu estou com muita saudades da minha mãe, mas não sei qual vai ser a reação dela quando me ver.

— Não Nick. Nós não iremos desistir!

— Pelo que eu te conheço, a gente só vai desistir se chegar na porta lá de casa e minha mãe atender a campainha - Falei dando um sorriso.

— Obvio!

Judy dormiu na metade da viagem. Eu continuei olhando para a vista da janela, estávamos nesse momento em Tundralândia. Em uma certa parte dava para ver um campo onde eu fazia Patolês, me levou a pergunta do quê meu companheiro deve estar fazendo agora...

Resolvi encostar a cabeça no banco e dormir, vai que assim o tempo passe mais rápido?

Acordei já em Zootopia. Descemos do trem e fomos em direção a nossas malas. Assim que pegamos todas, a cenourinha me puxou para um táxi qualquer. Nos olhamos, eu respirei fundo e falei o endereço. Depois de ter virado várias e várias ruas, finalmente chegamos em uma casa qualquer, Judy pediu para o táxi esperar naquele mesmo lugar e descemos do carro.

Milímetros. Míseros milímetros. Era isso o que faltava para o meu dedo encostar na campainha e fazer o som tão conhecido. Suspirei e apertei. Dei um passo para trás e observei a casa que nós iríamos entrar caso atendessem, era de dois andares, pelo que me lembro bem, os quartos eram em cima, a sala e a cozinha eram embaixo. Quando eu fugi, a casa era verde, mas agora estava da cor amarela.

A porta abriu:

— Olá, em que posso ajudar? - Espera, eu reconheço essa voz, não é da minha mãe.

— Senhora Ruds? - Perguntei, e a raposa que abriu a porta ficou com uma expressão confusa no rosto.

— Perdoe-me, nos conhecemos? - Sim, é ela mesma, continua educada como sempre.

— Você não deve me ver a muito tempo, Senhora Rude - Era uma velha amiga da minha mãe, conheci ela bem pequeno obviamente, e como eu confundia alguma palavras, eu chamava ela de Rude ao invés de Ruds.

— Nicolas? Nicolas Wilde? - Perguntou mudando sua expressão confusa por um grande sorriso, que aumentou ainda mais quando eu confirmei que aquele era mesmo meu nome. Logo ela me deu um grande abraço, e a Judy, que estava do meu lado sorriu com esse encontro - Oh meu Deus, por favor, entrem! Entrem!

Seguimos a raposa até chegarmos na sua sala de estar, exatamente como eu deixei, olhei para todos os lugares. Alguns rabiscos que eu fiz na parede ainda estavam ali. Nos sentamos no sofá e esperamos Ruds voltar com chá que ela foi buscar na cozinha:

— Puxa, Nick, eu acho que não nos vemos a quanto tempo?

— Faz quase dez anos - Respondi dando um gole no chá - Ah, senhora Ruds, essa é a minha amiga e companheira policial, Judy Hopps.

— É um prazer conhecê-la - A coelha levantou a mão para apertar a da raposa, que fez logo foi abraçar a policial, eu ri com a cena, mas como amiga da minha mãe, era muito carinhosa e tratava todos como seus próprios filhos.

— Nossa Nick, você deve ter vindo para esse mesmo endereço em busca de sua mãe, não é?  -Pronto, chegamos no assunto que eu queria deixar de falar durante um bom tempo, mas não podíamos evitar isso. Suspirei e concordei com a cabeça - Como pode ver, ela não mora mais aqui, achou a casa grande demais para apenas uma pessoa.

Lágrimas brotaram em meus olhos, a culpa era minha por minha mãe ter ficado tão sozinha todos esses anos. Senti novamente o carinho na minha cabeça, da mesma mão, encarei Judy. Ruds continuou:

— Ela está bem, só ficou muito preocupada durante todos esses anos, ela se culpava por você ter fugido de casa, achando que não tinha sido uma boa mãe. Ela vai realmente adorar recebê-los, durante todo esse tempo, nossa - Após terminar de falar, deixou sua xícara na bandeja, dei o último gole e coloquei também.

Nos despedimos da senhora Ruds e voltamos para o táxi, com a promessa de voltar novamente depois, nós íamos com ela para a nova casa da minha mãe:

— Toda essa preocupação e ela nem estava lá - Judy desabafou assim que fechamos a porta do carro.

— A Ruds disse que ela ainda me amava, você acha que isso é verdade? - Perguntei - Tipo, eu fiquei tanto tempo longe de casa, como ela consegue amar alguém que simplesmente largou ela?

— Acho que amor de mãe não se decide por fugir ou não! Pelo jeito, sua mãe não tiraria você do coração dela nem se quisesse, parece impossível - Ela foi se aproximando até ficar do meu lado, encostou a mão no meu peito e continuou a frase - Ninguém decide o que acontece com o nosso coração.

Nossos olhos se encontraram e nesse momento, aquela dúvida, se aproximar ou continuar apenas se aprofundando ainda mais naquele violeta. Fechei os olhos e virei o rosto, escutei o suspirar de Judy, e ela se afastou. Chegamos no apartamento onde morávamos e cada um foi pro seu quarto. Joguei minha mochila em qualquer lugar e logo fui tomar um banho, vesti um bermuda, adoro bermudas, e uma blusa qualquer e fui esperar Judy na porta do quarto dela.

Ela saiu com uma calça jeans e uma blusa da cor dos seus olhos. Sem perceber eu sorri. Pegamos um táxi, coincidentemente o mesmo, e fomos para a mesma casa que estávamos antes. Tocamos a campainha e logo a senhora Ruds apareceu com um vestido e uma bolsa, pedindo para acompanharmos ela:

— Dá para ri a pé mesmo, sua mãe gosta de morar perto de pessoas que ela conhece, você deve saber disso mais do quê ninguém, não é mesmo, Nick? - Concordei com a cabeça e sorri, minha mãe vivia dizendo que não gostaria de mudar de casa pois as outras ruas não tem pessoas que ela conheça.

Chegamos em um apartamento, era pequeno, não tinha elevador. Subimos para o primeiro andar e batemos na porta do quarto 2. Passos podiam ser ouvidos se aproximando da porta, eu estava tentando respirar, pois estava complicado, o que será que ele iria achar de mim depois de todos esses anos? Será que ele ainda me amava? Será que ela ainda está a mesma? Será que ela vai me reconhecer?

— Senhora Ruds, que bom ver você - Ela abriu, estava a mesma, desde a última vez que eu deixei ela. Dessa vez eu não lacrimejei, nem chorei, nem nada, eu ainda estava muito chocado para fazer qualquer ação - Vejo que trouxe amigos e...

Nos encaramos, por alguns segundos, demorou um tempo para algum de nós dois falarmos alguma coisa, mas a primeira palavra que foi usada para quebrar aquele silêncio foi a dela:

— Nick?


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Notas finais do capítulo

Pergunta rápido procês:
— Vocês querem que a fanfic tenha mais cenas fofas entre o Nick e a Judy
OU!
— Vocês querem tretas?

A Fanfic é de vocês, vocês decidem ;3

See ya~



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