Behind Their Lives escrita por anonimo403998


Capítulo 1
Parte 1/3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem

;]



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A garota loira com pouco mais de 25 anos e algo por volta dos 165cm de altura caminhava pela calçada, era uma noite fria de primavera e por isso ela usava um sapato com um salto baixo, uma saia marrom longa e um casaco avermelhado e fino por cima da camisa branca. Não eram roupas quentes o bastante, mas ela não esperava estar na rua às 22:50h da noite, muito menos que aquela noite de primavera ficaria mais fria do que o normal. Mas o encontro com as amigas num pequeno restaurante após sair da editora havia demorado mais do que esperavam.

Ela tinha acabado de se despedir de uma das amigas que conseguiu um táxi na quadra anterior e seguia sozinha até o metro onde pegaria um trem que a deixaria quase em frente de casa, apesar das 2h que ele precisaria para isso. O vento gelado fazia a loira se encolher abraçando os braços se arrependendo amargamente de não ter colocado o casaco mais grosso. Sem que ela notasse um homem caminhava há meia quadra de distância seguindo o mesmo caminho que ela.

Era um sujeito alto, com um casaco azul escuro cujo capuz cobria seu rosto com a ajuda de um boné. Ele seguia a garota com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos do casaco sem fazer barulhos enquanto ficava cada vez mais perto. Logo a frente havia um beco entre dois prédios comerciais, era estreito, por volta de 3 metros de largura apenas. O homem alcançou a loira quando ela passava justamente em frente à esse beco.

Uma mulher usando um jeans azul, botas pretas e uma camisa cinza por baixo de uma jaqueta preta de couro virava uma esquina a frente de onde o homem e a loira estavam. Ela tinha cabelos negros e longos com uma franja um pouco grande demais; nas mãos segurava uma garrafa embrulhada em papel pardo e viu o momento em que o sujeito empurrou uma loira surpresa para dentro daquele beco escuro.

— Era só o que me faltava – ela resmunga virando a garrafa e bebendo do líquido.

—-----xxx------

O homem empurra a garota loira até uma das paredes do beco, longe da luz, segurando-a pela cintura tampando sua boca com uma mão. Ele a empurrou contra a parede fria e úmida prensando-a com seu corpo, impedindo-a de se mover.

— Shh – disse ele com um tom risonho – Quietinha, ou vou ter que machucar você e eu não quero isso.

A loira, com olhos arregalados continuou tentando se soltar e ouviu uma leve gargalhada do homem que apenas agarrou seu pulso direito torcendo o braço dela para trás fazendo-a fechar os olhos e gemer de dor. Mas antes que ele fizesse algo mais o som de alguém batendo contra algumas latas de lixo na entrada do beco o fez se virar.

A mulher de cabelos negros estava parada, tinha derrubado uma das latas, mas estava lá, na entrada do beco, parada e encarando os dois.

— É melhor você sair daqui sabe – disse o homem suspirando irritado.

— Agora é meio difícil – falou a mulher, ela era alta, mais de 175cm com certeza e parecia um tanto instável – Porque só não deixa ela ir e assim vamos todos seguir nossos caminhos, sem confusão? – perguntou ela antes de virar a garrafa bebendo o restante e deixa-la algum tempo de cabeça para baixo ao notar que havia acabado.

— Olha, só dá o fora antes que eu decida cuidar de você antes dela – avisou o homem já irritado com aquela interrupção.

— Socorro!! – conseguiu gritar a garota aproveitando a distração dele para tirar a mão de sua boca.

— Cala a boca, loirinha – disse ele com raiva acertando a testa dela na parede de tijolos.

— Ok – murmurou a morena e, quando o homem a olhou de novo praticamente não a viu.

A mulher saltou batendo um pé em uma parede e então se jogando na direção da parede oposta antes voltar acertando um soco no rosto do homem jogando-o ao chão. Por estar segurando a loira ela acabou caindo junto com ele soltando um pequeno grito de susto. O homem acabou soltando-a e, ainda de joelhos, a loira se virou a tempo de ver a outra mulher parada ainda segurando a garrafa e encarando o homem que se levantava.

— Vamos lá, só vá embora – disse a mulher parecendo entediada.

O homem se ergueu e avançou rápido em direção da mulher que se desviou de um soco dele inclinando o corpo para trás. A loira olhava assustada enquanto aquela morena desviava dos golpes do homem até ver ela acertar outro soco forte no rosto dele jogando-o novamente no chão.

— Cuidado!! – grita a loira ao ver o homem puxar um canivete enquanto está de costas.

O aviso veio bem na hora em que ele se virou atacando a morena que se esquivou o bastante para não ser cortada, mas a lâmina ainda conseguiu rasgar um pequeno buraco na parte da frente da camisa que ela usava. Ela olhou o rasgo e fez uma expressão de raiva, mas a luz da rua deixava grande parte do rosto dela nas sombras. Quando o homem se ergueu avançando contra ela a morena desviou para o lado acertando um chute na barriga do homem e jogando-o para trás. Quando ele conseguiu ser erguer ela chutou a mão que segurava o canivete jogando-o longe; a essa altura ela não parecia mais nem um pouco instável.

O homem se jogou contra ela fazendo com que a morena fosse jogada contra a parede de forma dolorosa; ele então pegou um pedaço de madeira que estava no chão e a atacou. A mulher lutava bem, impedia os golpes, desviava de alguns, mas o homem também não era fácil de vencer, ele continuava atacando-a com aquele pedaço de madeira até que conseguiu acertá-la na cabeça jogando-a contra a outra parede o que provocou um grande susto na loira.

O homem acertou novamente a morena, mas ela ergueu o braço a tempo, só que ele bateu outra vez acertando-a na cabeça novamente e ela deslizou para o chão. Ele se virou para a loira que o olhou assustada e já com os olhos molhados de lágrimas. Ela poderia ter tentado fugir, mas com os dois lutando na saída do beco era impossível e agora sua ultima chance estava desacordada no chão atrás do homem que agora avançava na direção dela com um sorriso perverso.

— Hey – a voz da morena chamou a atenção dos dois que olharam na direção de onde ela havia caído vendo-a se levantar – Quem disse que você me venceu seu babaca?

— Maldita vadia, vou acabar com você dessa vez mesmo – falou o homem abaixando e pegando seu canivete.

A morena ficou bem no meio das duas paredes e quando ele avançou contra ela com o canivete ela novamente desviou. Ele conseguiu agarrá-la com a outra mão e a jogou contra uma das paredes, mas assim que suas costas atingiram os tijolos ela voltou na direção dele. Antes que o homem tivesse chances de reagir a garrafa na sacola de papel pardo estava sendo estilhaçada contra a cabeça dele. A força do impacto rasgou o saco e fez os cacos voarem, mas o sujeito também estava indo de encontro ao chão, mas antes disso encontrou o joelho esquerdo da morena que o acertou no rosto novamente quebrando seu nariz e fazendo-o desmaiar de vez.

A loira se sentou sobre os joelhos, estava com o joelho e o cotovelo esquerdos machucados e as mãos também, ela olhou na direção da morena e então viu-a cair de joelhos no chão se apoiando numa das paredes. Ela correu na direção da sua salvadora amparando-a e impedindo-a de cair no chão.

— Você está bem? – perguntou a mais baixa num tom preocupado por conta do sangue que escorria pela lateral do rosto da morena.

— Estou – respondeu a mais alta empurrando-a de leve – Vai logo pra casa, garota.

— Mas você precisa de ajuda! – exclamou a loira com determinação.

— Não preciso não – disse a morena  tentando se levantar e quase caindo de novo.

— Venha, eu vou te levar pra um hospital – disse a loira passando o braço esquerdo da mais alta por cima de seus ombros – Você está sangrando.

— Não preciso de nenhum hospital – resmungou a mais alta – Preciso da minha cama. Minha casa fica muito mais perto que qualquer hospital. Se quer me ajudar então só me leve até lá e pronto, estamos quites.

A loira não discutiu, apenas passou um braço pela cintura da mais alta apoiando-a enquanto ela mostrava a direção que deveriam seguir. Mas, para desespero das duas, assim que saíram do beco um relâmpago anunciou a chuva que caiu com força sobre suas cabeças deixando-as encharcadas em questão de minutos.

— Eu mereço – murmurou a morena com um tom irritado, mas não pode fazer nada além de continuar guiando o caminho.

Oito quadras depois elas entram no hall de um prédio simples de 7 andares com aparência de velho. A morena ergue a lateral direita da jaqueta para que a loira pegue a chave da porta, já que ela não poderia fazê-lo sem se soltar da menor que a mantinha equilibrada. Até aquele momento a iluminação da rua e a chuva impediam que elas vissem claramente os rostos uma da outra, mas ao chegarem no prédio, apesar da iluminação favorável, elas ainda não se encaravam.


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