A Dona da Loja de Discos escrita por British


Capítulo 6
De corpo e alma


Notas iniciais do capítulo

Chega mais, gente! Boa leitura! :D



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As semanas seguintes foram incríveis. Tanto Sakura quanto Sasori não pareciam se importar que o prazo de validade daquele relacionamento estava vencendo. Todos os dias o casal se encontrava. Fosse para tomar um sorvete ou ficar ouvindo música na Full of Songs. A loja virou o templo daquele romance, embalado com belas canções de amor. Durante o expediente, Sakura colocou para tocar Try da Pink e tirou Sasori para dançar.

— Vamos dançar só um pouquinho. – Sugeriu puxando seu par para perto, os corpos colados, o rosto de Sakura afundado no pescoço do ruivo.

— Quando eu for embora, vou sentir saudade dos nossos momentos assim. – Refletiu, enquanto inalava a fragrância do perfume da parceira. Não resistiu e depositou um beijo no ombro descoberto da rosada.

— Só falta um dia. – Constatou Sakura, ainda imersa no calor dos braços do ruivo.

— Fica comigo essa noite? – Pediu.

— Sasori...

— Se não quiser não precisa, mas eu queria ter essa lembrança.

— Eu quero. Eu quero você, caramba! – Sakura o beijou e foi correspondida na mesma intensidade.

— Vou te esperar essa noite no hostel. – Avisou.

— Eu vou! É nossa última oportunidade de ficar juntos.

 

[...]

 

Quando chegou ao hostel, Sakura cumprimentou Konan, mas logo foi levada pelo ruivo até seu quarto. A sós, ele a envolveu em seus braços, a cobriu de beijos e aos poucos foram se despindo. 

— Tem certeza que não vai se arrepender disso? – Perguntou Sasori após deitar Sakura em sua cama e ficar em cima dela.

— Eu não posso deixar você ir embora sem essa lembrança, Sasori. – Disse praticamente num sussurro e logo seus lábios foram tomados pelo ruivo que tinha certa urgência em fazê-la dele. Jogaram as roupas no chão de qualquer jeito. Eles trocaram beijos, carícias, chupões que deixariam marcas por vários lugares do corpo. Sasori era insaciável. Quanto mais tempo passava dentro de Sakura – num vai e vem frenético – mais ele queria. Sakura tinha que admitir pra si mesma, que nem o Uchiha fazia tão gostoso.

Após transarem, Sasori abraçou Sakura com força. Queria aninhá-la em seu peito e fazê-la adormecer em seus braços. No entanto, Sakura não conseguia dormir.

— No que tanto você pensa? – Perguntou curioso.

— Em como vai ser minha vida sem você. – Ela então o encarou e recebeu um cafuné.

— Eu vou sentir saudade. – Confessou Sasori e então ele notou que algumas lágrimas pularam dos olhos da rosada. – Não chore, Sakura!

— Eu sou uma boba, desculpa.

— Não é. Você é maravilhosa em todos os sentidos. Eu nunca me senti tão feliz em toda a minha vida. Tenho tanto a te agradecer. – Confessou.

— Eu queria poder te impedir de partir.

— Você sabe que eu tenho que voltar pra Suna.

— Eu sei, mas... – Sakura mordeu o lábio inferior em sinal de recriminação a frase seguinte que iria soltar.

— Mas o que?

— Não importa. Você não vai ficar aqui de qualquer forma. – Sakura então se levantou e catou as roupas para em seguida vesti-las.

— Você não vai ficar? – Perguntou surpreso.

— Melhor não, Sasori. Não vai fazer bem pra mim. – Admitiu e pegou a bolsa.

— Eu te vejo amanhã antes de ir embora?

— Passa lá na loja, tá? – Selou os lábios dele e ficou pronta para partir.

— Claro. Irei até lá.

Sakura nem Sasori conseguiram dormir depois do momento íntimo que dividiram na cama. Eles sabiam que o que sentiam era mais do que uma mera atração física. Sakura gostava do toque de Sasori, mas também amava o jeito como ele a olhava ou se interessava pelo negócio de sua família. Enquanto Sasori sabia que tinha se apaixonado pela rosada na primeira troca de olhares. Era loucura? Com certeza! Se apaixonar por uma garota que morava em outra cidade, era algo que ele jamais poderia imaginar.

No entanto, seu romance acabaria com o raiar do sol. Ainda de manhã, Sasori embarcaria para Suna, para sua velha vida. Sentiria falta de Sakura, mas não tinha como largar tudo para viver esse amor. Seria inconsequente e ele tinha responsabilidades para cumprir em Suna. Precisava cuidar de sua avó, trabalhar, enfim, seguir com a sua vida de sempre. Por mais que tivesse adorado a estadia em Konoha, lá não era seu lugar. Quando o dia amanheceu, ele chorou sozinho e bem baixinho por ter de dar fim a essa história de amor.

Na loja de discos...

— Você já vai para o aeroporto?

— Aham. Preciso chegar com certa antecedência para não perder o voo.

— Queria que você perdesse o voo. – Admitiu num tom baixo, mas Sasori escutou e então foi abraçá-la.

— Eu queria poder ficar.

— Por que não fica?

— Eu já te disse. Minha avó precisa de mim.

— Vem morar aqui! Traz ela pra cá! Tenta ficar comigo poxa! – Sakura falou já deixando as primeiras lágrimas rolarem e Sasori a beijou.

— Minha avó deseja morrer em Suna. Não sei mais quantos anos de vida ela tem e ela não aceitaria vir para cá, onde ela não conhece nada nem ninguém. Além disso, lá eu tenho casa e emprego. Aqui eu ia ter que viver de aluguel. Não é tão fácil adaptar minha vida a sua, Sakura. Por que você não vai comigo? – Sugeriu.

—  Tudo que eu tenho é essa loja de discos, Sasori. Não ia conseguir me sustentar na sua cidade. Fora que eu não quero ficar longe da minha família e dos meus amigos.

— Então, não podemos ficar juntos. Você sabia que isso ia acontecer. – Lembrou.

— Eu sei. – Abaixou a cabeça, mas então o ruivo ergueu o queixo da moça.

— Eu acredito em destino, Sakura. A vida não nos juntou por acaso. Algum dia, nossos caminhos vão se cruzar de novo.

— Você é muito otimista. Você vai embora e vai me esquecer.

— Eu não poderia esquecê-la nem em mil anos. Sabe por que?

— Por que?

— Eu te amo, Sakura Haruno.

Sasori proferiu a frase que Sakura prendia em sua boca toda vez que sentia vontade de falar. Ela não queria admitir seus sentimentos pelo rapaz em voz alta, por mais que soubesse que o amava demais. No entanto, Sasori estava ali, de frente para ela, despejando seus sentimentos sem qualquer pudor. Sakura chorou. Sasori limpou suas lágrimas com beijos. Depois, ele a abraçou. Queria amparar tamanha dor. Se sentiu culpado por ser o causador disso, mas, ao mesmo tempo, sabia que essa dor tinha valido a pena porque o mês que passaram juntos havia sido mágico.

— Melhor você ir. – Disse ao se soltar dos braços do ruivo.

— Ok. Eu já vou. Se cuida, viu? – Afagou o rosto da garota, que afastou sua mão em seguida.

— Você também.

Sasori partiu. Durante todo o caminho de volta para Suna, lamentou não poder dar continuidade ao romance que nascera em Konoha. Ele amava aquela mulher, mas nada que fizesse seria capaz de aplacar a distância que os separava. Queria que existisse uma forma de se teletransportar para Konoha toda vez que sentisse falta da rosada. No entanto, tudo que podia fazer era olhar uma foto que tiraram juntos num dos muitos dias em que viveram como dois jovens namorados naquela cidade.

O que fazer quando o relacionamento acaba antes do amor? Como conviver com a falta? Como apagar os resquícios de algo que foi bom? Sasori não sabia as respostas para essas perguntas. Quando encontrou sua avó e Deidara ao chegar em Suna, o ruivo não sabia nem como se sentir. Estava feliz ou triste? Algo o consumia por dentro. Seu corpo estava em Suna, mas seus pensamentos estavam com Sakura.


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Notas finais do capítulo

E aí? Comentários? Nosso casal protagonista ainda está longe do final feliz. Aguardem os próximo capítulos para verem como eles vão lidar com a distância. Cada um deles vai reagir de uma forma diferente.



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