A Dona da Loja de Discos escrita por British


Capítulo 24
Fim das férias


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal? Tem gente aí?



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Quando Sakura acordou, percebeu que Sasori estava abraçado com ela. Sorriu ao notar e tentou não se mexer muito para não o acordar. No entanto, logo seu sorriso desapareceu de sua face. Sakura acabou se lembrando de que aquele era o último dia de sua estadia em Suna. Suas férias acabariam dentro de poucas horas e ela teria de voltar para Konoha. Sakura amava sua cidade, sua família e seus amigos, mas não queria ir embora de Suna. Deixar Sasori ali sozinho era algo que a deixava preocupada. Queria que existisse uma forma de mantê-lo por perto sem ter que deixar tudo para trás. Antes que remoesse ainda mais o assunto em sua mente, Sasori acordou e depositou um beijo na nuca da namorada ao notar que ela também já estava acordada.

— Bom dia, amor. – Sussurrou Sasori, o que fez Sakura se arrepiar.

— Bom dia, meu amor. – Respondeu Sakura.

— Nós vamos levantar agora ou vamos enrolar mais uns minutinhos? – Perguntou depositando vários beijos pela extensão do pescoço da rosada.

— Do jeito que você tá me provocando, a gente passa o dia todo na cama.

— Não é má ideia. – Responseu Sasori e a puxou mais para perto de si e roçando sua ereção na bunda da namorada.

— Vou sentir falta disso.

— Sakura, vamos deixar as despedidas pra depois ok? – Mordiscou a orelha dela.

— Eu quero ser amada por você dessa forma para sempre, Sasori. Não quero que nada mude. – Disse Sakura se virando para o namorado.

— O que você acha que pode mudar?

— A distância. Não quero que se afaste.

— Eu vou estar com você, Sakura. Um mês passa rápido.

— Eu sei, mas to agoniada.

— Ei, eu te amo. Não precisa ter essa agonia toda. – Respondeu Sasori, enquanto a abraçava e iniciava um beijo longo.

Durante o beijo, Sasori explorou todos os cantos da boca da amada. Ele precisava fazê-la sentir como se nada mais importasse além deles. As bocas estavam tão coladas quanto os corpos. A ereção que Sasori ostentava por baixo da cueca parecia aumentar com o contato constante dos dois corpos. Então, Sasori parou o beijo por um momento para pegar uma camisinha e vesti-la, antes de voltar a trocar carinhos com a namorada, que o olhava com desejo. O casal se amou sem medo.

Só depois dos momentos de prazer que compartilharam ainda de manhã, o casal teve coragem de levantar da cama e seguir com o dia. No início da noite, Sakura partiria. Embora fosse terrível vê-la voltando para Konoha, seu coração se acalmava ao pensar que poderiam se ver de novo e repetir tudo no próximo mês. Até quando isso duraria? Sasori não tinha uma resposta, mas para o ruivo ele continuaria nessa rotina até que pudesse ter Sakura ao seu lado por todos os dias, fazendo dela sua esposa.

 

[...]

 

Na hora do almoço, Deidara e Ino foram comer junto com Sasori, Sakura e a vovó Chiyo. O casal briguento tinha que ir se despedir de Sakura. Não sabiam quando a veriam de novo.

— Nós vamos sentir sua falta. – Disse Ino a Sakura.

— Eu também vou. Principalmente, saudade de ver os dois brigando. – Riu Sakura.

— Brigamos muito por causa do cabeça oca do Deidara. – Afirmou Ino.

— Eu estou em paz no momento. – Defendeu-se Deidara.

— Tomara que dure muito! – Disse Sasori.

— Quando vocês vão casar mesmo, Deidara? – Perguntou Chiyo.

— Tá longe dona Chiyo. Ino vai ter que esperar mais um tempinho. – Disse Deidara e a loira ao seu lado bufou.

— Escolhi o pior namorado de todos os tempos. Se depender do Deidara, eu só me caso na nossa próxima encarnação. – Reclamou Ino.

— Acho que eu e a Sakura casamos antes de vocês. – Disse Sasori e Sakura ficou surpresa tanto quanto a vovó Chiyo.

— Não sabia que você tinha planos de se casar agora meu neto. – Disse Chiyo.

— Planos eu tenho, mas para concretizá-los eu preciso do ‘sim’ da Sakura antes. – Confessou Sasori e olhou para a namorada.

— Isso foi um pedido? – Perguntou Sakura completamente emocionada.

— Foi. Tudo bem que nós só vamos poder casar quando definirmos o nosso problema número 1 que é a distância, mas até chegarmos a uma conclusão fica em aberto meu pedido para você dizer ‘sim’ quando se sentir mais à vontade. – Sasori segurou a mão da namorada e a beijou. -  Nós dois juntos daqui pra frente é um fato. Nada irá nos separar, meu amor.

— Eu não sei nem o que dizer, Sasori. – Disse Sakura.

— Diz sim, Sakura! – Incentivou Ino.

— É melhor avaliar bem a proposta do meu neto, porque se a resposta for sim você terá de morar em Suna. – Disse Chiyo.

— Então, terei que demorar um pouco para te dar a resposta, amor. Preciso ver como farei com a minha vida em Konoha. – Respondeu Sakura e Sasori assentiu.

— Temos tempo, Sakura. Ninguém casa do dia pra noite, então podemos pensar com calma sobre tudo. Só quero deixar claro quais são minhas intenções com nosso namoro, porque eu não vou desistir de você por causa de distância nenhuma.

— Que discurso apaixonado! Dei, por que você não me fala essas coisas? – Declamou Ino, dando um beliscão no braço do noivo.

— Porra, Ino! Isso dói, valeu? E eu sempre falo coisas lindas pra você! – Retrucou Deidara.

— Tipo o que? – Cruzou os braços.

— Que eu te amo? – Sugeriu Deidara.

— Só fala coisas óbvias. Queria algo mais poético. – Pediu Ino.

— Ok. Vou me esforçar mais, tudo bem? – Disse Deidara.

— Assim que eu gosto! – Disse Ino.

— Agora que o casal se entendeu, podemos terminar o almoço em paz? – Perguntou Sasori.

— Podemos! – Respoderam todos juntos.

 

[...]

 

Assim que botaram os pés no aeroporto, Sakura e Sasori murcharam. Se alguns momentos antes os dois estavam sorrindo e fazendo planos, agora as mãos entrelaçadas se apertavam com força, como um pedido mudo de “Não me deixa”. Após Sakura fazer o check-in, a rosada se sentou junto de Sasori em um banco. Ainda faltava mais de uma hora para o voo decolar.

— Você vai me ligar todos os dias mesmo? – Questionou Sakura.

— Sim, todos os dias. Três vezes ao dia está bom? – Indagou Sasori.

— Está. Mensagens nos intervalos entre as ligações? – Arqueoou uma sobrancelha.

— Sempre que eu não estiver dando aula ou até quando o pacote de 3G durar. – Jurou Sasori.

— Na loja tem wifi, então posso te mandar mensagens o dia todo. – Sorriu Sakura.

— Se eu demorar a responder, é porque estarei trabalhando ok?

— Ok. Não vamos deixar nada nos separar né?

— Claro que não! Por que a pergunta?

— Eu nunca estive em um relacionamento assim antes, então eu não sei como vou me comportar.

— Nem eu, mas a gente aprende.

— Você é tão seguro assim sobre o que sente por mim?

— Sim. Desde que meus olhos bateram em você naquela loja, eu tive certeza que você era especial. Ter a sorte de viver esse amor é a melhor coisa que já me aconteceu.

— Queria que você morasse em Konoha. – Confessou Sakura, enquanto abraçava o namorado.

— Eu também queria, amor. No entanto, minha avó não quer ir para lá. Vamos ter que ficar assim por enquanto.

— Eu entendo. Sei que também não estou facilitando as coisas por nem tentar vir pra cá.

— Eu sei que você tem a sua família, seus amigos e seu negócio lá em Konoha. Seria injusto te pedir pra largar tudo por mim.

— Se fosse o único jeito, eu largaria. – Sakura deu um tímido sorriso.

— Eu valho tanto sacrifício?

— Vale. Eu te amo.

— Você tá querendo me dizer o que, Sakura? Isso é um sim ao meu pedido de casamento?

— Mais ou menos. Estou querendo dizer que eu vou pensar em alguma solução para o nosso dilema, mas, caso não haja outro jeito, eu venho pra cá. Eu sem você não dá, meu amor.

Então, Sasori beijou Sakura. Alguma coisa naquelas palavras da garota, faziam com que o ruivo quisesse prendê-la em seus braços para sempre. Não tinha dúvidas de que Sakura era a pessoa certa, a mulher de sua vida. Tinha um pouco de medo em estar sendo muito apressado, mas não queria perder tempo. Eles tinham que dar um jeito.

— Nós vamos dar um jeito, Sakura. Eu te prometo isso.

— Obrigada, meu amor.

— Estão chamando o seu voo. – Avisou Sasori.

— É melhor eu ir então. – Sakura se levantou e Sasori a acompanhou até o portão de embarque.

— Já estou com saudade. – Resmungou Sasori ao abraçar Sakura e lhe beijar os lábios com ternura.

— Eu nem fui ainda.

— Mas já está indo. Você está escapando, Sakura.

— Que dramátio! – riu -  Mês que vem vamos estar juntos de novo. Vou estar impaciente te esperando!

— Prometo que vou me fazer presente de algum jeito! – Sasori puxou Sakura pela cintura e a encarou.

— Eu sei que vai! Confio em você! E, olha, Ino e Deidara serão meus olhos em você aqui hein?!

— Vou me comportar direitinho!

— Assim espero! – Sorriu Sakura antes de beijar pela última vez o namorado.

— Até logo meu amor! – Disse Sasori acenando para a namorada que agora se distanciava dele e dava a última olhada para trás antes de passar pelo portão de embarque.

Sasori só saiu do aeroporto depois do avião de Sakura decolar. O professor queria pensar positivamente, mas não conseguia. Um mês parecia uma eternidade. No entanto, não tinha mais o que fazer. Só ligações e mensagens fariam Sakura ficar um pouco mais perto. Sasori chegou cabisbaixo em sua casa, encontrou sua avó rezando em frente a um altar e a abraçou.

— Como foi a despedida, meu neto? – Perguntou Chiyo sendo gentil.

— Dolorosa, mas sei que nos veremos logo. – Respondeu Sasori.

— Não acha que é muito sacrifício? Tantas moças aqui em Suna e você decidiu ficar com uma que é de outro lugar?

— Não foi uma escolha racional, vovó.

— Sei que não foi. Você anda passional demais, Sasori. Isso só lhe trará coisas ruins.

— O que quer dizer vovó?

— O que te garante que essa moça não te trairá? Ela não estava prestes a se casar com outro quando você apareceu?

— Estava, mas só porque eu a deixei sem qualquer esperança. Foi culpa minha.

— Você se culpa demais, querido. Não tenho nada contra a sua namorada, mas ainda prefiro Shion.

— Shion fez fofoca para Sakura só para me afastar da minha namorada.

— Ela não contou nenhuma mentira. Eu estava aqui e ouvi a conversa das duas. Ela só contou sobre você e Karin, pois achava que você mesmo já teria contado.

— Você sempre a defende.

— Ela não fez por mal, querido. Você não contou para a sua namorada primeiro, então Shion, sem querer, comentou.

— A senhora fala como se Shion fosse a pessoa mais inocente do mundo.

— Ela não é tão ruim quanto você imagina. Aliás, você pode me dizer de novo por que terminou com ela? Porque eu simplesmente não me lembro.

— Eu não gostava dela da mesma forma que ela gostava de mim.

— Você poderia ter se esforçado mais.

— Vovó, mesmo que a senhora queira muito, eu nunca mais vou voltar pra Shion entendeu? Mesmo que um dia eu e a Sakura não estivermos mais juntos, eu não volto pra Shion.

— Tudo bem, meu neto. Da sua vida, você que sabe.

Chiyo saiu e deixou o neto com seus pensamentos. A avó de Sasori tinha opiniões fortes e sempre tentava influenciar a decisões do neto, mas o ruivo era um cara muito decidido. Já havia pensado muito sobre Shion e ele chegou a conclusão de que não seria feliz com aquela mulher. Ele esperava ser feliz com Sakura. Sonhava em dar continuidade a este relacionamento e, se Shion tentasse atrapalhar de novo, ele não saberia do que seria capaz de fazer para detê-la.


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Notas finais do capítulo

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